Natureza: incorpora-se ao solo naturalmente. Ex: árvore. Acessão Física: incorpora-se ao solo de forma artificial. Ex.: construções.
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- Vítor Gabriel Gomes Damásio
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1 Bens Jurídicos: são coisas dotadas de valor econômico. Classificação: a. Bem imóvel (art. 79) Bem de Raiz: é o solo e tudo que nele se incorporar, natural ou artificialmente. Subdivide-se em várias espécies ou modalidades: Natureza: incorpora-se ao solo naturalmente. Ex: árvore. Acessão Física: incorpora-se ao solo de forma artificial. Ex.: construções. Determinação Legal (art. 80): é imposta pela lei. Obs.: em razão de a herança ser considerada bem imóvel, na hipótese de cessão de direitos hereditários, o herdeiro casado, exceto no regime de separação absoluta de bens, necessita da vênia conjugal para proceder à referida cessão. Art. 81: aquilo que não perde caráter de imóvel: edificação que é separada do solo. Ex.: casa pré-moldada e material provisoriamente separado de um prédio para logo após ser reempregado. b. Bem Móvel (art do CC): pode ter movimento próprio ou por remoção mediante força alheia, mas, em ambos os casos, sem alteração de sua essência: Por natureza: é tudo aquilo que se locomove por força própria (semoventes) ou alheia. Por antecipação: é aquilo que é incorporado ao solo por vontade alheia, para posteriormente ser retirado. Ex: madeira que se torna móvel na marcenaria. Por determinação legal (art. 83): energias com valor econômico, direitos reais sobre objeto móveis e suas ações correspondentes (art do CC); direitos pessoais de caráter patrimonial e suas respectivas ações fiança, comodato, depósito, contratos em geral. Art. 84: os materiais destinados à construção, enquanto não empregados, são considerados bens móveis, assim como os materiais de demolição. c. Bem Fungível: todo o bem fungível é móvel. Entretanto, nem todo o bem móvel é fungível, por exemplo, o anel de formatura: é móvel, mas não pode ser substituído. Em sentido contrário, o bem infungível é aquele que não pode ser substituído por outro de mesma, espécie, qualidade e quantidade. Em relação ao bem imóvel, não se pode dizer que todos são infungíveis. Nesse aspecto, é importante analisar o contrato de empréstimo, onde existem dois tipos de contratos, que se diferenciam em razão do bem ser fungível ou infungível, ou seja, o contrato de mútuo é empréstimo de bem fungível e o comodato é o empréstimo de bem infungível. d. Bem Consumível (art. 86): são os bens móveis, cujo uso importa a destruição imediata da substância da própria coisa, destinados à alienação. Apresenta consuntibibilidade, que pode ser: I. Física: está relacionada com a destruição imediata no 1º uso. Ex.: palito de fósforo. II. Jurídica: está atrelada à possibilidade de alienação. Assim, a lei também determina o que é inalienável, por exemplo, bem público de uso comum do povo. Ainda, apresenta-se a inalienabilidade humana, ou seja, quando a pessoa convenciona, por exemplo, bem gravado com cláusula de inalienabilidade.
2 e. Bem Divisível (art. 87): é aquele que pode ser fracionado sem alteração da sua substância, diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destina. f. Bem Indivisível: é aquele que não pode ser fracionado. Por exemplo, uma gleba de terras. Pode ter três origens: Natural: em razão da natureza do bem. Ex.: cavalo. Legal: decorre da hipótese de lei estabelecendo. Ex.: art a herança é indivisível até a partilha. Convencional (art. 88): bens divisíveis podem se tornar bens indivisíveis por vontade das partes. Ex.: art. 1320, 1º e 2º (indivisibilidade por determinado tempo). g. Bens Singulares: são aqueles que, embora reunidos, consideram-se independentes dos demais. Ex.: livro. h. Bens Coletivos: indicam os bens que só possuem valor, quando reunidos. Podem ser: Universalidade de fato (art. 90): é a pluralidade de bens singulares, pertencentes a uma só pessoa, com destinação unitária. Ex.: biblioteca. Universalidade de direito (art. 91): é o complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor econômico. Ex.: herança. i. Bens Corpóreos (Tangíveis): são aqueles dotados de existência física. Ex.: mesa, cadeira. Podem ser objeto de compra e venda. J. Bens Incorpóreos (Intangíveis): são aqueles que não possuem existência física. Ex.: marcas, patentes. Não pode ser objeto de compra e venda. Pode por meio de cessão de direitos. K. Bens Principais (art. 92): existe por si só, independendo da existência de outro bem. L. Bens Acessórios: são aqueles cuja existência pressupõe a existência de um bem principal. Espécies: Frutos (art. 95): é um acréscimo renovável. Mesmo não separados do bem principal, podem ser objeto de negócio jurídico. São os seguintes: I. Natural: é aquele que decorre da natureza; II. Industrial: é aquele criado pelo homem. Ex.: artesanato. III. Civil: é aquele que remunera a cessão de um bem para terceiro. Ex.: juros. IV. Pendentes: são aqueles que ainda não foram colhidos; V. Percebidos: são aqueles que já foram colhidos; VI. Estantes: são aqueles que já estão armazenados; VII. Percipiendos: são aqueles que deveriam ter sido colhidos, mas não foram; VIII. Consumidos: são aqueles que já foram colhidos e utilizados.
