PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO: IMPACTOS NA EDUCAÇÃO INTEGRAL E INTEGRADA REGIÃO NORDESTE

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1 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO: IMPACTOS NA EDUCAÇÃO INTEGRAL E INTEGRADA REGIÃO NORDESTE UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNANBUCO

2 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO: IMPACTOS NA EDUCAÇÃO INTEGRAL E INTEGRADA REGIÃO NORDESTE Brasília MEC 2015

3 EXPEDIENTE MEC Ministro de Estado da Educação Renato Janine Ribeiro Secretário Executivo Luiz Cláudio Costa SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA (SEB) Manuel Fernando Palacios da Cunha e Melo DIRETORIA DE CURRÍCULOS E EDUCAÇÃO INTEGRAL Clarice Salete Traversini

4 FICHA TÉCNICA Ana Emília Castro

5 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AL BA BR CE EqP FNDE FUNDAJ Fundeb IBGE Ideb IDHM Inep Ipea MA MEC NE PAR PB PBF PDDE PDE-Escola PE PEA Alagoas Bahia Brasil Ceará Programa Escola que Protege Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Fundação Joaquim Nabuco Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Índice de Desenvolvimento da Educação Básica Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Maranhão Ministério da Educação Nordeste Plano de Ações Articuladas Paraíba Programa Bolsa Família Programa Dinheiro Direto na Escola Plano de Desenvolvimento da Escola Pernambuco Programa Escola Aberta

6 PETI PI PIB PME PNAIC PNE PNLD PNUD PPP Proerd PSE PST RN SE SEB Simec Programa de Erradicação do Trabalho Infantil Piauí Produto Interno Bruto Programa Mais Educação Pacto pela Alfabetização na Idade Certa Plano Nacional de Educação Programa Nacional do Livro Didático Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Projeto Político-Pedagógico Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência Programa Saúde na Escola Programa Segundo Tempo Rio Grande do Norte Sergipe Secretaria de Educação Básica Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle

7 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 Presença de experiências de Educação Integral anteriores ao Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 2 Articulação do Programa Mais Educação com outros programas do Governo Federal, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 3 Articulação do Programa Mais Educação com outros programas, ações e políticas desenvolvidos no âmbito do estado/município, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 4 Prioridade de atendimento aos educandos contemplados pelo Programa Bolsa Família no Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 5 Participação da comunidade escolar no processo de implementação do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 6 Presença de recursos adicionais aplicados no desenvolvimento do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 7 Presença de estratégia(s) de envio de recursos adicionais direto para as escolas de Educação Integral (afora o do PDDE/FNDE), no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 8 Estabelecimento, alteração ou ampliação das Diretrizes Curriculares por influência do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 9 Projetos Político-Pedagógicos das escolas (re)elaborados por influência do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 10 Modificações nas estratégias de avaliação da aprendizagem na rede de ensino resultantes da adesão ao Programa Mais Educação, no Brasil, na região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 11 Número de refeições ofertadas aos educandos que integram o Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios

8 GRÁFICO 12 Realização de reformas, adaptações e/ou ampliação dos espaços das cidades destinados às práticas educativas, a partir da implantação do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 13 Participação dos educandos na escolha dos macrocampos do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 14 Participação dos educandos na escolha das oficinas/atividades do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 15 Presença do Professor Comunitário nas escolas participantes do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 16 Promoção de formação aos professores comunitários do Programa Mais Educação pela Secretaria de Educação no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 17 Promoção de formação aos professores comunitários e aos monitores do Programa Mais Educação pela Secretaria de Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 18 Promoção de formação a outros profissionais vinculados ao Programa Mais Educação pela Secretaria de Educação no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 19 Criação de estratégias específicas para monitoramento e/ou avaliação do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 20 Impacto das propostas dos macrocampos do Programa Mais Educação na organização do tempo nas demais escolas das redes estaduais/municipais de ensino, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios GRÁFICO 21 Modificações nas estratégias de avaliação da aprendizagem, nas redes públicas de ensino, resultantes da adesão ao Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Sudeste e em seus estados/municípios

9 LISTA DE TABELAS TABELA 1 Dimensão da pesquisa sobre o Programa Mais Educação, no Brasil e na Região Nordeste TABELA 2 Dados comparativos dos estados da Região Nordeste TABELA 3 Ideb dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, do Brasil, da Região Nordeste e de seus estados/municípios TABELA 4 Programa Mais Educação, no Brasil e na Região Nordeste TABELA 5 Vínculo empregatício dos coordenadores do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 6 Nível de escolaridade dos coordenadores do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 7 Tempo de atuação dos coordenadores do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 8 Outros programas coordenados pelos coordenadores do Programa Mais Educação, na Região Nordeste TABELA 9 Programas do Governo Federal articulados com o Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 10 Parcerias do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 11 Contrapartida do estado/município aos parceiros do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 12 Tipo de contrapartida oferecida aos parceiros do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 13 Formas de participação da comunidade escolar no processo de implementação do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 14 Número de municípios dos estados da Região Nordeste que criaram um setor específico para atendimento em Educação Integral TABELA 15 Recursos do PDDE/Educação Integral para o financiamento do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios

10 TABELA 16 Destinação dos recursos do PDDE/Educação Integral para o financiamento do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 17 Destino dos recursos adicionais aplicados no desenvolvimento do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 18 Dimensões curriculares estabelecidas, alteradas ou ampliadas a partir da adesão ao Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 19 Formas de organização das oficinas/atividades do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 20 Alimentação fornecida aos estudantes que integram o Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 21 Ocorrência de reformas, adaptações e/ou ampliações dos espaços nas escolas participantes do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 22 Espaços das escolas que mais passaram por reformas, adaptações e/ou ampliações a partir da implantação do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 23 Espaços das cidades mais utilizados para a realização das atividades do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 24 Participação de outros sujeitos na escolha das oficinas/atividades do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 25 Carga horária dos professores comunitários do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 26 Destinação exclusiva da carga horária dos professores comunitários ao Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 27 Processos de seleção dos professores comunitários do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios

11 TABELA 28 Critérios de seleção dos professores comunitários do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 29 Vínculos empregatícios dos Professores Comunitários do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 30 Critérios de seleção dos monitores do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 31 Perfil dos monitores do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 32 Periodicidade na realização de formação dos professores comunitários do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 33 Periodicidade na realização de formação dos Monitores do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 34 Outros profissionais contemplados pela formação promovida pela Secretaria de Educação associada ao Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios TABELA 35 Demandas de ações do Ministério da Educação para o fortalecimento do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios

12 SUMÁRIO 1 Introdução A Região Nordeste O Programa Mais Educação Coordenadores do Programa Mais Educação nas secretarias de educação Programa Mais Educação e outras experiências de Educação Integral Ação intersetorial e outras parcerias Intersetorialidade Articulação do PME com o Programa Bolsa Família Outras parcerias Participação na implementação do Programa Mais Educação Gestão do Programa Mais Educação/da Educação Integral Comitês de Educação Integral Financiamento do Programa Mais Educação/da Educação Integral Diretrizes Curriculares, Projeto Político-Pedagógico e Programa Mais Educação A organização do Programa Mais Educação nas escolas Oficinas Alimentação Espaços Participação na definição das atividades do Programa Mais Educação Educadores do Programa Mais Educação nas escolas Professor Comunitário Monitor Formação dos sujeitos envolvidos com o Programa Mais Educação Monitoramento/avaliação do Programa Mais Educação Impactos das atividades do Programa Mais Educação nas demais escolas da rede pública Modificações nas estratégias de avaliação da aprendizagem Ações do MEC para fortalecimento do Programa Mais Educação Considerações finais Referências... 82

13 1 INTRODUÇÃO O presente relatório apresenta os resultados da Região Nordeste do Brasil referentes à pesquisa nacional Programa Mais Educação: Impactos na Educação Integral e Integrada (BRASIL, 2013). A pesquisa focalizou os reflexos do Programa Mais Educação (PME) em estados e municípios do Brasil com ênfase nas estratégias indutoras do Programa para a construção de políticas públicas de Educação Integral. As análises dos dados aqui apresentadas são referentes às respostas dos questionários on-line enviados aos coordenadores do Programa Mais Educação (PME) vinculados às secretarias de educação dos nove estados da Região Nordeste do País. As redes/sistemas estaduais/municipais de educação da Região selecionadas tiveram escolas com adesão ao Programa no período de 2008 a Com esse perfil, foram identificadas 85 secretarias, e 61 questionários foram respondidos integralmente, representando 71,8% dos estados/municípios da Região que implementaram o Programa. Dos 61 respondentes, 56 (91,8%) eram das redes municipais de ensino e cinco (8,2%) das redes estaduais (Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Sergipe). TABELA 1 Dimensão da pesquisa sobre o Programa Mais Educação, no Brasil e na Região Nordeste 2013 Estados Municípios Localidades Estados com PME em 2010 (Nº) Respondentes Municípios com PME em 2010 Respondentes (Nº) (Nº) (Nº) Brasil , ,8 Nordeste , ,7 Fonte: Relatório Nacional: Programa Mais Educação: Impactos na Educação Integral e Integrada (BRASIL, 2013). 12

14 1.1 A Região Nordeste A Região Nordeste é composta por nove estados: Alagoas (AL), Bahia (BA), Ceará (CE), Maranhão (MA), Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Piauí (PI), Rio Grande do Norte (RN) e Sergipe (SE), ocupa uma área de 1,55 milhão de km², 18,0% da área territorial do País, e tem 56 milhões de habitantes, o que corresponde a 29,5% da população brasileiras (IBGE, 2015). Atingiu 13,5% de participação no PIB nacional em 2010 (IBGE, 2015b). Vale ressaltar que a Região Nordeste tem passado por mudanças significativas em seus indicadores sociais, mas ainda é permeada por grandes desigualdades sociais e educacionais. Seguindo a tendência (do País) de redução da desigualdade, a Região teve a maior queda na desigualdade de renda municipal (39,3%). Entre os estados, o melhor desempenho nos últimos 30 anos foi o da Paraíba, com redução de 47,9% no índice de Gini da renda domiciliar per capita (IPEA, 2011). Entre 1980 e 2010, a desigualdade caiu 22,8% no conjunto dos municípios do País, passando de 0,31, em 1980, para 0,24, em No entanto, o Nordeste apresentou o menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil em 2000 e 2010, embora seu crescimento de 2,5%, no período, tenha sido superior à média nacional e às demais macrorregiões. A análise por regiões mostra que o Nordeste ainda tem a maioria de seus municípios no grupo de Baixo Desenvolvimento Humano (61,3%, ou municípios). O Nordeste não conta com nenhum município na faixa de Muito Alto Desenvolvimento Humano. Todos os estados do Norte e Nordeste têm IDHM e subíndices menores que os do Brasil. Nesse ínterim, destacam-se os estados de Alagoas (0,631) e Maranhão (0,639) por terem os menores IDHMs do País, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2015). 13

