FUPAC Araguari Curso de medicina. Disciplina Saúde Coletiva II 7º período. Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues. A CRIANÇA COM DISPNÉIA
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1 FUPAC Araguari Curso de medicina. Disciplina Saúde Coletiva II 7º período. Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues. A CRIANÇA COM DISPNÉIA
2 Objetivos desta aula Discutir a abordagem da criança com dispneia na atenção primária à saúde. Apresentar as principais condições relacionadas à dispneia na atenção primária: Pneumonia. Asma. Coqueluche.
3 Coqueluche Doença infecciosa aguda, transmissível, de distribuição universal. Compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. Ocorre sob as formas endêmica e epidêmica. Em lactentes, pode resultar em número elevado de complicações e até em morte. Período de incubação 5 a 10 dias, podendo chegar a 42 dias. Período de transmissibilidade desde 5 dias após o contato com doente até 3 semanas após o início da fase paroxística. Etiologia Bordetella pertussis. O homem é o único reservatório natural. Casos pouco sintomáticos tem importância na circulação da doença.
4 Coqueluche Quadro clínico Fase catarral 1 ou 2 semanas, inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves (febre pouco intensa, mal-estar geral, coriza e tosse seca), seguidos pela instalação gradual de surtos de tosse, cada vez mais intensos e frequentes, até que passam a ocorrer as crises de tosses paroxísticas. Fase paroxística 2 a 6 semanas, geralmente afebril ou com febre baixa. Em alguns casos, ocorrem vários picos de febre no decorrer do dia. Apresenta como manifestação típica os paroxismos de tosse seca, que se caracterizam por crise de tosse súbita incontrolável, rápida e curta (cerca de 5 a 10 tossidas, em uma única expiração). Durante esses acessos, o paciente não consegue inspirar, apresenta protusão da língua, congestão facial e, eventualmente, cianose que pode ser seguida de apneia e vômitos. A seguir, ocorre uma inspiração profunda através da glote estreitada, que pode dar origem ao som denominado de guincho. O número de episódios de tosse paroxística pode chegar a 30 em 24 horas, manifestando-se mais frequentemente à noite. A frequência e a intensidade dos episódios de tosse paroxística aumentam nas 2 primeiras semanas; depois, diminuem paulatinamente.nos intervalos dos paroxismos, o paciente passa bem. Fase de convalescença Os paroxismos de tosse desaparecem e dão lugar a episódios de tosse comum. Esta fase persiste por 2 a 6 semanas e, em alguns casos, pode se prolongar por até 3 meses. Infecções respiratórias de outra natureza, que se instalam durante a convalescença da coqueluche, podem provocar o reaparecimento transitório dos paroxismos.
5 Diagnóstico Quadro clínico suspeição. Confirmação: Exames inespecíficos. Hemograma, RX de tórax. Exames específicos. Cultura.
6 Definições Suspeito Todo indivíduo, independente da idade e estado vacinal, que apresente tosse seca há 14 dias ou mais, associada a um ou mais dos seguintes sintomas: tosse paroxística tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas (5 a 10), em uma única expiração; guincho inspiratório; vômitos pós-tosse. Todo indivíduo, independente da idade e estado vacinal, que apresente tosse seca há 14 dias ou mais e com história de contato com caso confirmado como coqueluche pelo critério clínico. Confirmado Critério laboratorial todo caso suspeito de coqueluche com isolamento de B. pertussis. Critério clínico-epidemiológico todo caso suspeito que teve contato com caso confirmado como coqueluche pelo critério laboratorial, entre o início do período catarral até 3 semanas após o início do período paroxístico da doença (período de transmissibilidade). Critério clínico todo caso suspeito de coqueluche cujo hemograma apresente leucocitose (acima de 20 mil leucócitos/mm3) e linfocitose absoluta (acima de 10 mil linfócitos/mm3), desde que sejam obedecidas as seguintes condições: resultado de cultura negativa ou não realizada; inexistência de vínculo epidemiológico (vide item anterior); após realizado diagnóstico diferencial não confirmado de outra etiologia.
