Análise Real. IF Sudeste de Minas Gerais. Primeiro semestre de Prof: Marcos Pavani de Carvalho. Marcos Pavani de Carvalho

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Análise Real. IF Sudeste de Minas Gerais. Primeiro semestre de Prof: Marcos Pavani de Carvalho. Marcos Pavani de Carvalho"

Transcrição

1 IF Sudeste de Minas Gerais Prof: Primeiro semestre de 2014

2 Proposição: É uma afirmação que pode ser classificada em verdadeira ou falsa, mas que faça sentido. Exemplo: Sejam as proposições: A: A soma dos ângulos internos de qualquer triangulo é 180 o. B: Marte não é um Planeta. Proposições evidentes por si mesmas são chamadas postulados ou axiomas. Teorema: É uma proposição que possui valor lógico Verdade. É comumente apresentado: A B ou A implica B. Sendo denominadas assim as proposições: A: Hipótese ou condição suficiente para a validação de B. B: Tese ou condição necessária para a validação de A. Ou seja, seguindo esta relação, valendo A, tem de valer B.

3 Exemplo: Sejam as proposições: D: n é um número que pode ser escrito na forma 2k, com k N. E: n é um número par. Pelo exposto, temos que D é condição suficiente de E, ou seja, basta a hipótese D ser verdadeira para que a tese E também seja. A tese, por sua vez é uma condição necessária da hipótese. Se D for verdadeira, E será necessariamente verdadeira. A recíproca de um teorema A B é a proposição B A ou A B. Ela pode ser ou não verdadeira. Um exemplo em que ela não seja verdadeira: A recíproca do teorema todo número primo maior que 2 é ímpar é todo número ímpar é primo maior do que 2. Isto é falso, pois nem todo número ímpar é primo.

4 Caso a recíproca de um teorema também seja verdadeira, esse teorema pode ser representado por: A B. Neste caso, qualquer uma das proposições é ao mesmo tempo condição necessária e suficiente para a validade da outra. Lema: É um teorema preparatório para a demonstração de um subsequente. Corolário: É um teorema que segue como consequência de outro já demonstrado. A negação de uma proposição F é denotada por F. Por exemplo, a negação da proposição todo número primo é ímpar tanto pode ser nem todo número primo é ímpar, existe um número primo que não é ímpar, nem todo número primo é ímpar ou ainda existe um número primo par.

5 Princípios Básicos de Lógica Matemática São dois os princípios básicos de Lógica Matemática: Princípio da Não-Contradição: Afirma que uma proposição não pode ser verdadeira e falsa simultaneamente, não podendo ser verdadeira juntamente com sua negação. Ou seja, se A for verdadeira, então à será falsa. Princípio do Terceiro Excluído: Afirma que qualquer proposição R é verdadeira ou é falsa, não havendo uma terceira alternativa. No estudo de Análise é comum se deparar com os seguintes termos: Explicar, Provar e Demonstrar, no entanto, é necessário que o leitor saiba o significado e aplicação de cada um deles.

6 A explicação situa-se no nível do sujeito locutor com a finalidade de comunicar ao outro o caráter de verdade de um enunciado matemático. Pode ser reconhecida como convincente por uma comunidade, adquirindo um estatuto social e constituindose uma prova para estes, sendo a proposição verdadeira ou não. As provas são explicações aceitas por outros em determinado momento, podendo ter o estatuto de prova para determinado grupo social, mas não para outro. As demonstrações são provas particulares que respeitam certas regras: alguns enunciados são considerados verdadeiros (axiomas), outros são deduzidos destes ou de outros anteriormente demonstrados a partir de regras de dedução tomadas num conjunto de regras lógicas o trabalham sobre objetos matemáticos com estatutos teóricos, não pertencentes ao mundo sensível, embora Marcosa Pavani ele de façam Carvalhoreferência.

7 A Contraposição é um método muito utilizado em demonstrações. Dada uma proposição A B, sua contraposição ou proposição contraposta é dada por B Ã. Exemplo: Sejam A e B duas proposições. Então vale a seguinte equivalência: (A B) ( B Ã). A Técnica de Redução ao Absurdo segue um roteiro parecido com o das demonstrações por contradição. Nela, supomos inicialmente que nossa hipótese é verdadeira e que a conclusão desejada (tese) é falsa. A negação da tese é chamada Hipótese de Raciocínio por Absurdo, uma suposição temporária até chegarmos a uma contradição (absurdo). Desta forma, somos levados a admitir que a suposição inicial era falsa e, portanto, que a conclusão desejada, verdadeira.

8 Exemplo: Para provar que A B, começamos supondo A verdadeira (hipótese) e B falsa (tese). Se B for falsa, A também será. O que é absurdo. Somos então forçados a remover a hipótese do raciocínio por absurdo e concluir que B é verdadeira.

9 Atividades Preliminares de lógica 1. Prove a seguinte afirmação: O quadrado de um número par também é par.

10 Atividades Preliminares de lógica 1. Prove a seguinte afirmação: O quadrado de um número par também é par. 2. Prove que se n 2 é ímpar, então n é ímpar.

11 Atividades Preliminares de lógica 1. Prove a seguinte afirmação: O quadrado de um número par também é par. 2. Prove que se n 2 é ímpar, então n é ímpar. 3. Prove que a soma de dois números pares resulta em um número par.

12 Atividades Preliminares de lógica 1. Prove a seguinte afirmação: O quadrado de um número par também é par. 2. Prove que se n 2 é ímpar, então n é ímpar. 3. Prove que a soma de dois números pares resulta em um número par. 4. Prove que a soma de dois números ímpares resulta em um número par.

13 Atividades Preliminares de lógica 1. Prove a seguinte afirmação: O quadrado de um número par também é par. 2. Prove que se n 2 é ímpar, então n é ímpar. 3. Prove que a soma de dois números pares resulta em um número par. 4. Prove que a soma de dois números ímpares resulta em um número par. 5. Sejam a, b e d números inteiros. Prove que: Se d divide a soma s = a + b e uma das parcelas, então d divide a outra parcela.

14 A indução matemática ou indução finita serve para provar que uma sequência de proposições denotadas por P(1), P(2),, P(n) é verdadeira, sem a necessidade de realizar a prova para cada uma delas. O princípio é mostrar que P(1) é verdadeira e, supondo verdade para P(K ), mostrar que P(K + 1) é verdadeira. Onde P(K ) é denominada Hipótese de Indução (HI). Exemplo 1: Provar que a sequência n = n(n + 1) é verdadeira n N. 2

15 Exemplo 2: Partindo do método de indução matemática, vamos também provar a conhecida fórmula do Binômio de Newton. A fórmula é assim enunciada e passada geralmente como receita para os alunos: (a + b) n = ( ) n 0 a n + ( n 1) a n 1 b + ( n 2) a n 2 b ( ) n n 1 ab n 1 + ( ) n n b n = n ( n k=0 k) a n k b k. Lembrando: A representação de um binomial é a mesma utilizada em combinações: ( ) n k = n! k!(n k)!

16 Atividades Preliminares de lógica 1. Prove por indução que: (2n 1) = n 2, n N. 2. Enuncie com suas palavras a proposição do exercício anterior. 3. Prove a desigualdade de Bernoulli: (1 + r) n 1 + rn, válida para r 1 e n natural. 4. Sabemos que o resultado da seguinte Progressão Aritmética: n é Prove este resultado por indução. n(n + 1) 2

17 5. Prove as seguintes proposições por indução para todo n N n 2 = n(n+1)(2n+1) n 3 = [ n(n+1) 2 6. ] n 1 = 2 n Mostre que 3 2n+2 2 n+1 é divisível por Prove que 1 + t + t t n = 1 tn+1 1 t é válida para todo n N. 8. Demonstre a Relação de Stifel 9. Prove que 2 n < 2 n+1 ; n N.

18 Preliminares de lógica e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real Denotaremos com N o conjunto dos Números Naturais. Esses números chamam-se Naturais por surgirem naturalmente em nossa experiência de vida com o mundo físico já nos primeiros anos. Representaremos por: N = {1, 2, 3, 4, 5,...} Denotaremos com Z o conjunto dos Números Inteiros e representá-lo por: Z = {..., 4, 3, 2, 1, 0, 1, 2, 3, 4,...} Denotaremos com Q o conjunto dos Números Racionais, representand o da seguinte maneira: { } p Q = q ; p, q Z e q 0,

19 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real e com R o conjunto dos números Reais. Os números racionais, juntamente com os irracionais formam o conjunto dos números Reais. O conjunto R Q, indica o conjunto dos Números Irracionais, isto é, o conjunto dos números Reais que não são racionais. Números cuja representação decimal não é nem finita nem periódica são chamados de números Irracionais. Um exemplo clássico de número Irracional é 2. Vamos demonstrar que este número é Irracional raciocinando por absurdo: Se 2 fosse um número racional, então haveriam p e q, tais que p 2 = q, sendo p uma fração irredutível, p e q Z e q 0. q Assim, 2 = p q 2 = p2 q 2 p2 = 2q 2.

20 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real O que nos mostra que p 2 é par. Como já foi demonstrado em nosso texto, se p 2 é par, então p é par. Sendo par, p pode ser escrito como 2r, r Z, temos: p 2 = 2q 2 (2r) 2 = 2q 2 4r 2 = 2q 2 2r 2 = q 2. Daí, vemos que q é par. Se p e q são pares, então são ambos divisíveis por 2, o que contradiz a hipótese inicial de que p fosse irredutível. Somos q levados a largar a hipótese do raciocínio por absurdo e concluir que 2 é irracional.

21 Atividades Preliminares de lógica e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real 1. Classifique em Racionais (Q) ou em Irracionais (R Q): (a) 0, ; (b) 0, ; (c) 21, ; (d) Reduza à forma ordinária as dízimas periódicas: (a) 0, ; (b) 1, ; (c) 0, ; (d) 1, ; (e) 0, ; (f ) 0, ;

22 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real (g) 21, ; (h) 3, ; (i) 5, ; (j) 0, ; (k) 0, ; (l) 3, ; (m) 0, Prove que a dízima 0, é igual a Prove que 3 é irracional. 5. Sendo p > 1 um número primo qualquer, prove que p é irracional. 6. Sendo a e b números irracionais, pode-se afirmar que a + b 2 é irracional? Prove ou apresente um contraexemplo.

