Evidências de revisões sistemáticas Cochrane sobre prevenção e tratamento de melanoma

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Evidências de revisões sistemáticas Cochrane sobre prevenção e tratamento de melanoma"

Transcrição

1 MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS Evidências de revisões sistemáticas Cochrane sobre prevenção e tratamento de melanoma Manaíra Avila I, Carolina de Oliveira Cruz II, Rachel Riera III Disciplina de Medicina Baseada em Evidências, Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp) RESUMO Contexto: Melanoma é um câncer que, apesar de representar 4% das neoplasias malignas de pele, possui prognóstico limitado e alto poder metastático. Considerando as incertezas sobre efetividade e segurança no manejo do melanoma, realizamos uma revisão apresentando evidências existentes para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento para melhorar o prognóstico dessa doença com alta mortalidade. Objetivo: Mapear evidências de revisões sistemáticas Cochrane sobre prevenção e tratamento do melanoma. Métodos: Revisão narrativa com busca sistematizada das revisões Cochrane. Resultados: Das 165 revisões da busca inicial, 6 relacionaram-se com o tema, preenchendo os critérios de inclusão. Elas avaliaram: interferon alfa como adjuvante à exérese cirúrgica de melanoma de alto risco; diferentes margens de segurança na remoção cirúrgica do melanoma; estatinas/fibratos para prevenção/tratamento de melanoma; imunoquimioterapia e terapia sistêmica para melanoma metastático e intervenções para tratamento de melanoma in situ e lentigo maligno. Conclusão: As revisões sistemáticas Cochrane mostraram: o uso do interferon alfa como adjuvante à exérese cirúrgica da lesão em pacientes com melanoma de alto risco aumenta a sobrevida livre da doença e sobrevida global, com eventos adversos toleráveis; o uso de estatinas/fibratos não parece ser efetivo na prevenção/tratamento do melanoma; a adição de imunoterapia à quimioterapia não parece aumentar a sobrevida de pacientes com melanoma metastático. Ainda faltam evidências sobre: efeitos dos tratamentos sistêmicos para melanoma cutâneo metastático em comparação com medidas paliativas ou uso de placebo; tamanho da margem de segurança na remoção cirúrgica do melanoma; tratamento para o melanoma in situ e lentigo maligno. PALAVRAS-CHAVE: Revisão, melanoma, medicina baseada em evidências, literatura de revisão como assunto, neoplasias cutâneas I Aluna de graduação em Medicina, Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp). III Aluna do Programa de Pós-graduação em Saúde Baseada Medicina Baseada em Evidências, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). III Reumatologista, professora adjunta, Disciplina de Medicina Baseada em Evidências, Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp). Diretora assistente do Centro Cochrane do Brasil. Editor responsável por esta seção: Álvaro Nagib Atallah. Professor titular e chefe das Disciplinas de Medicina de Urgência e Saúde Baseada em Evidências da Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM). Diretor fundador do Centro Cochrane do Brasil e Diretor da Associação Paulista de Medicina. Endereço para correspondência: Carolina de Oliveira Cruz Disciplina de Medicina Baseada em Evidências Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp) Rua Botucatu, o andar Vila Clementino São Paulo (SP) CEP Tel. (11) manaira.avila@gmail.com Fontes de fomento: nenhuma declarada Conflito de interesses: nenhum declarado Entrada: 29 de fevereiro de 2016 Última modificação: 10 de março de 2016 Aceite: 16 de março de

2 Manaíra Avila Carolina de Oliveira Cruz Rachel Riera INTRODUÇÃO Nos últimos anos, a incidência de câncer de pele vem aumentando e atualmente este tipo de câncer representa 25% das neoplasias malignas no Brasil. 1 O melanoma é um tipo de câncer de pele que, apesar de representar apenas 4% das neoplasias malignas de pele, possui um prognóstico limitado e alto poder metastático. 2 Ainda que a pele seja o principal sítio primário desse tumor, o melanoma pode surgir em outras partes do corpo, como trato uveal, trato digestório superior, canal anal, reto e vagina. Devido à sua agressividade, calculase que o melanoma seja responsável por 79% dos óbitos por tumores cutâneos nos Estados Unidos, o que corresponde a uma morte por hora. 3 Os indivíduos chamados fototipos I e II de Fitzpatrick apresentam risco aumentado de desenvolvimento de melanoma. São indivíduos de pele clara, cabelos e olhos claros e que se queimam facilmente, ao invés de se bronzearem, quando expostos ao sol. 4 Outros fatores de risco conhecidos incluem preexistência de lesões pigmentadas, exposição solar intermitente, queimaduras solares especialmente durante a infância, prática de bronzeamento artificial e melanoma cutâneo prévio. 4 Atualmente, o melanoma é classificado de acordo com o local da lesão, conforme apresentado na Tabela 1. 5 Como 70% dos melanomas se desenvolvem a partir dos melanócitos da pele normal, seu desenvolvimento é resultante de múltiplas e progressivas alterações no DNA celular, que podem ser causadas por ativação de proto-oncogenes, por mutações ou deleções de genes supressores tumorais ou por alteração estrutural dos cromossomos. 4 No melanoma hereditário, mutações nos genes CDKN2A e CDK4 aumentam em 60%-90% o risco para essa neoplasia. 6 O diagnóstico pode ser feito por meio da anamnese e exame físico com análise da lesão valendo-se de um dermatoscópio. As lesões consideradas suspeitas são as que preenchem os critérios conhecidos por ABCDE sendo: A = assimetria; B = bordas irregulares; C = coloração mista; D = diâmetro maior ou igual a 5 mm; E = elevação/irregularidades na dimensão. 7 Diante de uma lesão suspeita, deve-se realizar a biópsia e a análise anatomopatológica para definição do tipo, estadio e prognóstico da neoplasia. 8,9 O tratamento varia de acordo com o estadiamento da lesão e de seu tipo, além de exame do paciente em busca de possíveis metástases a distância. De modo geral, o melanoma tem bom prognóstico, com altas possibilidades de cura, quando diagnosticado em estádio inicial, razão pela qual a prevenção e o diagnóstico precoce assumem importante papel. 8,9 A prevenção consiste basicamente na adequação a exposição solar, com medidas comportamentais como: (a) tomar sol em horários adequados, evitando-se o horário das 10 às 16 horas, período de pico de radiação ultravioleta (UV) A e B), (b) uso de barreiras físicas de proteção solar (como chapéus, guarda-sol com filtro solar na fibra do tecido) e (c) camisetas ou roupas que cubram as áreas mais expostas, principalmente nas crianças. 8,9 A eficácia do uso de filtro solar na diminuição do melanoma cutâneo permanece controversa e, portanto, tal prática ainda não está totalmente aceita como medida preventiva eficaz. 8,9 O autoexame periódico deve ser feito para a busca de novas lesões ou modificações de lesões antigas. Neste momento, se houver lesões, uma avaliação médica é indicada, proporcionando a chance de um diagnóstico precoce. Um exame completo com especialista na área deve ser feito pelo menos uma vez ao ano, ou sempre que uma lesão suspeita for encontrada Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia todos os indivíduos devem passar por uma avaliação anual, a qual é promovida em campanha no dia nacional de combate ao câncer de pele (comunicação pessoal). Considerando as incertezas sobre a efetividade e a segurança de intervenções para o manejo do melanoma, realizamos Tabela 1. Classificação do melanoma de acordo com sua localização 5 Tipo Subtipo Melanoma maligno do lábio Melanoma maligno da pálpebra, incluindo as comissuras palpebrais Melanoma maligno da orelha e do conduto auditivo externo Melanoma maligno da pele Melanoma in situ Melanoma maligno de outras partes não especificadas da face Melanoma maligno do couro cabeludo e do pescoço Melanoma maligno do tronco Melanoma maligno do membro superior, incluindo ombro Melanoma maligno do membro inferior, incluindo quadril Melanoma maligno invasivo da pele Melanoma maligno de pele, não especificado Melanoma in situ do lábio Melanoma in situ da pálpebra, incluindo o canto Melanoma in situ da orelha e do conduto auditivo externo Melanoma in situ de outras partes e partes não especificadas da face Melanoma in situ do couro cabeludo e do pescoço Melanoma in situ do tronco Melanoma in situ dos membros superiores, incluindo ombro Melanoma in situ dos membros inferiores, incluindo quadril Melanoma in situ de outras localizações Melanoma in situ não especificado 85