15 TABELA 2 Dados comparativos dos estados da Região Nordeste 2010 Estados PIB Regional Municípios (Nº) Densidade demográfica IDHM Alagoas 4,84% ,33 0,631 Bahia 30,41% ,82 0,660 Ceará 15,34% ,76 0,682 Maranhão 8,92% ,81 0,639 Paraíba 6,29% ,70 0,658 Pernambuco 18,76% ,62 0,673 Piauí 4,35% ,40 0,646 Rio Grande do Norte 6,37% ,99 0,684 Sergipe 4,72% 75 94,36 0,665 Nordeste R$ 507,5 bi ,15 0,659 Fonte: Dados obtidos através dos sites do IBGE: Produto Interno Bruto das Grandes Regiões e Unidades da Federação (IBGE, 2015b) e Censo Demográfico 2010 (IBGE, 2015a). Por essa razão, a Região Nordeste recebe a maior parte dos recursos do programa de transferência de renda, o Bolsa Família. No âmbito de 13,5 milhões de famílias beneficiadas, sete milhões de famílias, ou 50,8%, estão no Nordeste. Os dados de escolaridade também reforçam o quadro de vulnerabilidade da Região. Do contingente de analfabetos no Brasil, 53,4% vivem no Nordeste, segundo o Censo de Existem mudanças em curso, visto que, analisando apenas o percentual de analfabetos da Região, em 2000, era de 24,6% e diminuiu para 17,6%, em 2010 (IPEA, 2011). Em pesquisa realizada pela Fundação Joaquim Nabuco 1 (FUNDAJ/2007) em municípios do Nordeste com menores Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Idebs), constatou-se que, de pais (ou 1 A pesquisa foi realizada a partir de uma amostra aleatória estratificada em 264 municípios e teve como objetivo a Avaliação do Plano de Ações Articuladas (PAR) no Nordeste. 14

16 responsáveis) entrevistados, a escolaridade média era de 6,5 anos 2, e 15% deles estão dando continuidade aos estudos. Grande parte dos entrevistados (58,0%) declarou que não trabalha, e 76,0% deles são atendidos pelo Programa Bolsa Família. Essas informações reforçam a relação entre vulnerabilidade e escolas públicas. TABELA 3 Ideb dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, do Brasil, da Região Nordeste e de seus estados/municípios 2011 Localidades Anos iniciais Ideb Anos finais Brasil 5,0 4,1 Região Nordeste 3,9 3,1 Alagoas 3,8 2,9 Bahia 4,2 3,3 Ceará 4,9 4,2 Maranhão 4,1 3,6 Paraíba 4,3 3,4 Pernambuco 4,3 3,5 Piauí 4,4 4,0 Rio Grande do Norte 4,1 3,4 Sergipe 4,1 3,3 Fonte: INEP, Vale ressaltar que 75,0% dos pais estudaram até o Primeiro Grau, 22,0%, até o Segundo, e 4,0% concluíram o Ensino Superior. 15

17 1.2 O Programa Mais Educação Nesse contexto, o Programa Mais Educação no Nordeste tem uma atuação potencialmente importante para a ampliação das oportunidades educativas. Seguindo a tendência nacional, o número de implantações do Programa cresceu vertiginosamente, como pode ser conferido na Tabela 4. TABELA 4 Programa Mais Educação, no Brasil e na Região Nordeste Localidades Ano Brasil Nordeste Fonte: Relatório Nacional: Programa Mais Educação: Impactos na Educação Integral e Integrada (BRASIL, 2013). O Programa Mais Educação foi iniciado em 2008 com 54 escolas, chegando, em 2012, ao patamar de No mesmo período, o número de estudantes variou de 527 mil para 2,4 milhões. Isso significa uma parcela razoável de alunos, visto que a Região tinha cerca de 8 milhões de matrículas no Ensino Fundamental, em 2011 (INEP, 2015a). Em 2012, apenas 38,2% dos jovens de 16 anos concluíram o Ensino Fundamental na Região. A explicação para esses números não pode ser simplista, o que eles apontam é um quadro de desigualdades educacionais as quais podem interferir no impacto de políticas públicas e programas. As oportunidades oferecidas pelo Programa podem gerar, em longo prazo, mudanças significativas nos índices educacionais da Região Nordeste. Nesse contexto, os coordenadores do Programa Mais Educação encontram-se diante de desafios que, de alguma forma, interferem em suas práticas pedagógicas. A análise que se segue aponta a percepção deles acerca do funcionamento do Programa Mais Educação. 16

18 2 COORDENADORES DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO NAS SECRETARIAS DE EDUCAÇÃO No Nordeste, como pode ser observado na Tabela 5, os dados demonstram que 43 (70,4%) dos respondentes se identificaram como funcionários efetivos das secretarias de educação, executando a função de Coordenador do PME, sendo 19 (31,1%) efetivos sem gratificação e 24 (39,3%) efetivos com gratificação. Esses dados apresentam uma tendência semelhante em comparação ao que foi encontrado nos dados do Brasil (82,6%). TABELA 5 Vínculo empregatício dos coordenadores do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Vínculo empregatício Efetivo com função gratificada Efetivo sem função gratificada Contratado com função gratificada Contratado sem função gratificada Cedido com função gratificada Cedido sem função gratificada BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 47,7 39,3-15,4 72,7 28,6 75,0 33,3 100,0-25,0 34,9 31,1 100,0 53,8 18,2 14,3 25,0 8,3-66,7 50,0 5,8 14,8-7,7 9,1 42,9-25, ,0 3,9 4,9-15,4-14, ,3 3, , ,9 1, , Outros 3,5 4,9-7, ,3-33,3 - TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Todas as tabelas constantes neste relatório, daqui em diante, foram elaboradas por seus autores, tomando como base os dados dos questionários on-line respondidos pelos coordenadores do Programa Mais Educação das redes estaduais/municipais de ensino do Brasil e da Região Nordeste. Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). 17

19 Por outro lado, ainda verifica-se a existência de 12 (19,7%) profissionais não efetivos nas secretarias, os quais são contratados para a função de Coordenador do PME, já em âmbito nacional, o percentual de contratados é de 9,7%. Os dados da Região, embora diferentes em seu percentual, seguem a mesma tendência do que foi verificado no Brasil, como um todo, com uma diferença significativa dentre os contratados, visto que, no Nordeste, é maior o percentual dos que recebem gratificação (14,8%), se comparado com o índice nacional (5,8%), que considera todos os respondentes da pesquisa. Em relação ao perfil dos coordenadores da Região Nordeste, como mostra a Tabela 6, o nível de escolaridade de maior significância refere-se à pósgraduação lato sensu em andamento ou concluída, que corresponde a 45 (73,8%) coordenadores, seguida pelo mestrado em andamento ou concluído, com sete (11,5%). TABELA 6 Nível de escolaridade dos coordenadores do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nível de escolaridade BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE Ensino Médio 1, Ensino Superior em andamento ou inconcluso Ensino Superior concluído Pós-graduação latu sensu em andamento ou concluída Mestrado em andamento ou concluído Doutorado em andamento ou concluído 2,3 4,9-7, ,0 8, ,8 8,2-7,7 9,1 28, , ,7 73,8 100,0 76,9 72,7 71,4 25,0 66,7 75,0 100,0 100,0 11,2 11, ,2-50,0 25, ,8 1,6-7, TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). 18

20 É menor o percentual dos que ainda não possuem graduação concluída, sendo 4,9%, na Região, e 3,5%, no Brasil. Esse perfil aparece em três estados (Bahia, Paraíba e Pernambuco), e todos afirmaram possuir Ensino Superior incompleto. Os dados apontam que os cargos de Coordenador do PME estão, em sua grande maioria, sendo ocupados por sujeitos com perfil desejável. Em relação ao tempo de experiência na função de Coordenador do Programa, a maioria dos respondentes (65,6%) exerce essa função há até 3 anos, dentre eles, 19,7% estão há menos de um ano no cargo. Mesmo considerando essa rotatividade na função, 16,4% afirmaram que a exerciam desde a sua implantação, ou seja, há quatro anos ou mais, como pode ser visto na Tabela 7. TABELA 7 Tempo de atuação dos coordenadores do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Tempo BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE Menos de 1 ano 14,7 19,7 33,3 23,1-14,3 50,0 25,0-33,3 25,0 De 1 ano a 1 ano e onze meses De 2 anos a 2 anos e onze meses De 3 anos a 3 anos e onze meses Quatro anos ou mais 17,8 14,8-15,4 18,2 28,6-8,3 25,0-25,0 28,3 31,1 33,3 23,1 27,3 42,9-41,7 50,0 33,3 25,0 26,0 18,0-23,1 36,4-25,0 16,7-33,3-13,2 16,4 33,3 15,4 18,2 14,3 25,0 8,3 25,0-25,0 TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). No que diz respeito à atribuição de coordenar outros programas, verificase que uma característica predominante entre os coordenadores do PME, na Região Nordeste, é a do acúmulo de funções, visto que 33 (54,1%) dos 61 respondentes também exercem a mesma função em outros programas da Secretaria de Educação, como mostra a Tabela 7. 19

21 TABELA 8 Outros programas coordenados pelos coordenadores do Programa Mais Educação, na Região Nordeste 2013 Programas Citações Bairro Escola 1 3,0 Educação Integral 2 6,1 Escola Aberta 13 39,4 Escola Acessível 2 6,1 Escolas de Dois Tempos 1 3,0 Gestão Democrática: conselho e grêmios 1 3,0 Pacto pela Alfabetização na Idade Certa 2 6,1 PDDE 3 9,1 PDE interativo 3 9,1 Plano de Ações Articuladas (PAR) 3 9,1 Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola) 5 15,2 Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 1 3,0 Saúde na Escola 7 21,2 Segundo Tempo 9 27,3 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Região Nordeste (61). Dentre os outros programas coordenados por esse profissional, destacam-se: o Escola Aberta, o Segundo Tempo e o Saúde na Escola. No caso desses programas, o acúmulo de funções pode auxiliar na gestão do Mais Educação, tendo em vista que são diretamente relacionados com a Educação Integral. Essa evidência representativa de concentrar um único coordenador para os Programas Mais Educação e Escola Aberta deve-se, provavelmente, à 20