23 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real A notação x A, significa que x é elemento do conjunto A e lê-se x pertence a A. A negação desta afirmação é x / A. Quando todo elemento de A também o é de B, diz-se que A é subconjunto de B, ou, analogamente, A está incluso ou contido em B cuja notação é A B. Pode-se ter simultaneamente A B e B A, o que evidencia uma igualdade de conjuntos, a qual representaremos por A = B. Diz-se que A será um subconjunto próprio de B, se A B e A B, ou seja, se existir algum elemento de B que não pertença a A. Define-se como união A B o conjunto dos elementos que estão em pelo menos um dos conjuntos A e B. A interseção A B é definida como o conjunto dos elementos que estão em A e em B simultaneamente. Conjunto vazio é aquele que não possui nenhum elemento. Representaremos por φ, onde φ = {x : x x}.

24 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real Um conjunto é definido por meio de uma listagem de seus elementos entre chaves ou através da especificação de uma propriedade que o caracterize. Exemplos: 1 A = {2, 4, 6, 8}, é o conjunto dos quatro números pares de 2 a 8; 2 Z = {0, ±1, ±2, ±3,...}, é o conjunto dos números inteiros; 3 C = {x R; x 2 5x + 6 > 0}, é o conjunto dos números reais onde o trinômio x 2 5x + 6 é positivo. Um conjunto pode ser escrito de diferentes maneiras. Por exemplo: O conjunto dos números pares positivos pode ser escrito como: {2, 4, 6, 8,...}, ou {2n; n N} ou {2n; n = 1, 2, 3, 4,...}

25 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real Quando consideramos subconjuntos de um mesmo conjunto B, define-se como complementar de um conjunto A, o conjunto dos elementos de B que não estão em A. Denota-se por A c ou B A. Temos: A c = B A = {x B; x / A}. Neste caso, temos que B c = φ e que φ c = B. Dados dois conjuntos, A e B, as chamadas Leis de Morgan, afirmam que: (A B) c = = (A c B c ) e (A B) c = (A c B c ). Ou seja, o complementar da união é a interseção dos complementares e o complementar da interseção é a união dos complementares.

26 1. Prove que: (a) A A = A. (b) A A = A. (c) A B = B A. Preliminares de lógica (d) A (B C) = (A B) C. (e) A (B C) = (A B) C. (f ) A (B C) = (A B) (A C). (g) A (B C) = (A B) (A C). (h) A B A B = A. (i) B A = B A c. (j) B C A C A B. e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real

27 (k) (A B) (B A) = φ. e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real

28 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real 2. Dados dois conjuntos A e B, prove que A = (A B) (A B). 3. Prove as Leis de Morgan: (A B) c = (A c B c ) e (A B) c = (A c B c ).

29 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real O estudo da teoria dos conjuntos se iniciou com o matemático Cantor, por volta de Segundo ele, dois conjuntos são equivalentes, ou possuem a mesma cardinalidade ou mesma potência, quando é possível estabelecer uma bijeção entre eles, ou seja, uma correspondência que leve elementos distintos de um conjunto em elementos distintos de outro, onde todos os elementos de um e do outro conjunto sendo objetos dessa correspondência. Representaremos por A B quando fizermos referência à existência de uma bijeção entre A e B. Definição. Chama-se bijeção ou função bijetiva, uma função que seja simultaneamente injetiva e sobrejetiva.

30 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real Seja F n o conjunto dos n números naturais, F n = {1, 2, 3,..., n}. Diz-se que um conjunto A é equivalente (ou equipotente) a F n se A possui n elementos, ou o mesmo número de elementos de F n. Define-se Dados dois conjuntos quaisquer A e B, diz-se que eles possuem a mesma cardinalidade, ou o mesmo número de elementos, se eles forem equipotentes. Um conjunto A é dito finito quando existe um natural n tal que A seja equipotente à F n. Caso o conjunto não seja finito, ele será infinito. Exemplo: Construir uma bijeção entre N e o conjunto dos números ímpares positivos.

31 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real O primeiro conjunto infinito com o qual nos familiarizamos é o conjunto dos números Naturais. Define-se como conjunto enumerável a todo conjunto semelhante a N, ou seja, que pode ser listado. Exemplo 1: n 2n, estabelece uma equivalência entre o conjunto dos números naturais e o conjunto dos números pares positivos, ou seja, entre um conjunto e seu subconjunto. Exemplo 2: Q é enumerável. Exemplo 3: R é enumerável?

32 Atividades Preliminares de lógica e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real 1. Construa uma bijeção entre N e o conjunto dos quadrados perfeitos. 2. Sejam A e B dois conjuntos, onde A é finito e B enumerável. Mostre que o conjunto A B é enumerável. Construa uma bijeção entre N e esse conjunto. 3. Sendo A e B conjuntos infinitos enumeráveis, mostre que A B é enumerável. 4. Prove que não é enumerável o conjunto dos números irracionais.

33 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real Dizer que R é um Corpo Ordenado, significa dizer que existe um subconjunto R + R, chamado conjunto dos números reais positivos, que cumpre as seguintes condições: (i) A soma e o produto de números reais positivos são positivos. Ou seja, sendo x, y R + então x + y R + e xy R +. (ii) Dado x R, exatamente uma das três alternativas seguintes ocorre: ou x = 0, ou x R + ou x R +. Seja C um conjunto de números reais. Define-se: (i) C é limitado superiormente se existe um número k tal que a k, para todo a C; (ii) C é limitado inferiormente se existe um número l tal que l a, para todo a C.

34 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real Os números k e l são chamados cotas do conjunto C, superior e inferior, respectivamente. Um conjunto que é limitado superiormente e inferiormente ao mesmo tempo é chamado conjunto limitado. Alguns exemplos: Exemplo 1. O conjunto {x R/x 2 8} se diz limitado pois é limitado, tanto à direita quanto à esquerda, pois pode ser assim representado: {x R/ 8 x 8}. Exemplo 2. O conjunto dos números racionais menores que 5 é limitado superiormente, mas não inferiormente. Exemplo 3.O conjunto dos números naturais é limitado inferiormente mas não superiormente. Exemplo 4. Qualquer intervalo de extremos finitos a e b é dito limitado.

35 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real Quando um conjunto é limitado superiormente, ele pode ter um elemento que seja o maior de todos, o qual é chamado máximo do conjunto. Exemplo: O conjunto {x Q/x 32}, tem 32 como seu máximo. Um conjunto limitado superiormente { pode não ter máximo. 1 Exemplo: Seja o conjunto A = 2, 2 3, 3 } 4,..., n n + 1,.... Ele não possui máximo, mas é limitado superiormente. Os elementos desse conjunto são frações dispostas de maneira crescente, onde cada uma delas é superada pela que vem logo a seguir, isto é: 1 2 < 2 3 < 3 4 <... < n n + 1 < n + 1 n + 2 <... Qualquer elemento do conjunto é menor do que 1, o qual é a menor cota superior.

36 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real Definição. Chama-se Supremo de um conjunto C a menor cota superior. Chama-se supremo, o número S que satisfaz as seguintes condições: (i) a S para todo a C; (ii) Dado qualquer número ε > 0, existe um elemento a C, à direita de S ε, isto é, S ε < a. Teorema. Todo conjunto não vazio de números reais e limitado superiormente, possui um supremo.

37 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real O supremo pode não ser o máximo do conjunto C. Se o conjunto possui máximo, este será, também seu supremo. Exemplos: (i) O conjunto [ 3, 7) = {x R/ 3 x < 7} não tem máximo, mas tem 7 como seu supremo. (ii) O conjunto {2, 3, 92, 5, 6, 132 }, 7 tem supremo 7, que é também seu máximo. A noção de ínfimo é introduzida de maneira análoga à de supremo: Definição. Chama-se ínfimo de um conjunto C à maior de suas cotas inferiores.

38 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real Chama-se ínfimo o número s que satisfaz as seguintes condições: (i) s a para todo a C; (ii) Dado qualquer número ε > 0, existe um elemento a C, à esquerda de s + ε, isto é, a < s + ε. Teorema. Todo conjunto não vazio de números reais, limitado inferiormente, possui ínfimo.

39 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real O valor absoluto de um número real a, é indicado pelo símbolo a que é definido por: { a se a 0 a = a se a > 0 De acordo com a definição acima, para todo a, a 0, isto é, o módulo de um número real é sempre positivo. Define-se que a a, ab ab = a b e a = a. Propriedades: (i) a 2 = a 2 (ii) ab = a b (iii) a + b a + b

40 e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real Esta última propriedade é muito importante em nosso estudo e é chamada desigualdade triangular. Ela também é válida quando a e b são vetores, digamos a e b. Neste caso, a, b e a + b são os três lados de um triângulo (conforme figura abaixo), e a desigualdade representa uma propriedade geométrica assim enunciada: em um triângulo qualquer, um lado é sempre menor que a soma de outros dois, isto é, se a e b são não colineares (não estão alinhados) e nenhum deles é um vetor nulo, então: a + b < a + b

41 Atividades Preliminares de lógica e Conjuntos numéricos Conjuntos Finitos e Infinitos Conjuntos Enumeráveis Supremo e ínfimo de um Conjunto Valor Absoluto de um Número Real 1. Prove que: (a) a b a + b (b) a b a ± b (c) b a a ± b (d) a b a ± b 2. Prove por indução que a 1 + a a n a 1 + a a n, para quaisquer a 1, a 2,..., a n.

42 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Uma sequência de números infinita é uma função f, definida em N, onde n f (n) = a n. Podemos representá-la por: a 1, a 2, a 3,..., a n, onde n é chamado índice da sequência e a n o n-ésimo elemento da sequência ou o termo geral. Exemplo: Determine o termo geral das sequências: (a) {2, 4, 6, 8,...} a n = 2n : n N; (b) {2, 4, 8, 16,...} a n = 2 n : n N; Nem sempre o termo geral de uma sequência é obtido por uma fórmula.

