XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE

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1 XII SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS DO NORDESTE CAPIBARIBE E SEUS AFLUENTES NA PLANÍCIE DE RECIFE: VISÃO MULTIDISCIPLINAR DE UM RIO URBANO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O SISTEMA DE DRENAGEM DAS ÁGUAS PLUVIAIS Jaime Joaquim da Silva Pereira Cabral¹; Simone Lima da Costa Preuss²; Gastão Cerquinha da Fonseca Neto³ RESUMO Recife teve o seu processo de ocupação urbana realizado de forma desordenada e a falta de uma política governamental eficaz deixou uma série de problemas de suprimento de água potável, esgotamento sanitário e infraestrutura para a drenagem de águas pluviais. No entanto, atualmente estão sendo realizadas atividades que visam uma mudança de paradigmas em relação ao espaço das águas na cidade e a revitalização do rio Capibaribe e de seus afluentes. Os riachos/canais estão iniciando um processo de revitalização, que inclui a recuperação do seu espaço natural, ausência de lixo, recomeço da ampliação do sistema de tratamento de esgoto, inicio da arborização das margens dos riachos/canais. Espera-se que em 2037, se terá Recife, uma Cidade Aquacêntrica. Recife nasceu nas águas e na comemoração dos quinhentos anos resgatará completamente sua vocação de convivência com as águas. ABSTRACT Recife city had a urbanization process performed in a disordered way and lack of an efficient government policy left a lot of problems of water supply, sewage and infrastructure for urban drainage. However, several activities are being developed for paradigm change related to water room in the city and to revitalization of Capibaribe river and its affluent streams. Revitalization process has initiated for streams/channels including recovering natural stream space, eliminating waste, enlarging sewage treatment systems, improving urban vegetation at river and stream banks. Hopefully in 2037 Recife will be transformed in a water centred city and at its 500th birthday will complete its destiny of living within water. Palavras-Chave Águas pluviais urbanas, rio Capibaribe, riachos urbanos 1 Professor titular da UFPE, Coordenador do Grupo de Recursos Hídricos da UFPE/Campus Recife. Av Prof. Moraes Rego, 1235, Recife, PE, fone: (81) jcabral@ufpe.br ou jaimejcabral@yahoo.com 2 Mestre em recursos hídricos pela UFPE, Pesquisadora do GRH/UFPE, simonelcp@hotmail.com 3 Graduando de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, (81) , gastaocerquinha@gmail.com XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 1

2 INTRODUÇÃO A urbanização voltada para um modelo de metrópole que preconiza a impermeabilização do solo para a construção de rodovias e uma forte especulação imobiliária que inviabiliza a preservação dos espaços naturais nas regiões urbanas, tais como parques e riachos, exige grandes investimentos nos aspectos de saneamento, gestão e zoneamento do solo. Porém, a realidade observada e vivida nas cidades é a de sistemas de infraestruturas saturados e ineficientes. Esses aspectos se intensificam quando há ocupação das margens de cursos d água, acarretando a diminuição da infiltração das águas pluviais, o aumento do escoamento superficial, o assoreamento dos cursos d água e a degradação da qualidade da água e de mobilidade e lazer da população. Tucci (1997) destaca que a canalização de rios e riachos apenas transfere a enchente de um ponto da bacia para outro. O prejuízo público é dobrado, já que além de não resolver o problema, os recursos são gastos de forma equivocada. Este artigo salienta o início da mudança de gestão da drenagem e do manejo das águas pluviais na cidade de Recife através dos trabalhos que estão sendo realizados para o desenvolvimento do Parque Capibaribe - Caminho das Capivaras que fazem parte do convênio de cooperação técnica entre a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), através da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife (SEMAS) e equipe multidisciplinar da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). As propostas abordam a necessidade do melhoramento das condições hidrológicas, hidráulicas, ecológicas e sociais dos riachos urbanos de Recife, com valorização das condições naturais do seu entorno, mobilidade e lazer contemplativo. A criação do Parque ao longo do Rio Capibaribe salienta a necessidade da revitalização dos afluentes do Rio através da desocupação das margens dos riachos e do seu uso para a mobilidade de pedestres e ciclistas. Assim como aborda a necessidade do uso de técnicas sustentáveis de drenagem e manejo das águas pluviais que permitam uma maior infiltração da água pluvial e a retenção e o tratamento dos possíveis poluentes oriundos da drenagem pluvial, antes destes chegarem aos cursos d água. XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 2