22 preexistência do segundo, o qual foi criado3 em 2004, e à afinidade entre os princípios dos dois programas. Em outra perspectiva, chama a atenção o fato de já existir, no Nordeste, uma coordenação conjunta do PME com a Educação Integral, fato que mostra uma integração entre essas duas experiências. Ainda que sejam apenas 2 (6,1%) coordenadores gerenciando-as, isso já sinaliza uma mudança no sentido de direcionamento para a criação de uma política pública de Educação Integral. 3 Resolução CD/FNDE nº 052, de 25 de outubro de

23 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste 3 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO E OUTRAS EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL Dentre os 61 respondentes da Região Nordeste, 11 (18,0%) indicaram que já existiam experiências de Educação Integral anteriores ao Programa Mais Educação. Esse percentual é menor que o encontrado na análise do conjunto de dados do Brasil (31,0%), como mostra o Gráfico % 90% 80% 31,0% 18,0% 33,3% 23,1% 27,3% 14,3% 25,0% 8,3% 25,0% 70% 60% 50% 40% 30% 65,1% 80,3% 66,7% 76,9% 72,7% 85,7% 75,0% 83,3% 100,0% 100,0% 75,0% Sim Não Não sei 20% 10% 0% 3,9% 1,6% 8,3% GRÁFICO 1 Presença de experiências de Educação Integral anteriores ao Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Fonte: Todos os gráficos constantes neste relatório foram elaborados por seus autores, tomando como base os dados dos questionários on-line respondidos pelos coordenadores do Programa Mais Educação das redes estaduais/municipais de ensino do Brasil e da Região Nordeste. Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Quando solicitado aos coordenadores que assinalassem o número de experiências de Educação Integral que vinham sendo desenvolvidas pelas redes estaduais/municipais de educação da Região Nordeste, no ano anterior à implantação do Programa Mais Educação, o Município de Salvador indicou a existência de oito experiências. Esse resultado, certamente, é reflexo de um marco 22

24 histórico no Estado da Bahia: o Centro Educacional Carneiro Ribeiro, idealizado em 1950, por Anísio Teixeira, em Salvador, com a finalidade de oferecer às crianças das classes populares acesso à Escola Parque e ao seu conjunto de atividades complementares às Escolas Classes. Também chamou a atenção a Cidade de Horizonte, no Ceará, onde havia cinco escolas e três Centros de Educação Infantil de tempo integral. É sugerida, nesse caso, a realização de uma pesquisa de abordagem qualitativa, com o intuito de melhor compreender essas experiências e averiguar quais os seus impactos na promoção de uma política pública de Educação Integral em nível municipal. Em 54,5% dos casos em que havia experiência anterior de Educação Integral, o Programa Mais Educação possibilitou agregar novas atividades, fortalecendo as experiências já existentes. 23

25 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste 4 AÇÃO INTERSETORIAL E OUTRAS PARCERIAS 4.1 Intersetorialidade A maioria dos respondentes da Região Nordeste aponta para a existência de articulação do Programa Mais Educação com outros programas do Governo Federal, como se pode constatar no Gráfico % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 82,6% 88,5% 100,0% 84,6% 81,8% 100,0% 75,0% 91,7% 100,0% 100,0% 75,0% Sim Não Não sei 20% 10% 0% 15,9% 1,6% 11,5% 15,4% 18,2% 25,0% 8,3% 25,0% GRÁFICO 2 Articulação do Programa Mais Educação com outros programas do Governo Federal, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Como destacado, a Região Nordeste recebe prioridade no atendimento de programas sociais do Governo Federal, em função de sua desigualdade de renda e do seu baixo Índice de Desenvolvimento Humano, inferindo uma maior articulação intersetorial entre seus estados do que na média nacional. Nesse sentido, destacamse Alagoas, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte, nos quais 100,0% dos respondentes lidam com outros programas sociais de origem federal. 24

26 Esse processo de articulação do PME pode ter sido facilitado pelo fato observado anteriormente, de que alguns coordenadores acumulam a coordenação de diversos programas federais. TABELA 9 Programas do Governo Federal articulados com o Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Programas Programa Bolsa Família (PBF) Programa Segundo Tempo (PST) Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE- Escola) Programa Saúde na Escola (PSE) Pacto pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) Programa Escola Aberta (PEA) Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) Programa Escola que Protege (EqP) BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 83,1 87,0 100,0 81,8 88,9 100,0 100,0 90,9 50,0 66,7 100,0 78,9 79,6 66,7 90,9 88,9 71,4 100,0 63,6 50,0 100,0 100,0 77,0 70,4 100,0 81,8 77,8 57,1 66,7 54,5 50,0 100,0 66,7 58,2 70,4 100,0 63,6 55,6 71,4 100,0 72,7 50,0 66,7 100,0 56,3 53,7 33,3 72,7 66,7 42,9 66,7 45,5-66,7 66,7 46,5 44,4 66,7 27,3 11,1 42,9 66,7 81,8 25,0 66,7 33,3 38,0 31,5 33,3 36,4 55,6 28,6-27,3-33,3 33,3 22,5 38,9 66,7 54,5 22,2 42,9 33,3 27,3 25,0 33,3 66,7 4,7 7,4 33,3 9, , Sentinela 1,9 1,9 33, Outro(s) 5,6 5,6 33,3 9, ,3 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (213), Nordeste (54), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). 25

27 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste O maior programa assistencial do Governo Federal, o Bolsa Família, tem presença acentuada na Região Nordeste. Em 2010, dos seus beneficiários, 51,1% estavam entre os residentes da Região (IPEA, 2010), o que se reflete na primeira linha da Tabela 9. Em seguida, vêm os programas relacionados às atividades a serem desenvolvidas na escola e ao seu respectivo planejamento durante as atividades em tempo integral: o Programa Segundo Tempo (79,6%), o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola) e o Programa Saúde na Escola, com percentual de 70,4% cada. Os dados do Nordeste também estão em consonância com as respostas obtidas para o Brasil, no que se refere à articulação do Programa Mais Educação com outros programas, ações e políticas desenvolvidos no âmbito do estado/município, como mostra o Gráfico % 90% 14,3% 80% 46,5% 42,6% 33,3% 46,2% 45,5% 50,0% 33,3% 50,0% 70% 66,7% 60% 50% 40% 30% 20% 43,8% 49,2% 33,3% 33,3% 46,2% 45,5% 71,4% 50,0% 25,0% 100,0% 66,7% 50,0% Sim Não Não sei 10% 0% 9,7% 8,2% 7,7% 9,1% 14,3% 8,3% GRÁFICO 3 Articulação do Programa Mais Educação com outros programas, ações e políticas desenvolvidos no âmbito do estado/município, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Esse quadro aponta para a possibilidade da existência de intersetorialidade na gestão do PME, em vários estados/municípios da Região. onde essa pode estar contribuindo para o fortalecimento da Educação Integral, na direção 26

28 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste da constituição de uma política pública. Observa-se que o Maranhão apresentou um percentual diferenciado, ficando bem abaixo dos demais estados (14,3%). 4.2 Articulação do PME com o Programa Bolsa Família Na Região Nordeste, pode-se constatar que a grande maioria dos estados/municípios incorporou a orientação do PME de priorizar o atendimento às famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família, sendo seu percentual maior que o do Brasil, como pode ser visto no Gráfico % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 73,6% 83,6% 100,0% 84,6% 90,9% 71,4% 100,0% 83,3% 75,0% 66,7% 75,0% Sim Não Não sei 20% 10% 0% 15,9% 4,9% 10,5% 11,5% 14,3% 15,4% 14,3% 9,1% 8,3% 8,3% 25,0% 33,3% 25,0% GRÁFICO 4 Prioridade de atendimento aos educandos contemplados pelo Programa Bolsa Família no Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Essa ação intersetorial tem grande relevância na Região Nordeste, tendo em vista sua alta vulnerabilidade. Observa-se que quatro estados apresentaram percentuais superiores ao da Região e até do País. 27

29 4.3 Outras parcerias Foi questionado aos coordenadores do Programa Mais Educação da Região Nordeste se foram estabelecidas parcerias para o funcionamento do Programa, sobre o que as respostas seguiram a tendência nacional, exceto em itens mais relacionados aos espaços culturais, tais como: centros culturais, clubes, parques e museus, em que as respostas permaneceram abaixo da média nacional. TABELA 10 Parcerias do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Parcerias Pessoas da comunidade Associação(ões) comunitária(s) BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 75,7 79,5 100,0 85,7 66,7 83,3 50,0 87,5 75,0 66,7 100,0 66,7 75,0 100,0 85,7 66,7 100,0 100,0 50,0 50,0 66,7 100,0 Igreja(s) 64,6 63,6 50,0 71,4 55,6 83,3 50,0 75,0 50,0-100,0 Instituição(ões) de Ensino Superior Centro(s) cultural(is) 42,9 43,2 50,0 14,3 22,2 33,3 50,0 75,0 75,0 33,3 66,7 40,2 34,1 100,0-44,4 33,3 50,0 50, ,7 Clube(s) 38,6 31,8 50,0 14,3 33,3 50,0 37,5 50,0 33,3 66,7 Parque(s) 30,7 18,2 100,0-11,1 16,7 50,0 37, Centro(s) social(is) 27,5 25, ,2 50,0 50,0 25, ,0 ONG(s) 26,5 31,8-28,6 33,3 50,0 100,0 37, ,3 Academia(s) 25,9 20, ,3 16,7-25,0-33,3 66,7 Espaço(s) de comunicação midiática (rádio, TV, jornal) Espaço(s) militar(es) 23,8 20,5 50,0-22,2 16,7 50,0 37, ,3 18,0 13,6 100,0 14,3 11, , Museu(s) 14,3 6,8 50, , ,3 Outra(s) 13,2 15,9-14,3 22,2 16,7-12,5 25,0 33,3 - Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (190), Nordeste (45), Alagoas (2), Bahia (7), Ceará (9), Maranhão (6), Paraíba (2), Pernambuco (8), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (3). 28

30 No que se refere à contrapartida dos governos estadual ou municipal aos parceiros do Programa Mais Educação, na Região Nordeste, em menos de 40,0% dos casos, eles receberam alguma contrapartida em virtude de sua colaboração para com o desenvolvimento das atividades do Programa. Contudo, destaca-se o alto índice de respostas negativas a essa questão (57,8%), mostrando a falta de comprometimento dos entes federados com o Programa, na Região. TABELA 11 Contrapartida do estado/município aos parceiros do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Ofereceu alguma contrapartida? Sim, a todos os parceiros Sim, a alguns parceiros BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 14,2 11, ,0-50,0 12, ,3 35,3 26,7 50,0 14,3 20,0 50,0-37,5 50,0 - - SUBTOTAL 49,5 37,8 50,0 14,3 40,0 50,0 50,0 50,0 50,0-33,3 Não 47,9 57,8 50,0 71,4 60,0 50,0 50,0 37,5 50,0 100,0 66,7 Não sei 2,6 4,4-14, , SUBTOTAL 50,5 62,2 50,0 85,7 60,0 50,0 50,0 50,0 50,0 100,0 66,7 TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (190), Nordeste (45), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Quanto aos tipos de contrapartida ofertados aos parceiros do PME, os mais citados foram: reformas/manutenções dos espaços escolares (47,1%), serviços gerais (41,2%), pagamentos de pró-labore e de estagiários (17,6%) e incentivo fiscal (11,8%). 29

