Lei nº /2011 A Lei de Acesso à Informação e o papel dos Auditores Internos
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- Vitorino Farias Lima
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1 Lei nº /2011 A Lei de Acesso à Informação e o papel dos Auditores Internos 1 Luiz Alberto Sanábio Freesz Chefe da Controladoria Regional da União no Estado de MG
2 Art. 5º. XXXIII todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 2
3 QUAL É A IMPORTÂNCIA DA LAI? CGU 3
4 4 CGU
5 5 CGU
6 DIRETRIZES E PRINCÍPIOS CGU Maior número de informações para o maior número de pessoas 6
7 ABRANGÊNCIA Três poderes Três Esferas CGU 7
8 DEVER DO ESTADO CGU 8
9 DEVER DO ESTADO - SIC CGU Criação de unidades físicas do serviço de informações ao cidadão (SIC), em cada órgão e entidade, para atendimento ao solicitante (art. 9º). É dever do Estado oferecer imediatamente as informações disponíveis. Para as demais, a Lei estipula o prazo para resposta de 20 (vinte) dias corridos, prorrogáveis por mais 10 (dez), desde que justificada. 9
10 DEVER DO ESTADO AUTORIDADE RESPONSÁVEL 10 O dirigente máximo de cada órgão ou entidade designará autoridade que lhe seja diretamente subordinada (art. 40) para: Assegurar o cumprimento das normas de forma eficiente e adequada Monitorar a implementação do disposto nesta Lei e apresentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento; Recomendar as medidas indispensáveis à implementação e ao aperfeiçoamento das normas e procedimentos para cumprimento da lei; Orientar unidades no que se refere ao cumprimento do disposto nesta Lei e seus regulamentos. CGU
11 DIREITO DO SOLICITANTE - OBTER CGU 11
12 DIREITO DO SOLICITANTE INFORMAÇÕES SOBRE CGU 12
13 DIREITO DO SOLICITANTE - FUNDAMENTO O acesso à informação compreende o direito de obter informação relativa ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. (Lei nº /2011, art. 7º, inciso VII, alínea b ) Os documentos utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo deverão ser disponibilizados para acesso com a edição do ato decisório respectivo (Lei /2011, art. 7º, 3º) 13
14 O SIGILO DEVE PROTEGER A SEGURANÇA 14
15 As LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS DE SIGILO CONTINUAM EM VIGÊNCIA, bem como as informações relacionadas a SEGREDO DE JUSTIÇA, SEGREDO INDUSTRIAL decorrentes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público. 15
16 INFORMAÇÕES SIGILOSAS CGU 16
17 17 TIPO ULTRASSECRETA SECRETA RESERVADA PRAZO 25 anos 15 anos 5 anos REVISÃO RENOVAÇÃO QUEM CLASSIFICA No máximo, a cada 4 anos. Caso não ocorra, informação desclassificada automaticamente. Uma única vez, por prazo determinado e até 25 anos, pela Comissão Mista de Reavaliação de Informações. Presidente da República. Vice-Presidente da República. Ministros de Estado e autoridades idênticas prerrogativas. Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica. Chefes das Missões Diplomáticas e Consulares Permanentes. No máximo, a cada 4 anos. Caso não ocorra, informação desclassificada automaticamente. Não há possibilidade de renovação. Todos da Ultrassecreta + Titulares das autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de economia mista. Não há necessidade de revisão. Não há possibilidade de renovação. Todos da Secreta + Autoridades c/ funções de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5, ou superior, ou de hierarquia equivalente.
18 COMISSÃO MISTA DE REAVALIAÇÃO DE INFORMAÇÕES Decidirá, no âmbito da administração pública federal, sobre o tratamento e a classificação de informações sigilosas e poderá: Requisitar da autoridade que classificar informação como ultrassecreta e secreta esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral da informação; Rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada; e Prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como ultrassecreta, sempre por prazo determinado. 18
19 PRAZO IMPORTANTE! Os órgãos e entidades deverão proceder à REAVALIAÇÃO DAS INFORMAÇÕES EXISTENTES e atualmente classificadas como ULTRASSECRETAS E SECRETAS NO PRAZO MÁXIMO DE 2 (DOIS) ANOS, CASO CONTRÁRIO as informações serão CONSIDERADAS, AUTOMATICAMENTE, DE ACESSO PÚBLICO. 19
20 INFORMAÇÕES PESSOAIS LAI - Lei n.º /2011 Relativas à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas. O acesso é restrito, independentemente de classificação, pelo prazo de 100 anos. PODEM TER ACESSO ÀS INFORMAÇÕES PESSOAIS: Os agentes públicos legalmente autorizados; A pessoa à qual elas se referem; Terceiros, mediante consentimento expresso da pessoa à qual elas se referem; e 20 Independentemente de consentimento, para as finalidades previstas no art. 31, 3º da Lei nº /11.