43 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Exemplos: 1. As aproximações decimais por falta de 2, que formam uma sequência infinita a 1 = 1, 4; a 2 = 1, 41; a 3 = 1, 414, a 4 = 1, 4142, a 5 = 1, 41421, Uma sequência formada pelos números primos. 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, A sequência abaixo é infinita: a n = ( 1) n = 1, 1, 1, 1, 1, 1, 1,... Porém possui apenas dois elementos 1 e 1, o que nos leva a {a n } = { 1, 1}.

44 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Dizemos, em termos sugestivos, que uma sequência é dita convergente se à medida que o índice n cresce, o elemento a n vai se tornando arbitrariamente próximo de um certo número L, denominado limite da sequência. A proximidade entre o termo a n e L é dada pelo valor absoluto da diferença entre eles, isto é a n L. Portanto, dizer que a n vai se tornando arbitrariamente próximo de L, significa dizer que a n L torna-se inferior a qualquer número ε > 0, por pequeno que seja, desde que façamos n suficientemente grande. Daí, segue a definição precisa de convergência:

45 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Definição. Uma sequência (a n ) converge para um número L, ou possui limite L se, dado ε > 0, é sempre possível encontrar um número N, tal que n > N a n L < ε (1) Escreve-se lim n a n = L, lim a n = L ou a n L. Uma sequência não convergente é dita divergente. Exemplo: A sequência { ( 1) n 1 } = { 1, 12 n, 13, 14 },.... é divergente, pois não converge para um limite finito.

46 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Teorema: A sequência cujo termo geral a n = 1 converge para n 0. Exemplo: Prove que a sequência ( ) ( n 1 a n = = n , 2 14, 3 ) 15,..., n n + 12,... converge para o número 1.

47 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências 1. Escreva os cinco primeiros termos de cada uma das seguintes sequências: (a) a n = n n + 1 ; (b) a n = n n ; (c) a n = ( 1)n n + 2 ; (d) a n = n 3 n Encontre o termo geral de cada uma das sequências: (a) 1 2, 2 3, 3 4, 4 5,... ; (b) 1, 1 2, 1 3, 1 4,... ;

48 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências (c) 1, 1 4, 1 9, 1 16,... ; (d) 1, 1 2, 1 6, 1 24, 1 120,.... (e) 1, 3, 7, 15, 31, Use a definição de sequência convergente para provar que: n (a) lim n n = 0; (b) lim n 2n 2 n = 2; (c) lim n 2n + 3 n + 1 = 2. (d) lim n 4 2n 1 = 0.

49 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Uma sequência (a n ) é limitada a esquerda, ou inferiormente, quando existe um número A tal que A a n, n. Analogamente, uma sequência é limitada a direita, ou superiormente, quando existe um número B tal que a n B, n. Quando uma sequência é limitada inferior e superiormente simultaneamente, ela é dita limitada. O que equivale a dizer que existe um número M; a n M, n.

50 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Uma sequência (a n ) é limitada a esquerda, ou inferiormente, quando existe um número A tal que A a n, n. Analogamente, uma sequência é limitada a direita, ou superiormente, quando existe um número B tal que a n B, n. Quando uma sequência é limitada inferior e superiormente simultaneamente, ela é dita limitada. O que equivale a dizer que existe um número M; a n M, n. Teorema. Toda sequência convergente é limitada.

51 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Uma sequência (a n ) é limitada a esquerda, ou inferiormente, quando existe um número A tal que A a n, n. Analogamente, uma sequência é limitada a direita, ou superiormente, quando existe um número B tal que a n B, n. Quando uma sequência é limitada inferior e superiormente simultaneamente, ela é dita limitada. O que equivale a dizer que existe um número M; a n M, n. Teorema. Toda sequência convergente é limitada. Exemplo: A sequência a n = ( 1) n, n N é limitada, mas não é convergente.

52 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Teorema. Se uma determinada sequência (a n ) converge à um limite L, e se A < L < B, então, a partir de um certo N, tem-se A < a n < B.

53 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Teorema. Se uma determinada sequência (a n ) converge à um limite L, e se A < L < B, então, a partir de um certo N, tem-se A < a n < B. Demostração: Dado ε > 0, existe N de modo que a partir desse índice, teremos. L ε < a n < L + ε

54 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Teorema. Se uma determinada sequência (a n ) converge à um limite L, e se A < L < B, então, a partir de um certo N, tem-se A < a n < B. Demostração: Dado ε > 0, existe N de modo que a partir desse índice, teremos L ε < a n < L + ε. Portanto, basta apenas escrever, inicialmente, ε menor que os números L A e B L para obtermos L ε > L (L A) = A e L + ε < L + (B L) = B. Por consequência, temos n > N A < a n < B.

55 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Teorema. Sejam (a n ) e (b n ) duas sequências convergentes. Sejam L 1 e L 2 respectivamente, os limites dessas sequências. Logo, (a n + b n ), (a n b n ) e (ka n ), onde c é uma constante arbitrária, são sequências convergentes e além de que:

56 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Teorema. Sejam (a n ) e (b n ) duas sequências convergentes. Sejam L 1 e L 2 respectivamente, os limites dessas sequências. Logo, (a n + b n ), (a n b n ) e (ka n ), onde c é uma constante arbitrária, são sequências convergentes e além de que: (a) lim(a n + b n ) = lim a n + lim b n = L 1 + L 2 ; (b) lim(ca n ) = c(lim a n ) = cl 1 ; (c) lim(a n b n ) = (lim a n )(lim b n ) = L 1 L 2 ; (d) Se L 2 0, então existe lim a n b n = L 1 L 2.

57 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Teorema. Sejam (a n ) e (b n ) duas sequências convergentes. Sejam L 1 e L 2 respectivamente, os limites dessas sequências. Logo, (a n + b n ), (a n b n ) e (ka n ), onde c é uma constante arbitrária, são sequências convergentes e além de que: (a) lim(a n + b n ) = lim a n + lim b n = L 1 + L 2 ; (b) lim(ca n ) = c(lim a n ) = cl 1 ; (c) lim(a n b n ) = (lim a n )(lim b n ) = L 1 L 2 ; (d) Se L 2 0, então existe lim a n b n = L 1 L 2. De posse deste último teorema, podemos desenvolver mais facilmente certos limites, por exemplo: lim 3x 2 + 4x 5x 2 7 =

58 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Exercícios 1. Prove o teorema da unicidade do limite: uma sequência só pode convergir para um único limite. 2. Prove: se (a n ) converge para zero e (b n ) é limitada, então (a n b n ) converge para zero. 3. Prove que a n = a n tende a zero, onde 0 < a < Se a n 0, n e a n 0, prove que a n tende a 0.

59 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Existe uma classe de sequências convergentes limitadas que são chamadas de sequências monótonas. Elas recebem este nome por apresentarem um comportamento definido.

60 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Existe uma classe de sequências convergentes limitadas que são chamadas de sequências monótonas. Elas recebem este nome por apresentarem um comportamento definido. Definição. Define-se que uma sequência (a n ) é crescente se a 1 < a 2 < a 3 <... < a n <...

61 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Existe uma classe de sequências convergentes limitadas que são chamadas de sequências monótonas. Elas recebem este nome por apresentarem um comportamento definido. Definição. Define-se que uma sequência (a n ) é crescente se e decrescente se a 1 < a 2 < a 3 <... < a n <... a 1 > a 2 > a 3 >... > a n >....

62 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Existe uma classe de sequências convergentes limitadas que são chamadas de sequências monótonas. Elas recebem este nome por apresentarem um comportamento definido. Definição. Define-se que uma sequência (a n ) é crescente se e decrescente se a 1 < a 2 < a 3 <... < a n <... a 1 > a 2 > a 3 >... > a n >.... A sequência é não-decrescente se a 1 a 2 a 3 <... < a n...

63 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Existe uma classe de sequências convergentes limitadas que são chamadas de sequências monótonas. Elas recebem este nome por apresentarem um comportamento definido. Definição. Define-se que uma sequência (a n ) é crescente se e decrescente se a 1 < a 2 < a 3 <... < a n <... a 1 > a 2 > a 3 >... > a n >.... A sequência é não-decrescente se a 1 a 2 a 3 <... < a n... e não-crescente se a 1 a 2 a 3... a n....

64 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Uma sequência é monótona se ela satisfaz qualquer uma dessas condições.

65 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Uma sequência é monótona se ela satisfaz qualquer uma dessas condições. Teorema. Toda sequência que é monótona e limitada é convergente.

66 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Uma sequência é monótona se ela satisfaz qualquer uma dessas condições. Teorema. Toda sequência que é monótona e limitada é convergente. Demonstração. Vamos considerar uma sequência não decrescente (a n ) limitada inferiormente pelo elemento a 1. A hipótese de ser limitada significa que ela é limitada superiormente, logo possui supremo que denotaremos por S. Vamos provar que esse número S é o limite de (a n ). De fato, dado ε > 0, existe um elemento dessa sequência com certo índice N, tal que S ε < a N S. Como a sequência é não decrescente, a N a n, para todo n > N, o que implica que n > N S ε < a n S < S + ε Que completa a demonstração.

67 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Quando retiramos um ou vários termos de uma sequência, obtemos o que se chama de subsequência da primeira.

68 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Quando retiramos um ou vários termos de uma sequência, obtemos o que se chama de subsequência da primeira. Definição. Uma subsequência de uma sequência (a n ) é uma restrição de (a n ) a um subconjunto infinito N do conjunto N. De outra maneira, uma subsequência de (a n ) é uma sequência do tipo (b j ) = (a nj ), onde (n j ) é uma sequência crescente de inteiros positivos, isto é: n 1 < n 2 <...

69 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Quando retiramos um ou vários termos de uma sequência, obtemos o que se chama de subsequência da primeira. Definição. Uma subsequência de uma sequência (a n ) é uma restrição de (a n ) a um subconjunto infinito N do conjunto N. De outra maneira, uma subsequência de (a n ) é uma sequência do tipo (b j ) = (a nj ), onde (n j ) é uma sequência crescente de inteiros positivos, isto é: n 1 < n 2 <... Como consequência, 1 n 1, 2 n 2,..., e, em geral, j n j. Porém, como j < n j para algum j (a não ser que a subsequência seja a própria sequência), esta desigualdade permanecerá válida para todos os valores subsequentes ao primeiro para o qual ela ocorrer.