31 TABELA 12 Tipo de contrapartida oferecida aos parceiros do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Contrapartida Reformas/ manutenções dos espaços das escolas BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 55,3 47,1-100,0 50,0 33,3-75,0 50,0 - - Serviços gerais 52,1 41,2 100, ,0-50, ,0 Pagamento de estagiários Pagamento de pró-labore Bolsas para discentes universitários Redução de imposto/ incentivo fiscal 27,7 17, , , ,0 17, ,3-50, , ,5 11,8 100, , Outra(s) 5,3 11, ,0 25, Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (94), Nordeste (17), Alagoas (1), Bahia (1), Ceará (4), Maranhão (3), Paraíba (1), Pernambuco (4), Piauí (2), Rio Grande do Norte (0), Sergipe (1). 30

32 5 PARTICIPAÇÃO NA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO O Programa Mais Educação tem como um dos princípios fundantes a Gestão Democrática, ao enfatizar a relevância da participação social no contexto escolar e da autonomia das escolas públicas. Em seus marcos legais, os fundamentos da participação compreendem processos mais amplos de compartilhamento de responsabilidades, tais como: a articulação intersetorial entre as políticas públicas; a participação da comunidade para orientar, influenciar e decidir sobre os assuntos públicos; a experiência cotidiana de diálogo, de trocas, de construção de saberes; e a possibilidade diária de constituição de uma comunidade de aprendizagem, de modo que a interação entre as pessoas que desenvolvem o projeto educativo possam contribuir para a superação de preconceitos, muitos deles calcados em estereótipos de classe, raça/etnia, gênero, orientação sexual, geração, dentre outros (BRASIL, 2009). Segundo os coordenadores do Programa Mais Educação no Nordeste, as reuniões do Conselho Escolar constituem o principal formato de participação da comunidade escolar no processo de implementação do Programa (62,3%), como mostra a Tabela 13. Chama a atenção um índice representativo que citou as assembleias das escolas (34,4%). TABELA 13 Formas de participação da comunidade escolar no processo de implementação do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Formas de participação Reunião(ões) do Conselho Escolar Assembleia(s) geral(is) da escola Articulação entre escolas BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 62,7 62,3 100,0 46,2 80,0 66,7 100,0 62,5 100,0 66,7 66,7 49,8 34,4 33,3 53,8 40,0 16,7 66,7 62,5 50,0 33,3 66,7 44,7 44,3 66,7 23,1 60,0 33,3 33,3 62,5 50,0 66,7 66,7 Outra(s) 8,9 24,6 33,3 60,0-50,0 33,3 12,5 25,0 33,3 33,3 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (235), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). 31

33 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste A Região apresenta um alto percentual de participação da comunidade escolar no processo de implantação do PME (86,9%), o qual se aproxima do conjunto de dados do Brasil (90,3%), como mostra o Gráfico % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 90,3% 86,9% 100,0% 100,0% 90,9% 85,7% 75,0% 66,7% 16,7% 100,0% 100,0% 75,0% Sim Não Não sei 20% 10% 0% 7,0% 9,8% 2,7% 3,3% 9,1% 14,3% 25,0% 16,7% 25,0% GRÁFICO 5 Participação da comunidade escolar no processo de implementação do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). 32

34 6 GESTÃO DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO/DA EDUCAÇÃO INTEGRAL Segundo 52 (85,2%) respondentes, a implantação do Programa Mais Educação gerou demanda por Educação Integral nos estados/municípios da Região Nordeste. Nos casos da Bahia, Paraíba, do Piauí e Rio Grande do Norte, todos os entes federados responderam afirmativamente à questão. Também chama a atenção o fato de que 82,0% dos estados da Região afirmaram que a implantação do Programa Mais Educação influenciou a expansão do atendimento em Educação Integral, em suas redes de ensino. Nesse caso, apenas na Bahia e no Piauí, todos confirmaram a informação. Quando perguntados sobre a inserção do PME no Planejamento de gestão das secretarias de educação dos estados/municípios do Nordeste, 53 (86,9%) responderam afirmativamente. Nos estados de Alagoas, do Ceará e Rio Grande Norte todos os coordenadores responderam que houve essa inserção. As secretarias estaduais de Alagoas e do Ceará não responderam. Na Região Nordeste, 19 (31,1%) coordenadores do PME responderam que houve criação de um setor específico para a coordenação da Educação Integral nas secretarias de educação dos estados. TABELA 14 Número de municípios dos estados da Região Nordeste que criaram um setor específico para atendimento em Educação Integral 2013 Estados Municípios (N O ) Sim Não Não sei Alagoas ,9 Bahia ,3 Ceará ,0 Maranhão ,5 Paraíba ,6 Pernambuco ,7 Piauí ,6 33

35 Estados Municípios (N O ) Sim Não Não sei Rio Grande do Norte ,9 Sergipe ,6 TOTAL ,0 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Apesar do baixo percentual, constata-se que a criação de um setor específico de Educação Integral nas secretarias de educação foi efetivada em quase todos os estados da Região. Chama a atenção o fato de que 11 (18%) coordenadores do PME não souberam responder a uma questão que está vinculada à sua função. O Quadro 1 especifica os municípios que afirmaram a criação de um setor específico para atendimento em Educação Integral. QUADRO 1 Municípios dos estados da Região Nordeste que criaram um setor específico para atendimento em Educação Integral Estados Municípios Secretarias Bahia Camaçari e Vera Cruz Municipal Bahia Salvador Estadual Ceará Aquiraz, Caucaia, Eusébio e Maracanaú Municipal Maranhão Codó e Timon Municipal Paraíba João Pessoa Estadual Pernambuco Abreu e Lima, Gravatá, Ilha de Itamaracá, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, São Lourenço da Mata Municipal Rio Grande do Norte Mossoró Municipal Sergipe Nossa Senhora do Socorro Municipal Fonte: Elaborado pelos autores. 34

36 Em relação à criação de um setor específico nas secretarias de educação da Região relacionado diretamente ao PME, existem quatro situações: Ceará, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Norte, correspondendo a 21,1%, as quais se referem exclusivamente à criação de uma Coordenação do Mais Educação no universo de 19 unidades criadas e impulsionadas pelo PME. Percebe-se ainda a presença de 11 casos (57,89%) em que a institucionalização está associada ao título de Educação Integral, quais sejam: seis coordenações (Bahia 2, Paraíba 1 e Pernambuco), uma divisão (Pernambuco), dois núcleos (Bahia, Maranhão) e dois setores (Ceará, Pernambuco). 35

37 7 COMITÊS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL A implementação do Programa Mais Educação estratégia indutora do Ministério da Educação (MEC) para uma política de Educação Integral em tempo integral prevê a constituição de comitês metropolitanos/territoriais, visando aperfeiçoar a execução das ações desenvolvidas nos estados e municípios brasileiros por meio da vivência de gestão compartilhada de políticas públicas educacionais. Agregando as secretarias de educação e os diferentes atores sociais relacionados ao PME, conforme a agenda da Educação Integral, cria-se espaços de diálogo, reflexão e integração dessas políticas. Inspirados na estrutura e nos trabalhos desenvolvidos pelo Comitê Metropolitano do Programa Escola Aberta, iniciado em 2004, os comitês, no Brasil, foram instituídos inicialmente em seis estados onde primeiramente foi implantado o PEA (no Sudeste 3, no Nordeste 2 e no Sul 1). Com a criação do Programa Mais Educação, surgiu a necessidade de um comitê que integrasse os dois programas e os demais referentes à Educação Integral. No Nordeste, as primeiras experiências de integração ocorreram com os comitês metropolitanos/territoriais, implantados nos Estados da Bahia e de Pernambuco. A pesquisa demonstra que esses comitês, os quais se apresentam como instâncias de gestão da Educação Integral, foram se ampliando. Dos 61 respondentes dos vários estados do Nordeste, 41 (67,2%) confirmaram que foram criados comitês metropolitanos/territoriais em suas unidades federativas, em contraposição a 17 (27,9%), que afirmaram não haver esses comitês em seus estados, e 3 (4,9%), que informaram desconhecer a sua criação. Destacase que a maioria dos estados que afirmaram a existência dos comitês indicou que esses foram criados, em grande parte, no primeiro (26,8%) e no segundo (34,1%) anos de implantação do Programa Mais Educação. Os respondentes do Nordeste indicaram ainda a constituição de comitês metropolitanos/territoriais em quase todos os estados da Região, exceto no Rio Grande do Norte (66,7% afirmaram não haver, e 33,3% não sabiam). Cabe destacar que, apenas no Maranhão, a quantidade de respondentes que disseram não haver comitês (71,4%) foi maior do que a quantidade dos que confirmaram a sua criação (28,6%). 36

38 Dos comitês constituídos no Nordeste, a maioria (75,6%) continuava em funcionamento no ano de realização desta pesquisa (2012). Esse fato evidenciou a continuidade desses espaços dialógicos entre as secretarias de educação da Região, formados para acompanhar e contribuir para a implementação do PME e o fortalecimento de ações da Educação Integral. Na Bahia, 25,0% dos que afirmaram saber que foi criado um Comitê de Educação Integral em seu território disseram que essa instância de debate do Programa Mais Educação tinha sido encerrada. No Maranhão e no Piauí, esse percentual de respostas afirmativas chegou a 50,0%. Já no Ceará, 55,6% dos coordenadores do PME afirmaram não saber se ainda aconteciam encontros entre as secretarias de educação do estado. Em relação à(s) norma(s) específica(s) associada(s) à criação dos comitês metropolitanos/territoriais do Programa Mais Educação, a pesquisa indica que há uma preocupação com a sustentabilidade legal desses comitês. Segundo 39,0% dos respondentes, os marcos normativos existem, e, para 31,7%, esses marcos estavam em tramitação. Destaca-se que, apenas na Paraíba, não foi assinalada a existência de normas para o funcionamento dos comitês. A pesquisa revela ainda que a composição dos comitês metropolitanos/territoriais no Nordeste está associada, prioritariamente, a representações das secretarias estaduais e municipais de educação e das universidades e, secundariamente, de outras secretarias que apresentam interface com o Programa Mais Educação. Esses coletivos, os quais realizam encontros sistemáticos, sendo geralmente bimensais (26,8% das respostas) ou mensais (24,4% das respostas), desempenham diversas atribuições, visando garantir o aprimoramento da execução da Educação Integral. Nesse sentido, os comitês também buscam acompanhar outras experiências de Educação Integral desenvolvidas nos estados/municípios da Região Nordeste. Esse dado, indicado por 43,9% dos respondentes, sinaliza que a observação de outras experiências é vista como ação importante nos territórios, e um dos motivos para isso pode ser o entendimento de que o conhecimento de outras práticas educativas possa dar subsídios aos membros dos comitês para o enfrentamento dos desafios ligados à implementação do Programa Mais Educação. Entre as atribuições mais executadas pelos comitês metropolitanos/territoriais na Região Nordeste, estão: o acompanhamento da 37