21 RESPONSABILIDADE CGU DOS AGENTES PÚBLICOS OU MILITAR Obrigado a fornecer as informações relacionadas ao acesso à informação, caso contrário será considerado conduta ilícita, o que pode levar à sua responsabilização. São conduta ilícitas - VERBOS: Recusar-se ou retardar.. 2. Fornecê-la intencionalmente incorreta, incompleta ou imprecisa Utilizar indevidamente, subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, ocultar Divulgar ou permitir a divulgação de informação sigilosa ou pessoal 5. Impor sigilo para obter proveito pessoal ou de terceiro; 6. Ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros 7. Destruir ou subtrair, documentos relacionados a violações de direitos humanos 8. AGIR COM DOLO OU MÁ-FÉ NA SOLICITAÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO
22 RESPONSABILIDADE CGU TIPOS DE PENALIDADES Para fins dos regulamentos das Forças Armadas as condutas acima serão consideradas transgressões militares médias ou graves, desde que não tipificadas em lei como crime ou contravenção penal. O agente público responsabilizado pelos atos descritos acima poderá ser punido com, no mínimo, suspensão, (Lei no 8.112, 1990) e responder por improbidade administrativa. (Leis nos 1.079, 1950, e 8.429, 1992) ÓRGÃOS E ENTIDADES PÚBLICAS RESPONDEM DIRETAMENTE PELOS DANOS CAUSADOS em decorrência da divulgação não autorizada ou utilização indevida de informações sigilosas ou informações pessoais. 22
23 O SERVIÇO DE INFORMAÇÕES AO CIDADÃO - SIC o Competência e Objetivos protocolizar requerimentos de acesso à informação atender e orientar o público quanto ao acesso a informações informar sobre a tramitação de documentos/pedidos conceder o acesso imediato à informação disponível gerar subsídios para a publicação anual do relatório estatístico através da inclusão das solicitações no sistema 23
24 Quem pode solicitar informação? QUALQUER PESSOA física ou jurídica Pedido não precisa ser motivado, apenas conter a identificação do requerente e a especificação da informação Decisão negativa de acesso deve ser motivada Serviço de busca e fornecimento das informações é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados. 24 Para quem o pedido deve ser endereçado? Ao SIC do respectivo órgão ou entidade
25 9 Situações previstas para tratamentos dos pedidos de acesso à informação recebidos no Serviço de Informação ao Cidadão SIC 25
26 1 INFORMAÇÃO DISPONÍVEL Lembre-se, caso a informação se encontre disponível, deverá ser entregue imediatamente. 26
27 2 INFORMAÇÃO DISPONÍVEL NO PRAZO DE 20 DIAS Comunicar, por escrito, a data, local e modo para o solicitante realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão Caso a informação esteja disponível em formato digital, poderá ser fornecido nesse formato, caso haja anuência do requerente Quando a manipulação do documento prejudicar sua integridade, deverá ser oferecida a consulta de cópia, com certificado que confere o conteúdo com o original 27
28 3 SOLICITAÇÃO DE ESPECIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO Se não for possível especificar qual é a informação solicitada, o órgão e/ou entidade deverá solicitar uma consulta mais específica da informação e orientar o solicitante sobre como fazer essa alteração. 28
29 MELHORANDO A ESPECIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO PEDIDO DE INFORMAÇÕES GENÉRICAS Gostaria de obter as informações sobre a reforma do edifício-sede do Ministério da Educação Qual é o historio de reclamações recebidas pela CGU? Gostaria de solicitar os convênios efetuados pelo Ministério X PEDIDO DE INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS Quanto o Ministério da Educação gastou na reforma do seu edifíciosede no exercício de 2011? Quais foram as reclamações recebidas em maior quantidade pela Ouvidoria-Geral da União durante o exercício de 2011? Solicito os convênios firmados entre o Ministério X e a ONG Y. 29
30 4 RECUSA PARCIAL INFORMAÇÃO CLASSIFICADA OU PESSOAL Devem ser entregues as informações disponíveis, e informar qual a parte recusada e as razões da recusa. Em relação aos trechos recusados, devem, ainda, ser informadas a possibilidade de recurso, as condições e o prazo, bem como a autoridade competente para analisá-la. Quando o cidadão solicitar informações contidas em documentos com conteúdo parcialmente sigilosos, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. 30
31 5 RECUSA TOTAL INFORMAÇÃO CLASSIFICADA OU PESSOAL Deve ser informada a recusa e as suas razões, e a possibilidade de recurso, o prazo e as condições para sua interposição, bem como a autoridade competente para analisá-lo. Saiba mais: É direito do requerente obter o inteiro teor da decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia. 31