3 Evidências de revisões sistemáticas Cochrane sobre prevenção e tratamento de melanoma uma revisão apresentando as evidências existentes para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento a fim de melhorar o prognóstico de uma doença de alta mortalidade. OBJETIVOS Mapear as evidências de revisões sistemáticas Cochrane sobre intervenções para prevenção e tratamento do melanoma. MÉTODOS Esta foi uma revisão sistematizada da literatura (overview de revisões sistemáticas Cochrane) que realizou busca na Biblioteca Cochrane (via Wiley, em 4 de fevereiro de 2016 e incluiu revisões sistemáticas Cochrane que avaliaram a efetividade e a segurança de intervenções para prevenção e tratamento do melanoma. A busca eletrônica foi realizada utilizando a palavra Melanoma como termo "MeSH" e como "qualquer palavra do texto". Foram incluídas apenas revisões completas. Protocolos (projetos) de revisões ou revisões excluídas da base de dados não foram considerados. Essa busca inicial forneceu 165 revisões sistemáticas Cochrane. Após leitura dos resumos por dois autores de modo independente, as revisões que preencheram os critérios de inclusão foram lidas na íntegra. O processo de seleção das referências obtidas foi feito utilizando-se a plataforma Rayyan. 15 RESULTADOS A busca inicial resultou em 165 revisões sistemáticas. Estas foram selecionadas por dois autores independentes e avaliadas quanto à adequação ao objetivo deste estudo. Assim, apenas 6 avaliaram a pergunta desta overview, e foram resumidas e apresentadas a seguir. Estatinas e fibratos para a prevenção de melanoma Uma revisão 16 sistemática avaliou a efetividade do uso de estatinas e fibratos na prevenção do melanoma, com base na teoria de que as células cancerosas utilizam o colesterol de modo diferente do que as células não cancerosas. Os ensaios clínicos incluídos avaliaram o uso de três tipos de estatinas (lovastatina, pravastatina e sinvastatina, com doses variando de 20 a 40 mg por dia) e três tipos de fibrato (bezafibrato, clofibrato e gemfibrozil, com doses diárias entre 400 mg e mg) por pelo menos quatro anos. Não houve redução estatisticamente significativa da incidência de melanoma entre indivíduos em uso de estatinas ou fibratos. No entanto, os autores concluíram que não se pode excluir a possibilidade de que estes medicamentos possam prevenir o melanoma, pois apesar da ausência de diferença estatística, houve redução do risco de melanoma em 10% com o uso de estatinas, e de 42% com o uso de fibrato. Interferon alfa como terapia adjuvante para melanoma cutâneo Até o momento, não são conhecidas terapias adjuvantes efetividas para o melanoma, considerado um dos tumores mais resistentes ao tratamento com quimioterapia, o que tornam as perspectivas limitadas para os pacientes que já apresentam metástases, cuja sobrevida em cinco anos é de apenas 10%. 17 Interferon alfa é uma proteína humana produzida nos macrófagos que tem ação antiviral e antitumoral. Uma revisão sistemática 17 buscou avaliar os efeitos do uso de interferon alfa após a retirada do melanoma cutâneo em termos de aumento de sobrevida livre da doença. Foram incluídos 18 ensaios clínicos com pacientes com melanoma de alto risco, ou seja, pacientes com doença avançada que apresentavam metástase em linfonodo regional ou com lesão de espessura maior do que 1 mm. Os autores concluíram que o interferon alfa como adjuvante à exérese cirúrgica da lesão em pacientes com melanoma de alto risco tem benefício tanto na sobrevida livre da doença como na sobrevida global. Foram identificados efeitos tóxicos associados ao uso do interferon alfa, como febre e fadiga, porem eles ocorreram em casos limitados e cessaram conforme o tratamento fora interrompido. Ainda são necessários estudos para melhor estabelecer qual é exatamente o perfil do paciente que pode se beneficiar dessa terapia. Tratamentos sistêmicos para melanoma cutâneo metastático Uma revisão sistemática 18 buscou avaliar os benefícios de alguns tratamentos sistêmicos para melanoma cutâneo metastático em comparação a medidas paliativas de suporte e/ou uso de placebo. O objetivo foi determinar se há alguma terapia superior às demais e que possa ser estabelecida como padrão no tratamento desses casos de tumor. No entanto, não foi encontrado nenhum ensaio clínico randomizado comparando o tratamento sistêmico com medidas de suporte ou medidas paliativas no tratamento de pacientes com melanoma cutâneo metastático. Imunoquimioterapia versus quimioterapia para melanoma maligno metastático Diante do desafio em encontrar tratamento eficaz para o melanoma em fase metastática, uma revisão sistemática 19 comparou os efeitos de duas modalidades de terapia: a imunoquimioterapia e a quimioterapia sozinha. Foram encontradas pelos autores evidências de aumento da resposta ao tratamento com imunoquimioterapia em relação à quimioterapia sozinha. Entretanto, o impacto desse aumento da resposta não 86

4 Manaíra Avila Carolina de Oliveira Cruz Rachel Riera se refletiu em aumento da sobrevida. Além disso, houve maior toxicidade tanto hematológica quanto não hematológica, em pacientes tratados com imunoquimioterapia do que naqueles que receberam quimioterapia. Os autores concluíram que não há qualquer evidência sobre os efeitos da combinação de imunoterapia com quimioterapia na sobrevida de pacientes com melanoma metastático. Os autores ressaltam ainda a recomendação de que o uso da imunoquimioterapia nesses pacientes deve ser feita apenas em ensaios clínicos e não na prática clínica, devido ao risco de toxicidade. Margens de excisão cirúrgica para melanoma cutâneo primário O propósito da margem de segurança é remover tanto a lesão primária quanto qualquer célula que possa ter se espalhado dessa lesão primária para as áreas adjacentes na pele. Isso porque, uma vez que as células neoplásicas não tenham se espalhado além da margem, a cirurgia terá poder curativo da doença. 20 Atualmente as margens de segurança são determinadas pela espessura máxima do tumor de acordo com a escala de Breslow. 21 Em geral, excisões maiores são feitas em lesões de pior prognóstico de acordo com a escala. Entretanto a relação direta entre extensão da margem e magnitude do benefício não está bem estabelecida. Os estudos recomendam que o limite de profundidade da excisão seja a fáscia muscular. Entretanto, há locais em que até essa delimitação anatômica não é tão clara, como orelha, nariz e pálpebras. Como a exérese cirúrgica é o principal tratamento para melanoma cutâneo na fase primária, uma revisão sistemática 20 buscou estabelecer qual é a melhor margem cirúrgica capaz de remover todo o tecido neoplásico eliminando as possíveis chances de recidiva e com os melhores resultados estéticos. A revisão incluiu cinco ensaios clínicos com pacientes com melanoma invasivo com dimensões que atingiam até a derme e com qualquer grau na escala de Breslow. No entanto, nenhum dos ensaios clínicos encontrados mostrou evidências que justifiquem exérese com menor ou maior margem de segurança. Apesar de a sobrevida livre de doença ter sido maior nos pacientes submetidos a exérese com margem de segurança maior (hazard ratio 1,13; P = 0,06; intervalo de confiança de 95% 0,99 a 1,28), esta diferença não foi estatisticamente significativa. Portanto, novos estudos devem ser realizados para definir a melhor margem de segurança durante a remoção cirúrgica da lesão, atualmente o tratamento com melhor poder curativo para melanoma. Intervenções para melanoma in situ, incluindo lentigo maligno Melanoma in situ (MIS) é o primeiro estágio histológico de melanoma maligno possível de ser reconhecido e que tem como um de seus subtipos pré-invasivos o lentigo maligno (LM). Uma revisão sistemática 22 se propôs a avaliar as opções de tratamento cirúrgico e não cirurgico para o MIS, podendo incluir LM. Apenas um estudo, com 90 participantes com LM, foi encontrado. O estudo comparou imiquimod creme 5%, cinco dias por semana + tazarotene 0,1% em gel duas vezes por semana por três meses com imiquimod 5% creme apenas. A diferença entre as intervenções não se mostrou estatisticamente significativa. Os autores concluíram que adicionar tazarotone ao imiquimod não levou a melhora clínica. Além disso, o grupo com tazarotone teve maior número de perdas devido aos efeitos adversos. DISCUSSÃO O melanoma maligno é um dos tumores de pele mais agressivos. Quando confinado à pele, apresenta uma boa chance de cura, com bom prognóstico após conduta cirúrgica. Entretanto, quando há metástases, o prognóstico é limitado devido à resposta insatisfatória aos agentes antitumorais sistêmicos conhecidos. Das 165 revisões encontradas na busca inicial, apenas 6 revisões sistemáticas abordavam o tratamento do melanoma em suas diversas apresentações. A maioria delas buscava avaliar as terapias sistêmicas e esclarecer seus benefícios nos pacientes com melanoma em estágio avançado, que são atualmente os de pior prognóstico. Um ponto em comum em todas elas foi o de que existem poucas pesquisas que revelem resultados conclusivos sobre o tratamento do melanoma maligno em fase avançada. Mesmo tratamentos tidos como padrão ouro, como a exérese cirúrgica de um melanoma in situ ou tratamentos padrão amplamente utilizados não demonstraram evidências claras nas pesquisas até hoje realizadas; seja no aumento da sobrevida global, seja no aumento da sobrevida sem a doença ou ainda no acréscimo de qualidade de vida desses pacientes. Nos estágios iniciais, quando o melanoma ainda não ultrapassou a epiderme, a doença apresenta alto potencial de cura, com sobrevida em cinco anos de 80% a 100%, variando de acordo com a profundidade de invasão tumoral. 1-3 Mas, conforme a doença avança em profundidade e acomete linfonodos, o prognóstico piora exponencialmente. Dessa forma, enquanto as pesquisas de tratamento sistêmico avançam, esforços devem ser voltados às ações de prevenção e de diagnóstico precoce, uma vez que o prognóstico muda completamente conforme avança a doença. Métodos de triagem populacional e campanhas de conscientização sobre a exposição solar segura e saudável devem ser instituídos de modo a promover o diagnóstico numa fase em que há ainda possibilidade de cura. 87