3 Produtos: são aqueles não renováveis. Podem ser objeto de negócio jurídico (art. 95). Benfeitorias (art. 96): possuem uma subdivisão: I. Necessárias: está atrelada à conservação do bem. II. Úteis: facilita o uso. Ex.: rampa construída no lugar de uma escada. III. Voluptuárias: ligada a lazer, recreação, mero deleite. Art. 97: para ser benfeitoria, necessariamente, deve haver a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. Pertenças (art. 93): são bens acessórios que não seguem o principal, em regra, não constituindo parte integrante. Ex.: ar condicionado Split. Art. (art. 94): diferencia pertença de bem acessório: negócio jurídico que diz respeito ao bem principal não abrange as pertenças. Salvo, quando resultar da lei, manifestação da vontade ou do caso concreto. Pertença essencial: não pode ser separada do bem principal (exceção). Pertença não essencial: pode ser separada do bem principal (regra). M. Bem Particular (art. 98): Em caráter residual, é tudo o que não for bem público. N. Bem público: de domínio nacional pertencente à pessoa jurídica de direito público interno, sendo imprescritíveis, ou seja, não estão sujeitos à usucapião (art. 102): Uso comum do povo: pode ser usado indiscriminadamente. Ex.: rua, praça, mar; é inalienável - art Uso especial: estão afetados, têm destinação específica. Ex.: prédios públicos; é inalienável - - art Dominical (Dominial): não tem destinação específica. É alienável (art. 101). Vide Enunciado n. 287 do CJF: o critério de classificação do art. 99 do CC não é taxativo, pois continua considerado um bem público aquele que pertence a pessoa jurídica de direito privado, mas que está afetado à prestação de serviço público. Ex: Rodovias em concessão. Assim como o bem ambiental (art. 225 da CF/88 e lei 6938/81 - Política Nacional do Meio Ambiente). O. Bem de Família: é aquele protegido de execução por dívidas, com o objetivo de proteger o direito à moradia da família. É definido como um patrimônio mínimo. O STJ garante o bem de família aos solteiros, divorciados e viúvos sem filhos (bem de proteção da dignidade da pessoa humana): Bem de Família Legal (lei 8.009\90): protege automaticamente de execução por dívidas o único imóvel destinado à moradia da família. É um bem alienável. Existem exceções no art. 3º na presente lei: I. Débito de natureza tributária, por exemplo, IPTU; II. Débito trabalhista relacionado ao bem de família; III. Hipoteca do bem de família; IV. Financiamento imobiliário do bem de família; V. Fiança locatícia.
4 Bem de Família Convencional: no caso das pessoas que têm vários bens, estas podem escolher voluntariamente pelo proprietário, conforme o art e seguintes do CC. Para tanto, o dono deve escolher mediante escritura pública, que deve ser registrada na matrícula do imóvel. Ainda, deve estar pautada em um limite de segurança imposta pelo legislador, qual seja o imóvel não pode ter valor maior que 1\3 do patrimônio. As exceções do artigo supracitado valem também para essa modalidade de bem de família. Consoante o art do CC, a sua alienação depende de sua desconstituição como bem de família convencional, mediante uma ação judicial, contendo a autorização de todos os integrantes da família, dependendo da intervenção do MP. A Jurisprudência vem se posicionando no sentido de considerar a renda do imóvel (exemplo: aluguel) do bem de família como impenhorável. Fato Jurídico: O fato é um determinado acontecimento. Para esse fato ser jurídico deve produzir consequência jurídica. Não há manifestação de vontade. Classificação do fato: a. Fato Natural: é o acontecimento que gera consequência jurídica e produzido pela natureza: I. Fato Natural Ordinário: é o acontecimento produzido pela natureza de forma esperada. Ex.: morte. II. Fato Natural Extraordinário: é o acontecimento produzido pela natureza de forma inesperada. Ex.: choque da Terra com a Lua. Tem grande importância no estudo da responsabilidade civil, quando se fala em caso fortuito e força maior. b. Ato Humano: é o acontecimento que gera consequência jurídica, porém, produzido pelo homem. Decorre da vontade humana: I. Ato ilícito (art. 186, CC); II. Ato lícito: Subdivide-se: Ato jurídico: Ato material: as consequências são estabelecidas pela lei. Ex.: domicílio; Ato de participação: é de mera informação. Ex.: notificações, interpelações. Negócio Jurídico: é um ato humano lícito, cujas consequências são estabelecidas pelas partes. Ex.: contrato. c. Ato-Fato Jurídico (Pontes de Miranda): é praticado pelo homem, sem vontade humana. Ex.: descoberta ou achado de tesouro (art do CC).
5 Teoria Geral do Negócio Jurídico: 1. Conceito: já referido; 2. Classificação do negócio Jurídico: em relação à manifestação de vontade. Unilateral: uma pessoa manifestando vontade. Ex.: testamento, renúncia e os atos previstos nos artigos 854 e seguintes do CC; Bilateral: 2 pessoas manifestando vontade; Plurilateral: mais de duas pessoas manifestando vontade. Negócio jurídico consigo mesmo (art. 117 do CC - regra de representação do negócio jurídico): em regra, é anulável, com prazo de 2 anos (prazo geral do art. 179 do CC). Salvo, se a lei ou o representado permitir, chamada essa hipótese de cláusula in rem suam - originando o "mandato em causa própria" (art. 685 do CC: é irrevogável e não se extingue com a morte).
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