7 Epidemiologia
8 Coqueluche
9 Coqueluche Vigilância. Notificação. Proteção dos saudáveis. Imunização. Tratamento. Eritromicina. SMT+TMP.
10 Pneumonia Epidemiologia. Condição em queda.
11 Mortes e internações Epidemiologia
12 Etiologia
13 Etiologia
14 Etiologia
15 Quadro clínico No exame físico do aparelho respiratório devemos identificar a taquidispnéia. A medida da freqüência respiratória (FR) mostra uma relação estreita com a gravidade da PAC e com a hipoxemia.(5,10,11) A FR modifica-se no primeiro ano de vida, indo de 50 incursões por minuto (ipm) na primeira semana para 40 ipm aos seis meses de idade.(4) A FR deve ser medida com a criança no colo do cuidador ou sentada. A medida realizada com o estetoscópio pode irritar a criança e aumentar a contagem. Os valores considerados normais variam de acordo com a idade: até os 2 meses, FR = 60 ipm; de 2 meses a 12 meses FR = 50 ipm; acima de 12 meses, FR = 40 ipm.(4)
16
17 Asma - Definição A asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos e irritantes, e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas
18 Asma - epidemiologia Patologia bem conhecida e de descrição muito antiga. Prevalência mundial. Crianças 11,6% Adolescentes 13,7% Prevalência no Brasil 20% Um dos 20 problemas mais comuns em atenção primária à saúde. Mortalidade crescente.
19 Asma Pontos chave. A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, que caracteriza-se por hiperresponsividade brônquica e obstrução do fluxo de ar, podendo ser revertida espontaneamente ou com o tratamento.
20 ASMA Doença inflamatória. Edema e hiperemia da mucosa. Infiltrado inflamatório mastócitos, eosinófilos, linfócitos com fenótico Th-2, que promovem a síntese de IgE e outros quimiotáticos que promovem e mantém a inflamação.. O processo inflamatório crônico leva à deformação do epitélio constrição da musculatura lisa e espessamento da parede com neoformação vascular. Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues
21 Fisiopatologia da asma Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues
22 Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues
23 Lesão histológica em asma fatal Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues
24 Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues
25 Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues
26 Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues Disciplina Patologia Clínica 5º Período
27 Células e mediadores da Asma Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues Disciplina Patologia Clínica 5º Período
28 Células e mediadores da Asma Prof. Dr. Alex Miranda Rodrigues Disciplina Patologia Clínica 5º Período
29 Diagnóstico O diagnóstico de asma em crianças até os cinco anos de idade deve ser baseado principalmente em aspectos clínicos diante das dificuldades de se obter medidas objetivas que o confirmem. Tosse. Sibiância. Dispnéia.
30 Manifestações mais frequentes As manifestações clínicas mais sugestivas de asma são: Episódios frequentes de sibilância (mais de uma vez por mês) Tosse ou sibilos que ocorrem à noite ou cedo pela manhã, provocados por riso ou choro intensos ou exercício físico Tosse sem relação evidente com viroses respiratórias Presença de atopia, especialmente rinite alérgica ou dermatite atópica História familiar de asma e atopia Boa resposta clínica a b2-agonistas inalatórios, associados ou não a corticoides orais ou inalatórios
31 Diagnóstico diferencial
32 Os objetivos do tratamento Atingir e manter o controle dos sintomas Manter as atividades da vida diária normais, incluindo exercícios Manter a função pulmonar normal ou o mais próximo possível do normal Prevenir as exacerbações Minimizar os efeitos colaterais das medicações Prevenir a mortalidade
33 Componentes do tratamento Parceria médico-paciente Identificação e controle dos fatores de risco Avaliação, monitoramento e manutenção do controle da asma Prevenção e controle de riscos futuros Consideração de situações especiais no manejo da asma
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35 Manejo da asma
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