5 Evidências de revisões sistemáticas Cochrane sobre prevenção e tratamento de melanoma CONCLUSÕES As revisões sistemáticas Cochrane existentes mostraram que: O uso do interferon alfa como adjuvante à exérese cirúrgica da lesão em pacientes com melanoma de alto risco aumenta a sobrevida livre da doença e a sobrevida global, com eventos adversos toleráveis; As estatinas e os fibratos não parecem ser efetivos e seguros na prevenção e no tratamento do melanoma; A adição de imunoterapia à quimioterapia não parece aumentar a sobrevida de pacientes com melanoma metastático. As revisões sistemáticas Cochrane existentes mostraram que ainda faltam evidências sobre: Efeitos dos tratamentos sistêmicos para melanoma cutâneo metastático em comparação a medidas paliativas de suporte e/ou uso de placebo. Margem de segurança durante a remoção cirúrgica do melanoma. Tratamento para o melanoma in situ e lentigo maligno. REFERÊNCIAS 1. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2014 Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, Disponível em: v01/pdf/11-resenha-estimativa-2014-incidencia-de-cancer-nobrasil.pdf. Acessado em 2016 (4 mar). 2. Costa CS. Epidemiologia do câncer de pele no Brasil e evidências sobre sua prevenção [Epidemiology of skin cancer in Brazil and evidence about its prevention]. Diagn Tratamento. 2012;17(4): Rigel DS, Friedman RJ, Kopf AW. The incidence of malignant melanoma in the United States: issues as we approach the 21st century. J Am Acad Dematol. 1996;34(5 Pt 1): Gandini S, Sera F, Cattaruzza MS, et al. Meta-analysis of risk factors for cutaneous melanoma: II. Sun exposure. Eur J Cancer. 2005;41(1): Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde CID-10. Disponível em: V2008/cid10.htm. Acessado em 2016 (4 mar). 6. Freedberg I, Eisen A, Wolff K, et al. Fitzpatrick s dermatology in general medicine. 6 th ed. New York: McGraw-Hill; Thomas L, Tranchand P, Berard F, et al. Semiological value of ABCDE criteria in the diagnosis of cutaneous pigmented tumors. Dermatology. 1998;197(1): Robinson JK, Bigby M. Prevention of melanoma with regular sunscreen use. JAMA. 2011;306(3): Bastuji-Garin S, Diepgen TL. Cutaneous malignant melanoma, sun exposure, and sunscreen use: epidemiological evidence. Br J Dermatol. 2002;146 Suppl 61: Bakos L, Wagner M, Bakos RM, et al. Sunburn, sunscreens, and phenotypes: some risk factors for cutaneous melanoma in southern Brazil. Int J Dermatol. 2002;41(9): Tsao H, Atkins MB, Sober AJ. Management of cutaneous melanoma. N Engl J Med. 2004;351(10): Kittler H, Pehamberger H, Wolff K, Binder M. Diagnostic accuracy of dermoscopy. Lancet Oncol. 2002;3(3): Cestari TF, Miozzo A, Brodt C, Pacheco F, Bakos L. Evaluation of ultraviolet-b susceptibility in the population of Rio Grande do Sul, Brazil. Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology. 1997;9: Instituto Nacional de Câncer. Pele melanoma. Disponível em: home/pele_melanoma. Acessado em 2016 (3 mar). 15. Elmagarmid A, Fedorowicz Z, Hammady H, et al. Rayyan: a systematic reviews web app for exploring and filtering searches for eligible studies for Cochrane Reviews. In: Evidence-Informed Public Health: Opportunities and Challenges. Abstracts of the 22nd Cochrane Colloquium; Sep; Hyderabad, India. John Wiley & Sons; Dispónível em: hyderabad/rayyan-systematic-reviews-web-app-exploring-andfiltering-searches-eligible-studies. Acessado em 2016 (3 mar). 16. Dellavalle RP, Drake A, Graber M, et al. Statins and fibrates for preventing melanoma. Cochrane Database Syst Rev. 2005(4):CD Mocellin S, Lens MB, Pasquali S, Pilati P, Chiarion Sileni V. Interferon alpha for the adjuvant treatment of cutaneous melanoma. Cochrane Database Syst Rev. 2013;6:CD Crosby T, Fish R, Coles B, Mason MD. Systemic treatments for metastatic cutaneous melanoma. Cochrane Database Syst Rev. 2000;(2):CD Sasse AD, Sasse EC, Clark LG, Ulloa L, Clark OA. Chemoimmunotherapy versus chemotherapy for metastatic malignant melanoma. Cochrane Database Syst Rev. 2007;(1):CD Sladden MJ, Balch C, Barzilai DA, et al. Surgical excision margins for primary cutaneous melanoma. Cochrane Database Syst Rev. 2009;(4):CD Balch CM, Soong SJ, Atkins MB, et al. An evidence-based staging system for cutaneous melanoma. CA Cancer J Clin. 2004;54(3):131-49; quiz Tzellos T, Kyrgidis A, Mocellin S, et al. Interventions for melanoma in situ, including lentigo maligna. Cochrane Database Syst Rev. 2014;12:CD

Cirurgia da mama em casos de câncer de mama metastático: entendendo os dados atuais

Cirurgia da mama em casos de câncer de mama metastático: entendendo os dados atuais Cirurgia da mama em casos de câncer de mama metastático: entendendo os dados atuais Giuliano Tosello 1/28 Câncer de mama - Estadio IV Conceitos: TNM Qualquer T (tumor primário), qualquer N (linfonodos

Leia mais

Gustavo Nader Marta, Rachel Riera, Cristiane Rufino Macedo, Gilberto de Castro Junior, André Lopes Carvalho, Luiz Paulo Kowalski

Gustavo Nader Marta, Rachel Riera, Cristiane Rufino Macedo, Gilberto de Castro Junior, André Lopes Carvalho, Luiz Paulo Kowalski Quimioterapia de indução seguida de cirurgia com ou sem radioterapia adjuvante para pacientes com diagnóstico de câncer de cavidade oral: revisão sistemática e metanálise Gustavo Nader Marta, Rachel Riera,