70 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Teorema. Se (a n ) converge para um limite L, então toda (a nj ) também converge para L.

71 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Teorema. Se (a n ) converge para um limite L, então toda (a nj ) também converge para L. Teorema. (intervalos encaixados) Dada uma sequência decrescente I 1 I 2... I n... de intervalos limitados e fechados I n = [a n, b n ], existe pelo menos um número real c tal que c I n (ou, o que é o mesmo, c I 1 I 2... I n...) para todo n N.

72 Sequências Infinitas sequência convergente Sequências Limitadas Sequências Monótonas Subsequências Teorema. Se (a n ) converge para um limite L, então toda (a nj ) também converge para L. Teorema. (intervalos encaixados) Dada uma sequência decrescente I 1 I 2... I n... de intervalos limitados e fechados I n = [a n, b n ], existe pelo menos um número real c tal que c I n (ou, o que é o mesmo, c I 1 I 2... I n...) para todo n N. Teorema. (Bolzano-Weierstrass) Toda sequência (a n ) limitada possui uma subsequência que converge.

73 Uma série é uma soma s = a 1 + a a n + com infinitas parcelas.

74 Uma série é uma soma s = a 1 + a a n + com infinitas parcelas. O que é equivalente à s = lim n (a 1 +a 2 + +a n ). Como todo limite, este pode existir ou não. Por isso, existem as chamadas séries convergentes e séries divergentes. Séries Convergentes Dada uma sequência (a n ) de números reais, a partir dela pode-se formar uma nova sequência (s n ), onde: s 1 = a 1, s 2 = a 1 + a 2, s 3 = a 1 + a 2 + a 3,..., s n = a 1 + a 2 + a a n, etc.

75 Exemplo: 0, = 0, 3+0, 03+0, 003+ = n +.

76 Exemplo: 0, = 0, 3+0, 03+0, 003+ = n +. Os números s n chamam-se reduzidas de ordem n ou somas parciais da série n=1 a n. A parcela a n é chamada n-ésimo termo ou termo geral da série.

77 Exemplo: 0, = 0, 3+0, 03+0, 003+ = n +. Os números s n chamam-se reduzidas de ordem n ou somas parciais da série n=1 a n. A parcela a n é chamada n-ésimo termo ou termo geral da série. Se existe o limite s = lim s n, diremos que a série n n=1 a n é convergente e s = a n = a 1 + a a n n=1 será chamado a soma da série. Se lim n s n não existir, diremos que n=1 a n é uma série divergente.

78 Exemplo 1: Determine a fração geratriz da dízima periódica 0,

79 Exemplo 1: Determine a fração geratriz da dízima periódica 0, s 1 = 3 10 s 2 = s 3 = s n = n (2)

80 Exemplo 2: Determine o limite da série cujo termo geral é: 1 a n = n(n + 1) = 1 n 1 n + 1. ( s 1 = 1 1 ) 2 ( s 2 = 1 1 ) ( ) 3 ( s 3 = 1 1 ) ( ) ( ) 4 s n = ( 1 1 ) ( ) + 3. ( ) ( n 1 ) n + 1

81 Tomando o limite, temos: lim s n = n s n = 1 1 n + 1 ( 1 1 ) = 1. n + 1

82 Tomando o limite, temos: lim s n = n s n = 1 1 n + 1 ( 1 1 ) = 1. n + 1 Teorema. Se uma série converge, seu termo (a n ) geral tende a zero.

83 Exemplo 1: A série geométrica de razão q, com q < 1 q n = 1 + q + q 2 +. n=0

84 Função Contínua Dada uma função real f, estamos interessados em saber o que acontece com o valor de f (x) quando x se aproxima de um certo ponto a sem, entretanto, assumir este valor. Vejamos a definição:

85 Função Contínua Dada uma função real f, estamos interessados em saber o que acontece com o valor de f (x) quando x se aproxima de um certo ponto a sem, entretanto, assumir este valor. Vejamos a definição: Definição. Seja f : R R. Dizemos que o limite de f (x) quando x tende a a R existe e vale L R se ε > 0, δ > 0 tal que 0 < x a < δ f (x) L < ε.

86 Função Contínua Dada uma função real f, estamos interessados em saber o que acontece com o valor de f (x) quando x se aproxima de um certo ponto a sem, entretanto, assumir este valor. Vejamos a definição: Definição. Seja f : R R. Dizemos que o limite de f (x) quando x tende a a R existe e vale L R se ε > 0, δ > 0 tal que 0 < x a < δ f (x) L < ε. Neste caso, escrevemos lim x a f (x) = L. A ideia intuitiva correta é dizer que f (x) é tão próximo de L quanto quisermos, bastando para isso tomar x suficientemente próximo, porém distinto, de a.

87 Exemplos Preliminares de lógica Função Contínua 1. Seja f : R R, dada por f (x) = x, x R e a R. Mostre que lim x a f (x) = a.

88 Exemplos Preliminares de lógica Função Contínua 1. Seja f : R R, dada por f (x) = x, x R e a R. Mostre que lim x a f (x) = a. 2. Seja f : R R, tal que f (x) = ax + b. Mostre que lim x a f (x) = a 2 + b.

89 Exemplos Preliminares de lógica Função Contínua 1. Seja f : R R, dada por f (x) = x, x R e a R. Mostre que lim x a f (x) = a. 2. Seja f : R R, tal que f (x) = ax + b. Mostre que lim x a f (x) = a 2 + b. 3. Seja f : R R definida por f (x) = 2x + 1, x R. Prove que lim x 1 f (x) = 3.

90 Unicidade Preliminares de lógica Função Contínua Teorema. Se lim x a f (x) = L e lim x a f (x) = M, então L = M.

91 Unicidade Preliminares de lógica Função Contínua Teorema. Se lim x a f (x) = L e lim x a f (x) = M, então L = M. Complete a demosntração do teorema

92 Unicidade Preliminares de lógica Função Contínua Teorema. Se lim x a f (x) = L e lim x a f (x) = M, então L = M. Complete a demosntração do teorema Prova: Dado ε > 0, existem δ 1 > 0 e δ 2 > 0, tais que teremos f (x) L < ε 2 sempre que 0 < x a < δ 1 e f (x) M < ε 2 sempre que 0 < x a < δ 2. Seja δ = min{δ 1, δ 2 }. Então f (x) L < ε 2 e f (x) M < ε 2 sempre que 0 < x a < δ. Logo, L M = f (x) L+f (x) M f (x) L + f (x) M < ε 2 + ε 2 = ε.

93 Função Contínua Teorema. Se duas funções f e g com o mesmo domínio D têm limites com x a, então: (a) f (x) + g(x) tem limite e lim[f (x) + g(x)] = lim f (x) + lim g(x); (b) Sendo k uma constante, kf (x) tem limite e lim[kf (x)] = k. lim f (x); (c) f (x)g(x) tem limite e lim[f (x)g(x)] = lim f (x). lim g(x); (d) Se, além das hipóteses feitas, lim g(x) 0, então f (x) limite e lim f (x) lim f (x) g(x) = lim g(x). g(x) tem

94 Exercícios Preliminares de lógica Função Contínua Mostre, em cada item abaixo, qual deve ser o valor de δ, sabendo que: (a) f (x) = 4x 8; lim x 1 f (x) = 4 e ε = 0, 004. (b) f (x) = 3x 5; lim x 2 f (x) = 1 e ε = 0, 003. (c) f (x) = 5x 2; lim x 2 f (x) = 8 e ε = 0, 01. (d) f (x) = 3x + 2; lim x 1 f (x) = 5 e ε = 0, 06. (e) f (x) = 2x 2 2 x 1, x 1; lim x 1 f (x) = 4 e ε = 0, 004. (f ) f (x) = x 2 9 x 3, x 3; lim x 1 f (x) = 2 e ε = 0, 02.

95 Função Contínua Intuitivamente, uma função f é dita contínua em um ponto a do seu domínio se f (x) está próximo de f (a), quando x está próximo de a. Em termos precisos, diz-se que uma função f é contínua em um ponto a quando, para todo ε > 0 dado arbitrariamente, pode-se encontrar δ > 0 tal que x a < δ implicar f (x) f (a) < ε. Vejamos a definição:

96 Função Contínua Intuitivamente, uma função f é dita contínua em um ponto a do seu domínio se f (x) está próximo de f (a), quando x está próximo de a. Em termos precisos, diz-se que uma função f é contínua em um ponto a quando, para todo ε > 0 dado arbitrariamente, pode-se encontrar δ > 0 tal que x a < δ implicar f (x) f (a) < ε. Vejamos a definição: Definição. Diz-se que uma função f é contínua no ponto x = a de D se existir o limite de f (x) com x a e esse limite for igual a f (a); e diz-se que f é contínua em seu domínio, ou contínua, se ela for contínua em todos os pontos desse domínio.

97 Função Contínua Intuitivamente, uma função f é dita contínua em um ponto a do seu domínio se f (x) está próximo de f (a), quando x está próximo de a. Em termos precisos, diz-se que uma função f é contínua em um ponto a quando, para todo ε > 0 dado arbitrariamente, pode-se encontrar δ > 0 tal que x a < δ implicar f (x) f (a) < ε. Vejamos a definição: Definição. Diz-se que uma função f é contínua no ponto x = a de D se existir o limite de f (x) com x a e esse limite for igual a f (a); e diz-se que f é contínua em seu domínio, ou contínua, se ela for contínua em todos os pontos desse domínio. Exemplo: Mostre que f (x) = x é contínua em seu domínio x 0.

98 Função Contínua Solução: lim x a f (x) = f (a), isto é, lim x a x = a.

99 Função Contínua Solução: lim x a f (x) = f (a), isto é, lim x a x = a. Dado ε > 0, δ = ε a tal que x a < δ x a. ( x+ a) x+ a = x a x+ a x a a < ε a a = ε. Portanto, f é contínua.