39 implementação do Programa Mais Educação (citada em 70,7% das respostas da pesquisa) e o estímulo ao planejamento coletivo de estratégias de desenvolvimento do Programa (56,1%). Ainda em relação a essas atribuições, a pesquisa destaca que 61,0% dos coordenadores do Programa Mais Educação afirmam que os esses comitês têm contribuído para a formulação de um Plano de Ação voltado para o desenvolvimento do Programa. Os respondentes da pesquisa também ressaltaram o compartilhamento de informações dos programas e de serviços federais com os comitês locais do Mais Educação (atribuição citada em 65,9% das respostas) como sendo uma atribuição relevante dos comitês metropolitanos/territoriais. 38

40 8 FINANCIAMENTO DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO/DA EDUCAÇÃO INTEGRAL Os resultados da pesquisa no Nordeste apontam que 67,2% dos 61 respondentes consideram que os recursos encaminhados por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola para a Educação Integral (PDDE/ Educação Integral) viabilizaram parcialmente a implantação do Programa Mais Educação, como pode ser visto na Tabela 15. TABELA 15 Recursos do PDDE/Educação Integral para o financiamento do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Recursos Viabilizaram totalmente a implantação do PME Viabilizaram parcialmente a implantação do PME Viabilizaram minimamente a implantação do PME BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 27,5 26,2 66,7 15,4 27,3 14,3 25,0 33,3 25,0 66,7-67,1 67,2 33,3 84,6 54,5 85,7 75,0 58,3 75,0 33,3 75,0 4,7 3, , Não sei 0,8 3, , ,0 TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). É relevante ressaltar que, no Nordeste, apenas no Ceará, 18,2% dos respondentes apontam que os recursos encaminhados por meio do PDDE/ Educação Integral para o financiamento do Programa Mais Educação viabilizaram minimamente sua implantação. Na Região Nordeste, os destinos mais comuns dos recursos do PDDE/Integral para o financiamento do PME foram: aquisição de kits de materiais relacionados às oficinas/atividades do Programa (93,4%); aquisição de outros 39

41 materiais com a mesma finalidade (80,3%); e pagamento de pessoal (77,0%), dentre outros (Tabela 16). TABELA 16 Destinação dos recursos do PDDE/Educação Integral para o financiamento do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Destinação dos recursos Aquisição de kits de materiais vinculados aos macrocampos/ oficinas do PME Aquisição de outros materiais vinculados aos macrocampos/ oficinas do PME Aquisição de equipamentos BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 96,1 93, , , ,0 80,3 66,7 69,2 90, ,0 75,0 75, ,0 81,4 72, ,5 81,8 85,7 75,0 58,3 50,0 66,7 100 Pagamento de pessoal (1) 81,4 77, ,2 72,7 85,7 50,0 66, Consertos/ manutenções de equipamentos Reformas de espaços escolares 64,3 60,7 66,7 61,5 72,7 57,1 50,0 50,0 50,0 66,7 75,0 48,8 31,1 33,3 15,4 45,5 14,3 25,0 33,3 50,0 33,3 50,0 Alimentação 43,4 36,1 66,7 38,5 36,4 42,9 50,0 8,3 25,0 33,3 75,0 Reformas de outros espaços educativos 21,3 18,0-15,4 9,1 28,6 25,0 16,7 50,0-25,0 Transporte escolar 19,4 13,1 33,3-9,1 42,9-16,7 25,0 - - Outro(s) 6,6 6, ,1-25,0 16, Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). (1) Compreende o ressarcimento de despesas de alimentação e/ou transporte de pessoa física. No Nordeste, 41,0% das secretarias de educação de seus estados/municípios disponibilizam recursos orçamentários adicionais para a manutenção e o desenvolvimento do PME, como mostra o Gráfico 6. 40

42 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste 100% 90% 15,4% 25,0% 25,0% 25,0% 80% 70% 55,8% 41,0% 45,5% 42,9% 60% 50% 40% 30% 38,0% 50,8% 100,0% 76,9% 54,5% 42,9% 50,0% 58,3% 100,0% 100,0% 75,0% Sim Não Não sei 20% 10% 0% 6,2% 8,2% 7,7% 14,3% 25,0% 16,7% GRÁFICO 6 Presença de recursos adicionais aplicados no desenvolvimento do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Observa-se que, apesar de haver uma variação na oferta de recursos adicionais entre os estados nordestinos, os dados demonstram o envolvimento do poder público com o Programa, embora o percentual da Região seja menor se comparado ao do Brasil (55,8%). No que se refere à aplicação dos recursos adicionais no desenvolvimento do Mais Educação, por estados/municípios, na Região Nordeste, podemos observar, na Tabela 17, que a maioria dos respondentes (68,0%) afirmou que esses recursos são destinados às reformas dos espaços escolares, índice que está bem próximo do nacional (70,0%). Além disso, as despesas com pessoal e alimentação também foram citadas por 64,0% dos coordenadores pesquisados, seguidas pelos gastos com manutenção de equipamentos (60,0%). 41

43 TABELA 17 Destino dos recursos adicionais aplicados no desenvolvimento do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Destinação dos recursos adicionais Reformas de espaços escolares Pagamento de pessoal BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 70,1 68,0 66,7 100,0 100,0 66,7 100,0 33,3 50,0 33,3 100,0 68,1 64,0 33,3 50,0 100,0 33,3 100,0 66,7 100,0 33,3 100,0 Alimentação 65,3 64,0 33,3 50,0 60,0 66,7 100,0 100,0 75,0 66,7 100,0 Consertos/ manutenções de equipamentos Transporte escolar Aquisição de equipamentos Reformas de outros espaços educativos Aquisição de materiais para as oficinas do PME 59,7 60,0 66,7 50, ,3 100,0-75,0 33,3 100,0 57,6 56,0 100,0 50,0 80,0 33,3 100,0 33,3 50,0 100,0 46,5 40,0-50,0 60,0 33,3 100,0-50,0 33,3 100,0 35,4 28,0 33,3 50,0 40,0 66, ,0 22,9 16,0 33,3 50,0 20, ,0 - - Outro(s) 8,3 12, ,0 33,3-33, Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (144), Nordeste (25), Alagoas (3), Bahia (2), Ceará (5), Maranhão (3), Paraíba (1), Pernambuco (3), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (1). Além disso, há também a prática de envio direto dos recursos adicionais para as escolas de Educação Integral, na Região Nordeste, por parte de suas secretarias estaduais/municipais de educação. O que pode ser considerado um impacto positivo na implementação do Programa Mais Educação, embora o percentual do Nordeste seja ainda pequeno (14,8%), sobretudo levando em consideração que, no Brasil, ele é de 28,7%, como pode ser conferido no Gráfico 7. 42

44 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste 100% 90% 80% 28,7% 14,8% 33,3% 7,7% 27,3% 25,0% 25,0% 33,3% 25,0% 70% 60% 85,7% 25,0% 83,3% 50% 40% 30% 63,6% 75,4% 66,7% 92,3% 72,7% 50,0% 75,0% 33,3% 75,0% Sim Não Não sei 20% 33,3% 10% 0% 7,8% 9,8% 14,3% 16,7% GRÁFICO 7 Presença de estratégia(s) de envio de recursos adicionais direto para as escolas de Educação Integral (afora o do PDDE/FNDE), no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Esse tipo de prática é um indicativo positivo para a avaliação das possibilidades de consolidação de uma política pública de Educação Integral na Região. Contudo, esse repasse direto de recursos para as escolas ainda não ocorre nos Estados do Maranhão e de Pernambuco, de acordo com os coordenadores que souberam responder a essa questão. 43

45 9 DIRETRIZES CURRICULARES, PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO No Nordeste, 57,4% dos coordenadores do PME afirmaram que o Programa contribuiu para o estabelecimento, a alteração ou a ampliação das Diretrizes Curriculares das redes estaduais/municipais de ensino que aderiram a ele, como pode ser visto no Gráfico 8. GRÁFICO 8 Estabelecimento, alteração ou ampliação das Diretrizes Curriculares por influência do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Destaca-se, nesse aspecto, o Estado do Ceará, o qual alcançou o percentual de 81,8% de seus entes federados. No Brasil, o percentual é de 59,7%, demonstrando que não há uma grande diferença em relação à Região Nordeste. 44

46 TABELA 18 Dimensões curriculares estabelecidas, alteradas ou ampliadas a partir da adesão ao Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Dimensões do currículo Organização do espaço Organização do tempo Inclusão de outros saberes/ temáticas Inclusão de outros profissionais/ atores culturais da comunidade Conceito de aprendizagem Organização curricular BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 88,3 88,6 100,0 87,5 88,9 100,0 100,0 66,7 100,0 100,0 100,0 84,4 82,9 100,0 87,5 77,8 100,0 66,7 83,3 50,0 100,0 100,0 78,6 80,0-75,0 77,8 100,0 100,0 83, ,0 76,0 80,0 100,0 62,5 88,9 100,0 100,0 66,7 100,0-100,0 66,9 60,0 100,0 62,5 44,4 50,0 66,7 83,3 50,0 100,0 33,3 64,9 68,6 100,0 62,5 66,7 50,0 33,3 83,3 100,0 100,0 66,7 Avaliação 59,7 45,7 100,0 25,0 66,7-33,3 66, ,7 Gestão democrática Política de formação de professores Conselho escolar Adoção, produção, reelaboração de materiais didáticos 56,5 42,9 100,0 37,5 22,2 50,0 33,3 66,7 100,0-33,3 48,7 34,3 100,0 25,0 22,2 100,0 33,3 66, ,5 45,7 100,0 50,0 44,4 100,0 66,7 33,3 50, ,4 20,0-12,5 22, ,3 50,0-33,3 Não sei 0, Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (154), Nordeste (35), Alagoas (1), Bahia (8), Ceará (9), Maranhão (2), Paraíba (3), Pernambuco (6), Piauí (2), Rio Grande do Norte (1), Sergipe (3). A respeito da (re)elaboração do Projeto Político-Pedagógico (PPP) das escolas a partir da implantação do PME, nos estados/municípios da Região Nordeste, os dados apontam para o percentual de 75,4% de respondentes que a confirmaram, índice muito próximo ao do Brasil (74,4%), conforme apresenta o Gráfico 9. Pode-se afirmar ainda que houve mudanças no PPP das escolas, em 45