Leia mais

Melanomas Cutâneos em Cabeça e Pescoço. Dr. Bruno Pinto Ribeiro R4 em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio - UFC

Melanomas Cutâneos em Cabeça e Pescoço. Dr. Bruno Pinto Ribeiro R4 em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio - UFC Melanomas Cutâneos em Cabeça e Pescoço Dr. Bruno Pinto Ribeiro R4 em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio - UFC Introdução 59940 novos casos (EUA 2007) 8100 óbitos (13%)

Leia mais

TÍTULO: EXPOSIÇÃO SOLAR OCUPACIONAL EM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DE MINAS GERAIS

TÍTULO: EXPOSIÇÃO SOLAR OCUPACIONAL EM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DE MINAS GERAIS TÍTULO: EXPOSIÇÃO SOLAR OCUPACIONAL EM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DE MINAS GERAIS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO

Leia mais

CARCINOMA DA ADRENAL, FEOCROMOCITOMA E PARAGANGLIOMA. ANA CAROLINA GUIMARÃES DE CASTRO Faculdade de Medicina da UFMG

CARCINOMA DA ADRENAL, FEOCROMOCITOMA E PARAGANGLIOMA. ANA CAROLINA GUIMARÃES DE CASTRO Faculdade de Medicina da UFMG CARCINOMA DA ADRENAL, FEOCROMOCITOMA E PARAGANGLIOMA ANA CAROLINA GUIMARÃES DE CASTRO Faculdade de Medicina da UFMG Carcinoma do córtex da adrenal Introdução Os carcinomas do córtex da adrenal (CCA) são

Leia mais

AULA 1: Introdução à Quimioterapia Antineoplásica

AULA 1: Introdução à Quimioterapia Antineoplásica FARMACOLOGIA DOS QUIMIOTERÁPICOS AULA 1: Introdução à Quimioterapia Antineoplásica Profª. MsC Daniele Cavalheiro Oliveira Zampar Farmacêutica Especialista em Oncologia - Sobrafo Campo Grande, 29/09/2012

Leia mais

PELE. Informe-se. Previna-se.

PELE. Informe-se. Previna-se. PELE Informe-se. Previna-se. Sobre o câncer de pele Tumores de pele são os mais frequentes na população brasileira e, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados no Brasil mais de 180

Leia mais

CANCER DE BEXIGA Quimioterapia neo-adjuvante racional, indicações e complicações. Luiz Flávio Coutinho. Tiradentes 13/08/2016

CANCER DE BEXIGA Quimioterapia neo-adjuvante racional, indicações e complicações. Luiz Flávio Coutinho. Tiradentes 13/08/2016 CANCER DE BEXIGA Quimioterapia neo-adjuvante racional, indicações e complicações Luiz Flávio Coutinho Tiradentes 13/08/2016 Nomogramas: Sexo Idade Intervalo cirurgia Estágio Histologia Linfonodos Grau

Leia mais

Manejo de Lesão Cerebral Metastática Única. Eduardo Weltman Hospital Israelita Albert Einstein Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Manejo de Lesão Cerebral Metastática Única. Eduardo Weltman Hospital Israelita Albert Einstein Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Manejo de Lesão Cerebral Metastática Única Eduardo Weltman Hospital Israelita Albert Einstein Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Manejo de Lesão Cerebral Metastática Única Introdução Prognóstico

Leia mais

Tratamento adjuvante sistêmico (como decidir)

Tratamento adjuvante sistêmico (como decidir) Tópicos atuais em câncer de mama Tratamento adjuvante sistêmico (como decidir) Dr. André Sasse Oncologista Clínico sasse@cevon.com.br Centro de Evidências em Oncologia HC UNICAMP Centro de Evidências em

Leia mais

Braquiterapia Ginecológica

Braquiterapia Ginecológica Braquiterapia Ginecológica Indicações e recomendações clínicas American Brachytherapy Society (ABS) European Society for Radiotherapy & Oncology (GEC-ESTRO) Rejane Carolina Franco Hospital Erasto Gaertner-

Leia mais

Diagnóstico por Imagem em Oncologia

Diagnóstico por Imagem em Oncologia Diagnóstico por Imagem em Oncologia Jorge Elias Jr Linfoma não-hodgkin 1 Mamografia Sintomático x rastreamento Objetivos Discutir o papel dos métodos de imagem em oncologia Diferenciar o uso na confirmação

Leia mais

câncer de esôfago e estômago Quais os melhores esquemas?

câncer de esôfago e estômago Quais os melhores esquemas? Tratamento combinado em câncer de esôfago e estômago Quais os melhores esquemas? Dr. André Sasse Oncologista Clínico sasse@cevon.com.br Centro de Evidências em Oncologia HC UNICAMP Centro de Evidências

Leia mais

CÂNCER DE PELE: Melanoma

CÂNCER DE PELE: Melanoma CÂNCER DE PELE: Melanoma Aline Vieira Alves Graduanda em Tecnologia Estética e Cosmética, Faculdades Integradas de Três Lagoas FITL/AEMS Luciana Cristina Garcia da Silva Fisioterapeuta FITL/AEMS; Esp.

Leia mais

MELANOMA: WHAT TO DO AFTER DIAGNOSIS? MELANOMA: DIAGNÓSTICO E MANEJO

MELANOMA: WHAT TO DO AFTER DIAGNOSIS? MELANOMA: DIAGNÓSTICO E MANEJO MELANOMA: WHAT TO DO AFTER DIAGNOSIS? MELANOMA: DIAGNÓSTICO E MANEJO Paula Colling Klein Virgínia Tronco Nathalia Peres da Porciuncula Luis Carlos Elejalde Campos UNITERMOS MELANOMA; BIÓPSIA; SEGUIMENTO;

Leia mais

Tratamentos do Câncer. Prof. Enf.º Diógenes Trevizan

Tratamentos do Câncer. Prof. Enf.º Diógenes Trevizan Tratamentos do Câncer Prof. Enf.º Diógenes Trevizan As opções de tratamento oferecidas para os pacientes com câncer devem basear-se em metas realistas e alcançáveis para cada tipo de câncer específico.

Leia mais

II ENCONTRO DE RESIDENTES EM RADIOTERAPIA TATIANA S. YAMAMOTO HSPE SÃO PAULO, SP

II ENCONTRO DE RESIDENTES EM RADIOTERAPIA TATIANA S. YAMAMOTO HSPE SÃO PAULO, SP II ENCONTRO DE RESIDENTES EM RADIOTERAPIA TATIANA S. YAMAMOTO HSPE SÃO PAULO, SP 1 Epidemiologia Ca de endométrio é o tumor ginecológico de maior incidência nos países desenvolvidos do ocidente Corresponde

Leia mais

CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO ESPECIALIZADA ONCOLOGIA CUTÂNEA

CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO ESPECIALIZADA ONCOLOGIA CUTÂNEA CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO ESPECIALIZADA ONCOLOGIA CUTÂNEA Período de Seleção 31 de outubro a 04 de dezembro de 2016 Taxa de Inscrição R$ 250,00 Taxa de Matrícula R$ 450,00 Mensalidade R$ 950,00 Forma(s)

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 Altera a Lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008, para incluir a pesquisa de biomarcadores entre as ações destinadas à detecção precoce das neoplasias malignas de mama

Leia mais

Data: 04/04/2014 NOTA TÉCNICA 59/ 2014 TEMA: IPILIMUMABE NO TRATAMENTO DO MELANOMA MALIGNO METASTÁTICO

Data: 04/04/2014 NOTA TÉCNICA 59/ 2014 TEMA: IPILIMUMABE NO TRATAMENTO DO MELANOMA MALIGNO METASTÁTICO Data: 04/04/2014 NOTA TÉCNICA 59/ 2014 Solicitante Dr. Renato Martins Prates Juiz Federal da 8ª Vara Federal Medicamento Material Procedimento Cobertura X. TEMA: IPILIMUMABE NO TRATAMENTO DO MELANOMA MALIGNO

Leia mais

Rodrigo de Morais Hanriot Radioterapeuta Sênior Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Rodrigo de Morais Hanriot Radioterapeuta Sênior Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Alemão Oswaldo Cruz Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Câncer Ginecológico Rodrigo de Morais Hanriot Radioterapeuta Sênior Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Alemão Oswaldo Cruz Índice Neoplasia endometrial

Leia mais

Terapia conservadora da mama em casos multifocais/multicêntricos

Terapia conservadora da mama em casos multifocais/multicêntricos Caso Clínico Terapia conservadora da mama em casos multifocais/multicêntricos Realização: Escola Brasileira de Mastologia Antônio Frasson, Francisco Pimentel e Ruffo de Freitas Autor do Caso Márden Pinheiro

Leia mais

Palavras-Chave: Melanoma; Diagnóstico; Brasil; Epidemiologia. Keywords: Melanoma; Diagnosis; Brazil; Epidemiology.