100 Função Contínua Solução: lim x a f (x) = f (a), isto é, lim x a x = a. Dado ε > 0, δ = ε a tal que x a < δ x a. ( x+ a) x+ a = x a x+ a x a a < ε a a = ε. Portanto, f é contínua. Proposição. Se f e g são funções contínuas em x = a, então são também contínuas em x = a as funções f + g, fg e kf, onde k é uma constante arbitrária, e é também contínua em x = a a função f g, desde que g(a) 0.

101 Função Contínua Teorema. Sejam f e g funções com domínios D f e D g respectivamente, com f (D f ) D g. Se f é contínua em x 0 e g contínua em y 0 = f (x 0 ), então, h(x) = g(f (x)) é contínua em x 0.

102 Função Contínua Teorema. Sejam f e g funções com domínios D f e D g respectivamente, com f (D f ) D g. Se f é contínua em x 0 e g contínua em y 0 = f (x 0 ), então, h(x) = g(f (x)) é contínua em x 0. Exemplos: 1. Mostre que a função h(x) = 2 cos(x) é contínua em R.

103 Função Contínua Teorema. Sejam f e g funções com domínios D f e D g respectivamente, com f (D f ) D g. Se f é contínua em x 0 e g contínua em y 0 = f (x 0 ), então, h(x) = g(f (x)) é contínua em x 0. Exemplos: 1. Mostre que a função h(x) = 2 cos(x) é contínua em R. Solução: Podemos decompor h(x) em f (x) = 2 x e g(x) = cos x, onde temos h(x) = f (g(x)), então, pelo teorema f, é contínua.

104 Função Contínua Teorema. Sejam f e g funções com domínios D f e D g respectivamente, com f (D f ) D g. Se f é contínua em x 0 e g contínua em y 0 = f (x 0 ), então, h(x) = g(f (x)) é contínua em x 0. Exemplos: 1. Mostre que a função h(x) = 2 cos(x) é contínua em R. Solução: Podemos decompor h(x) em f (x) = 2 x e g(x) = cos x, onde temos h(x) = f (g(x)), então, pelo teorema f, é contínua. 2. Mostre que h(x) = sin(x 3 + x 2 + x + 1) é contínua em R.

105 Função Contínua Teorema. Sejam f e g funções com domínios D f e D g respectivamente, com f (D f ) D g. Se f é contínua em x 0 e g contínua em y 0 = f (x 0 ), então, h(x) = g(f (x)) é contínua em x 0. Exemplos: 1. Mostre que a função h(x) = 2 cos(x) é contínua em R. Solução: Podemos decompor h(x) em f (x) = 2 x e g(x) = cos x, onde temos h(x) = f (g(x)), então, pelo teorema f, é contínua. 2. Mostre que h(x) = sin(x 3 + x 2 + x + 1) é contínua em R. Solução: Seguindo raciocínio análogo ao utilizado anteriormente, temos f (x) = sin x e g(x) = x 3 + x 2 + x + 1. Então h(x) = f (g(x)), pelo teorema f, é contínua.

106 Função Contínua Exercícios 1. Prove que as funções são contínuas nos pontos dados: (a) f (x) = 2x + 1 em a = 1. (b) f (x) = ax + b (a e b constantes) em a = x 0. (c) f (x) = x 2 em a = 0. (d) f (x) = 4x 3 em a = 2. (e) f (x) = x + 1 em a = 2. (f ) f (x) = 3x em a = 1. (g) f (x) = x 2 4 x 2 em a = 2. (h) f (x) = x 2 x x em a = 0.

107 Função Contínua 1. Seja f (x) = x + 1 x. Prove que: (a) f (x) f (1) ( x ) x 1, x > 0. (b) f (x) f (1) 3 x + 1, x > 1 2. (c) f é contínua em a = 1.

Notas Sobre Sequências e Séries Alexandre Fernandes

Notas Sobre Sequências e Séries Alexandre Fernandes Notas Sobre Sequências e Séries 2015 Alexandre Fernandes Limite de seqüências Definição. Uma seq. (s n ) converge para a R, ou a R é limite de (s n ), se para cada ɛ > 0 existe n 0 N tal que s n a < ɛ

Leia mais

Enumerabilidade. Capítulo 6

Enumerabilidade. Capítulo 6 Capítulo 6 Enumerabilidade No capítulo anterior, vimos uma propriedade que distingue o corpo ordenado dos números racionais do corpo ordenado dos números reais: R é completo, enquanto Q não é. Neste novo

Leia mais

1 Conjuntos, Números e Demonstrações

1 Conjuntos, Números e Demonstrações 1 Conjuntos, Números e Demonstrações Definição 1. Um conjunto é qualquer coleção bem especificada de elementos. Para qualquer conjunto A, escrevemos a A para indicar que a é um elemento de A e a / A para

Leia mais

Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Matemática Curso de Verão Lista 1. Números Naturais

Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Matemática Curso de Verão Lista 1. Números Naturais Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Matemática Curso de Verão 01 Lista 1 Números Naturais 1. Demonstre por indução as seguintes fórmulas: (a) (b) n (j 1) = n (soma dos n primeiros ímpares).

Leia mais

Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Departamento de Matemática Disciplina: Fundamentos de Análise

Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Departamento de Matemática Disciplina: Fundamentos de Análise Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Departamento de Matemática Disciplina: Fundamentos de Análise Professor: André Luiz Galdino Gabarito da 1 a Lista de Exercícios 1. Prove que para todo x 0 IR

Leia mais

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS Centro de Ciências e Tecnologia Curso de Graduação em Matemática Análise I 0- Solução da ª Lista de Eercícios. ATENÇÃO: O enunciado

Leia mais

Matemática I. 1 Propriedades dos números reais

Matemática I. 1 Propriedades dos números reais Matemática I 1 Propriedades dos números reais O conjunto R dos números reais satisfaz algumas propriedades fundamentais: dados quaisquer x, y R, estão definidos a soma x + y e produto xy e tem-se 1 x +

Leia mais

A = B, isto é, todo elemento de A é também um elemento de B e todo elemento de B é também um elemento de A, ou usando o item anterior, A B e B A.

A = B, isto é, todo elemento de A é também um elemento de B e todo elemento de B é também um elemento de A, ou usando o item anterior, A B e B A. Capítulo 1 Números Reais 1.1 Conjuntos Numéricos Um conjunto é uma coleção de elementos. A relação básica entre um objeto e o conjunto é a relação de pertinência: quando um objeto x é um dos elementos

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ NOTAS DE AULA: ANÁLISE REAL. Profa.: Gislaine Aparecida Periçaro Curso: Matemática, 4º ano

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ NOTAS DE AULA: ANÁLISE REAL. Profa.: Gislaine Aparecida Periçaro Curso: Matemática, 4º ano UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ NOTAS DE AULA: ANÁLISE REAL Profa.: Gislaine Aparecida Periçaro Curso: Matemática, 4º ano CAMPO MOURÃO 203 Capítulo Conjuntos e Funções Neste capítulo vamos fazer uma breve

Leia mais

OS DIFERENTES TIPOS DE DEMONSTRAÇÕES: UMA REFLEXÃO PARA OS CURSOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

OS DIFERENTES TIPOS DE DEMONSTRAÇÕES: UMA REFLEXÃO PARA OS CURSOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Revista da Educação Matemática da UFOP, Vol I, 2011 - XI Semana da Matemática e III Semana da Estatística, 2011 ISSN 2237-809X OS DIFERENTES TIPOS DE DEMONSTRAÇÕES: UMA REFLEXÃO PARA OS CURSOS DE LICENCIATURA

Leia mais

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período Probabilidade IV Ulisses U. dos Anjos Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Período 2015.2 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade IV Período 2015.2 1 / 60 Sumário 1 Apresentação

Leia mais

Provas de Análise Real - Noturno - 3MAT003

Provas de Análise Real - Noturno - 3MAT003 Provas de 2006 - Análise Real - Noturno - 3MAT003 Matemática - Prof. Ulysses Sodré - Londrina-PR - provas2006.tex 1. Definir a operação ϕ entre os conjuntos A e B por ϕ(a, B) = (A B) (A B). (a) Demonstrar

Leia mais

Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Matemática Curso de Verão Lista 2. Sequências de Números Reais

Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Matemática Curso de Verão Lista 2. Sequências de Números Reais Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Matemática Curso de Verão 0 Lista Sequências de Números Reais. Dê o termo geral de cada uma das seguintes sequências: a,, 3, 4,... b, 4, 9, 6,... c,,

Leia mais

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período Probabilidade IV Ulisses U. dos Anjos Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Período 2015.2 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade IV Período 2015.2 1 / 49 Sumário 1 Apresentação

Leia mais

Soluções dos Exercícios do Capítulo 2

Soluções dos Exercícios do Capítulo 2 A MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO Volume 1 Soluções dos Exercícios do Capítulo 2 2.1. Seja X = {n N; a + n Y }. Como a Y, segue-se que a + 1 Y, portanto 1 X. Além disso n X a + n Y (a + n) + 1 Y n + 1 X. Logo

Leia mais

Propriedades das Funções Contínuas

Propriedades das Funções Contínuas Propriedades das Funções Contínuas Prof. Doherty Andrade 2005- UEM Sumário 1 Seqüências 2 1.1 O Corpo dos Números Reais.......................... 2 1.2 Seqüências.................................... 5

Leia mais

Lista de Exercícios da Primeira Semana Análise Real

Lista de Exercícios da Primeira Semana Análise Real Lista de Exercícios da Primeira Semana Análise Real Nesta lista, a n, b n, c n serão sempre sequências de números reais.. Mostre que todo conjunto ordenado com a propriedade do supremo possui a propriedade

Leia mais

Questão 4 (2,0 pontos). Defina função convexa (0,5 pontos). Seja f : I R uma função convexa no intervalo aberto I. Dado c I (qualquer)

Questão 4 (2,0 pontos). Defina função convexa (0,5 pontos). Seja f : I R uma função convexa no intervalo aberto I. Dado c I (qualquer) DM IMECC UNICAMP, Análise I, Prof. Marcelo M. Santos Exame Final, 15/07/2009 Aluno: RA: Ass.: Observações: Tempo de prova: 100min; Justifique sucintamente todas as suas afirmações; Disponha as suas resoluções

Leia mais

Análise na Reta - Verão UFPA 1a lista - Números naturais; Corpos ordenados

Análise na Reta - Verão UFPA 1a lista - Números naturais; Corpos ordenados Análise na Reta - Verão UFPA 1a lista - Números naturais; Corpos ordenados A lista abaixo é formada por um subconjunto dos exercícios dos seguintes livros: Djairo G. de Figueiredo, Análise na reta Júlio

Leia mais

Bases Matemáticas. Como o Conhecimento Matemático é Construído. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. Definições Axiomas.