47 todos os estados nordestinos, de maneira significativa, com destaque para Alagoas, onde todos os seus entes federados afirmaram ter discutido seus projetos pedagógicos. GRÁFICO 9 Projetos Político-Pedagógicos das escolas (re)elaborados por influência do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Além disso, também houve transformações quanto às formas de avaliação da aprendizagem nas redes estaduais municipais de ensino do Nordeste, segundo 52,5% dos coordenadores do PME, como mostra o Gráfico

48 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste 100% 90% 80% 70% 60% 58,1% 52,5% 66,7% 69,2% 54,5% 57,1% 25,0% 25,0% 33,3% 50,0% 50% 40% 30% 20% 36,8% 37,7% 33,3% 30,8% 45,5% 42,9% 50,0% 33,3% 33,3% 50,0% 100,0% 100,0% Sim Não Não sei 10% 0% 5,0% 9,8% GRÁFICO 10 Modificações nas estratégias de avaliação da aprendizagem na rede de ensino resultantes da adesão ao Programa Mais Educação, no Brasil, na região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Observa-se que o percentual da Região é inferior ao do Brasil (58,1%) e que os estados nordestinos apresentam índices diversificados, com destaque para o Rio Grande do Norte, onde nenhum ente federado realizou transformações nas formas de avaliação da aprendizagem por influência do Programa Mais Educação, e para o Sergipe, em que todos os seus municípios as fizeram. 47

49 10 A ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS Ao considerar o Programa Mais Educação como proposta indutora de Educação Integral nas redes públicas de ensino do País, parte-se do pressuposto de que se faz necessário repensar e refazer a jornada escolar, exigindo uma reorganização da infraestrutura escolar para o desenvolvimento das atividades educativas do Programa. Nesse sentido, alguns mudanças são fundamentais para propiciar condições adequadas para o funcionamento das escolas em tempo integral, sobretudo em relação aos modelos de organização das oficinas/atividades do PME, à alimentação oferecida aos estudantes, e aos espaços educativos Oficinas No contexto de orientação quanto à escolha dos macrocampos do Programa Mais Educação para o desenvolvimento de suas oficinas/atividades nas escolas do Nordeste, duas respostas negativas (não e não sei) foram registradas em Pernambuco, fazendo com que esse Estado fosse o único com 83,3% (10) de respostas afirmativas sobre esse quesito, enquanto que os demais estados indicaram 100,0% de afirmação sobre a seleção dos macrocampos do PME. No que se refere à organização das oficinas/atividades do PME na rotina das escolas nordestinas, mais especificamente a relação entre essas oficinas/atividades e as aulas regulares, a pesquisa revela que existe uma concentração das ações do Programa no contraturno escolar, com 57 casos na Região (93,4%), já no Brasil, o percentual de redes públicas de ensino que desenvolvem as oficinas do Programa no contraturno é de 87,2%, como pode ser visto na Tabela 19. Os Estados do Maranhão e de Pernambuco demonstraram que há uma variação na relação temporal entre as oficinas e as aulas, sendo realizadas de maneira mesclada, em algumas escolas, e no contraturno escolar, em outras, chegando a representar 14,3% e 16,7%, respectivamente, percentuais bem superiores aos da Região e do Brasil. 48

50 TABELA 19 Formas de organização das oficinas/atividades do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Organização das oficinas Oficinas organizadas no contraturno escolar Oficinas mescladas em algumas escolas e, em outras, no contraturno Oficinas mescladas com aulas regulares BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 87,2 93,4 100,0 100,0 100,0 85,7 100,0 75,0 100,0 100,0 100,0 9,7 4, ,3-16, , Não sei 0,4 1, , TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). No Nordeste, não houve ocorrências de casos de realização das oficinas/atividades do PME de forma mesclada com as aulas regulares Alimentação A ampliação da jornada escolar exige também ampliação do número de refeições ofertadas aos alunos, e essa oferta depende da organização de cada Secretaria de Educação no País. No Nordeste, a maioria das redes estaduais/municipais de ensino pesquisadas (68,9%) oferece três refeições diárias aos estudantes do Programa Mais Educação, como mostra o Gráfico

51 GRÁFICO 11 Número de refeições ofertadas aos educandos que integram o Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Apesar de ser pequeno o percentual dos respondentes do Nordeste (1,6%) que afirmaram não oferecer nenhuma refeição aos alunos do PME, esse fato configura-se como uma situação de precariedade, uma vez que os alunos permanecem muitas horas na escola para participar das oficinas realizadas no contraturno escolar. Ainda em relação à alimentação, as principais refeições fornecidas pelas escolas aos alunos do PME na Região Nordeste são: os lanches da manhã e da tarde (95,1%) e o almoço (78,7%), como pode ser observado na Tabela

52 TABELA 20 Alimentação fornecida aos estudantes que integram o Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Alimentação BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE Lanche tarde 93,8 95,1 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 83,3 100,0 66,7 100,0 Almoço 86,8 78,7 100,0 92,3 54,5 42,9 100,0 83,3 100, ,0 Lanche da manhã 79,5 95,1 100,0 100,0 100, ,0 83,3 100,0 100,0 100,0 Café da manhã 45,7 14,8 33,3-36,4 14,3 25,0 16, Jantar 13,2 1, , Nenhuma 0,4 1, , Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4) Espaços É sabido que as escolas públicas brasileiras não foram projetadas para funcionar em tempo integral e que não possuem, em geral, infraestrutura adequada para a prática das atividades que se desenvolvem fora do espaço da sala de aula tradicional, tais como: esporte, música, dança, artes, entre outras. Dessa forma, o Programa Mais Educação traz à tona a necessidade de reformar, adaptar ou ampliar os espaços escolares existentes para criação de ambientes propícios ao desenvolvimento das oficinas/atividades do Programa. Nesse contexto, na Região Nordeste, de acordo com 78,8% dos coordenadores pesquisados, foram realizadas reformas, adequações ou ampliações dos espaços em boa parte das escolas com o PME, como mostra a Tabela

53 TABELA 21 Ocorrência de reformas, adaptações e/ou ampliações dos espaços nas escolas participantes do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Ocorrência Sim, em até 25,0% das escolas Sim, de 26,0% a 50,0% das escolas Sim, de 51,0% a 75,0% das escolas Sim, de 76,0% a 100,0% das escolas Não, as escolas já apresentavam infraestrutura adequada BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 38,0 49,2 66,7 61,5 45,5 57,1-41,7 75,0 33,3 50,0 15,1 23,0-23,1 27,3 28,6 25,0 25,0 25,0 33,3-11, ,0 6, ,3-25, , Não 17,8 18,0 33,3 15,4-14,3 50,0 16,7-33,3 50,0 Não sei 3,5 3, , TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). É importante destacar que nenhum dos sujeitos pesquisados assinalou que as escolas públicas da Região Nordeste não precisavam de modificações por apresentar uma infraestrutura adequada para o funcionamento em tempo integral. Nesse sentido, no Nordeste, os espaços escolares que mais sofreram adequações foram: banheiros (79,2%), pátios (47,9%), salas de aula (45,8%), refeitórios (39,6%) e quadras (29,2%). Nos Estados de Alagoas e Sergipe, além dos banheiros, os refeitórios foram os espaços que mais sofreram modificações (100,0%), de acordo com a Tabela

54 TABELA 22 Espaços das escolas que mais passaram por reformas, adaptações e/ou ampliações a partir da implantação do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Espaços BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE Banheiros 55,6 79,2 100,0 81,8 81,8 33,3-100,0 100,0 100,0 100,0 Salas de aula 54,0 45,8-36,4 81,8 50,0 50,0 25,0 50,0 50,0 - Pátios 49,0 47,9-36,4 81,8 66,7 50,0 37,5-50,0 50,0 Quadras de Esportes 48,0 29,2-54,5 54,5 16,7-12, Refeitórios 47,0 39,6 100,0 36,4 36,4 16,7 50,0 37,5 25,0 50,0 100,0 Hortas 41,4 20,8-27,3 18,2 16,7-37, ,0 Salas de Multimídias 39,4 27,1 50,0 27,3 36,4 16,7-12,5-50,0 100,0 Bibliotecas 32,8 16,7-9,1 18,2 16,7-25,0 25,0 50,0 - Laboratórios de ciências 14,6 6,3-9,1-16, ,0 Auditórios 12,6 6, ,2 16, Salas de dinâmica de grupo 11,1 4, ,1 16, Brinquedotecas 10,6 2,1-9, Vestiários 9,1 8,3-9,1-16,7 50, ,0 - Outro(s) 4,5 2, , Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Considerando que um dos pilares do Programa Mais Educação é o conceito de território educativo, a grande maioria dos coordenadores do Nordeste (86,9%) respondeu que o Programa influenciou a circulação dos educandos nos espaços da cidade (fora das escolas). Conforme a Tabela 23, os espaços da cidade mais utilizados para a realização das atividades do PME foram: os campos de 53

55 futebol e as quadras (73,6%), as praças públicas (58,5%), seguidos pelos centros culturais (56,6%) e pelas associações comunitárias (50,9%). TABELA 23 Espaços das cidades mais utilizados para a realização das atividades do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Espaços Campos de futebol BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 67,3 73,6 66,7 81,8 60,0 100,0 66,7 60,0 50,0 100,0 100,0 Quadras 59,3 73,6 100,0 81,8 70,0 100,0 66,7 30,0 100,0 66,7 100,0 Centros culturais 56,5 56,6 66,7 54,5 70,0 50,0 66,7 60,0 25,0 33,3 66,7 Praças públicas 55,1 58,5 33,3 81,8 60,0 66,7 66,7 50,0-33,3 100,0 Associações comunitárias 47,7 50,9 33,3 63,6 30,0 66,7 100,0 30,0 50,0 66,7 66,7 Cinemas 44,4 26,4 33,3 27,3 20,0 16,7 33,3 30,0 25,0 33,3 33,3 Instituições religiosas 37,9 47,2 33,3 63,6 20,0 66,7 33,3 50,0 50,0-100,0 Parques 37,9 18,9 33,3 18,2 30,0 16,7 33,3 10, ,3 Museus 37,4 24,5 33,3 9,1 20,0 33,3 66,7 40, ,3 Espaços naturais (rios, praias, lagos, etc.) 35,0 26,4 33,3 18,2 40,0 33,3 66,7 20, ,3 Teatros 34,6 30,2 33,3 27,3 20,0 33,3 66,7 30,0 25,0 33,3 33,3 Bibliotecas públicas 30,4 22,6 66,7 9,1 10,0 16,7-20,0 25,0 33,3 100,0 Hortas 25,7 15,1 66,7 27,3 10,0 16, ,3 - Jardim Zoológico 25,2 18,9-27,3 10,0 16,7 66,7 20, ,3 Estações ecológicas 24,3 9,4 33,3 9,1-16,7 33, ,3 - Feiras 24,3 17,0 33,3 9,1 10,0 33,3 33,3 10,0 25,0 33,3 - Casas alugadas 20,1 35,8 33,3 18,2 50,0 33,3-50,0 50,0-66,7 Empresas privadas 14,5 5,7-9,1 10,0 16, Jardim Botânico 14,5 7,5-16,7 33,3 10,0-33,3 - Salas de exposição 14,0 11,3-9,1 10,0 16,7-20, ,3 Casas cedidas 13,6 22,6-36,4 20,0 50,0-20, ,3 54