Palavras-Chave: Melanoma; Diagnóstico; Brasil; Epidemiologia. Keywords: Melanoma; Diagnosis; Brazil; Epidemiology. THESOLIM et al. International Journal of Environmental Research and Public Health, v.7, p.1392-1431, 2010. SZANTO, K.; GILDENGERS, A.; MULSANT, B.H.; BROWN, G.; ALEXOPOULOS, G.S.; REYNOLDS, C.F. III Identification

Leia mais

ABORDAGEM CLÍNICA E DERMATOSCÓPICA DAS PRINCIPAIS NEOPLASIAS DE PELE

ABORDAGEM CLÍNICA E DERMATOSCÓPICA DAS PRINCIPAIS NEOPLASIAS DE PELE ABORDAGEM CLÍNICA E DERMATOSCÓPICA DAS PRINCIPAIS NEOPLASIAS DE PELE UNITERMOS NEOPLASIA DE PELE/diagnóstico; NEOPLASIA DE PELE/dermatoscopia Bruna Faccio De Conto Luisa Schuster Ferreira Jeferson Krawcyk

Leia mais

O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença.

O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença. CÂNCER DE MAMA O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Também acomete homens,

Leia mais

A RELAÇÃO ENTRE O DIAGNÓSTICO PRECOCE E A MELHORIA NO PROGNÓSTICO DE CRIANÇAS COM CÂNCER

A RELAÇÃO ENTRE O DIAGNÓSTICO PRECOCE E A MELHORIA NO PROGNÓSTICO DE CRIANÇAS COM CÂNCER A RELAÇÃO ENTRE O DIAGNÓSTICO PRECOCE E A MELHORIA NO PROGNÓSTICO DE CRIANÇAS COM CÂNCER Débora V M A Duarte 1 ; Maine V A Confessor 2 1- Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande 2- DOCENTE/ ORIENTADOR

Leia mais

Oncologia. Caderno de Questões Prova Discursiva

Oncologia. Caderno de Questões Prova Discursiva Caderno de Questões Prova Discursiva 2015 01 Mulher de 54 anos de idade, pré-menopausa, apresenta mamografia com lesão sólida de 1,3 cm no quadrante superior externo de mama esquerda e calcificações difusas

Leia mais

Processo número: /000 TEMA: IPILIMUMABE NO TRATAMENTO DE PRIMEIRA LINHA DO MELANOMA MALIGNO METASTÁTICO

Processo número: /000 TEMA: IPILIMUMABE NO TRATAMENTO DE PRIMEIRA LINHA DO MELANOMA MALIGNO METASTÁTICO NOTA TÉCNICA 236/2013 Solicitante Desembargador Geraldo Augusto de Almeida Data: 29/11/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Processo número: 1.0000.13.090474-1/000 TEMA: IPILIMUMABE NO TRATAMENTO

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEOPLASIA DE MAMA EM TRATAMENTO COM TRANSTUZUMABE EM HOSPITAL NO INTERIOR DE ALAGOAS

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEOPLASIA DE MAMA EM TRATAMENTO COM TRANSTUZUMABE EM HOSPITAL NO INTERIOR DE ALAGOAS PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEOPLASIA DE MAMA EM TRATAMENTO COM TRANSTUZUMABE EM HOSPITAL NO INTERIOR DE ALAGOAS Andreia Herculano da Silva Casa de Saúde e Maternidade Afra Barbosa Andreiah.silva@hotmail.com

Leia mais

Dr. Bruno Pinto Ribeiro Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio

Dr. Bruno Pinto Ribeiro Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio Dr. Bruno Pinto Ribeiro Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio Incidência aumentando EUA e Europa Homens Aumento diagnóstico precoce T1 e T2 prognóstico ruim recidiva

Leia mais

Sobre o câncer de pulmão

Sobre o câncer de pulmão Sobre o câncer de pulmão Sobre o câncer de pulmão Câncer de pulmão É um dos mais comuns de todos os tumores malignos, apresentando aumento de 2% ao ano na incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados,

Leia mais

O estado da arte da Radioterapia na abordagem de Tumores de Bexiga. Dr. Baltasar Melo Neto R3 - UNIFESP

O estado da arte da Radioterapia na abordagem de Tumores de Bexiga. Dr. Baltasar Melo Neto R3 - UNIFESP O estado da arte da Radioterapia na abordagem de Tumores de Bexiga Dr. Baltasar Melo Neto R3 - UNIFESP Introdução EUA (2014): 6º mais comum 75.000 casos novos; 15.600 mortes. Brasil (2014): 9940 casos

Leia mais

Prevenção do Câncer. Enf.º Prof.ºKarin Scheffel

Prevenção do Câncer. Enf.º Prof.ºKarin Scheffel Prevenção do Câncer Enf.º Prof.ºKarin Scheffel A prevenção primária preocupa-se com a redução do risco ou a prevenção do aparecimento de câncer em pessoas saudáveis. A prevenção secundária envolve os esforços

Leia mais

A RELAÇÃO DA PROTEÍNA P16 COM O PROGNÓSTICO DO MELANOMA CUTÂNEO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

A RELAÇÃO DA PROTEÍNA P16 COM O PROGNÓSTICO DO MELANOMA CUTÂNEO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA A RELAÇÃO DA PROTEÍNA P16 COM O PROGNÓSTICO DO MELANOMA CUTÂNEO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA Angélica Zanettini 1 Daiane Schuck 2 Denise Finger 3 Andréia Fortes Ribeiro 4 RESUMO: O presente trabalho consiste

Leia mais

ANÁLISE DA MORTALIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE NEOPLASIA CUTÂNEA EM SERGIPE NO PERIODO DE 2010 A 2015 RESUMO

ANÁLISE DA MORTALIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE NEOPLASIA CUTÂNEA EM SERGIPE NO PERIODO DE 2010 A 2015 RESUMO ANÁLISE DA MORTALIDADE E DISTRIBUIÇÃO DE NEOPLASIA CUTÂNEA EM SERGIPE NO PERIODO DE 2010 A 2015 Milena Katrine Andrade Santos (Acadêmica de Enfermagem, Universidade Tiradentes) Emily Santos Costa (Acadêmica

Leia mais

Neoplasias Malignas de Pele Malignant Neoplasms of the Skin

Neoplasias Malignas de Pele Malignant Neoplasms of the Skin Neoplasias Malignas de Pele Malignant Neoplasms of the Skin Alana Dariva¹, Fernanda Rodrigues¹, Letícia Bueno Boranga¹, Maria Helena Strzykalski¹, Jéferson Krawcyk Oliveira². ¹Acadêmico da Associação de

Leia mais

O QUE É? O RABDOMIOSARCOMA

O QUE É? O RABDOMIOSARCOMA O QUE É? O RABDOMIOSARCOMA Músculo O RABDOMIOSARCOMA O QUE SIGNIFICA ESTADIO? O QUE É O RABDOMIOSARCOMA? O rabdomiosarcoma é um tumor dos tecidos moles (tecidos que suportam e ligam as várias partes do

Leia mais

Melanoma: fatores de risco, diagnóstico e preventivo

Melanoma: fatores de risco, diagnóstico e preventivo Melanoma: fatores de risco, diagnóstico e preventivo Gabriela Tayrine Pereira Caetano 1 (PG)*, Camila Rodrigues da Silva 2 (PG), Glaucie Mendes de Souza 3 (PG), Lucas Henrique Ferreira Sampaio 4 (PQ),

Leia mais

Anexo III Resumo das características do medicamento, rotulagem e folheto informativo

