Seminário para Discussão da Liberação de Preços dos Medicamentos Isentos de Prescrição SINDUSFARMA Mar/2018
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1 Seminário para Discussão da Liberação de Preços dos Medicamentos Isentos de Prescrição SINDUSFARMA Mar/2018 Autor: C. Cesar Bentim Pires Executivo com 25 anos de atuação, Professor Pós-Graduação ESPM Mentor Healthcare City - Lisbon
2 Utilização de medicamentos isentos de prescrição e economias geradas para os sistemas de saúde: uma revisão. Autor: Antônio Cesar Rodrigues Executivo com mais de 30 anos de experiência, Professor MBA FIA e Pós-Graduação Faculdade Oswaldo Cruz Prêmio FGV/Gastão Vidigal Banco Mercantil
3 MIPs são essenciais no âmbito da saúde pública World Medical Association 1981, Todas as pessoas têm o direito a uma educação de saúde que as ajude a fazer escolhas bem-informadas sobre sua saúde pessoal e sobre serviços de saúde disponíveis. A educação deve incluir informação sobre estilos de vida saudáveis e sobre métodos de prevenção e detecção precoce de enfermidades. A responsabilidade de todos por sua própria saúde deve ser enfatizada. Médicos têm a responsabilidade de participar ativamente nos esforços educacionais. Organização Mundial de Saúde, 2000 Autocuidado:... um recurso de saúde pública principal dentro do sistema de saúde. Ele engloba atividades e decisões de saúde dos indivíduos e inclui a automedicação, o autotratamento, suporte social nas enfermidades e primeiros socorros no dia-a-dia Existe consenso mundial sobre a necessidade de que os MIPs integrem a equação da saúde pública
4 Adaptado de: The Value of Over The Counter Medicines in Brazil Public Health System (SUS)
5 Por que o impacto econômico dos MIPs merece ser abordado? (1) Acessibilidade aos serviços de saúde
6 *Braz J Infect Dis vol.19 no. 4 Salvador July/Aug. FERREIRA, Paulo Roberto Abrão et al. Disease burden of chronic hepatitis C in Brazil Braz J Infect Dis [on line]. 2015, vol 19, n. 4 [cited ], pp
7 JBES Jornal Brasileiro de Economia da Saúde o Primeira edição em 2009 o Quadrimestral Abril, Agosto e Dezembro o Tiragem: 2 mil exemplares + Edição Online Acesso livre e gratuito o Indexadas nas bases LILACS, LATINDEX e EBSCO o Revisão por pares (peer-review) Público: Gestores de saúde pública e privada ANVISA SUS ANS Operadoras de saúde Bibliotecas de Universidades Auditores de serviços de saúde
8 Abordagem
9 Metodologia PubMed/US National Library of Medicine e Lilacs Período: fev/1997 a jan/2017 Palavras-chave: self-medication, over-the-counter, savings, losses, costs e equivalentes em português Exclusões: antibiotic, pregnancy, plants, Asia/Africa World Self-Medication Industry (WSMI), Consumer Health Products Association (CHPA), Association Européene des Spécialtés Pharmaceutiques Grand Publique (AESGP)
10 EUA EUROPA Além dos benefícios já destacados, os MIPs têm papel relevante na economia dos recursos de saúde: Economias Geradas por MIPs // // Euro 16 Bi MIPs; AESGP 2004 US$ 102 Bi MIPs; Booz & Co ESPANHA ITÁLIA Euro 300 M MIPs; AESGP, 2012 Euro 600 M MIPs; Pellise & Serra, 2015 FRANÇA EUROPA (7 países) BÉLGICA Euro 130 M 7 substâncias; AESGP, 2012 Euro 75 M triptanos; Millier et al., 2013 Euro 30 M dores lombares; AESGP, 2012 Economias proporcionadas pelos MIPs são significativas, gerando milhões e até bilhões de dólares FINLÂNDIA Euro 25 M infec. vaginais; AESGP, 2012
11 Único estudo realizado sobre economias pelos MIPs no Brasil calculou o benefício em R$ 364 milhões/ano As economias poderiam ser maiores, caso o país houvesse acompanhado o ritmo de reclassificações de outros países Fonte: Ferreira CN, Santana CF, Rufino CS: The value of over the counter medicines in Brazilian public health system (SUS) - ISPOR 20th Annual International Meeting May 2015
12 Reclassificação: em função do papel econômico dos MIPs, países vêm isentando mais substâncias da necessidade de prescrição Reclassificações para MIP ( ) Itália 31 Espanha 17 Venezuela 11 Polônia EUA Reino Unido Canadá Austrália Reino Unido e Canadá já reclassificaram estatinas (redutores do colesterol) como MIPs Alemanha 7 China 7 México 2 Argentina 1 Fonte: Association Européenne des Spécialités Pharmaceutiques Grand Public
13 Regulação historicamente restritiva colocou o Brasil na retaguarda em termos de n o. de substâncias com status MIP MIP = X Budesonida Clotrimazol (vaginal) Dextro metorfano Loratadina Lovastatina / Simvastatina Omeprazol Orlistate Ranitidina Sumatriptana Reino Unido x x x x x x x x x China x x x x x x x Austrália x x x x x x x México x x x x x x x EUA x x x x x x x Espanha x x x x x x Canadá x x x x x x Itália x x x x x x Alemanha x x x x x x Polônia x x x x x Venezuela x x x x Argentina x x x x Brasil x x
14 Fonte: Associação Europeia da Industria de Medicamentos Isentos de Prescrição - AESGP
15 A reclassificação do omeprazol para o tratamento do refluxo poderá trazer economias de R$ 93 milhões/ano para o orçamento da saúde
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18 Conclusões MIPs podem ter papel relevante na otimização de gastos com a saúde; RDC 98/2016 (Reclassificação): avanço importante; Economias significativas tornam-se possíveis e crescentes; Impacto dependerá de todos atores; Estudos apresentados são passos iniciais; O auto-cuidado deverá ser um guia para conscientizar a população sobre sua responsabilidade perante a sua saúde.
19 Obrigado!
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