Bases Matemáticas. Como o Conhecimento Matemático é Construído. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. Definições Axiomas. 1 Bases Matemáticas Aula 2 Métodos de Demonstração Rodrigo Hausen v. 2012-9-21 1/15 Como o Conhecimento Matemático é Construído 2 Definições Axiomas Demonstrações Teoremas Demonstração: prova de que um

Leia mais

1 Séries de números reais

1 Séries de números reais Universidade do Estado do Rio de Janeiro - PROFMAT MA 22 - Fundamentos de Cálculo - Professora: Mariana Villapouca Resumo Aula 0 - Profmat - MA22 (07/06/9) Séries de números reais Seja (a n ) n uma sequência

Leia mais

Análise I. Notas de Aula 1. Alex Farah Pereira de Novembro de 2017

Análise I. Notas de Aula 1. Alex Farah Pereira de Novembro de 2017 Análise I Notas de Aula 1 Alex Farah Pereira 2 3 22 de Novembro de 2017 1 Turma de Matemática. 2 Departamento de Análise-IME-UFF 3 http://alexfarah.weebly.com ii Conteúdo 1 Conjuntos 1 1.1 Números Naturais........................

Leia mais

Lista 1. 9 Se 0 < x < y e n N então 0 < x n < y n.

Lista 1. 9 Se 0 < x < y e n N então 0 < x n < y n. UFPR - Universidade Federal do Paraná Departamento de Matemática CM095 - Análise I Prof. José Carlos Eidam Lista 1 Em toda a lista, K denota um corpo ordenado qualquer. Corpos ordenados 1. Verifique as

Leia mais

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período

Probabilidade IV. Ulisses U. dos Anjos. Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba. Período Probabilidade IV Ulisses U. dos Anjos Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Período 2014.2 Ulisses Umbelino (DE-UFPB) Probabilidade IV Período 2014.2 1 / 20 Sumário 1 Apresentação

Leia mais

n=1 a n converge e escreveremos a n = s n=1 n=1 a n. Se a sequência das reduzidas diverge, diremos que a série

n=1 a n converge e escreveremos a n = s n=1 n=1 a n. Se a sequência das reduzidas diverge, diremos que a série Séries Numéricas Nosso maior objetivo agora é dar um sentido a uma soma de infinitas parcelas, isto é, estudar a convergência das chamadas séries numéricas. Inicialmente, seja (a n ) uma sequência e formemos

Leia mais

Conjuntos Enumeráveis e Não-Enumeráveis

Conjuntos Enumeráveis e Não-Enumeráveis Conjuntos Enumeráveis e Não-Enumeráveis João Antonio Francisconi Lubanco Thomé Bacharelado em Matemática - UFPR jolubanco@gmail.com Prof. Dr. Fernando de Ávila Silva (Orientador) Departamento de Matemática

Leia mais

Capítulo 1 Números Reais

Capítulo 1 Números Reais Departamento de Matemática Disciplina MAT154 - Cálculo 1 Capítulo 1 Números Reais Conjuntos Numéricos Conjunto dos naturais: N = {1,, 3, 4,... } Conjunto dos inteiros: Z = {..., 3,, 1, 0, 1,, 3,... } {

Leia mais

No. Try not. Do... or do not. There is no try. - Master Yoda, The Empire Strikes Back (1980)

No. Try not. Do... or do not. There is no try. - Master Yoda, The Empire Strikes Back (1980) Cálculo Infinitesimal I V01.2016 - Marco Cabral Graduação em Matemática Aplicada - UFRJ Monitor: Lucas Porto de Almeida Lista A - Introdução à matemática No. Try not. Do... or do not. There is no try.

Leia mais

Lista 4. Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam sobre séries, funções contínuas e funções diferenciáveis em R.

Lista 4. Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam sobre séries, funções contínuas e funções diferenciáveis em R. UFPR - Universidade Federal do Paraná Departamento de Matemática CM095 - Análise I Prof José Carlos Eidam Lista 4 INSTRUÇÕES Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam

Leia mais

Contando o Infinito: os Números Cardinais

Contando o Infinito: os Números Cardinais Contando o Infinito: os Números Cardinais Sérgio Tadao Martins 4 de junho de 2005 No one will expel us from the paradise that Cantor has created for us David Hilbert 1 Introdução Quantos elementos há no

Leia mais

Questão 3. a) (1,5 pontos). Defina i) conjunto aberto, ii) conjunto

Questão 3. a) (1,5 pontos). Defina i) conjunto aberto, ii) conjunto DM IMECC UNICAMP Análise I Prof. Marcelo M. Santos Prova de Segunda Chamada, 08/07/2009 Aluno: Assinatura: RA: Observações: Tempo de prova: 100min; Justifique sucintamente todas as suas afirmações; Disponha

Leia mais

A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS.

A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS. A DEFINIÇÃO AXIOMÁTICA DO CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS. SANDRO MARCOS GUZZO RESUMO. A construção dos conjuntos numéricos é um assunto clássico na matemática, bem como o estudo das propriedades das operações

Leia mais

) a sucessão definida por y n

) a sucessão definida por y n aula 05 Sucessões 5.1 Sucessões Uma sucessão de números reais é simplesmente uma função x N R. É conveniente visualizar uma sucessão como uma sequência infinita: (x(), x(), x(), ). Neste contexto é usual

Leia mais

NÚCLEO EDUCAFRO KALUNGA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA PROFESSOR DEREK PAIVA

NÚCLEO EDUCAFRO KALUNGA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA PROFESSOR DEREK PAIVA NÚCLEO EDUCAFRO KALUNGA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA PROFESSOR DEREK PAIVA NOTAS DE AULA: REPRESENTAÇÕES DECIMAIS A representação decimal é a forma como escrevemos um número em uma única base, e como essa

Leia mais

Os números primos de Fermat complementam os nossos números primos, vejamos: Fórmula Geral P = 2 = 5 = 13 = 17 = 29 = 37 = 41 = Fórmula Geral

Os números primos de Fermat complementam os nossos números primos, vejamos: Fórmula Geral P = 2 = 5 = 13 = 17 = 29 = 37 = 41 = Fórmula Geral Os números primos de Fermat complementam os nossos números primos, vejamos: Fórmula Geral P = 2 = 5 = 13 = 17 = 29 = 37 = 41 = Fórmula Geral 4 4 13 + 1 = 53 Em que temos a fórmula geral: Exatamente um

Leia mais

2.1 Sucessões. Convergência de sucessões

2.1 Sucessões. Convergência de sucessões Capítulo 2 Sucessões reais Inicia-se o capítulo introduzindo os conceitos de sucessão limitada, sucessão monótona, sucessão convergente e relacionando estes conceitos entre si. A análise da convergência

Leia mais

MAT 5798 Medida e Integração Exercícios de Revisão de Espaços Métricos

MAT 5798 Medida e Integração Exercícios de Revisão de Espaços Métricos MAT 5798 Medida e Integração Exercícios de Revisão de Espaços Métricos Prof. Edson de Faria 30 de Março de 2014 Observação: O objetivo desta lista é motivar uma revisão dos conceitos e fatos básicos sobre

Leia mais

Referências e materiais complementares desse tópico

Referências e materiais complementares desse tópico Notas de aula: Análise de Algoritmos Centro de Matemática, Computação e Cognição Universidade Federal do ABC Profa. Carla Negri Lintzmayer Conceitos matemáticos e técnicas de prova (Última atualização:

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I

Cálculo Diferencial e Integral I Cálculo Diferencial e Integral I Texto de apoio às aulas. Amélia Bastos, António Bravo Dezembro 2010 Capítulo 1 Números reais As propriedades do conjunto dos números reais têm por base um conjunto restrito

Leia mais

Notas de aula: Cálculo e Matemática Aplicados às Notas de aula: Ciências dos Alimentos

Notas de aula: Cálculo e Matemática Aplicados às Notas de aula: Ciências dos Alimentos Notas de aula: Cálculo e Matemática Aplicados às Notas de aula: Ciências dos Alimentos 1 Conjuntos Um conjunto está bem caracterizado quando podemos estabelecer com certeza se um elemento pertence ou não

Leia mais

Funções - Terceira Lista de Exercícios

Funções - Terceira Lista de Exercícios Funções - Terceira Lista de Exercícios Módulo - Números Reais. Expresse cada número como decimal: a) 7 b) c) 9 0 5 5 e) 3 7 0 f) 4 g) 8 7 d) 7 8 h) 56 4. Expresse cada número decimal como uma fração na

Leia mais

Análise I. Notas de Aula 1. Alex Farah Pereira de Agosto de 2017

Análise I. Notas de Aula 1. Alex Farah Pereira de Agosto de 2017 Análise I Notas de Aula 1 Alex Farah Pereira 2 3 23 de Agosto de 2017 1 Turma de Matemática. 2 Departamento de Análise-IME-UFF 3 http://alexfarah.weebly.com ii Conteúdo 1 Conjuntos 1 1.1 Números Naturais........................