Anexo III Resumo das características do medicamento, rotulagem e folheto informativo Anexo III Resumo das características do medicamento, rotulagem e folheto informativo Nota: Estas alterações ao Resumo das Características do Medicamento e ao Folheto Informativo são válidas no momento

Leia mais

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC UFC

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC UFC Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC UFC 06-2012 Carcinoma de células escamosas (CEC) em cabeça e pescoço corresponde a 10 a causa de cancer no mundo e 5% de todos os casos novos nos EUA Estadiamento preciso

Leia mais

Tipo histológico influencia no manejo local das metástases. Fabio Kater oncologista da BP oncologia

Tipo histológico influencia no manejo local das metástases. Fabio Kater oncologista da BP oncologia Tipo histológico influencia no manejo local das metástases Fabio Kater oncologista da BP oncologia Introdução Metástases cerebrais primários mais comuns Tumores mais frequentes do sistema nervoso central

Leia mais

Melanoma cutâneo primário: confi rmações e novidades

Melanoma cutâneo primário: confi rmações e novidades ARTIGO ORIGINAL Melanoma cutâneo primário: confi rmações e novidades Primary cutaneous melanoma: confi rmations and news Gabriela Mynarski Martins-Costa 1, Renan Rangel Bonamigo 2, Ana Paula Menegat 3,

Leia mais

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA CIRURGIA ONCOGINECOLÓGICA

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA CIRURGIA ONCOGINECOLÓGICA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA CIRURGIA ONCOGINECOLÓGICA SETEMBRO DE 2016 2 INTRODUÇÃO Prezados Doutores(as), Temos o prazer de compartilhar nossas newsletters científicas. Nesta edição, aprofundamos

Leia mais

CÂNCER DE BOCA E OROFARINGE

CÂNCER DE BOCA E OROFARINGE CÂNCER DE BOCA E OROFARINGE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR LOCAIS MAIS FREQUÊNTES DAS LESÕES PRECOCES Mashberg e Meyer LESÕES PRE- CANCEROSAS CAMPO DE CANCERIZAÇÃO FOCOS MÚLTIPLOS MAIOR PROBABILIDADE DE ALTERAÇÕES

Leia mais

Câncer de pele: pintas que mudam de cor, tamanho e formato são alerta

Câncer de pele: pintas que mudam de cor, tamanho e formato são alerta Câncer de pele: pintas que mudam de cor, tamanho e formato são alerta vivabem.uol.com.br/noticias/redacao/2018/09/18/cancer-de-pele-pintas-que-mudam-de-cor-tamanho-e-formato-saoalerta.htm País com sol

Leia mais

MELANOMA DA COROIDEIA: DIFERENTES APRESENTAÇOES

MELANOMA DA COROIDEIA: DIFERENTES APRESENTAÇOES MELANOMA DA COROIDEIA: DIFERENTES APRESENTAÇOES Cristina Santos; Ana Rita Azevedo; Susana Pina; Mário Ramalho; Catarina Pedrosa; Mara Ferreira; João Cabral Comunicação Livre Oncologia Ocular Hospital Prof.

Leia mais

Neste Verão opte por uma exposição solar lenta e progressiva. Use um chapéu, uma camisa ou t-shirt de cor escura e óculos quando estiver ao

Neste Verão opte por uma exposição solar lenta e progressiva. Use um chapéu, uma camisa ou t-shirt de cor escura e óculos quando estiver ao Prevenção Nesta área pode obter teste informações de auto-avaliação sobre como prevenir o Cancro para da determinar Pele ou outras o risco doenças que corre provo qu Cuidados a ter na exposição solar Saiba

Leia mais

Algoritmo de condutas para tratamento de câncer de pâncreas

Algoritmo de condutas para tratamento de câncer de pâncreas Algoritmo de condutas para tratamento de câncer de pâncreas Dr. Ernesto Sasaki Imakuma Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Gastroenterologia da FMUSP Serviço de Cirurgia de Vias

Leia mais

Câncer de Endométrio Hereditário

Câncer de Endométrio Hereditário Disciplina de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo Coordenador do Serviço de Cirurgia Oncológica I Disciplina Eletiva de Fundamentos da Cirurgia Oncológica Professor Afiliado Abner Jorge Jácome Barrozo

Leia mais

Software para detecção de melanoma para ios

Software para detecção de melanoma para ios Software para detecção de melanoma para ios Aluno: Thiago Pradi Orientador: Aurélio Faustino Hoppe Motivação Câncer configura-se como um problema de saúde pública mundial Cânceres de pele tiveram um crescimento

Leia mais

Estudo retrospectivo do melanoma maligno cutâneo: ABC,, de 1995 a 2002

Estudo retrospectivo do melanoma maligno cutâneo: ABC,, de 1995 a 2002 Artigo Original Estudo retrospectivo do melanoma maligno cutâneo: Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC,, de 1995 a 2002 Retrospective study of cutaneous malignant melanoma: Dermatology

Leia mais

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha.

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha. Tumores renais 17/08/2017 - Dra. Marcela Noronha As neoplasias do trato urinário em crianças quase sempre são malignas e localizam-se, em sua maioria, no rim. Os tumores de bexiga e uretra são bastante

Leia mais

TeleCondutas Nódulo de Tireoide

TeleCondutas Nódulo de Tireoide TeleCondutas Nódulo de Tireoide TelessaúdeRS-UFRGS Porto Alegre, 2018 Sumário Introdução Manifestação Clínica Diagnóstico Avaliação Inicial Indicação de PAAF Acompanhamento ecográfico de nódulo não puncionado

Leia mais

Merkel Cell Carcinoma Tratamento imunológico

Merkel Cell Carcinoma Tratamento imunológico Merkel Cell Carcinoma Tratamento imunológico Dr Frederico Perego Costa Centro de Oncologia Hospital Sírio Libanês São Paulo - Brasil Merkel cell carcinoma - incidência Carcinoma neuroendócrino bastante

Leia mais

UMA CAMPANHA DO WWW.LADOALADOPELAVIDA.ORG.BR Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial desta cartilha, por qualquer meio ou sistema, sem prévia autorização dos autores, fi cando

Leia mais

NOVO ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE MAMA TNM 8ª EDIÇÃO. Wesley Pereira Andrade, MD, PhD Mastologista e Cirurgião Oncologista

NOVO ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE MAMA TNM 8ª EDIÇÃO. Wesley Pereira Andrade, MD, PhD Mastologista e Cirurgião Oncologista NOVO ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE MAMA TNM 8ª EDIÇÃO Wesley Pereira Andrade, MD, PhD Mastologista e Cirurgião Oncologista 30a. CA INVASIVO SOE ct3 cn1 cm0 EC IIIA GRAU HISTOLÓGICO 3 RE - RP - HER 2 KI67 90%

Leia mais

Neoplasias de células melanocíticas

Neoplasias de células melanocíticas Neoplasias de células melanocíticas PATOLOGIA II Aula Prática nº10 O termo NEVO é normalmente usado na linguagem médica com dois significados: I - O mais comum refere-se à lesão cutânea resultante da hiperplasia

Leia mais

Câncer Medular de Tireóide Diagnóstico e Tratamento

Câncer Medular de Tireóide Diagnóstico e Tratamento Câncer Medular de Tireóide Diagnóstico e Tratamento Universidade Federal do Ceará Hospital Universitário Walter Cantídio Residência de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Dr. Wendell Leite Fortaleza 2006 Câncer

Leia mais

DIAGNÓSTICO E RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA

DIAGNÓSTICO E RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA DIAGNÓSTICO E RASTREAMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA Alexandre Cesar Santos, MD, Msc Uro-oncologia e cirurgia minimamente invasiva Hospital de Câncer de Barretos EPIDEMIOLOGIA DO CAP EUA Incidência : 220.800

Leia mais

RM padrão de 1,5T no câncer endometrial: moderada concordância entre radiologistas

RM padrão de 1,5T no câncer endometrial: moderada concordância entre radiologistas Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina Departamento de Diagnóstico por Imagem RM padrão de 1,5T no câncer endometrial: moderada concordância entre radiologistas Especializanda: Renata

Leia mais

2. INFORMAÇÕES PARA OS ESPECIALISTAS (ONCOLOGISTAS, CIRURGIÕES E PATOLOGISTAS)

2. INFORMAÇÕES PARA OS ESPECIALISTAS (ONCOLOGISTAS, CIRURGIÕES E PATOLOGISTAS) CARCINOMA COLORRETAL NOVO PARÂMETRO DE IMPORTÂNCIA PROGNÓSTICA RECOMENDAÇÕES DA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL PARA O CONSENSO EM BROTAMENTO TUMORAL (TUMOR BUDDING) PARA SUA DESCRIÇÃO HISTOPATOLÓGICA Por: Dr.