3 HISTÓRICO DO RIO CAPIBARIBE E DA EVOLUÇÃO DO RECIFE Recife possui 219 km2 e habitantes. Compõe juntamente com outros 13 municípios a Região Metropolitana do Recife (RMR), com população equivalente a habitantes, vivendo em uma área de 2.766,9 Km², com 94% da população residente em áreas urbanas. A RMR constitui a maior aglomeração urbana do Nordeste brasileiro e quinta maior do país, sendo classificada como uma metrópole nacional, IBGE (2010). O relevo é formado por dois grupos topográficos: as planícies localizadas na porção Centro- Leste e os morros adjacentes nas porções Norte, Oeste e Sul. A área de planície, no geral, apresenta cotas que variam de 0 a 5 m, podendo atingir valores um pouco superiores em alguns locais. Por sua vez, os morros formam um arco em volta da baixada e têm cotas que variam entre 30 m e 100 m, Cabral et al. (2001). O sítio geológico sobre o qual Recife está erguido é formado por uma planície de origem flúvio-marinha, resultado de milhões de anos de trabalho de acumulação sedimentar. Sua hidrografia é constituída por três principais bacias hidrográficas, formadas por rios de meandros, sendo: a bacia do rio Capibaribe, abrangendo a área central da cidade; a bacia do rio Beberibe, que abrange a parte Norte da cidade e sua calha faz divisa com Olinda; e a bacia do rio Tejipió. Esta divide-se em três sub-bacias: do rio Tejipió, que drena a parte do centro-sul e Oeste da cidade; a do Jordão, que drena a zona Sul; e a do Jiquiá, que drena o resto da zona central da cidade. No século XVI deu-se início o processo de urbanização do Recife, quando diversos engenhos foram instalados na planície estuarina do rio Capibaribe, dando início aos centros de povoações. Os primeiros núcleos urbanos surgiram nos pontos extremos do porto e seu processo de urbanização intensificou-se no século XX, com a modificação do espaço horizontal e vertical, acarretando transformações nos ecossistemas naturais. Na década de 1960, Recife recebeu muitos imigrantes vindos do interior do Estado de Pernambuco e de toda RMR, com ocupação de muitas áreas ribeirinhas e consequentes inundações dos bairros do centro e do Oeste. Até a década de 70 (século XX) grandes enchentes chegaram a inundar 80% da cidade. Para enfrentar o problema das enchentes, o governo federal construiu três grandes barragens de retenção do rio: uma na sub-bacia do rio Tapacurá, com capacidade para armazenar 94 milhões de metros cúbicos; outra na sub-bacia do rio Goitá, com capacidade para 52 milhões de metros cúbicos, ambos afluentes da margem direita do Capibaribe; e uma terceira no eixo do rio Capibaribe, no município de Carpina, com capacidade para 270 milhões de metros cúbicos, retendo grandes vazões que venham do rio Cotunguba e do Alto Capibaribe. Após, essas três, foi construída a barragem de Jucazinho, no trecho médio superior, com capacidade para 327 milhões de metros cúbicos, com a XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 3

4 finalidade de abastecimento de algumas cidades do Agreste, mas que também contribui na proteção contra enchentes, Cabral e Alencar (2005). Recife teve o seu processo de ocupação urbana de forma desordenada. A sua importância, enquanto capital do Estado de Pernambuco, com potencialidade econômica e turística, infraestrutura de apoio médico e educacional, fizeram com que, se tornasse um polo atraente. No entanto, a falta de uma política governamental eficaz, voltada para o controle da urbanização, suprimento de água potável, esgotamento sanitário, disposição adequada dos resíduos sólidos e infraestrutura para a drenagem de águas pluviais, fez com que fossem gerados grandes problemas para a população e para o meio ambiente. A cidade do Recife possui peculiaridades geográficas que devem ser consideradas para a sustentabilidade do seu sistema de drenagem e manejo das águas pluviais. As baixas cotas de seu território em relação ao nível do mar, áreas planas, lençol freático próximo à superfície e aflorante na estação chuvosa, influência dos níveis das marés, são características naturais que dificultam a drenagem. O sistema de drenagem do Recife também é prejudicado devido canalização de riachos urbanos e ocupação de suas margens por construções regulares e irregulares, alta taxa de impermeabilização do solo, destino inadequado dos resíduos sólidos e falta de saneamento. ABANDONO DO RIO NO SÉCULO XX Ao longo do século XX, a cidade do Recife priorizou os automóveis e deu as costas para o rio Capibaribe. O desmatamento e a ocupação de suas margens acarretaram o assoreamento do rio e de seus afluentes, e propiciou o despejo de efluentes e de resíduos sólidos, causando prejuízos ao meio ambiente e à drenagem pluvial. No processo de urbanização de Recife, praticamente todos os cursos d água foram canalizados e muitos baixios aterrados. Houve o estrangulamento da calha dos rios devido à ocupação irregular, e até formal de suas margens, processo este que continua até hoje, pondo em risco o sistema de drenagem natural do município e resultando em frequentes inundações Cabral et al. (2001). Os braços de rios e áreas alagadas vêm sendo aterrados ao longo do tempo, sem nenhuma preocupação com a drenagem natural. A canalização de rios e córregos urbanos, além de causar uma série de prejuízos ao meio ambiente, por descaracterizar totalmente o hábitat natural, provoca o início de uma cadeia recorrente de problemas: favorecimento de ligações de esgotos clandestinos, ocupação das margens e das áreas de expansão de cheias, problemas de enchentes a jusante e o isolamento da conexão hidráulica entre o aquífero e o rio. REDESCOBRIMENTO DO RIO XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 4

