Resposta imunológica aos anticoncepcionais em portadoras de asma Parte Exames radiológicos
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1 Resposta imunológica aos anticoncepcionais em portadoras de asma Parte Exames radiológicos Taynara Guimarães Silva 1 ; Raquel Prudente de Carvalho Baldaçara 2 1 Aluna PIVIC do curso de medicina. Câmpus de Palmas. tataexpovest@hotmail.com 2 Orientador do curso de medicina. Câmpus de Palmas. raquelpcb@terra.com.br RESUMO INTRODUÇÃO: Há evidências clínicas que ACO estão associados com alteração da função pulmonar. No entanto, a associação entre asma e ACO (progestogênios e estrogênios) ainda não está esclarecida. OBJETIVO: Verificar as principais alterações radiológicas nas pacientes asmáticas que usam ACO. MÉTODO: Avaliação de artigos científicos dos últimos 05 anos através do sistema medline/pubmed. RESULTADOS: Segundo Franquet (2011), achados radiológicos associados à asma são frequentemente inespecíficos e consistem no espessamento da parede brônquica e na hiperinsuflação pulmonar secundária. A radiografia simples deve ser realizada apenas em pacientes com sintomas atípicos ou suspeita de complicações como consolidações, atelectasia subsegmentar secundária à impactação de muco, aspergilose broncopulmonar alérgica, pneumotórax e pneumomediastino. Atualmente, com as novas tecnologias como o uso da tomografia computadorizada tem possibilitado avaliar melhor a anatomia das vias aéreas, a mecânica pulmonar regional e a função pulmonar associada (troca gasosa) e, assim, entender melhor as diferenças entre os pulmões de indivíduos saudáveis versus aqueles com a asma, além de esclarecer as diferenças entre asma grave e não grave. CONCLUSÃO: Como os exames tomográficos envolvem alta tecnologia, custo elevado e exposição à radiação, a radiografia de tórax ainda costuma ser bastante empregada na avaliação primária do paciente com asma persistente leve, moderada e/ou grave, principalmente, para detectar condições subjacentes que poderão influenciar no tratamento clínico do paciente. Palavras-chave: asthma, radiology and other imaging, radiography
2 INTRODUÇÃO A asma constitui se em um processo heterogêneo com considerável variabilidade fenotípica. É caracterizada pela presença de inflamação, hiperresponsividade e obstrução reversível de vias aéreas. É considerada um problema de saúde pública, pois afeta 21% da população brasileira (SOLE et al, 2001, p. 123). O paradigma atual da patogenia da asma está diretamente relacionado à interação gene-ambiente brasileira (WILLS-KARP; EWART, 2004, p. 376). Por sua vez, há várias pesquisas que relacionam a influência de hormônios sexuais nas respostas imunológicas(salam et al, 2006, p. 1001). Por exemplo, os receptores da progesterona estão presentes em grande quantidade na superfície de linfócitos, quando ocorre a ligação da progesterona com o seu receptor, há estimulação e liberação do Progesterone Induced Blocking Factor (PIBF) e este induz a expressão de citocinas padrão Th2 (IL -4, IL-5, IL-6, IL-9, IL-10, IL-13) e ocorre diminuição na citotoxicidade de células Natural Killer (NK), fenômeno observado principalmente no endométrio gravídico. O estrógeno também possui um papel antiinflamatório bloqueando citocinas padrão Th1, este diminui a produção de TNF, a expressão de IFN-y e atividade de células NK, desta forma, há alteração do balanço Th1/Th2, predominando citocinas Th2 (BOUMAN; HEINEMAN; FAAS, 2005, p. 411). Os anticoncepcionais são amplamente utilizados nos últimos 50 anos. Recentemente, há evidências clínicas que os contraceptivos estão associados com alteração da função pulmonar. Alguns estudos sugerem que os anticoncepcionais podem ser considerados fator de risco para o desenvolvimento ou exacerbação das crises de asma (MACSALI et al, 2009, p.391). No entanto, a associação entre asma e o uso de anticoncepcionais combinados (progestogênios e estrogênios) ainda não está esclarecida. A literatura é controversa, outros estudos relatam que estrógeno e progesterona melhoram a capacidade pulmonar total, diminuem a exacerbação de sintomas de asma como tosse, sibilância, dispneia. Na asma pré-menstrual, quando níveis de estrógeno estão baixos, ocorre agravamento dos sintomas, diminuição da média do volume expiratório forçado no primeiro segundo (HAGGERTY et al, 2003, p. 384). O estrógeno pode estimular a