Leia mais

ADENOCARCINOMA DE PÂNCREAS

ADENOCARCINOMA DE PÂNCREAS ADENOCARCINOMA DE PÂNCREAS ANDRE DEEKE SASSE RACHEL Grupo SOnHe RIECHELMANN Campinas RACHEL RIECHELMANN AC Camargo Cancer Center OBSERVAÇÃO As diretrizes seguem níveis pré-definidos de evidência científica

Leia mais

Melanoma maligno cutâneo primário: estudo retrospectivo de 1963 a 1997 no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo

Melanoma maligno cutâneo primário: estudo retrospectivo de 1963 a 1997 no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo MELANOMA MALIGNO Artigo de Comunicação Melanoma maligno cutâneo primário: estudo retrospectivo de 1963 a 1997 no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo P. R. CRIADO, C. VASCONCELLOS, J. A.

Leia mais

CÂNCER ORAL E OS DESAFIOS DO DIAGNÓSTICO PRECOCE: REVISÃO DE LITERATURA.

CÂNCER ORAL E OS DESAFIOS DO DIAGNÓSTICO PRECOCE: REVISÃO DE LITERATURA. CONEXÃO FAMETRO 2017: ARTE E CONHECIMENTO XIII SEMANA ACADÊMICA ISSN: 2357-8645 CÂNCER ORAL E OS DESAFIOS DO DIAGNÓSTICO PRECOCE: REVISÃO DE LITERATURA. RESUMO Waleska Araújo Lavôr Nayra Isamara Nascimento

Leia mais

CÂNCER PREVINIR É O MELHOR REMÉDIO

CÂNCER PREVINIR É O MELHOR REMÉDIO CÂNCER PREVINIR É O MELHOR REMÉDIO Drª Cléria Santiago de Ávila O QUE É O CÂNCER? Câncer é o nome dado a doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que se dividem rapidamente são agressivas

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS, CABEÇA E PESCOÇO, NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO PERÍODO DE 2005 A 2015.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS, CABEÇA E PESCOÇO, NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO PERÍODO DE 2005 A 2015. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CLÍNICO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS, CABEÇA E PESCOÇO, NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE NO PERÍODO DE 2005 A 2015. Ulysses Mendes de Lima; Guilherme Zacarias de Alencar Centro Universitário

Leia mais

- Papel da Quimioterapia Neo e

- Papel da Quimioterapia Neo e Carcinoma Urotelial de Bexiga: Tratamento Sistêmico na Doença Músculo-Invasiva - Papel da Quimioterapia Neo e Adjuvante Igor A. Protzner Morbeck, MD, MSc Prof. Medicina Interna Univ. Católica de Brasília

Leia mais

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA E CÂNCER DE PELE

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA E CÂNCER DE PELE UNIFESP UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIRURGIA PLÁSTICA REPARADORA Coordenadora e Professora Titular: Profa.Dra.Lydia Masako Ferreira RADIAÇÃO

Leia mais

Câncer: sinais, sintomas e diagnóstico

Câncer: sinais, sintomas e diagnóstico Câncer: sinais, sintomas e diagnóstico ROSA, LM; SOUZA, AIJS; ANDERS, JC; TOURINHO, F; RADÜNZ, V.; ANDRADE, A. E.; BERNDT, L. K Departamento de Enfermagem - Projeto de Extensão: Atenção Oncológica na Atenção

Leia mais

Programas de prevenção potencializam melhor uso dos planos de saúde

Programas de prevenção potencializam melhor uso dos planos de saúde Programas de prevenção potencializam melhor uso dos planos de saúde patrocinados.estadao.com.br/roche/programas-de-prevencao-potencializam-melhor-uso-dos-planos-de-saude Quem utiliza planos de saúde no

Leia mais

Finalistas. Câncer: evite sentir na pele

Finalistas. Câncer: evite sentir na pele Redações vencedoras - VI Concurso de Redação Finalistas 1º Lugar Aluna: Flávia dos Santos Oliveira Professora: Rosinete Ferreira Machado Unidade Escolar: E.E. Profº Paulo Francisco de Assis Cidade: Barra

Leia mais

Cancro da pele: podemos preveni-lo?

Cancro da pele: podemos preveni-lo? Cancro da pele: podemos preveni-lo? HUGO PEREIRA DA SILVA*, CARLOS FERRÃO** * Interno do Internato Complementar de Medicina Geral e Familiar ** Assistente Graduado de Medicina Geral e Familiar Centro de

Leia mais

ADENOMA PLEOMÓRFICO: DESAFIOS DO TRATAMENTO A Propósito de Um Caso Clínico

ADENOMA PLEOMÓRFICO: DESAFIOS DO TRATAMENTO A Propósito de Um Caso Clínico Serviço de Radioterapia Directora de Serviço: Dra. Gabriela Pinto ADENOMA PLEOMÓRFICO: DESAFIOS DO TRATAMENTO A Propósito de Um Caso Clínico Rita da Costa Lago / Darlene Rodrigues / Joana Pinheiro / Lurdes

Leia mais

número 25- julho/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

número 25- julho/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS número 25- julho/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RADIOTERAPIA INTRAOPERATÓRIA PARA O TRATAMENTO DE ESTÁDIOS INICIAIS

Leia mais

MELANOMA MALIGNO ASSOCIADO A NEVO MELANOCÍTICO

MELANOMA MALIGNO ASSOCIADO A NEVO MELANOCÍTICO MELANOMA MALIGNO ASSOCIADO A NEVO MELANOCÍTICO Joana Gomes 1, Joana Parente 2, Lurdes Ferreira 3, Isabel Viana 3, Esmeralda Vale 4 1 Interna do Internato Complementar de Dermatologia e Venereologia/Resident,

Leia mais

Juliana Carvalho Tavares Alves,* Raissa Paulino Da Costa Figueiredo,* Rossana C Farias De Vasconcelos

Juliana Carvalho Tavares Alves,* Raissa Paulino Da Costa Figueiredo,* Rossana C Farias De Vasconcelos Medicina Cutánea Ibero-Latino-Americana Localizador: 76 Incidência de câncer de pele em ambulatório de dermatologia na Região Sul de São Paulo Incidence of skin cancer in dermatology ambulatory in the

Leia mais

Após um episódio de ITU, há uma chance de aproximadamente 19% de aparecimento de cicatriz renal

Após um episódio de ITU, há uma chance de aproximadamente 19% de aparecimento de cicatriz renal Compartilhe conhecimento: Devemos ou não continuar prescrevendo antibiótico profilático após diagnóstico da primeira infecção urinária? Analisamos recente revisão sistemática e trazemos a resposta. Em

Leia mais

Informe Epidemiológico- Câncer de Mama

Informe Epidemiológico- Câncer de Mama Informe Epidemiológico- Câncer de Mama Núcleo Hospitalar de Epidemiologia HNSC-HCC Câncer de Mama no Mundo As doenças não transmissíveis são agora responsáveis pela maioria das mortes globais, e espera-se

Leia mais

Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cebeça e Pescoço

Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cebeça e Pescoço Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cebeça e Pescoço 01-2012 CEC s da maxila oral (palato duro, alveolo e gengiva maxilar) são relativamente raros Poucos trabalhos publicados Duas publicações

Leia mais

AO SEU LADO. A sua proteção deve ser contra o sol. Dezembro Laranja

AO SEU LADO. A sua proteção deve ser contra o sol. Dezembro Laranja AO SEU LADO A sua proteção deve ser contra o sol. Dezembro Laranja Referências: Dr Bruno Aquino de Souza CRM 55560 Oncologista Clinico O sol é importante para a saúde, mas nada que é em excesso é saudável.

