O replay deste evento estará disponível logo após seu encerramento por um período de uma semana.

Transcrição

1 Operadora: Bom dia, e obrigada por aguardarem. Sejam bem vindos à teleconferência da T4F, para discussão dos resultados referentes ao 3T14. Estão presentes hoje conosco os senhores Fernando Alterio, Diretor Presidente, e Flabia Helena Schiavon, Diretora Financeira e de Relações com Investidores. Informamos que este evento está sendo gravado e que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Companhia. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas apenas para analistas e investidores, quando instruções adicionais serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de assistência durante a conferência, queira, por favor, solicitar a ajuda de um operador, digitando *0. O replay deste evento estará disponível logo após seu encerramento por um período de uma semana. Gostaríamos de informar que perguntas só poderão ser feitas através do telefone. Caso você esteja conectado pelo webcast, sua pergunta deverá ser enviada diretamente para a equipe de RI, pelo ri@t4f.com.br. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Companhia, projeções e metas operacionais e financeiras, constituemse em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da Companhia e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Alterio, Diretor Presidente, que dará início à apresentação. Por favor, Sr. Alterio, pode prosseguir. Bom dia a todos, e muito obrigado pela participação dos senhores em nossa teleconferência de resultados. Iniciarei minha apresentação com o desempenho operacional no 3T14 e o pipeline de eventos para os próximos meses. Como vocês podem observar no slide quatro, no 3T14 promovemos 249 eventos de música ao vivo, teatro e família, e vendemos aproximadamente ingressos, o que representou uma queda de 34% no número de eventos promovidos e 16% no número de ingressos vendidos em relação ao 3T13. Olhando para o segmento de música ao vivo, o menor desempenho, tanto em número de eventos promovidos quanto de ingressos vendidos, é resultado basicamente da menor atividade, principalmente no mês de julho, em função da Copa do Mundo; e da ausência de grandes turnês em estádios. 1

2 Enquanto no 3T13 realizamos em estádios os shows de Bon Jovi na Argentina e no Chile, no 3T14 realizamos apenas shows em arena da turnê de Miley Cyrus em São Paulo e no Rio de Janeiro. É importante ressaltar que a ausência dessas grandes turnês na região no 2S14 ocorreu por motivos que podemos considerar como de agenda dos artistas, e não em função de queda de demanda na região. Considerando-se apenas a divisão de família e teatro, o número de eventos diminuiu 36%, e o número de ingressos vendidos 25% neste trimestre em relação ao 3T13. Esse menor desempenho é devido a mantermos em cartaz apenas o espetáculo O Rei Leão no Teatro Renault neste trimestre, enquanto que no 3T13, além de O Rei Leão no Teatro Renault, apresentamos também A Família Addams no Teatro Opera Allianz, em Buenos Aires, além dos espetáculos Billy Elliot, Alvin Ailey e Madagascar em vários mercados Em relação ao Cirque du Soleil, neste trimestre promovemos o espetáculo Corteo nas cidades de Buenos Aires e Santiago, que apesar do maior número de espetáculos em relação ao mesmo período do ano anterior, não trouxe contribuição positiva para nossa margem bruta. Seguindo para o slide cinco, vou falar sobre o nosso pipeline de conteúdos para os próximos meses. Começando com música ao vivo, nós apresentamos nos primeiros dias de outubro a turnê em Arena da cantora Miley Cyrus em Buenos Aires e Santiago. Iniciamos as vendas para a turnê do Foo Fighters, que será realizada em janeiro de 2015, totalizando seis apresentações, sendo quatro no Brasil, uma na Argentina e uma no Chile. Também iniciamos as vendas da quarta edição do Festival Lollapalooza, que será promovido nos dias 29 e 30 de março no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O Lollapalooza contará com mais de 50 bandas, cujos nomes anunciaremos nos próximos dias. Em música indoor, já temos programados mais de 80 shows para o 4T14. Entre os artistas internacionais, merecem destaque Joe Satriani, Capital Cities, Jake Bugg, R5, Jason Derulo e Soja; e entre os artistas nacionais podemos citar Ana Carolina, Jorge e Mateus, Paralamas do Sucesso, Roupa Nova, Zezé di Camargo e Luciano, dentre muitos outros. No segmento de família e teatro, continuaremos com as apresentações de O Rei Leão, no Teatro Renault, até o final de Em relação ao Cirque du Soleil, encerramos no primeiro domingo de outubro as apresentações de Corteo em Santiago, e estreamos em 25 de outubro esta mesma turnê, em Lima, no Peru, onde ficará em cartaz até o final de novembro, quando encerraremos as apresentações deste conteúdo na região. Ressaltamos ainda que, em eventos de família e teatro, já temos contratados os espetáculos que apresentaremos em 2015, que são o musical original da Broadway Mudança de Hábito, no Teatro Renault, a peça Chatô e o musical adaptado Antes 2

