36 Congresso Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica. São Paulo, 27 de outubro de 2011
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- Ana Vitória Cesário Valente
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1 36 Congresso Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica São Paulo, 27 de outubro de 2011
2 Inovação é um elemento crítico para entender a cadeia de valor da industria farmacêutica
3 O incentivo a inovação depende do acesso as novas tecnologias com um justo retorno do investimento Transparência Proteção a PI Capital de risco Pesquisa Gera inovação Ciência baseada em evidência Ética e proteção ao paciente Marco legal e regulatório estável e previsível Desenvolvimento Cadeia produtiva segura Incentivos e poder de compra Manufatura Inclusão de novas tecnologias Valor à Inovação Acesso Paciente com acesso a informação Pacientes com doenças não tratadas contribuem com o aumento das necessidades médicas Identifica novos tratamentos Novo produto aprovado Distribuição Melhoria da saúde Melhor custobenefício ROI Desenvolvimento de novas tecnologias Testes clínicos Retorno do Investimento Pesquisa básica em instituições acadêmicas Pesquisa Fábricas Educação e treinamento
4 O ciclo de descoberta de novas drogas é longo e tem um custo crescente US$ 1,3 bilhões Anos 15 Introdução Registro Desenvolvimento Testes Clínicos (Humanos)) Fase IV Fase III Fase II Fase I 5,000 Substâncias Testes Pré-clinicos Pesquisa Básica >10,000 Substâncias Síntese Busca & Avaliação 0 Fonte: Tufts Center for the Study of Drug Development (2003)
5 As empresas farmacêuticas são as que mais investem em inovação. Somente dois em cada dez novos produtos tem vendas acima do custo médio de desenvolvimento de uma nova droga Empresa Investimento USD Billion % sobre as vendas Setor Industrial Roche ,1 Saúde Pfizer ,9 Saúde Novartis ,9 Saúde Microsoft ,0 Soft/Internet Merck ,3 Saúde Toyota ,9 Auto Samsung ,9 Eletronico Nokia ,8 Eletronico GM ,1 Auto J&J ,1 Saúde
6 Quais elementos impactam a formação de preços de medicamentos no Brasil?
7 O gasto total em saúde no Brasil esta abaixo da média mundial e de outros países em desenvolvimento Gasto total em saúde US$ per capita
8 O gasto público com saúde no Brasil é comparativamente baixo em relação a outros paises Gasto do setor público em saúde
9 mesmo em comparação com o PIB de cada o país Gasto com saúde versus o PIB
10 O gasto com medicamentos no Brasil é 80% financiado por individuos e 15% pelo govêrno Although the government promises universal access, budget is limited leaving a high percentage of out-of-pocket expense, since private health plans do not reimburse for medicines Per capita health care expenditure - USD per year Share of pharma spending - Percent 100% 3,651 India 10 4,016 Brazil 15 2,879 3,274 US 24 China 30 2,152 Russia 36 3,238 France 69 Germany UK Turkey No OOP data available 2 Estimates derived from ratio of OOP and other private sources of overall healthcare spending Source: OECD Health Data, 2008; WHO National Health Accounts, 2008; IMS Market Prognosis; IMS Consulting Out-of-pocket Other private Public funding
11 Medicamentos no Brasil tem alta carga tributária quando comparado com outros setores da economia Medicamentos de uso humano Almoço ou Jantar em restaurante Trator Açúcar Papel Higiênico (com 4 rolos) Teatro e cinema Embarcações e Aeronaves Leite em pó Frutas Ovos de galinha Carne bovina Livros Arroz e Feijão Sal Farinha de Trigo Medicamentos de uso animal Leite BRASIL - CARGA TRIBUTÁRIA NO PREÇO FINAL 33,9% 32,3% 31,8% 30,4% 30,4% 30,3% 28,3% 28,2% 21,8% 20,6% 17,5% 15,5% 15,3% 15,1% 14,0% 13,1% 12,6% Fonte IBPT - Instituto Brasisleira de Planejamento Tributário - Maio de 2008 Elaboração Sindusfarma / Gerência de Economia 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%
12 4 0 % Incidência de Impostos sobre medicamentos em alguns países (Carga Tributária média para o Brasil) 3 5 % 3 0 % Brasil = 33,9% 2 5 % 2 0 % 15 % Média sem Brasil = 6,3% 10 % 5 % 0 % Reino Unido Canadá Colômbia Suécia EUA México Venezuela França Suíça Espanha Portugal Japão Bélgica Holanda Grécia Finlândia Turquia Itália Alemanha Chile Áustria Argentina Brasil Fontes: Talogdata; análise BCG; IBPT