56 Espaços BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE Shoppings 13,6 7,5 33, , ,3 33,3 Galpões 12,1 5,7-9,1 10,0 16, Sedes de ONGs 11,7 9,4-18,2 10, ,0-33,3 - Arquivos públicos 7,9 3, ,7-10, Fundações 7,9 1, , Supermercados 6,1 5,7 33, ,3-25,0 - - Outro(s) 5,6 1, ,0 - - Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (214), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Vale ressaltar que a parceria do PME com as instituições religiosas é citada por uma parcela considerável dos respondentes da pesquisa (47,2%). Já o aluguel de casas, também citado por 35,8% deles, significa um investimento das secretarias de educação e uma criação de alternativas para viabilizarem o desenvolvimento das atividades do Programa. Em relação ao investimento do poder público na qualificação dos espaços da cidade para o desenvolvimento de práticas educativas, na Região Nordeste, 9,8% dos respondentes afirmaram que houve reformas, adaptações e/ou ampliação desses espaços, como mostra o Gráfico 14. Nesse quesito, o percentual do Brasil foi superior, alcançando 14,3%. 55

57 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste 100% 90% 14,3% 9,8% 7,7% 18,2% 14,3% 8,3% 25,0% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 77,5% 80,3% 100,0% 84,6% 81,8% 71,4% 75,0% 75,0% 75,0% 100,0% 75,0% Sim Não Não sei 20% 10% 0% 8,1% 9,8% 7,7% 14,3% 25,0% 16,7% 25,0% GRÁFICO 12 Realização de reformas, adaptações e/ou ampliação dos espaços das cidades destinados às práticas educativas, a partir da implantação do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). 56

58 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste 11 PARTICIPAÇÃO NA DEFINIÇÃO DAS ATIVIDADES DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO Observa-se, no Gráfico 13, que a participação dos educandos na escolha dos macrocampos do Programa Mais Educação é afirmada por 45,9% dos respondentes da Região Nordeste e por 43,4% dos de todo o Brasil. 100% 90% 80% 70% 60% 43,4% 45,9% 66,7% 53,8% 45,5% 28,6% 75,0% 33,3% 50,0% 66,7% 25,0% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 52,7% 52,5% 3,9% 1,6% 33,3% 46,2% 54,5% 71,4% 25,0% 58,3% 8,3% 50,0% 33,3% 75,0% Sim Não Não sei GRÁFICO 13 Participação dos educandos na escolha dos macrocampos do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Observa-se, ainda, que há uma distribuição percentual bastante diversificada entre os estados da Região, sendo o menor (25,0%), em Sergipe, e o maior (75,0%), na Paraíba. Na percepção de 55,7% dos coordenadores da Região Nordeste, ocorre a participação dos educandos na escolha das oficinas/atividades do Programa Mais Educação, de acordo com o Gráfico

59 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste 100% 90% 80% 70% 60% 50,4% 55,7% 46,2% 63,6% 42,9% 75,0% 50,0% 75,0% 33,3% 50,0% 50% 40% 30% 43,8% 37,7% 100,0% 46,2% 57,1% 33,3% 66,7% 25,0% Sim Não Não sei 20% 10% 0% 5,8% 6,6% 7,7% 36,4% 25,0% 16,7% 25,0% 25,0% GRÁFICO 14 Participação dos educandos na escolha das oficinas/atividades do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Observa-se ainda que a participação dos educandos na escolha das oficinas é maior do que na definição dos macrocampos do PME, o que também ocorre no Brasil, como um todo. No que se refere à participação de outros sujeitos na seleção das oficinas/atividades do PME a serem desenvolvidas nas escolas, na Região Nordeste, nota-se que os diretores de escola, os coordenadores pedagógicos, os coordenadores do Programa nas secretarias de educação e os professores comunitários foram os mais destacados, o mesmo acontecendo em âmbito nacional (Tabela 24). 58

60 TABELA 24 Participação de outros sujeitos na escolha das oficinas/atividades do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Sujeitos Diretor da Escola Coordenador Pedagógico Coordenador do PME na Secretaria de Educação Professor Comunitário Professores da escola Membros do Conselho Escolar Comunidade local BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 96,5 98,4 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 75,0 84,1 82,0 100,0 100,0 100,0 57,1 50,0 58,3 100,0 100,0 75,0 73,3 75,4 100,0 61,5 81,8 71,4 75,0 75,0 100,0 100,0 50,0 72,9 75,4 33,3 69,2 100,0 85,7 75,0 58,3 100,0 66,7 75,0 70,9 59,0 66,7 69,2 72,7 28,6 25,0 41,7 75,0 100,0 75,0 50,0 41,0 66,7 46,2 63,6 14,3 75,0 25,0 50,0 33,3-31,8 29,5 33,3 38,5 36,4-50,0 25,0 25,0 33,3 25,0 Famílias 31,8 37,7 66,7 38,5 45,5 28,6 50,0 25,0 25,0 66,7 25,0 Nenhum 0, Outro(s) 2,3 6, ,6-16, Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). 59

61 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste 12 EDUCADORES DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS Os educadores da Região Nordeste que atuam no Programa Mais Educação, nas escolas, são: o Professor Comunitário, o qual também tem a função de Coordenador do Programa na escola, e o Monitor, o qual desenvolve as oficinas/atividades do PME Professor Comunitário Como pode ser visto no Gráfico 15, 86,9% dos representantes das secretarias de educação da Região Nordeste responderam que possuem professores comunitários nas escolas, sendo esse percentual maior do que o do Brasil, que é de 80,6%. 100% 90% 80% 70% 60% 80,6% 86,9% 66,7% 84,6% 85,7% 83,3% 75,0% 75,0% 50% 40% 30% 100,0% 100,0% 100,0% Sim Não Não sei 20% 10% 0% 17,4% 11,5% 1,9% 1,6% 33,3% 7,7% 7,7% 14,3% 16,7% 25,0% 25,0% GRÁFICO 15 Presença do Professor Comunitário nas escolas participantes do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). 60

62 Em 60,7% dos estados/municípios do Nordeste, o Professor Comunitário está presente em todas as escolas das redes públicas de ensino, e, em 26,2%, ele é encontrado apenas em algumas escolas. Ao considerar esses dois percentuais, pode-se afirmar que a maioria das redes estaduais/municipais de educação da Região tem procurado incorporar esse profissional à dinâmica do Programa Mais Educação, conforme as orientações do MEC. Entretanto, ainda existe, na Região, um número razoável de entes federados (11,5%) que não está cumprindo a orientação do Programa, apesar de esse percentual ser menor que o do Brasil (17,4%). Não é suficiente saber se existe um Professor Comunitário na escola, pois, nas orientações do PME, também há indicação de que a carga horária de trabalho dele deva ser, preferencialmente, de 20 a 40 horas semanais. Segundo a maioria dos respondentes (60,4 %) da Região Nordeste, tem sido adotada a carga horária de 40 horas em seus estados, como mostra a Tabela 25. Entretanto, ainda existem secretarias de educação no Nordeste em que não há uma regulamentação da carga horária de trabalho do Professor Comunitário, visto que, em 17,0% dos casos, essa definição está a cargo das escolas. Essa flexibilidade é corroborada quando 3,8% dos respondentes não souberam responder à questão, chegando mesmo ao extremo (no Ceará e na Paraíba) de a carga horária variar de professor para professor (no item outra da Tabela 25). Considerando que o fato de não saber também indicar informalidade, 24,6% dos respondentes apontaram para o não cumprimento das orientações do Programa Mais Educação. TABELA 25 Carga horária dos professores comunitários do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Carga horária BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 40 horas 58,7 60,4 50,0 63,6 90,9 50,0 50,0 20,0 100,0 33,3 100,0 30 horas 4,3 5, ,0-33,3-20 horas 13,5 9,4 50,0 9,1-33,3-10, Varia de escola para escola 19,2 17,0-27,3-16,7 25,0 30,0-33,3-61

63 Carga horária BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE Não sei 1,4 3, , Outra 2,9 3, ,1-25, TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (208), Nordeste (53), Alagoas (2), Bahia (11), Ceará (11), Maranhão (6), Paraíba (4), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (3). Considerando que, em 5,7% dos casos, essa dedicação é de 30 horas e, em 9,4%, ela é de 20 horas, temos um total de 75,5% das secretarias de educação respondentes no Nordeste que seguem as orientações do PME em relação à carga horária do Professor Comunitário. Em 69,8% das secretarias de educação da Região Nordeste, existe um Professor Comunitário com dedicação exclusiva ao Programa Mais Educação em todas as escolas das redes públicas de ensino, e, em 17,0% delas, essa dedicação é efetivada em parte das escolas, como pode ser visto na Tabela 26. TABELA 26 Destinação exclusiva da carga horária dos professores comunitários ao Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Destinação exclusiva Sim, em todas as escolas Sim, em algumas escolas BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 70,2 69,8 100,0 72,7 100,0 50,0 50,0 70,0 33,3 66,7 33,3 16,3 17,0-9,1-33,3 50,0-66,7 33,3 33,3 Não 12,0 9,4-18,2-16,7-10, ,3 Não sei 1,4 3, , TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (208), Nordeste (53), Alagoas (2), Bahia (11), Ceará (11), Maranhão (6), Paraíba (4), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (3). Mesmo assim, existe, ainda, uma parcela minoritária de estados/municípios do Nordeste (9,4%) em que a dedicação do Professor 62