3 Tarde do que Nunca, no Teatro Cetip, além das apresentações de Disney on Ice em São Paulo e Rio de Janeiro. Em relação a eventos esportivos, realizaremos mais três etapas da Copa Schin Stock Car, duas provas da Copa Petrobras de Marcas, e três provas do campeonato Mercedes-Benz Challenge até o final de Vou passar agora a palavra para a Flabia, que falará sobre os resultados financeiros da Companhia neste trimestre. Flabia Helena Schiavon: Bom dia, e muito obrigada a todos pela participação. Continuarei no slide seis, apresentando o desempenho da receita líquida no 3T14, que totalizou aproximadamente R$126 milhões, praticamente em linha com o 3T13. Considerando-se o segmento de promoção de eventos, no gráfico à direita, a receita líquida cresceu 3%, passando de R$72 milhões no 3T13 para R$74 milhões neste trimestre. Considerando-se apenas o segmento de música ao vivo, a receita líquida ficou 16% inferior ao 3T13, refletindo a menor atividade em shows indoor e a não realização de shows outdoor em estádios neste trimestre, que resultou não somente em diminuição no público pagante, como também na queda de 8% no preço médio dos ingressos vendidos, que passou de R$139 no 3T13 para R$128 neste trimestre. Olhando somente para eventos de família e teatro, a receita líquida aumentou 11%, atingindo aproximadamente R$50 milhões. Considerando a receita bruta deste segmento, ambos os trimestres ficaram praticamente em linha, pois o público pagante 7% inferior neste trimestre foi compensado pelo aumento de 8% no preço médio. Ou seja, o melhor desempenho na receita líquida em Eventos de Família e Teatro é consequência da menor alíquota de impostos sobre a receita das apresentações do Cirque du Soleil na Argentina e no Chile, comparativamente em relação ao Brasil. Agora, analisando a área de esportes, a receita líquida deste segmento aumentou 29%, devido à realização de um maior número de etapas neste trimestre. Enquanto no 3T13 foram realizadas três etapas da StockCar, no 3T14 foram realizadas cinco etapas. Em relação ao segmento de operação de bilheteria, alimentos e bebidas e operação de venues, a receita líquida diminuiu 22%, devido ao menor nível de atividade neste trimestre, e no caso de operação de bilheteria, também pela ausência do início de vendas para grandes shows futuros. Como o Fernando já mencionou, o início das vendas de ingressos para os shows de Foo Fighters e Lollapalooza concentraram-se no 4T14. Por fim, na linha de patrocínios, a receita líquida totalizou aproximadamente R$27 milhões, representando um crescimento de 14% em relação ao 3T13. Este melhor 3