5 Na cidade de Recife, estão sendo realizadas atividades de grande representatividade que visam uma mudança de paradigmas em relação ao espaço das águas na cidade e a revitalização do rio Capibaribe e de seus afluentes. O Grupo de Recursos Hídricos (GRH) da Universidade Federal de Pernambuco, em 2005, iniciou um estudo sobre os riachos urbanos de Recife. Os trabalhos são de cunho multidisciplinar incluindo a realização de estudos dos aspectos físicos e de uso e ocupação do solo na bacia do Rio Capibaribe por meio de técnicas de geoprocessamento, utilização de mapas, imagens aéreas e de satélites, bem como visitas in loco com o objetivo de observar as atuais condições da bacia. Como subsídio para iniciar um processo educativo voltado para a revitalização destes cursos d água, foi construído o blog Riachos Urbanos do Recife ( e foram realizadas mesas redondas sobre riachos urbanos e atividades de divulgação na mídia local sobre o manejo sustentável de águas pluviais urbanas. As atividades buscaram transmitir as informações sobre a importância dos cursos d água urbanos e interagir com a sociedade em geral e com os formadores de opinião, tendo como objetivo sensibilizá-los para as melhores práticas aplicáveis aos riachos urbanos. Em 2013, a prefeitura da cidade do Recife (PCR) fez um convênio com uma equipe de base multidisciplinar, coordenada pelo grupo de urbanismo da UFPE, incluindo pesquisadores de recursos hídricos (GRH), juntamente com sociologia, biologia, agronomia, botânica, resíduos sólidos, paisagismo, habitação, estudos espaciais de morfologia, ergonomia, como também grupos ligados à mobilidade urbana. O grupo de trabalho, tendo como foco o Rio Capibaribe e seguindo os eixos de pensamento do desenvolvimento sustentável e do desenho urbano voltado à concepção de espaços públicos de qualidade, passou a desenvolver ações voltadas para o projeto do Parque Capibaribe no forma de cooperação técnica com a Secretaria do Meio Ambiente da PCR. O Projeto do parque Capibaribe, também chamado de Caminho das Capivaras, é uma iniciativa que promove diretrizes de articulação entre o Rio Capibaribe, seus afluentes e os espaços urbanos, conectando as suas margens com equipamentos existentes na cidade e espaços de área verde, criando ciclovias e interligando vias de ônibus com uma nova experiência de articulação modal de transporte. O resgate da qualidade ambiental dos riachos pode levar os benefícios do Parque Capibaribe para uma área bem maior da cidade, conectando importantes locais da cidade com o Parque e através do Parque, aproximando as pessoas e envolvendo os diversos atores sociais nesta tarefa de todos, construindo a sustentabilidade da cidade do Recife. XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 5