3 óxido nítrico sintetase desencadeando mecanismos fisiopatológicos da asma (CHAMBLISS, SHAUL, 2002, p. 665). Os achados radiológicos associados à asma são frequentemente inespecíficos e consistem no espessamento da parede brônquica, na hiperinsuflação pulmonar secundária, complicações como atelectasias subsegmentares, pneumotórax e pneumomediastino (FRANCHET, 2011, p.23). Portanto, sabendo que a relação entre o uso de hormônios sexuais com a resposta inflamatória das vias aéreas inferiores é observada em vários estudos e que há alterações pulmonares em pessoas asmáticas visíveis ao raio-x(castro et al, 2011, p.3) esse estudo se propõe a realizar uma revisão bibliográfica das alterações radiológicas que ocorrem nas mulheres asmáticas para que posteriormente possa ser analisado se há ou não diferenças radiológicas entre o pulmão de mulheres asmáticas que usam anticoncepcionais e aquelas que não são asmáticas e usam anticoncepcionais. MATERIAL E MÉTODOS O presente estudo é uma revisão da literatura, realizada no período de agosto de 2012 a julho de 2013, relacionada ao tema as alterações radiológicas nas mulheres asmáticas que usam anticoncepcionais. Inicialmente foram definidos os descritores por meio de pesquisa na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), tendo como base os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Os critérios de inclusão foram: artigos científicos em inglês ou português entre os anos de 2009 a Assim, foi feito um levantamento de todas as palavras relacionadas ao tema nessa ferramenta, que se adequavam aos objetivos do trabalho, sendo escolhidos os descritores: asthma, radiology and other imaging, radiography. Foram selecionados trabalhos científicos divulgados nas bases de dados PubMed e Bireme.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A asma grave é uma doença complexa, com heterogeneidade fenotipica em termos de padrão e intensidade da inflamação das vias aéreas e remodelação e expressão clínica da doença (DESAI et al, 2013 p. 1). Segundo Franquet (2011 p. 23), achados radiológicos associados à asma são frequentemente inespecíficos e consistem no espessamento da parede brônquica e na hiperinsuflação pulmonar secundária. Em doentes com asma sem enfisema, hiperinsuflação pulmonar associada é muito difícil de ser visualizada com a radiologia convencional, pois na radiografia simples, a maioria dos asmáticos tem um volume pulmonar normal ou reduzido, mesmo durante os episódios de exacerbação. A radiografia simples deve ser realizada apenas em pacientes com sintomas atípicos ou suspeita de complicações como consolidações, atelectasia subsegmentar secundária à impactação de muco, aspergilose broncopulmonar alérgica, pneumotórax e pneumomediastino (FRANQUET, 2011, P. 23). Atualmente, com as novas tecnologias como o uso da tomografia computadorizada tem possibilitado avaliar melhor a anatomia das vias aéreas, a mecânica pulmonar regional e a função pulmonar associada (troca gasosa) e, assim, entender melhor as diferenças entre os pulmões de indivíduos saudáveis versus aqueles com a asma, além de esclarecer as diferenças entre asma grave e não grave (CASTRO, 2011 p.467). CONCLUSÃO Como os exames tomográficos envolvem alta tecnologia, custo elevado e exposição à radiação, a radiografia de tórax ainda costuma ser bastante empregada na avaliação primária do paciente com asma persistente leve, moderada e/ou grave, principalmente, para detectar condições subjacentes que poderão influenciar no tratamento clínico do paciente.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOLE, D.; YAMADA, E.; VANA AT, et al. International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC): prevalence of asthma and asthma-related symptoms among Brazilian schoolchildren. J Investig Allergol Clin Immunol. Vol. 11 n.2 p WILLS-KARP, M.; EWART, S.L. Time to draw breath: asthma-susceptibility genes are identified. Nature reviews. Vol. 5, n. 5, p May BOUMAN, A.; HEINEMAN, M.J.; FAAS, M.M. Sex hormones and the immune response in humans. Human reproduction update. Vol. 11, n. 4, p Jul-Aug MACSALI, F; REAL, FG; OMENAAS, ER; et al. Oral contraception, body mass index, and asthma: a cross-sectional Nordic-Baltic population survey. The Journal of allergy and clinical immunology. Vol. 123, n. 2, p Feb HAGGERTY, C.L.; NESS, R.B.; KELSEY, S.; WATERER, G.W. The impact of estrogen and progesterone on asthma. Ann Allergy Asthma Immunol. Vol. 90, n. 3, p ; quiz 91-3, 347. Mar CHAMBLISS, K.L.; SHAUL, P.W.. Estrogen modulation of endothelial nitric oxide synthase. Endocrine reviews.vol. 23 n.5 p Oct CASTRO ET AL. Lung imaging in asthmatic patients: The picture is clearer. J Allergy Clin Immunol, Vol.128 n. 3. June DESAI ET AL. Sputum mediator profiling and relationship to airway wall geometry imaging in severe asthma. Respiratory Research. Vol. 14 n
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