Leia mais

Funções potência da forma f (x) =x n, com n N

Funções potência da forma f (x) =x n, com n N Folha 1 Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Funções potência da forma f (x) =x n, com n N Parte 08 Parte 8 Matemática Básica 1

Leia mais

Dedução Indução Contra-exemplos Contradição Contrapositiva Construção Diagonalização

Dedução Indução Contra-exemplos Contradição Contrapositiva Construção Diagonalização Dedução Indução Contra-exemplos Contradição Contrapositiva Construção Diagonalização 1 Provas, lemas, teoremas e corolários Uma prova é um argumento lógico de que uma afirmação é verdadeira Um teorema

Leia mais

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos. 2.1 Existem diferentes tipos de infinito

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos. 2.1 Existem diferentes tipos de infinito Capítulo 2 Conjuntos Infinitos Um exemplo de conjunto infinito é o conjunto dos números naturais: mesmo tomando-se um número natural n muito grande, sempre existe outro maior, por exemplo, seu sucessor

Leia mais

Lista 1 - Bases Matemáticas

Lista 1 - Bases Matemáticas Lista 1 - Bases Matemáticas Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Parte I 1 Atribua valores verdades as seguintes proposições: a) 5 é primo e 4 é ímpar. b) 5 é primo ou 4 é ímpar. c) (Não é verdade

Leia mais

Números naturais e cardinalidade

Números naturais e cardinalidade Números naturais e cardinalidade Roberto Imbuzeiro M. F. de Oliveira 5 de Janeiro de 2008 Resumo 1 Axiomas de Peano e o princípio da indução Intuitivamente, o conjunto N dos números naturais corresponde

Leia mais

1 Limites e Conjuntos Abertos

1 Limites e Conjuntos Abertos 1 Limites e Conjuntos Abertos 1.1 Sequências de números reais Definição. Uma sequência de números reais é uma associação de um número real a cada número natural. Exemplos: 1. {1,2,3,4,...} 2. {1,1/2,1/3,1/4,...}

Leia mais

s Gabarito da 1. a Prova de PMA Fundamentos de Cálculo Prof. Wagner - 3 de maio de a PARTE

s Gabarito da 1. a Prova de PMA Fundamentos de Cálculo Prof. Wagner - 3 de maio de a PARTE 1 s Gabarito da 1. a Prova de PMA56 - Fundamentos de Cálculo Prof. Wagner - 3 de maio de 019 1.a PARTE 1. a Questão: Sejam f : X Y e g : Y Z funções dadas. Mostre que: (a) se a função f é injetora, então

Leia mais

Produtos de potências racionais. números primos.

Produtos de potências racionais. números primos. MATEMÁTICA UNIVERSITÁRIA n o 4 Dezembro/2006 pp. 23 3 Produtos de potências racionais de números primos Mário B. Matos e Mário C. Matos INTRODUÇÃO Um dos conceitos mais simples é o de número natural e

Leia mais

Semana 3 MCTB J Donadelli. 1 Técnicas de provas. Demonstração indireta de implicação. indireta de. Demonstração por vacuidade e trivial

Semana 3 MCTB J Donadelli. 1 Técnicas de provas. Demonstração indireta de implicação. indireta de. Demonstração por vacuidade e trivial Semana 3 por de por de 1 indireta por de por de Teoremas resultados importantes, Os rótulos por de por de Teoremas resultados importantes, Os rótulos Proposições um pouco menos importantes, por de por

Leia mais

Aula 5 Aula 6 Aula 7. Ana Carolina Boero. Página:

Aula 5 Aula 6 Aula 7. Ana Carolina Boero.   Página: E-mail: ana.boero@ufabc.edu.br Página: http://professor.ufabc.edu.br/~ana.boero Sala 512-2 - Bloco A - Campus Santo André Números naturais Como somos apresentados aos números? Num primeiro momento, aprendemos

Leia mais

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos. 2.1 Existem diferentes tipos de infinito

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos. 2.1 Existem diferentes tipos de infinito Capítulo 2 Conjuntos Infinitos O conjunto dos números naturais é o primeiro exemplo de conjunto infinito que aprendemos. Desde crianças, sabemos intuitivamente que tomando-se um número natural n muito

Leia mais

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos

Capítulo 2. Conjuntos Infinitos Capítulo 2 Conjuntos Infinitos Não é raro encontrarmos exemplos equivocados de conjuntos infinitos, como a quantidade de grãos de areia na praia ou a quantidade de estrelas no céu. Acontece que essas quantidades,

Leia mais

Números Reais. Víctor Arturo Martínez León b + c ad + bc. b c

Números Reais. Víctor Arturo Martínez León b + c ad + bc. b c Números Reais Víctor Arturo Martínez León (victor.leon@unila.edu.br) 1 Os números racionais Os números racionais são os números da forma a, sendo a e b inteiros e b 0; o conjunto b dos números racionais

Leia mais

Exercícios de revisão para a primeira avaliação Gabaritos selecionados

Exercícios de revisão para a primeira avaliação Gabaritos selecionados UFPB/CCEN/DM Matemática Elementar I - 2011.2 Exercícios de revisão para a primeira avaliação Gabaritos selecionados 1. Sejam p, q e r proposições. Mostre que as seguintes proposições compostas são tautologias:

Leia mais

Capítulo 1. Os Números. 1.1 Notação. 1.2 Números naturais não nulos (inteiros positivos) Última atualização em setembro de 2017 por Sadao Massago

Capítulo 1. Os Números. 1.1 Notação. 1.2 Números naturais não nulos (inteiros positivos) Última atualização em setembro de 2017 por Sadao Massago Capítulo 1 Os Números Última atualização em setembro de 2017 por Sadao Massago 1.1 Notação Números naturais: Neste texto, N = {0, 1, 2, 3,...} e N + = {1, 2, 3, }. Mas existem vários autores considerando

Leia mais

Cálculo II Sucessões de números reais revisões

Cálculo II Sucessões de números reais revisões Cálculo II Sucessões de números reais revisões Mestrado Integrado em Engenharia Aeronáutica António Bento bento@ubi.pt Departamento de Matemática Universidade da Beira Interior 2012/2013 António Bento

Leia mais

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais:

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: Espaços Euclidianos Espaços R n O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: R n = {(x 1,..., x n ) : x 1,..., x n R}. R 1 é simplesmente o conjunto R dos números

Leia mais

Resumo das aulas dos dias 4 e 11 de abril e exercícios sugeridos

Resumo das aulas dos dias 4 e 11 de abril e exercícios sugeridos MAT 1351 Cálculo para funções uma variável real I Curso noturno de Licenciatura em Matemática 1 semestre de 2016 Docente: Prof. Dr. Pierluigi Benevieri Resumo das aulas dos dias 4 e 11 de abril e exercícios

Leia mais

DISCIPLINA: MATEMÁTICA DISCRETA I PROFESSOR: GISLAN SILVEIRA SANTOS CURSO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SEMESTRE: TURNO: NOTURNO

DISCIPLINA: MATEMÁTICA DISCRETA I PROFESSOR: GISLAN SILVEIRA SANTOS CURSO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SEMESTRE: TURNO: NOTURNO DISCIPLINA: MATEMÁTICA DISCRETA I PROFESSOR: GISLAN SILVEIRA SANTOS CURSO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SEMESTRE: 2018-2 TURNO: NOTURNO ALUNO a): 1ª Lista de Exercícios - Introdução à Lógica Matemática, Teoria

Leia mais

Lista 2 - Bases Matemáticas

Lista 2 - Bases Matemáticas Lista 2 - Bases Matemáticas (Última versão: 14/6/2017-21:00) Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Parte I 1 Atribua valores verdades as seguintes proposições: a) 5 é primo e 4 é ímpar. b) 5 é primo

Leia mais

Propriedades das Funções Contínuas e Deriváveis

Propriedades das Funções Contínuas e Deriváveis Propriedades das Funções Contínuas e Deriváveis O Corpo dos Números Reais Prof. Doherty Andrade 2005/Agosto/20 Vamos rever algumas coisas que já sabemos sobre o corpo dos números reais. Por corpo entendemos

Leia mais

Tópicos de Matemática. Teoria elementar de conjuntos

Tópicos de Matemática. Teoria elementar de conjuntos Tópicos de Matemática Lic. em Ciências da Computação Teoria elementar de conjuntos Carla Mendes Dep. Matemática e Aplicações Universidade do Minho 2010/2011 Tóp. de Matemática - LCC - 2010/2011 Dep. Matemática

Leia mais

MATEMÁTICA DISCRETA CONCEITOS PRELIMINARES

MATEMÁTICA DISCRETA CONCEITOS PRELIMINARES MATEMÁTICA DISCRETA CONCEITOS PRELIMINARES Newton José Vieira 21 de agosto de 2007 SUMÁRIO Teoria dos Conjuntos Relações e Funções Fundamentos de Lógica Técnicas Elementares de Prova 1 CONJUNTOS A NOÇÃO

Leia mais

Funções e Limites - Aula 08

Funções e Limites - Aula 08 Funções e Limites - Aula 08 Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil 22 de Março de 2013 Primeiro Semestre de 2013 Turma 2013104 - Engenharia de Computação Definição

Leia mais

Capítulo 3. Séries Numéricas

Capítulo 3. Séries Numéricas Capítulo 3 Séries Numéricas Neste capítulo faremos uma abordagem sucinta sobre séries numéricas Apresentaremos a definição de uma série, condições para que elas sejam ou não convergentes, alguns exemplos

Leia mais

Construção dos Números Reais

Construção dos Números Reais 1 Universidade de Brasília Departamento de Matemática Construção dos Números Reais Célio W. Manzi Alvarenga Sumário 1 Seqüências de números racionais 1 2 Pares de Cauchy 2 3 Um problema 4 4 Comparação

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula

Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula João Roberto Gerônimo 1 1 Professor Associado do Departamento de Matemática da UEM. E-mail: jrgeronimo@uem.br. ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO Esta notas de aula

Leia mais

Introdução ao Curso. Área de Teoria DCC/UFMG 2019/01. Introdução à Lógica Computacional Introdução ao Curso Área de Teoria DCC/UFMG /01 1 / 22

Introdução ao Curso. Área de Teoria DCC/UFMG 2019/01. Introdução à Lógica Computacional Introdução ao Curso Área de Teoria DCC/UFMG /01 1 / 22 Introdução ao Curso Área de Teoria DCC/UFMG Introdução à Lógica Computacional 2019/01 Introdução à Lógica Computacional Introdução ao Curso Área de Teoria DCC/UFMG - 2019/01 1 / 22 Introdução: O que é

Leia mais

Então (τ x, ) é um conjunto dirigido e se tomarmos x U U, para cada U vizinhança de x, então (x U ) U I é uma rede em X.

