Proteção de dados e acesso à informação. Mario Viola
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- Isadora Vilanova Borges
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1 Proteção de dados e acesso à informação Mario Viola Seminário sobre a Lei de Acesso à Informação Anvisa 06 de agosto de 2013
2 Leis de Acesso à Informação David Banisar
3 Acesso à Informação Declaração Universal dos Direitos Humanos Art. 19. Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.
4 Informação Titularidade da informação Proteção da informação pessoal Acesso à informação
5 Lei Geral de Acesso à Informação - Lei /2011 Objetivos Garantir o pleno acesso pelo cidadão a informação e documentos públicos Obrigar o Estado a buscar de forma ativa a transparência das informações Estabelecer procedimentos administrativos para o acesso e a responsabilidade dos agentes públicos
6 Características Aplica-se a todos os órgãos públicos, em todos os Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário - da União, Estados e Municípios; Obriga a disponibilização de informações básicas sobre atuação do Poder Público na Internet (Transparência ativa); Obriga a criação de um Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) para atendimento e orientação do público e para receber pedidos de acesso a informação (Transparência passiva); Estabelece procedimentos para amplo acesso pelo cidadão; Exige que a decisão que negar o acesso deva ser fundamentada; Prevê o cabimento de recurso contra decisão negativa de acesso; Assegura gratuidade à população de baixa renda.
7 Sigilo Proíbe a restrição de acesso sobre informações que versem sobre condutas de violação de direitos humanos ou sejam necessárias à defesa dos direitos fundamentais Trata o sigilo como exceção, quando a restrição de acesso, justificadamente, seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado (art. 3º, I da Lei nº /2011) A desclassificação é automática após vencido o prazo de sigilo ou após a ocorrência de evento específico Toda decisão que classifique informação como ultra-secreta deverá ser comunicada à Comissão de Reavaliação de Informações
8 Informações Pessoais Restringe o acesso quando a divulgação de determinada informação pessoal for ofensiva à intimidade, vida privada, honra e imagem. Estabelece prazo máximo de restrição de 100 anos, mas prevê diversas situações em que a informação deva ser divulgada por ser de interesse público. A restrição não será aplicada nos seguintes casos: Consentimento expresso do titular, Tratamento médico, estatísticas e pesquisa, Interesse público, Ordem judicial, Apuração de irregularidades ou ações voltadas à recuperação de fatos históricos de maior relevância
9 Proteção de Dados Pessoais David Banisar
10 Marco Jurídico da Proteção de Dados Previsão constitucional de proteção à vida privada, à intimidade, à honra e à imagem como direitos fundamentais (art. 5º, X) Ação de Habeas data (art. 5º, LXXII) Privacidade como um direito da personalidade (art. 21 do Código Civil) Lei Complementar nº 105, de 10 de Janeiro de 2001 Artigos 43 e 44 do Código de Defesa do Consumidor regulam a manutenção de bases de dados e de cadastros de consumidores e estabelecem direitos para os consumidores com relação ao uso de seus dados pessoais Lei nº /2011 (Cadastro Positivo) Lei nº12.527/2011 (Lei de Acesso a Informações) Anteprojeto de lei de proteção de dados pessoais (APL) em elaboração pelo Ministério da Justiça.
11 O que é informação pessoal? Não há no ordenamento brasileiro uma definição legal para informação ou dado pessoal «Dados pessoais», qualquer informação relativa a uma pessoa singular identificada ou identificável («pessoa em causa»); é considerado identificável todo aquele que possa ser identificado, directa ou indirectamente, nomeadamente por referência a um número de identificação ou a um ou mais elementos específicos da sua identidade física, fisiológica, psíquica, económica, cultural ou social (Diretiva Europeia 95/46/CE)
12 Que tipos de informações pessoais estão sujeitas ao sigilo? Somente aquelas que estiverem relacionadas à intimidade, vida privada, honra, imagem ou a liberdades e garantias individuais (art. 31, caput da Lei nº /2011)
13 Quais seriam as informações relacionadas à intimidade, vida privada, honra, imagem ou a liberdades e garantias individuais? Intimidade trata-se da informação daqueles dados que a pessoa guarda para si e que dão consistência à sua pessoalidade, dados de foro íntimo, expressões de auto-estima, avaliações personalíssimas com respeito a outros, pudores, enfim, dados que quando constantes de processos comunicativos, exigem do receptor extrema lealdade e confiança, e que, se devassados, desnudariam a personalidade, quebrariam a consistência psíquica, destruindo a integridade moral do sujeito. (Tércio Sampaio Ferraz Júnior) Vida privada referentes às opções da convivência, como a escolha de amigos, a frequência de lugares, os relacionamentos familiares, ou seja, de dados que, embora digam respeito aos outros, não afetam (embora no interior da própria convivência, possam vir a afetar) direitos de terceiros (exclusividade da convivência). Tércio Sampaio Ferraz Júnior Honra princípio que leva alguém a ter uma conduta proba, virtuosa, corajosa e que lhe permite gozar de bom conceito junto à sociedade (Dicionário HOUAISS) Imagem o direito de não vê-la mercantilizada, usada, sem o seu exclusivo consentimento, em proveito de outros interesses que não os próprios. Assim, a privacidade, nesse caso, protege a informação de dados que envolvam avaliações (negativas) do comportamento que, publicadas, podem ferir o bom nome do sujeito, isto é, o modo como ele supõe e deseja ser visto pelos outros. (Tércio Sampaio Ferraz Júnior)
14 Um caminho... informações sensíveis, assim consideradas aquelas pertinentes à origem social e étnica, à saúde, à informação genética, à orientação sexual e às convicções políticas, religiosas e filosóficas. (art. 3º, 3º, II da Lei nº12.414/2011) Princípio da finalidade
15 Agravo de Instrumento nº /RS Relatora: Desembargadora Federal Marga Inge Barth Tessler Os argumentos do SIMERS, no ponto, apresentam considerável relevância, tendo em vista que a exigência de revelação do diagnóstico (CID da doença) dos beneficiários de planos de saúde, ora permitida pela Resolução rechaçada, sem autorização expressa do doente ou hipóteses de justa causa ou imposição legal, implica evidente ofensa ao sigilo médico e violação à intimidade e à dignidade de todos os titulares de planos congêneres.
16 MARIO VIOLA Brasília,
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