Leia mais

tumores de pele não melanoma C I R U R G I A D E C A B E Ç A E P E S C O Ç O HU WC

tumores de pele não melanoma C I R U R G I A D E C A B E Ç A E P E S C O Ç O HU WC tumores de pele não melanoma SELINALDO AMORIM BEZERRA C I R U R G I A D E C A B E Ç A E P E S C O Ç O HU WC 2 0 1 0 Orlando Parise e col. Diagnóstico e Tratamento Câncer de Cabeça e Pescoço São Paulo:

Leia mais

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues Hospitais da Universidade de Coimbra Serviço de Ortopedia Diretor: Prof. Doutor Fernando Fonseca Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues História Clínica PRGP Sexo feminino 23 anos Empregada de escritório

Leia mais

Qual o benefício da vacina contra HPV em mulheres previamente expostas? Fábio Russomano - IFF/Fiocruz Agosto de 2015

Qual o benefício da vacina contra HPV em mulheres previamente expostas? Fábio Russomano - IFF/Fiocruz Agosto de 2015 Qual o benefício da vacina contra HPV em mulheres previamente expostas? Fábio Russomano - IFF/Fiocruz Agosto de 2015 Cenário atual 80% das mulheres terão contato com o HPV ao longo de suas vidas (metade

Leia mais

Revisão sistemática: o que é? Como fazer?

Revisão sistemática: o que é? Como fazer? Revisão sistemática: o que é? Como fazer? Profa Dra Graciele Sbruzzi gsbruzzi@hcpa.edu.br Conteúdos Abordados - O que é revisão sistemática e metanálise? - Etapas para a construção de uma revisão sistemática

Leia mais

Lesões Ovarianas na Pré e Pós-Menopausa. Laura Massuco Pogorelsky Junho/2018

Lesões Ovarianas na Pré e Pós-Menopausa. Laura Massuco Pogorelsky Junho/2018 Lesões Ovarianas na Pré e Pós-Menopausa Laura Massuco Pogorelsky Junho/2018 INTRODUÇÃO Objetivo é determinar a etiologia mais provável Maioria das vezes é um desafio Anatomia Idade Status Reprodutivo ANATOMIA

Leia mais

Sarcomas de partes moles do adulto Estudo Populacional/Institucional Regiões do Alentejo e Algarve

Sarcomas de partes moles do adulto Estudo Populacional/Institucional Regiões do Alentejo e Algarve Sarcomas de partes moles do adulto Estudo Populacional/Institucional Regiões do Alentejo e Algarve Jornadas do ROR Sul Teresa Alexandre Oncologia Médica IPO Lisboa 17 Fevereiro 2016 Introdução Sarcomas

Leia mais

DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO DO PET CT ONCOLÓGICO NO PLANSERV.

DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO DO PET CT ONCOLÓGICO NO PLANSERV. DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO DO PET CT ONCOLÓGICO NO MARÇO 2014 GOVERNADOR DO ESTADO JAQUES WAGNER SECRETÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO EDELVINO DA SILVA GÓES FILHO REALIZAÇÃO COORDENADOR GERAL SONIA MAGNÓLIA LEMOS

Leia mais

Mutações em ESR1 e DNA tumoral circulante

Mutações em ESR1 e DNA tumoral circulante Mutações em ESR1 e DNA tumoral circulante Diagnóstico de resistência ao tratamento endócrino CristianeC. B. A. Nimir cristiane.nimir@idengene.com.br Resistência molecular e heterogeneidade tumoral RESISTÊNCIA

Leia mais

Doenças da pele relacionadas à poluição do ar: uma revisão sistemática Skin diseases related to air pollution: a systematic review

Doenças da pele relacionadas à poluição do ar: uma revisão sistemática Skin diseases related to air pollution: a systematic review J. Health Biol Sci. 2017; 5(2):171-177 doi:10.12662/2317-3076jhbs.v5i2.1231.p.171-177.2017 ARTIGO DE REVISÃO Doenças da pele relacionadas à poluição do ar: uma revisão sistemática Skin diseases related

Leia mais

Encontro Pós ASTRO 2011

Encontro Pós ASTRO 2011 Encontro Pós ASTRO 2011 Principais trabalhos apresentados em CÂNCER DE BEXIGA Arnoldo Mafra Belo Horizonte / MG Trabalhos em câncer de bexiga Poucos trabalhos: 6 trabalhos com apresentação oral (139 a

Leia mais

Clínica Universitária de Radiologia. Reunião Bibliográfica. Mafalda Magalhães Director: Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves

Clínica Universitária de Radiologia. Reunião Bibliográfica. Mafalda Magalhães Director: Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves + Clínica Universitária de Radiologia Reunião Bibliográfica Director: Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves Mafalda Magalhães 14-03-2016 + Introdução RM Mamária: Rastreio de cancro da mama em populações de alto

Leia mais

TESTE DE AVALIAÇÃO. 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos. Organização NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta.

TESTE DE AVALIAÇÃO. 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos. Organização NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta. TESTE DE AVALIAÇÃO 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta. 1. São indicação para a realização de RM todas as situações, excepto: ( 1 ) Mulher com

Leia mais

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO OPERADO RADIOTERAPIA COMPLEMENTAR: INDICAÇÕES E RESULTADOS

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO OPERADO RADIOTERAPIA COMPLEMENTAR: INDICAÇÕES E RESULTADOS CÂNCER DE COLO DE ÚTERO OPERADO RADIOTERAPIA COMPLEMENTAR: INDICAÇÕES E RESULTADOS Hospital Erasto Gaertner Serviço de Radioterapia Sílvia Pecoits Câncer de Colo Uterino 500.000 casos novos no mundo com

Leia mais

Ricardo Caponero CRM: /SP

Ricardo Caponero CRM: /SP Ricardo Caponero CRM: 51.600/SP Oncologista Clínico Mestre em Oncologia Molecular Coordenador do Centro Avançado em Terapia de Suporte e Medicina Integrativa CATSMI Centro de Oncologia Hospital Alemão

Leia mais

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jônatas Catunda de Freitas

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jônatas Catunda de Freitas Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Jônatas Catunda de Freitas Fortaleza 2010 Lesões raras, acometendo principalmente mandíbula e maxila Quadro clínico

Leia mais

Tratamento do GIST Gástrico ALEXANDRE SAKANO

Tratamento do GIST Gástrico ALEXANDRE SAKANO Tratamento do GIST Gástrico ALEXANDRE SAKANO INTRODUÇÃO: Tumores originários da camada muscular Inicialmente chamados leiomiomas e leiomiossarcomas GIST relacionado a marcadores específicos Histopatologia

Leia mais

Jobert Mitson Silva dos Santos

Jobert Mitson Silva dos Santos Universidade Federal do Ceará Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Jobert Mitson Silva dos Santos - Definição - Níveis linfonodais cervicais - Estadiamento linfonodal - Classificação dos EC s - Complicações

Leia mais

Nivaldo Vieira. Oncologista Clínico

Nivaldo Vieira. Oncologista Clínico Nivaldo Vieira Oncologista Clínico Câncer de Colo de Útero Terceira causa mais comum de câncer das mulheres Desenvolve-se a partir de lesões prémalignas Altamente prevenível Doença das regiões pobres do

Leia mais

A AMAMENTAÇÃO COMO FATOR DE PROTEÇÃO DO CÂNCER DE MAMA. Evidências em Saúde Pública HSM 0122 Novembro/2015

A AMAMENTAÇÃO COMO FATOR DE PROTEÇÃO DO CÂNCER DE MAMA. Evidências em Saúde Pública HSM 0122 Novembro/2015 A AMAMENTAÇÃO COMO FATOR DE PROTEÇÃO DO CÂNCER DE MAMA Evidências em Saúde Pública HSM 0122 Novembro/2015 INTRODUÇÃO Câncer de mama: resultante de proliferação incontrolável de células anormais. Origem:

Leia mais

Uma abordagem fuzzy para estimar o desenvolvimento de câncer de pele a partir de fatores de risco

Uma abordagem fuzzy para estimar o desenvolvimento de câncer de pele a partir de fatores de risco Biomatemática 23 (23), 55 62 ISSN 679-365X Uma Publicação do Grupo de Biomatemática IMECC UNICAMP Uma abordagem fuzzy para estimar o desenvolvimento de câncer de pele a partir de fatores de risco Beatriz

Leia mais