4 desempenho vem do nosso segmento de esportes, pois realizamos mais etapas neste trimestre, dentre as quais encontrava-se a prova da Corrida do Milhão. Passando agora para o slide sete, vamos falar sobre o lucro bruto e o EBITDA. No caso do lucro bruto, o resultado 8% superior ao 3T13, mesmo sem crescimento na receita líquida, é devido a melhores resultados em patrocínios, que representam contribuição direta em nossas margens. Em relação ao EBITDA, além do resultado bruto, contribuiu de forma importante para o EBITDA de R$4,6 milhões a redução de 21% em despesas, que ocorreu graças aos nossos esforços contínuos na simplificação de processos e reestruturação em pessoal. Seguindo agora para o slide oito, veremos o resultado financeiro e resultado líquido. O resultado financeiro líquido apresentou dispêndio de R$5,1 milhões no 3T14, que pode ser explicado, primeiro, pela redução na receita financeira devido a um caixa médio menor no período e pela manutenção de aproximadamente 10% dos recursos em USD; e segundo, pelo aumento das despesas financeiras, ocasionado por registros, excepcionalmente neste trimestre, de encargos desde 2009 sobre os programas de Refis da Companhia. Com isso, podemos observar no gráfico à direita que o resultado líquido foi um prejuízo de R$4,7 milhões, versus prejuízo de R$6 milhões no 3T13. Finalizando a parte financeira, no último slide temos a posição de caixa. Geramos aproximadamente R$11 milhões de caixa operacional, versus consumo de R$32 milhões no trimestre contra trimestre, pois houve uma menor aplicação de recursos em capital de giro. Obtivemos uma importante redução nas contas de adiantamentos a fornecedores e custos antecipados, e um aumento na conta de adiantamentos de clientes. Em financiamento, o resultado foi um dispêndio de R$17 milhões, principalmente porque neste trimestre amortizamos a penúltima parcela de debêntures no valor aproximado de R$19 milhões. Com isso, como pode ser visto no gráfico à direita, a posição de caixa da Companhia no 3T14 ficou em aproximadamente R$62 milhões, versus uma dívida de R$37 milhões, o que resultou em um caixa líquido de R$25 milhões, resultado 20% superior ao trimestre anterior. Novamente, muito obrigada, e agora o Fernando vai concluir a nossa apresentação. Como vocês puderam notar, estamos sendo penalizados pela redução no fluxo de artistas internacionais para a América do Sul neste 2S. Historicamente, sempre realizamos turnês de consagrados artistas internacionais no 4T, e para o 4T14, estávamos em negociação com dois importantes artistas. Porém, infelizmente, estas turnês acabaram sendo postergadas para o 2S15. Além disso, a turnê do Foo Fighters, que viria para a América do Sul inicialmente em novembro de 2014, acabou sendo confirmada para janeiro de

5 Como, na média, cada show de estádio, representa um faturamento ao redor de R$10 milhões, a escassez dessas turnês no 4T14 acabará refletindo em receitas menores, não somente na bilheteria de eventos, como também em patrocínios, operação de bilheteria, alimentos e bebidas e merchandising, que são as linhas do nosso negócio que apresentam maiores margens. Assim, nossas receitas ficarão em níveis mais próximos aos de 2013 do que de 2012, diferentemente do que inicialmente prevíamos. Para o ano de 2014 ainda temos o desafio de vendas de ingresso do Cirque du Soleil no Peru, que até o momento estão abaixo de nossas expectativas. Além deste desafio de venda de ingressos no Peru, nossos esforços estão já concentrados no ano de 2015, através da contratação de conteúdos, principalmente de música ao vivo, e na conclusão da negociação de cotas de patrocínios. É importante ressaltar que continuaremos sendo criteriosos na escolha dos conteúdos e em nossos processos de bid, em função de um ambiente macroeconômico ainda desfavorável, reflexo do baixo crescimento projetado para a região e da desvalorização cambial esperada para dois de nossos principais mercados: o Brasil e a Argentina. Consideramos este cenário desafiador para a indústria, porém estamos confiantes na retomada de nossos resultados, visto que 2015 será o primeiro ano sem os efeitos negativos causados por contratações de conteúdo durante o ano de 2012, período de maior intensidade da concorrência irracional vivida em nosso setor. Em 2015, acreditamos que nossos resultados mostrarão de forma mais concreta o nosso potencial, sem a contaminação de resultados negativos que ainda estamos carregando fruto deste período, em especial em relação ao Cirque du Soleil. A partir deste momento, estamos à disposição dos senhores para eventuais perguntas. Muito obrigado. Daniel Federle, Credit Suisse: Boa tarde. Minha primeira pergunta é com relação à estrutura de capital da Empresa. Gostaria de saber como vocês imaginam, se tem espaço para ser uma empresa mais alavancada, ou se o positive in cash é a estrutura mais adequada. Até se vocês puderem me relembrar quando é o pagamento da última parcela da debênture, seria muito bom. A segunda pergunta é sobre um tema interessante para a Empresa, que é o da arena. Eu não sei se isso está evoluindo ou se ficou um pouco esquecido nesses últimos meses. Obrigado. 5