13 As margens de comercialização estão entre as mais altas do mundo. Margens de comercialização na cadeia farmacêutica
14 Quais o impacto dos medicamentos no custo total de saúde?
15 Medicamentos respondem por 20% do total de gasto em saúde no Brasil FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL TOTAL PÚBLICO PLANOS SEGUROS GASTO DIRETO MEDICAMENTOS TOTAL PRIVADO TOTAL BRASIL FONTES ESTIMATIVA GASTO SAÚDE BRASIL R$ BI % PP % TOT %PIB , , , , , , , , ,5 FONTE: MS-SPO MS-SIOPS ANS IBGE-POF-2008 ESTUDOS GC; NOTA EXPLICATIVA: % PP=% PÚBLICO E PRIVADO;% TOT= TOTAL;PIB ,14 TRI;GASTO DIRETO= PESSOAS PAGANDO DIRETAMENTE OS SERVIÇOS DE SAÚDE. Gastos com saúde no Brasil Dr. Gilson Carvalho
16 Nos últimos 10 anos os preços de medicamentos foram corrigidos abaixo da inflação Evolução do IPCA Geral e do IPCA Produtos Farmacêuticos Variação percentual nos anos de 2001 a 2010 e acumulado Jan-Set/ % 12% 12,53% 10,87% 11,47% Variação % acumulada no período de 2001 até Set/2011: > IPCA Geral = 99,28% > IPCA Produtos Farmacêuticos = 77,19% 10% 9,30% 8% 6% 4% 7,67% 7,60% 6,95% 5,69% 6,02% 3,14% 4,61% 4,46% 5,90% 3,98% 4,31% 5,85% 5,91% 3,36% 4,97% 3,95% 2% 1,67% 0,54% 0% Jan- Set/11 Fonte: IBGE IPCA Geral Elaboração: Sindusfarma / Gerência de Economia IPCA Produtos Farmacêuticos
17 Já existem elementos para evitar abusos além do controle de preços
18 O uso de preços de referência já é uma prática comum países com referência de preços em 2005
19 Portanto já existem instrumentos para evitar abusos de preços, especialmente nos produtos de alto custo
20 Como é formado o preço de um medicamento MODELO TRADICIONAL Custo Total Custo Fixo e Variável Volume Custo Unitário Target Price Custo Unitário + justo retôrno (lucro) MODELO ATUAL Proposta de Preço baseado em Valor Demonstrado Farmaco-Economia Retorno ao paciente Retõrno ao sistema de saúde - pagadores Retorno a sociedade Retorno aos Acionistas
21 Não há modêlo perfeito e ajustes são necessários á medida que a economia e o sistema de saúde evoluem. Premises mudam ao longo do tempo e podem requerer um novo pensar Alinhamento entre as politicas governamentais Política de Inovação Acesso Fast Review Compras Centralizadas Farmácia Popular A dinâmica do mercado é superior aos ajustes da regulação MIP liberação de classes terapêuticas pode levar a redução de preços Genéricos contrôle de preços onera os pacientes e reduz o benefício da redução de preços Programas de acesso medicamentos inovadores com livre competição poderiam ter menores preços
22 AGENDA DA SÁUDE O BRASIL QUE QUEREMOS Farmácia Popular Acesso Ampliação da Farmácia Popular para transformá-la num Sistema Nacional de Acesso a Medicamentos Inclusão de drogas inovadoras no sistema e de acordo com as diretrizes nacionais de saúde estabelecidas pelo MS Implementação de sistemas de rastreabilidade de medicamentos e gerenciamento da doença (Assistência Farmacêutica) para reduzir fraude e abuso e tornar o Sistema gerenciável do ponto de vista clínico e econômico Regulação Implementar de maneira efetiva as políticas nacionais de inclusão de novas tecnologias baseadas em evidência científica e avaliação econômica. Adequar estrutura do MS para adequada avaliação e incorporação de novos produtos. Revisão Permanente dos Protocolos Clínicos de Diretrizes Terapêuticas por instituições científicas respeitadas de acordo com as diretrizes do SUS para os próximos 20 anos Estabelecer critérios claros, transparentes e com prazos definidos de avaliação de novas tecnologias Uso da Rename e do poder de compra do estado como instrumentos de incentivo a inovação
23
24 Obrigado!
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