Assistência Farmacêutica em Asma
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- Nina Palhares Santos
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1 Caracterização Assistência Farmacêutica em Asma Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar Causas de morte no Brasil Causa Doenças do aparelho circulatório Neoplasias (tumores) Causas externas de morb. e mort Doenças do aparelho respiratório Doenças endóc. nutricionais e metab ASMA - (5-10% das mortes por causas 6. Doenças do aparelho digestivo respiratórias) óbitos domiciliares vêm Algumas doenças aumentando; infec. e parasitárias Algumas afec. orig. no período perinatal Doenças do aparelho geniturinário Doenças do sistema nervoso Limitação de fluxo aéreo Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde - MS Introdução A asma afeta aproximadamente 5% dos adultos nos Estados Unidos. Tanto os internamentos para tratamento da asma como os óbitos têm aumentado A asma no Brasil é a terceira causa de internamentos no SUS. Em 2007 foram registradas internações por asma no Brasil, o que equivale a 2,41% das internações totais, só ficando atrás das pneumonias e insuficiência cardíaca congestiva e doenças renais. Patologia e Patogenia Inflamação Brônquica (principal fator) Resultante de interações complexas entre células inflamatórias, mediadores e células estruturais das vias aéreas Infiltração eosinofílica Degranulação dos mastócitos Lesão intersticial das paredes das vias aéreas Ativação de linfócitos Th2 (produtores de citocinas) 1
2 Ação dos Mediadores Lesões e alterações na integridade epitelial Anormalidades no controle neural autonômico Alterações no tônus da via aérea Alterações na permeabilidade vascular Hipersecreção de muco Mudanças na função mucociliar Aumento da reatividade do músculo liso da via aérea Fatores de Risco Próprios do paciente (genéticos) Ambientais (produtos químicos) Isocianatos Alérgenos como ácaros, pó e pólen; Ar frio Exercício Infecções virais, estímulos psicológicos, Estresse Medicamentos (ß- bloqueadores adrenérgicos, aspirina e outros AINE) Fisiopatologia Fatores de Risco Diagnóstico Clínico Um ou mais dos seguintes sintomas: dispnéia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã Sintomas episódicos Melhora espontânea ou pelo uso de medicações específicas para asma Diagnósticos alternativos excluídos 2
3 Dispnéia É a dificuldade ou alteração subjetiva da respiração Os pacientes descrevem fadiga, cansaço, asfixia, ou falta de ar, entre outros Diagnóstico Funcional Espirometria Pico de Fluxo Expiratório Sibilância É um conjunto de sons de respiração tom audível (um assobio ou chiado) Sibilos polifônicos são comuns na obstrução das vias respiratórias em geral e são típicos daqueles ouvidos no paciente asmático. Embora a maioria dos asmáticos apresente esse sintoma, não é um bom indicador da gravidade da doença Espirometria Também conhecido como exame do sopro. A espiromatria permite o registro de vários volumes e dos fluxos de ar. Para se fazer este exame se realiza a seguinte manobra: com a boca conectada ao tubo do aparelho, o paciente "enche" totalmente os pulmões de ar e depois assopra vigorosamente até "esvaziá-los" Tosse No paciente asmático é de caráter seco e irritante, típica no início da crise e pode ser o único sintoma A tosse é um complexo reflexo defensivo, mediada centralmente, decorrente da estimulação mecânica ou química da laringe e da porção proximal da árvore bronqueotraqueal Geralmente ocorre após o exercício, respirando ar frio, no frio, com acúmulo de muco e broncoespasmo Pico de Fluxo Expiratório PFE maior que 80% de seu O paciente está controlado melhor resultado PFE entre 50 e 80% de seu O paciente não está controlado, melhor resultado deve utilizar broncodilatadores de ação curta e dirigir-se ao médico. PFE menor 50% de seu melhor resultado O paciente não está controlado e está em situação de perigo. Utilizar broncodilatadores de ação curta (4 inalações a cada 10 minutos, três vezes) e deve ser encaminhado ao médico com urgência 3
4 Classificação da gravidade Intermitente ou Persistente leve (60%) Persistente moderada (25 a 30%) Persistente grave (5 a 10%) Utilização maior dos recursos Asma Persistente Moderada Sintomas diários As crises podem afetar as atividades diárias e o sono Presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana Provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) >60% e < 80% do esperado Asma Intermitente Sintomas menos de uma vez por semana Crises de curta duração (leves) Sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês) Provas de função pulmonar normal no período entre as crises Asma Persistente Grave Sintomas diários Crises frequentes Sintomas noturnos frequentes Provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) < 60% do esperado Asma Persistente Leve Gravidade Presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia Presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês, porém, menos de uma vez por semana Provas de função pulmonar normal no período entre as crises 4
5 Crise asmática Lenta Rápida Fibrose pulmonar Complicações Tratamento não farmacológico Controle ambiental Hábitos Dieta Exercício físico moderado Controle de medicamentos que podem desencadear crises de asma Objetivos tratamento Desaparecimento dos sintomas crônicos (incluindo noturnos) Minimizar as exacerbações Valores de PFE praticamente normais Variações circadianas do mesmo abaixo dos 20% Sem limitação nas atividades diárias ou de exercícios, com efeitos colaterais da medicação mínimos ou ausentes. Fármacos desencadeadores Acetilcisteína Amiodarona Benazepril Captopril Clorhexidina Clonidina Dimetilsulfoxido Donezepil Doxorrubicina Esparfloxacino Fentanil Hidralazina Isoproterenol Latanoprosta Metotrexato Metoclopramida Mirtazapina Molsidomina Penicilamina Pentostatina Quinina Risperidona Ritonavir Tacrolimo Tamoxifeno Tretinoína Verapamil Princípios do tratamento Prevenção e controle dos desencadeantes da asma Estabelecer planos de medicação para o tratamento de longo prazo Estabelecer planos de medicação para o tratamento das exacerbações Instruir o paciente a assumir responsabilidade pelo tratamento Acompanhar o desenvolvimento de asma por avaliar os sintomas e medidas de função pulmonar Dar continuidade ao cuidado Bases do tratamento Dispositivos inalatórios para controle rápido Tratamento sintomático X manutenção Tratamento de curta ação e de longo prazo 5
6 Classificação Broncodilatadores ß2 agonistas de ação curta ß2 agonistas de ação longa Anticolinérgicos Teofilina Antiinflamatórios Corticoesteróides Antileucotrienos Anticorpos monoclonais Exemplos Agonistas ß-adrenérgicos de curta duração Salbutamol; metaproterenol Anticolinérgicos Brometo de ipratrópio Corticoesteróides Beclometasona, budesonida Broncodilatadores de longa duração Formoterol, salmeterol Antagonistas de receptores de leucotrienos Montelucaste, zafirlucaste Anticorpos monoclonais omalizumabe Tratamento farmacológico 6
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