6 Bom dia, Daniel. Na realidade, a estrutura de capital ideal para a Empresa não é a que estamos vivenciando no momento. Em condições normais, deveríamos ter um nível de alavancagem muito mais alto. Nossa única dívida no Brasil é a última parcela da emissão de debêntures, no valor de R$150 milhões, realizada em 2010, e a parcela resultante dessas debêntures é de R$19 milhões em março do próximo ano. Na realidade, faria todo sentido operar em um nível de alavancagem maior do que vivenciamos no momento. Em termos da arena, este projeto continua sendo prioritário para a Empresa, e no último trimestre o assunto evoluiu de forma bastante positiva. Acredito agora que, pelo menos, temos um terreno já identificado e em processo de negociação. Não será uma definição de curto prazo, mas considero que o assunto está bem encaminhado. Daniel Federle: Está ótimo. Obrigado, Fernando. Carlos Siqueira, BTG Pactual: Eu tenho algumas perguntas, uma com relação ao G&A, ao overhead. Vinha acontecendo uma redução muito pronunciada, e neste trimestre mais um pouco. Minha questão é: tem espaço para mais, ou esse nível que vimos no trimestre, em torno de R$15 milhões, é o nível que podemos trabalhar olhando para frente? Na realidade, nós vínhamos nesse esforço de redução de G&A desde o início deste ano. No 1S, tínhamos acumulado uma redução de 13%, e agora atingimos 21%. Nós constantemente estamos focando em redução de G&A e acreditamos que ainda há um pequeno espaço; não é nada muito significativo, mas ainda há espaço. Cremos que para o ano que vem ainda teremos uma nova redução, que não deve ultrapassar a casa de 10% no ano. Mas estamos bastante focados, como sempre, nesse projeto de redução e simplificação da estrutura. Carlos Siqueira: Obrigado, Fernando. E com relação à margem bruta, eu sei que ela oscila muito, dependendo do tipo de evento que vocês estiverem fazendo, mas olhando a história da Empresa conseguimos ter alguma noção. A margem bruta este ano será muito baixa, imagino; muito mais baixa do que foi a margem bruta inclusive dos últimos dois anos, que já foi abaixo das margens que vocês vinham registrando em 2010 e O que vocês imaginam que possa ser margem bruta, de novo, tentando olhar para o ano, porque eu sei que ela oscila trimestre a trimestre? Como podemos olhar sua margem bruta para frente, Fernando? Eu acho que esse nível de 11% é realmente muito baixo, já vemos algum movimento de melhora e desculpe, 11% porque 6