Então (τ x, ) é um conjunto dirigido e se tomarmos x U U, para cada U vizinhança de x, então (x U ) U I é uma rede em X. 1. Redes Quando trabalhamos no R n, podemos testar várias propriedades de um conjunto A usando seqüências. Por exemplo: se A = A, se A é compacto, ou se a função f : R n R m é contínua. Mas, em espaços

Leia mais

1. Funções Reais de Variável Real Vamos agora estudar funções definidas em subconjuntos D R com valores em R, i.e. f : D R R

1. Funções Reais de Variável Real Vamos agora estudar funções definidas em subconjuntos D R com valores em R, i.e. f : D R R . Funções Reais de Variável Real Vamos agora estudar funções definidas em subconjuntos D R com valores em R, i.e. f : D R R D x f(x). Uma função é uma regra que associa a cada elemento x D um valor f(x)

Leia mais

Resumo Elementos de Análise Infinitésimal I

Resumo Elementos de Análise Infinitésimal I Apêndice B Os números naturais Resumo Elementos de Análise Infinitésimal I Axiomática de Peano Axioma 1 : 1 N. Axioma 2 : Se N, então + 1 N. Axioma 3 : 1 não é sucessor de nenhum N. Axioma 4 : Se + 1 =

Leia mais

Elementos de Matemática Finita

Elementos de Matemática Finita Elementos de Matemática Finita Exercícios Resolvidos - Princípio de Indução; Algoritmo de Euclides 1. Seja ( n) k n! k!(n k)! o coeficiente binomial, para n k 0. Por convenção, assumimos que, para outros

Leia mais

Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil

Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil Seqüências Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil 12 de Abril de 2013 Primeiro Semestre de 2013 Turma 2013104 - Engenharia de Computação Seqüências Consideraremos

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Número Reais. Objetivos da Aula

CÁLCULO I. 1 Número Reais. Objetivos da Aula CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida EMENTA: Conceitos introdutórios de limite, limites trigonométricos, funções contínuas, derivada e aplicações. Noções introdutórias sobre a integral

Leia mais

Teorema Do Ponto Fixo Para Contrações 1

Teorema Do Ponto Fixo Para Contrações 1 Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência 20 anos c Publicação Eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit Teorema Do Ponto Fixo

Leia mais

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PIBIC : CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR,

Leia mais

Funções - Primeira Lista de Exercícios

Funções - Primeira Lista de Exercícios Funções - Primeira Lista de Exercícios Vers~ao de 0/03/00 Recomendações Não é necessário o uso de teoremas ou resultados complicados nas resoluções. Basta que você tente desenvolver suas idéias. Faltando

Leia mais

Números Naturais. MA12 - Unidade 1. Os Axiomas de Peano. O Axioma da Indução. Exemplo: uma demonstração por indução

Números Naturais. MA12 - Unidade 1. Os Axiomas de Peano. O Axioma da Indução. Exemplo: uma demonstração por indução Os Números Naturais MA1 - Unidade 1 Números Naturais Paulo Cezar Pinto Carvalho PROFMAT - SBM January 7, 014 Números Naturais: modelo abstrato para contagem. N = {1,,3,...} Uma descrição precisa e concisa

Leia mais

Aula 7 Os teoremas de Weierstrass e do valor intermediário.

Aula 7 Os teoremas de Weierstrass e do valor intermediário. Os teoremas de Weierstrass e do valor intermediário. MÓDULO - AULA 7 Aula 7 Os teoremas de Weierstrass e do valor intermediário. Objetivo Compreender o significado de dois resultados centrais a respeito

Leia mais

Demonstrações. Terminologia Métodos

Demonstrações. Terminologia Métodos Demonstrações Terminologia Métodos Técnicas de Demonstração Uma demonstração é um argumento válido que estabelece a verdade de uma sentença matemática. Técnicas de Demonstração Demonstrações servem para:

Leia mais

Propriedades das Funções Contínuas e Limites Laterais Aula 12

Propriedades das Funções Contínuas e Limites Laterais Aula 12 Propriedades das Funções Contínuas e Limites Laterais Aula 12 Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil 27 de Março de 2014 Primeiro Semestre de 2014 Turma 2014106 -

Leia mais

Apresentação do curso

Apresentação do curso Folha 1 Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Apresentação do curso Parte 1 Parte 1 Matemática Básica 1 Parte 1 Matemática Básica

Leia mais

MA11 - Unidade 4 Representação Decimal dos Reais Semana 11/04 a 17/04

MA11 - Unidade 4 Representação Decimal dos Reais Semana 11/04 a 17/04 MA11 - Unidade 4 Representação Decimal dos Reais Semana 11/04 a 17/04 Para efetuar cálculos, a forma mais eciente de representar os números reais é por meio de expressões decimais. Vamos falar um pouco

Leia mais

Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a

Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a Exemplo (U(n)) Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a multiplicação módulo n é uma operação binária

Leia mais

Aula 1: Introdução ao curso

Aula 1: Introdução ao curso Aula 1: Introdução ao curso MCTA027-17 - Teoria dos Grafos Profa. Carla Negri Lintzmayer carla.negri@ufabc.edu.br Centro de Matemática, Computação e Cognição Universidade Federal do ABC 1 Grafos Grafos

Leia mais

COMPARAÇÃO ENTRE ALGUMAS FERRAMENTAS DE ANÁLISE REAL DE UMA VARIÁVEL COM SEUS ANÁLOGOS EM ESPAÇOS MÉTRICOS E O TEOREMA DO PONTO FIXO.

COMPARAÇÃO ENTRE ALGUMAS FERRAMENTAS DE ANÁLISE REAL DE UMA VARIÁVEL COM SEUS ANÁLOGOS EM ESPAÇOS MÉTRICOS E O TEOREMA DO PONTO FIXO. COMPARAÇÃO ENTRE ALGUMAS FERRAMENTAS DE ANÁLISE REAL DE UMA VARIÁVEL COM SEUS ANÁLOGOS EM ESPAÇOS MÉTRICOS E O TEOREMA DO PONTO FIXO. Maicon Luiz Collovini Salatti - luizcollovini@gmail.com Universidade

Leia mais

UFRJ - Instituto de Matemática

UFRJ - Instituto de Matemática UFRJ - Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática www.pg.im.ufrj.br/pemat Mestrado em Ensino de Matemática Seleção 9 Etapa Questão. Determine se as afirmações abaio são verdadeiras

Leia mais

= = 20 4 (3 + 4) 2 = = 56

= = 20 4 (3 + 4) 2 = = 56 Capítulo 0 Pré-requisitos O objetivo desse capítulo é apresentar uma coleção de propriedades e resultados sobre números reais e outros temas que serão utilizados ao longo do curso e devem ser relembrados

Leia mais

Fórmulas de Taylor - Notas Complementares ao Curso de Cálculo I

Fórmulas de Taylor - Notas Complementares ao Curso de Cálculo I Fórmulas de Taylor - Notas Complementares ao Curso de Cálculo I Gláucio Terra Sumário 1 Introdução 1 2 Notações 1 3 Notas Preliminares sobre Funções Polinomiais R R 2 4 Definição do Polinômio de Taylor

Leia mais

P1 de Análise Real ou Análise I Data: 16 de abril de 2008

P1 de Análise Real ou Análise I Data: 16 de abril de 2008 P1 de Análise Real ou Análise I 2008.1 Data: 16 de abril de 2008 Serão contadas as quatro melhores questões. 1. Seja (a n ) uma seqüência de números reais. Prove que se (a n ) 2 converge então a nn também

Leia mais

UFPR - Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Matemática MA12 - Matemática Discreta - PROFMAT Prof.

UFPR - Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Matemática MA12 - Matemática Discreta - PROFMAT Prof. UFPR - Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Matemática MA - Matemática Discreta - PROFMAT Prof. Zeca Eidam Lista Números Naturais e o Princípio de Indução. Prove que

Leia mais

1 Conjuntos enumeráveis

1 Conjuntos enumeráveis Medida e Integração. Departamento de Física e Matemática. USP-RP. Prof. Rafael A. Rosales de maio de 007. Conjuntos enumeráveis Denotamos por Q os numeros racionais, logo [0, ] Q, são os números racionais

Leia mais

Matemática Discreta. Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números. Universidade do Estado de Mato Grosso. 4 de setembro de 2017

Matemática Discreta. Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números. Universidade do Estado de Mato Grosso. 4 de setembro de 2017 Matemática Discreta Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números Professora Dr. a Donizete Ritter Universidade do Estado de Mato Grosso 4 de setembro de 2017 Ritter, D. (UNEMAT) Matemática Discreta 4

Leia mais

Fórmulas de Taylor. Notas Complementares ao Curso. MAT Cálculo para Ciências Biológicas - Farmácia Noturno - 1o. semestre de 2006.

Fórmulas de Taylor. Notas Complementares ao Curso. MAT Cálculo para Ciências Biológicas - Farmácia Noturno - 1o. semestre de 2006. Fórmulas de Taylor Notas Complementares ao Curso MAT0413 - Cálculo para Ciências Biológicas - Farmácia Noturno - 1o. semestre de 2006 Gláucio Terra Sumário 1 Introdução 1 2 Notações 1 3 Notas Preliminares

Leia mais

Um pouco da linguagem matemática

Um pouco da linguagem matemática Um pouco da linguagem matemática Laura Goulart UESB 3 de Julho de 2018 Laura Goulart (UESB) Um pouco da linguagem matemática 3 de Julho de 2018 1 / 14 Vocabulário matemático Laura Goulart (UESB) Um pouco

Leia mais

Bases Matemáticas. Relembrando: representação geométrica para os reais 2. Aula 8 Números Reais: módulo ou valor absoluto, raízes, intervalos

Bases Matemáticas. Relembrando: representação geométrica para os reais 2. Aula 8 Números Reais: módulo ou valor absoluto, raízes, intervalos 1 Bases Matemáticas Aula 8 Números Reais: módulo ou valor absoluto, raízes, intervalos Rodrigo Hausen 10 de outubro de 2012 v. 2012-10-15 1/34 Relembrando: representação geométrica para os reais 2 Uma

Leia mais