32 6 INFORMAÇÃO INEXISTENTE A informação solicitada é relacionada ao campo de atuação do órgão ou entidade, mas nunca foi produzida e/ou documentada. Neste caso, o órgão (SIC) deverá informar a inexistência da informação e a possibilidade de recurso, o prazo e condições para sua interposição, bem como a autoridade competente para analisá-la. 32
33 7 INFORMAÇÃO EXTRAVIADA A informação existe e pertence ao órgão ou entidade, mas não é encontrada e/ou não se encontra no local onde deveria estar (exemplo: arquivo ou protocolo). Neste caso, o solicitante, ao ser informado do extravio da informação solicitada, e poderá requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância. 33
34 8 INFORMAÇÃO NÃO PERTENCE AO ÓRGÃO OU ENTIDADE Caso a informação solicitada pertença a outro órgão ou entidade pública, o SIC deve comunicar ao cidadão que não a possui e, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém. O SIC poderá, ainda, remeter o requerimento ao órgão ou à entidade detentora da informação via sistema, cientificando o interessado da remessa do seu pedido de informação. 34
35 9 SOLICITAÇÃO DE PRORROGAÇÃO DO PRAZO É possível solicitar a prorrogação do prazo de resposta por mais 10 (dez) dias corridos, desde que a solicitação seja justificada. Tal prorrogação deve ser informada ao solicitante da informação. Neste caso, o SIC deve inserir o pedido de prorrogação no sistema e informar o motivo. Fique de Olho! O Sistema irá informar quando o prazo corrido de 20 (vinte) dias estiver perto do fim e a solicitação não foi respondida. O SIC deve ficar atento ao cumprimento do prazo. 35
36 E SE O CIDADÃO NÃO CONCORDAR COM A CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO? 36
37 Pedido de Desclassificação 3ª Instância: Comissão de Reavaliação de Informações (Secreta e Ultrassecreta) 2ª Instância: Ministro de Estado 1ª Instância: Autoridade que classificou a informação 37 Atenção! O pedido de desclassificação não é propriamente um recurso. Trata-se de um dispositivo autônomo, ou seja, não depende de uma negativa de acesso e pode ser apresentado a qualquer momento.
38 E SE O CIDADÃO DESEJAR INTERPOR RECURSO? 38
39 1ª Hipótese: Situações Gerais 3ª Instância Comissão Mista de Reavaliação 2ª Instância: CGU 1ª Instância: Autoridade superior à que proferiu a decisão Negado acesso a informações não-sigilosas Decisão denegatória não indica autoridade superior a quem possa ser encaminhado recurso Descumprimento de prazos e procedimentos de classificação 39
40 2ª Hipótese: Omissão/Inércia do órgão 3ª Instância Comissão Mista de Reavaliação 2ª Instância: CGU 1ª Instância: Autoridade do Art
41 SISTEMA DE ACESSO À INFORMAÇÃO Sistema Web, que centraliza todos os pedidos de informação amparados pela Lei /2011 que forem dirigidos ao Poder Executivo Federal. CGU 41
42 FUNCIONALIDADES DISPONÍVEIS Registrar pedidos de informação Acompanhar pedidos de informação: trâmites e prazos Entrar com recursos CIDADÃO Consultar respostas recebidas 42
43 43 CGU
44 FUNCIONALIDADES DISPONÍVEIS ÓRGÃO / ENTIDADE Responder pedidos Pedir prorrogação de prazo para resposta Reencaminhar pedidos a outros órgãos Obter estatísticas de atendimentos Cadastrar equipe do SIC autorizada a usar o sistema 44 Acompanhar prazos
45 Ação Fevereiro Março Abril Maio Levantar e organizar informações X X X X X 1 Abastecer site padronizado X X X Validar site e conteúdo X X Publicar site na internet X Elaborar fluxo interno de tramitação X X X X X Selecionar servidores para o SIC X X X 2 Treinar os servidores do SIC X X X X X Disponibilizar infraestrutura do SIC X X X Inaugurar o SIC X 3 Designar autoridade responsável Criar GT X X X Identificar infos. mais demandadas X X X X X X X 4 Estabelecer regras classificação X X X X X X X X X Levantar legislação específica X X X X
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49 Um governo popular, sem informação pública, ou sem meios para obtê-la, é o prólogo de uma farsa ou de uma tragédia; ou talvez de ambas. O conhecimento sempre governará a ignorância: e o povo que pretende governar a si próprio necessita armar-se com o poder que o conhecimento confere. James Madison Ex-Presidente dos Estados Unidos (1822) 49
50 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO Controladoria-Regional da União no Estado de Minas Gerais Rua Timbiras nº Belo Horizonte MG CEP: Fone: (31)
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