7 estou fazendo a conta para o ano de 11%, mas é certamente mais baixo que os 19% do ano passado e dos 15% de Você tem como nos dar alguma ideia do que seria a margem bruta, como vocês estão trabalhando essa margem bruta para frente, por favor? A margem bruta deste ano está sendo diretamente afetada pelos maus resultados do Cirque du Soleil, que, não canso de repetir, foi uma contratação feita em março de E ela está neste ano sendo também exponenciada pela desvalorização cambial. Temos que lembrar que no passado, em 2011 e 2012, tínhamos um custo de talentos internacionais calculado com um câmbio, em 2011 da ordem de R$1,60, em 2012 da ordem de R$2, e agora estamos a R$2,4, R$2,5. Então, a margem bruta é afetada, primeiro, pelo resultado negativo do Cirque du Soleil, que é muito maior do que imaginávamos que poderia ser quando o contratamos, em 2012; e segundo, também exponenciada pela desvalorização cambial. Eu acredito que, para uma estabilização, a margem bruta deveria se situar em torno de 25%. Isso é o que entendemos como a velocidade de cruzeiro da Empresa. Carlos Siqueira: Obrigado. Tales Freire, Bradesco: Bom dia. O Fernando acabou de comentar que o ano de 2014 será o último ano afetado pelos vestígios do período de alta competição em 2012, e acredito que grande parte das perdas está relacionada ao contrato de Cirque du Soleil. Queria saber qual é total de perdas relacionado a esse vestígio de 2012, e se podemos esperar um aumento do resultado operacional em 2015, pelo menos nesse montante. Bom dia, Tales. Eu não tenho em mãos o resultado desde 2012, mas ficaria complicado mensurarmos o resultado do Cirque de 2012, porque neste ano era ainda o Varekai. Este conteúdo que estamos promovendo agora estreou em março do ano passado aqui em São Paulo, que é o Corteo. Então, na realidade estaríamos misturando dois conteúdos. O que eu posso lhe dizer é que, neste ano, até o presente momento a perda do Cirque du Soleil é da ordem de R$35 milhões, e que ainda temos um desafio importante, que é o Peru, que vem com vendas abaixo de nossas expectativas. Então, de fato, este ano o impacto em nosso resultado do Cirque du Soleil é bastante importante. Isso que me deixa positivo para o próximo ano, porque 7

8 estamos entrando com esses contratos passados totalmente zerados e com uma perspectiva muito mais positiva. Me desculpe, mas não me lembro qual era sua segunda pergunta. Você poderia repetir, por favor? Tales Freire: Dado que a perda com o contrato do Cirque du Soleil nos 9M14 foi de R$35 milhões, se podemos esperar um aumento, pelo menos por volta de R$35 milhões, no EBITDA da Companhia para o ano que vem, e isso já levaria a margem bruta para o patamar mais próximo de 25% que você comentou um pouco mais cedo. Exatamente. Essa eliminação das perdas do Cirque du Soleil se refletirá diretamente na margem bruta e, consequentemente, no resultado líquido da Companhia. Nós esperamos para o ano que vem um resultado que reflita diretamente essa interrupção de perdas do Cirque du Soleil, e uma perspectiva positiva com as negociações de conteúdo, principalmente de música ao vivo outdoor, que estamos encaminhando. Para os shows do Foo Fighters a se realizaram em janeiro do próximo ano, já vendemos mais de tickets, e algo acima de R$33 milhões em receita de bilheteria. Então, o ano está se iniciando de forma muito mais positiva que o ano passado. Só para rememorar, tivemos uma perda de R$25 milhões no 1T, totalmente atribuída ao mau resultado do Cirque du Soleil. Tales Freire: OK. E mais uma pergunta: vocês estão com um bom pipeline de eventos, com os shows do Foo Fighters e também o Lollapalooza para o 1S15, o que diminui um pouco a incerteza de resultados para o ano de No entanto, haverá o Rock in Rio no 2S, e isso gera um pouco de incerteza. Gostaria de saber se o Rock in Rio é mais uma oportunidade, dado que virá um grande número de artistas para o Brasil e vocês podem aproveitar para fazer turnês em outras cidades ou outros países, ou se isso é mais um risco negativo. Nessa próxima edição do Rock in Rio, eu diria que é mais positivo. Como você bem disse, nós normalmente promovemos, ou em outros mercados no Brasil, mas pelo menos em outros países da região, os conteúdos que vêm para a região para o Rock in Rio. Então, acredito que nos beneficiaremos da possibilidade de promover estes conteúdos em outros mercados. E também, como falei em minha apresentação, dois conteúdos importantes outdoor que estávamos negociando para o 4T passaram para o 2S15. Ainda não podemos anunciar porque não estão totalmente confirmados, mas temos bons conteúdos outdoor em negociação para o 2S15. 8