64 Comunitário não é exclusiva ao Programa Mais Educação. Além disso, mesmo sendo uma minoria, chama a atenção o fato de 3,8% dos coordenadores do PME não saberem responder à questão, tendo em vista que essa informação é básica para o desempenho das suas atribuições. No tocante ao processo de escolha do Professor Comunitário, o que predomina é a indicação dele pela direção da escola, segundo as respostas de 66,0% dos coordenadores, como pode ser verificado na Tabela 27. TABELA 27 Processos de seleção dos professores comunitários do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Processos de seleção Indicação da direção da escola Indicação pela gestão da Secretaria de Educação Análise curricular e/ou entrevista Eleição pelo Colegiado da escola Eleição pelo Conselho Escolar Eleição pela Assembleia da escola Eleição pelo Comitê Local BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 79,8 66,0 100,0 72,7 54,5 50,0 100,0 70,0 33,3 66,7 66,7 40,4 39,6 50,0 45,5 54,5 50,0 25,0 20,0 66,7 33,3-28,8 22,6 50,0 18,2 9,1 33,3 25,0 20,0 33,3 33,3 33,3 3,8 1, , ,8 5,7 50, ,0 33, , , Não sei 1,0 3, , Outro(s) 1,4 1, , Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (208), Nordeste (53), Alagoas (2), Bahia (11), Ceará (11), Maranhão (6), Paraíba (4), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (3). A Secretaria de Educação participa do processo de escolha do Professor Comunitário segundo dados da tabela, 39,6% dos respondentes da Região. Esse 63

65 processo ainda está incorporando elementos formais, pois 22,6% dos coordenadores afirmaram que o currículo (e/ou entrevista) é considerado como elemento para balizar a escolha. Vale ressaltar que os processos democráticos são os menos citados, caracterizando que, no Nordeste, a escolha desse profissional está relacionada com a decisão dos gestores escolares e das secretarias de educação. TABELA 28 Critérios de seleção dos professores comunitários do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Critérios de seleção Professor da rede Articulação com a comunidade Análise curricular BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 77,9 67,9 50,0 81,8 90,9 66,7 75,0 30,0 66,7 66,7 66,7 68,3 62,3 100,0 81,8 72,7 66,7 100,0 50,0 33, ,3 43,4 100,0 18,2 54,5 50,0 50,0 40,0 66,7 33,3 33,3 Escolaridade 38,5 32,1 50,0 27,3 36,4 50,0 25,0 30,0 66,7 - - Experiência no PME Morar na comunidade 29,8 20,8 100,0-27,3 16,7 25,0 30,0 33, ,8 22,6 100,0 18,2 36,4 16,7-20,0 33,3 - - Não sei 2,4 5, , Outro(s) 6,3 3, ,7 25, Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (208), Nordeste (53), Alagoas (2), Bahia (11), Ceará (11), Maranhão (6), Paraíba (4), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (3). De acordo com a Tabela 29, pode-se perceber que, quanto ao vínculo empregatício, a Região Nordeste tem ido ao encontro das perspectivas de PME, uma vez que os coordenadores, em sua maioria, são efetivos em suas respectivas redes de ensino, conforme diretrizes do Programa. Destaca-se, nesse ínterim, os estados do Ceará e Sergipe, os quais contam, em sua totalidade, com professores efetivos na coordenação do Programa Mais Educação. 64

66 TABELA 29 Vínculos empregatícios dos Professores Comunitários do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Vínculo empregatício BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE Efetivo da rede 82,7 77,4 50,0 81,8 100,0 83,3 75,0 50,0 66,7 66,7 100,0 Contrato temporário Estagiário (estudante de curso superior) Estagiário (estudante de ensino médio) 30,8 41,5-36,4 72,7 50,0 50,0 40,0 33, ,3 7,5 50,0 9,1-16,7-10, ,9 1, , Não sei 2,4 5, , Outro(s) 2,4 1, ,3 - Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (208), Nordeste (53), Alagoas (2), Bahia (11), Ceará (11), Maranhão (6), Paraíba (4), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (3) Monitor Como se sabe, o Programa Mais Educação tem valorizado a inserção de novos saberes nas escolas, com a presença do que denominados de novos profissionais. Os monitores são os responsáveis pelo desenvolvimento das oficinas no turno estendido, nas escolas. Vale ressaltar que o perfil desses educadores é diverso em todo Brasil e adapta-se às características das redes de ensino em que se inserem. O objetivo desse tópico é verificar, no âmbito da Região Nordeste, quais critérios são utilizados, nas escolas, para a seleção desses profissionais e qual o perfil deles. 65

67 TABELA 30 Critérios de seleção dos monitores do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Critérios de seleção Habilidades apropriadas para o desenvolvimento das atividades, sem formação específica na área Formação técnica e/ou superior na área que irá desenvolver as oficinas/ atividades Morar da comunidade BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 92,3 88,1 100,0 84,6 100,0 85,7 75,0 90,9 75,0 66,7 100,0 69,1 78,0 66,7 69,2 63,6 100,0 100,0 72,7 100,0 66,7 100,0 55,3 76,3 66,7 84,6 90,9 71,4 50,0 72,7 50,0 66,7 100,0 Outro(s) 6,1 10,2-38, , Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (246), Nordeste (59), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (11), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (3). Como demonstrado na Tabela 30, a maioria dos municípios têm utilizado, como critério para seleção dos monitores, o fato destes possuírem habilidades específicas para o desenvolvimento das atividades do PME (88,1%). Destacam-se os Estados do Ceará e de Sergipe, onde 100,0% dos municípios respondentes utilizam esse critério. No entanto, o diploma universitário também é um critério utilizado pela grande maioria dos estados/municípios da Região Nordeste, revelando que a formação universitária ainda é amplamente valorizada no recrutamento desses educadores. Ainda vale ressaltar que, embora seja desejável, devido ao vínculo com a comunidade escolar, o fato de os candidatos à monitoria do Programa morarem na comunidade é um critério um pouco menos utilizado para sua seleção, se comparado com os dois anteriores. 66

68 TABELA 31 Perfil dos monitores do Programa Mais Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Perfil Estudantes universitários Educadores populares, moradores da comunidade Moradores da comunidade Arteeducadores Estudantes do Ensino Médio Educadores populares, não moradores da comunidade Professores da própria escola Professores aposentados Professores de outras escolas públicas Professores de escolas particulares BR NE AL BA CE MA PB PE PI RN SE 89,9 95,1 100,0 92,3 100,0 100,0 100,0 91,7 100,0 100,0 75,0 80,2 90,2 66,7 100,0 100,0 71,4 75,0 91,7 100,0 100,0 75,0 61,6 68,9 66,7 92,3 54,5 42,9 75,0 66,7 75,0 66,7 75,0 57,4 63,9 66,7 53,8 63,6 57,1 50,0 75,0 75,0 66,7 75,0 49,6 55,7 33,3 53,8 63,6 57,1 25,0 58,3 50,0 33,3 100,0 41,5 42,6 66,7 30,8 36,4 57,1 75,0 41,7 75,0-25,0 26,4 6,6-7,7-14,3-16, ,2 21,3 33,3 23,1 18,2 28,6-33,3 25, ,7 14,8-7,7 9,1 28,6 50,0 16,7 25, ,4 14,8 33, ,6 50,0 25,0 25,0 - - Não sei 0, Outro(s) 5,4 4, ,0-25,0-25,0 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). A Tabela 31 evidencia que há uma forte diversidade no perfil dos monitores do PME na Região Nordeste, destacando a presença maciça de monitores com Ensino Superior em andamento (95,1%), o que vai de encontro à concepção do Programa, que sugere a inserção de profissionais, nas escolas que desenvolvem oficinas/atividades do Mais Educação, os quais produzam saberes 67

69 diferenciados dos acadêmicos, a partir de oficinas culturais, artísticas, lúdicas, etc. Porém, ainda há um grande número de monitores que são educadores populares e moradores da comunidade, o que pressupõe que a presença do PME, nas escolas do Nordeste, têm possibilitado um encontro entre os saberes populares e os saberes acadêmicos. 68

70 Estados e Municípios Programa Mais Educação (PME): Impactos na Educação Integral e Integrada na Região Nordeste 13 FORMAÇÃO DOS SUJEITOS ENVOLVIDOS COM O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO Segundo 84,6% dos coordenadores, as secretarias de educação da Região Nordeste promovem momentos de formação continuada voltados para os professores comunitários, de acordo com o Gráfico % 90% 25,0% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 79,7% 84,6% 100,0% 90,0% 100,0% 83,3% 75,0% 70,0% 100,0% 100,0% 100,0% Sim Não Não sei 20% 20,0% 10% 0% 19,8% 13,5%,5% 1,9% 10,0% 16,7% 10,0% GRÁFICO 16 Promoção de formação aos professores comunitários do Programa Mais Educação pela Secretaria de Educação no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (207), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). Destaca-se que, nos Estados de Alagoas, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, todos os respondentes afirmaram haver formação para esses profissionais. Nas respostas dos coordenadores sobre a questão da promoção de formação aos educadores do PME no Nordeste, é patente uma maior priorização de processos formativos direcionadas aos professores comunitários (84,6%) em relação aos monitores (67,2%), como pode ser visto no Gráfico

71 100,0% 90,0% 79,7% 84,6% 90,0% 46,5 80,0% 70,0% 60,0% 62,4% 67,2% 66,7% 53,8% 71,4% 70,0% 58,3% 75,0% 75,0% 50,0% 40,0% Professor Comunitário Monitor 30,0% 25,0% 20,0% 10,0% 0,0% GRÁFICO 17 Promoção de formação aos professores comunitários e aos monitores do Programa Mais Educação pela Secretaria de Educação, no Brasil, na Região Nordeste e em seus estados/municípios 2013 Nota: Total de sistemas/redes estaduais/municipais respondentes: Brasil (258), Nordeste (61), Alagoas (3), Bahia (13), Ceará (11), Maranhão (7), Paraíba (4), Pernambuco (12), Piauí (4), Rio Grande do Norte (3), Sergipe (4). O mesmo comportamento pode ser confirmado nos dados referentes à formação dos dois segmentos no Brasil, apresentando percentuais de 79,7%, para os professores comunitários, e de 62,4%, para os monitores. Essa tendência está presente em todos os estados do Nordeste, com exceção da Paraíba, que não realiza formação para os monitores e que a promove minimamente ao outro seguimento. Por outro lado, destacam-se os Estados do Ceará e Rio Grande do Norte, onde 100,0% dos coordenadores responderam que essa formação é ministrada a ambos os profissionais. No tocante à periodicidade da formação promovida aos professores comunitários, o Nordeste apresenta uma maior concentração em eventos mensais (29,5%), pouco acima da frequência bimestral (27,3%). Se comparado com o Brasil, entretanto, a Região apresenta um percentual menor em relação à frequência mensal dessa formação e maior que a bimestral, como mostra a Tabela

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