6 Sendo assim, o Parque Capibaribe promove também uma mudança de mentalidade da população em relação ao rio, lançando um olhar inovador para as inúmeras possibilidades de ações nas águas do Capibaribe. A proposta do Projeto é transformar o Recife em uma cidade-parque, o Parque Capibaribe visa elevar a taxa de área verde pública, que hoje é de 1,2 metros quadrados por habitante. Planejase mudar este dado para 20 metros quadrados por habitante em 2037, quando o Recife completa 500 anos. O projeto do Parque Capibaribe visa envolver mais de um terço da área da cidade. Isso porque o Parque não foi apenas pensado como linha ao longo do curso d água. Ele trabalha com pelo menos 500 metros ao redor de cada margem, o que delimita 7250 hectares de área de influência. Assim, o Parque Capibaribe influenciará 35 bairros, que vão gradualmente se transformar em bairros-parque, atingindo 400 mil habitantes do Recife. Associados aos trabalhos técnicos, estão sendo desenvolvidos dispositivos de conhecimento para diálogo com a população, como por exemplo, a promoção de workshops onde os moradores são convidados a compartilhar ideias a serem implantadas nas bordas do rio, como também a criação de uma plataforma aberta e georreferenciada, disponível no endereço eletrônico Onde a proposta é a construção de uma conscientização coletiva, colaborativa e democrática, verificando assim se as ideias propostas têm aderência ao que a população das margens e arredores do Capibaribe realmente necessita. MALHA DOS RIACHOS URBANOS Historicamente os riachos/canais do Recife foram muito importantes para o desenvolvimento da cidade, no entanto, ao longo do século XX passaram por um intenso processo de degradação. No âmbito do Projeto do Parque Capibaribe Caminho das Capivaras, os riachos podem voltar a ter importante papel no redirecionamento dos planos urbanísticos da cidade. Os riachos da bacia do rio Capibaribe na planície do Recife são (numeração no mapa da figura 1): 01 Camaragibe, 02 Cavouco, 03 Caiara, 04 - São Mateus, 05 - Santa Rosa, 06 - Dona Suzana, 07 Valença, 08 Zumbi, 09 Sport, 10 Prado, 11 IPA, 12 ABC, 13 - Don-Don, 14 - Sítio dos Pintos, 15 Fortuna, 16 Jenipapo, 17 Macaxeira, 18 Buriti, 19 - Nova Descoberta, 20 Parnamirim, 21 - Derby-Tacaruna. XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 6

7 Figura 1 - Malha de riachos urbanos - Rio Capibaribe Com a revitalização, os riachos podem exercer as funções de drenagem de águas pluviais, recuperação das características ecológicas, melhoria do conforto térmico, contribuição para a mobilidade de ciclistas e pedestres, além da estética e do lazer contemplativo. PERSPECTIVAS DE REVITALIZAÇÃO Práticas voltadas para a revitalização dos riachos urbanos têm demonstrado ser uma boa alternativa para o resgate de suas funções hidráulica, hidrológica, ecológica e social. Essas ações representam uma mudança de paradigmas quanto à gestão dos riachos urbanos. A revitalização dos riachos urbanos compreende o processo de recuperação, de conservação e de preservação ambiental, por meio da implementação de ações integradas e permanentes, que promovam o uso sustentável dos recursos naturais, a melhoria das condições socioambientais, o aumento da quantidade e a melhoria da qualidade da água para usos múltiplos (MMA/FNMA, 2005). Para reduzir o escoamento superficial, países desenvolvidos têm utilizado técnicas sustentáveis de drenagem urbana, onde a ideia principal é possibilitar a infiltração da água da chuva o mais próximo do seu ponto de origem, e remover possíveis poluentes presentes na água (Communities and Local Government Publications, 2006). O uso de sistemas sustentáveis de drenagem é uma importante contribuição para a revitalização dos riachos urbanos. O Brasil tem percebido a necessidade de investir em sistemas XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 7

8 mais sustentáveis de drenagem e manejo das águas pluviais. O termo Desenvolvimento Urbano de Baixo Impacto, é mencionada no manual de propostas para ampliação de sistemas municipais de drenagem, elaborado pelo Ministério das Cidades (Brasil, 2006). Através da aplicação de técnicas que possibilitem uma maior infiltração da água da chuva, tais como jardins de chuva, pavimentos permeáveis, telhados coletores, cisternas, trincheiras de infiltração, biofiltros, entre outros, o escoamento superficial é reduzido e os poluentes, carreados pela água da chuva, tratados antes de chegar aos cursos d água urbanos (Cettner et al., 2012; Swedish National BoardofHousing, Building, and Planning, 2010; Stahre, 2008). A aplicação destas práticas nas proximidades dos riachos urbanos podem proporcionar a retenção e o tratamento da poluição proveniente do tráfego de veículos automotores, postos de combustível, estacionamentos e outras construções e atividades humanas. Desta forma são essenciais para o resgate e proteção da qualidade da água nos centros urbanos. No Projeto do Parque Capibaribe - Caminho das Capivaras, são visualizados os seguintes cenários de curto e médio prazo para os riachos urbanos: Rio Parque: Os riachos/canais estão iniciando um processo de revitalização, que inclui a recuperação do seu espaço natural, ausência de lixo, recomeço da ampliação do sistema de tratamento de esgoto, inicio da arborização das margens dos riachos/canais. A drenagem das águas pluviais começa a encontrar mais espaço nos riachos/canais que vão sendo resgatados O esgoto doméstico e industrial é totalmente coletado e tratado adequadamente. A população incorporou a cultura de cuidar dos espaços das águas e já não coloca lixo nos cursos d água nem invade suas margens. Num cenário de longo prazo em 2037, se terá Recife, uma Cidade Aquacêntrica. Recife nasceu nas águas e na comemoração dos quinhentos anos resgatará completamente sua vocação de convivência com as águas. Uma cidade hidrologicamente adequada, resiliente a eventos extremos, onde as águas atmosféricas, subterrâneas, fluviais e oceânicas se integram harmoniosamente, proporcionando oportunidades de recreação, temperatura agradável e beleza cênica. COMENTÁRIOS FINAIS Enfrentar os problemas relacionados à água é um trabalho que exige o envolvimento da administração pública, das empresas privadas, das instituições de ensino, das organizações não governamentais do terceiro setor e da população em geral. É essencial proporcionar meios que possibilitem aos gestores públicos e à população uma reflexão sobre as questões hidroambientais, através de ações contínuas e integradas, promovidas XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 8