9 Tales Freire: Com base nisso, podemos esperar uma receita de live music próxima do patamar do ano de 2012? Apenas nas projeções, devemos ter no ano de 2015, talvez, o melhor ano de live music na história da Companhia. Caso se confirmem essas negociações, eu diria que teremos um faturamento talvez acima do de 2012 em live music. Tales Freire: Está ótimo. Obrigado. Carlos Siqueira, BTG Pactual: Durante sua exposição, Fernando, você mencionou que as receitas de 2014 poderiam ficar mais próximas de 2013, que foram R$550 milhões de receita líquida. Isso daria alguma coisa como R$100 milhões no 4T, que seria um 4T bem mais fraco que a história. É isso mesmo? Você está pensando em alguma coisa na casa de R$100 milhões para o 4T14? Exatamente. Essa é a receita projetada. No ano passado, tivemos receitas do Cirque du Soleil advindas do Brasil, que são temporadas maiores, nós temos extensões maiores. Em São Paulo, por exemplo, fizemos 17 semanas de apresentações do Cirque du Soleil. Quando vamos para mercados menores, por exemplo, Córdoba, depois Lima etc., e Lima também é muito longe, então tem muito tempo entre apresentações, por problemas de logística. Então, além desse fator, que são menos apresentações devido ao tempo que fica parado pelas movimentações dos equipamentos, tem vindo um faturamento bastante abaixo de nossas expectativas. E também, temos que considerar que o 2S14 é totalmente atípico em termos de live music. Nos anos anteriores, sempre fizemos grandes shows; já vimos falando há algumas reuniões que o período mais fraco para live music é entre junho e setembro, que é verão no hemisfério norte, e a partir de setembro, do início de outubro, os grandes shows vêm para nossa região. E este ano não aconteceu. Por um problema típico de agenda dos artistas, acabou não acontecendo esse aumento de fluxo de artistas de live music para a região. Então, o impacto é devido ao Cirque du Soleil e aos conteúdos de música outdoor. Inclusive, o Foo Fighters estava sendo negociado para novembro de 2014, e no último minuto foi transferido para janeiro de O importante é que não é uma queda de receita, é uma transferência de receita para o próximo trimestre. 9

10 Carlos Siqueira: Entendi. E mais duas perguntas, com relação aos conteúdos. Primeiro, com relação ao Foo Fighters, como está funcionando o hedge para esse show? Porque o show está contratado e o câmbio está indo embora. Queria entender se está protegido, o que vocês estão antecipando do ponto de vista de movimento cambial de impacto do câmbio nesse show que já está contratado para o 1T15? E minha outra pergunta sobre conteúdo é: havia uma discussão, víamos todos os sites etc. falando sobre Rolling Stones, dizendo que eles vêm ao Brasil, e obviamente vocês seriam, naturalmente, candidatos a promover o concerto. Como está evoluindo a possibilidade de os Rolling Stones virem no ano que vem? Em relação ao câmbio do Foo Fighters, ele está travado a R$2,35; ou seja, essa andada do câmbio nas últimas semanas não afetará o resultado deste show. Com relação aos Rolling Stones, como eu disse também em nossa conferência passada, foi um processo em que os valores ultrapassaram o que consideramos razoável, e, talvez por causa disso, acabou que a promotora da turnê resolveu escolher um promotor diferente para cada mercado, o que não é normal, é muito atípico. As informações que nós temos, extra oficiais, são de que houve problemas em alguns desses mercados, e a turnê que era prevista para se realizar em fevereiro e março do próximo ano está adiada para novembro e dezembro do próximo ano. Então, não existe mais Rolling Stones em fevereiro ou março do próximo ano, segundo informações não oficiais que temos do mercado. Carlos Siqueira: Obrigado, Fernando. Mas então vocês estão fora, não vão participar? Não vamos participar porque entendemos que as garantias atingiram um nível que para nós não faz sentido. Tenho sempre também enfatizado que temos sido muito disciplinados nos bid processes de compra de conteúdos, e não vamos ultrapassar os níveis de garantia que entendemos que fazem sentido. Carlos Siqueira: OK. Muito obrigado, Fernando. 10

11 Operadora: Não havendo mais perguntas, encerramos neste momento a teleconferência dos resultados do 3T14 da T4F. Vocês podem desconectar suas linhas agora, e tenham um bom dia. Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição. 11