9 pelos diversos setores da sociedade, tendo a Educação ambiental no tocante às águas pluviais urbanas, um papel fundamental neste contexto. Sugere-se que os programas que visam efetivar o manejo sustentável das águas pluviais, combater a poluição dos rios e recuperar a qualidade do ambiente urbano, devem ter como objetivos revitalizar e preservar os riachos, de modo que, a revitalização de riachos/canais considere a necessidade de resgatar a largura e curvas dos riachos/canais, assim como seu solo natural e que seja acompanhada de um processo educativo. Sugere-se o desenvolvimento de parques lineares ao longo dos riachos urbanos, a sua interligação com outras áreas verdes da cidade através de ciclofaixas ou ciclovias e a conexão destas áreas com o Parque Capibaribe. Para tanto, faz-se necessária a sensibilização da população através do conhecimento das questões técnicas, ecológicas e sociais envolvidas na gestão sustentável das águas urbanas, assim como a mudança de paradigmas dos gestores e técnicos da prefeitura, que devem estar sensibilizados para as questões de manejo sustentável das águas pluviais, objetivando a recuperação da qualidade ambiental dos cursos d água. Na comemoração dos quinhentos anos da cidade, em 2037, espera-se que Recife voltará a se tornar uma Cidade Aquacêntrica. Recife nasceu nas águas e ao longo deste processo de revitalização resgatará completamente sua vocação de convivência com as águas. REFERÊNCIAS Brasil, Ministério das Cidades. Programa de drenagem urbana sustentável. Guia para propostas e apresentações. Brasil, CABRAL, J. J. S. P.; ALENCAR, A. V. (2005). Gestão do território e manejo integrado das águas urbanas. Recife e a convivência com as águas. Cooperação Brasil Itália em saneamento ambiental, ed. Gráfica Brasil. Brasília - DF, pp CABRAL, J. J. S. P.; SILVA, T. C.; NOBREGA, T. M. Q.; MELO, F.; PIRES, N.; GUIMARÃES. A.; MONTENEGRO, S. M. G. L. (2001). "A problemática da drenagem urbana em áreas planas costeiras no nordeste brasileiro" In Anais do V Seminário Nacional de Drenagem Urbana e I Seminário de Drenagem Urbana do MERCOSUL, Porto Alegre, Mês. 2004, 1, pp Cettner, A.; Söderholm, K.; Viklander, M.An Adaptive Stormwater Culture Historical Perspectives on the Status of Stormwater within the Swedish Urban Water System. Journal of Urban Technology, 2012, Vol. 19, No. 1, Communities and Local Government Publications. (2006). Code for Sustainable Homes. A stepchange in sustainable home building practice. Disponível em: XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 9

10 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: Acessado em: 20/03/2011 MMA/FNMA. Ministério do Meio Ambiente/Fundo Nacional do Meio Ambiente. Recuperação e Proteção de Nascentes e Áreas que Margeiam os Corpos D Água. Edital FNMA nº 02/2005. Disponível em: Acesso em 02 jun p. Stahre, P. Blue-Green Fingerprints in the City of Malmö, Sweden. Malmö s Way Towards a Sustainable Urban Drainage (Malmö: VA SYD, 2008). Swedish National Board of Housing, Building and Planning, MangfunktionellaYtor KlimatanpassningavBefintligBebyggdMiljöiStäderochTätorterGenomGrönstruktur (Karlskrona, 2010). TUCCI, C. E. M Plano Diretor de Drenagem Urbana: Princípios e Concepção. RBRH V2 N2 p5-12. XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 10

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