Anais do II Seminário de Atualização Florestal e XI Semana de Estudos Florestais
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- Ivan Azambuja Silveira
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1 Anis do II Seminário de Atulizção Florestl e XI Semn de Estudos Florestis TERMOTERAPIA VIA CALOR ÚMIDO PARA TRATAMENTO DE SEMENTES DE Lonhorpus muehlerginus Hssl. - Fee Mríli Lzrotto*, Rirdo Mezzomo, Cir Gonztto Miel, Mriéli Pitorini Bovolini, Mrlove Fátim Brião Muniz *Deprtmento de Defes Fitossnitári, Centro de Ciênis Ruris Universidde Federl de Snt Mri, Avenid Rorim, CEP, Snt Mri/RS, lillzrotto@yhoo.om.r RESUMO O ojetivo do presente estudo foi verifir o efeito d termoterpi, plid vi lor úmido, sore germinção e inidêni de fungos em sementes de Lonhorpus muehlerginus (ro-de-ugio). Pr tnto, form utilizds sementes proedentes do estdo do Prná, oletds em 6, s quis form exposts o lor úmido (águ quente C), sendo os trtmentos ompostos pelos diferentes tempos de imersão, omo segue: T Controle (sem exposição), T 1 minutos, T 2 minutos, T 3 minutos e T 4 minutos. Após, foi relizdo teste de germinção, om vlição de plântuls normis, normis, sementes durs e morts, e teste de snidde em ppel-filtro. As perentgens de plântuls normis e sementes morts, em gerl, umentrm om o tempo de exposição o trtmento. Com relção à snidde, os trtmentos T 3 e T 4, eliminrm lguns fungos e reduzirm inidêni de outros, porém o T 1 foi o trtmento que reduziu inidêni de lguns ptógenos, sem prejudir germinção d espéie. Dest form, reomend-se imersão ds sementes de L. muehlerginus em tempertur queid ( C) por té minutos, pr redução d inidêni de fungos e pr filitr germinção de sus sementes. Introdução A espéie Lonhorpus muehlerginus, onheid populrmente por ro-de-ugio, pertene à fmíli ds leguminoss Fee, que oorre nos estdos de Mins Geris, Mto Grosso do Sul, Prná, Snt Ctrin e Rio Grnde do Sul. Est espéie róre possui grnde importâni mientl por ser pioneir e rústi, reomendd pr reuperção de áres degrdds, e possui potenil pr uso pisgístio, pois su florção é um dos pontos fortes d espéie (LORENZI, 1992). Porém, prtimente inexistem trlhos sore espéie, espeilmente reliondos às sus sementes. Pr evitr disseminção de doençs, é impresindível que se utilize sementes, ou outro mteril propgtivo, sdio. Pr isto, podem-se empregr lguns trtmentos pr redução de miro-orgnismos ssoidos às mesms, tis omo trtmento químio, iológio, físio ou utilizção de extrtos vegetis om proprieddes ntifúngis (LAZAROTTO, ). Informções respeito de trtmentos de sementes florestis, espeilmente s ntivs, são esssos. O uso de trtmentos lterntivos, tis omo termoterpi, pode ser um lterntiv viável pr o trtmento de sementes. Pr Ghini e Bettiol (1995), o prinípio ásio dest téni é eliminr o ptógeno om determinds relções tempo-tempertur que não prejudiquem signifitivmente o mteril vegetl. A termoterpi pode ser plid vi lor úmido (águ quente ou vpor) ou lor seo. Este último present menor pidde térmi ou tro de lor que vi úmid, requerendo, portnto, mior tempo de exposição (SILVA et l., 2). Dinte do exposto, o ojetivo do presente estudo foi verifir o efeito d termoterpi, plid vi lor úmido, sore germinção e inidêni de fungos em sementes de
2 Anis do II Seminário de Atulizção Florestl e XI Semn de Estudos Florestis Lonhorpus muehlerginus (ro-de-ugio). Mteril e Métodos Origem e dt de olet ds sementes As sementes de ro-de-ugio form forneids pelo Lortório de Sementes d Emrp Florests Colomo/PR. Ests erm proedentes de diversos muniípios do estdo do Prná e form oletds no no de 6. As sementes estvm rmzends em âmr fri (6-8 C) so ix umidde reltiv. Trtmentos As sementes form sumetids o lor úmido d seguinte form: olov-se ert quntidde de sementes dentro de pedços de gses que erm fehdos om rnte de lgodão (potes), os quis, posteriormente, erm olodos em nho-mri (águ-quente) so tempertur onstnte de C. Os trtmentos form ompostos de diferentes períodos, em minutos, nos quis s sementes fim imerss n águ quente, sendo: T Controle (sem exposição o lor úmido), T 1 minutos, T 2 minutos, T 3 minutos e T 4 minutos. Avlições Após imersão ds sementes em águ quente, omo foi desrito nteriormente, form relizdos testes de germinção e teste de snidde em ppel-filtro. O teste de germinção foi relizdo om sementes pr d trtmento, dividids em qutro repetições de 25 sementes, s quis form olods em ixs plástis (Gerox ), previmente desinfestds om hipolorito de sódio 1%, e forrds om dus folhs de ppel-filtro umedeids om águ estéril. Ests form inuds 25 C e fotoperíodo de 12 hors de luz rn/12 hors de esuro. As vlições oorrerm os dis, om ontgem de plântuls normis (germinção), plântuls normis, sementes durs e sementes morts, onforme desrições de Brsil (9). Os resultdos form expressos em perentgem. Pr o teste de snidde, tmém form utilizds sementes pr d trtmento, dividids em qutro repetições de 25 sementes, s quis form olods em ixs plástis (Gerox ), previmente desinfestds om hipolorito de sódio 1%, e forrds om dus folhs de ppel-filtro umedeids om águ estéril. A inução oorreu em miente de lortório, sem ontrole de tempertur e fotoperíodo. Aos sete dis d instlção do teste, relizou-se identifição dos fungos ssoidos às sementes om uxílio de desrições morfológis de Brnett e Hunter (1972). Os resultdos form expressos em inidêni de fungos (%). Análise esttísti O delinemento experimentl utilizdo foi ompletmente sulizdo, om qutro
3 Anis do II Seminário de Atulizção Florestl e XI Semn de Estudos Florestis Resultdos e Disussão N Figur 1, pode-se oservr o resultdo do teste de germinção, representdo pel perentgem de plântuls normis, pr os trtmentos om lor úmido em sementes de ro-deugio. Pr est vriável, o modelo qudrátio foi o que melhor se justou os resultdos, sendo o ponto de máxim germinção (%) oservdo em T 1 minutos. A prtir deste ponto, tendêni pr germinção d espéie é diminuir om o tempo de exposição o lor úmido C, sendo oservd pens % de plântuls normis om minutos de exposição (T 4 ). Germinção (%) Germinção: y = -,237x 2 +,3196x + 42,1243 R 2 =,96 Figur 1 Equção representtiv d modifição oorrid n germinção de sementes de Lonhorpus muehlerginus pós trtmento om termoterpi vi lor úmido. Snt Mri, RS,. Pr s vriáveis plântuls normis e sementes morts, os modelos que melhor se justrm os resultdos form o liner e o qudrátio, respetivmente (Figur 2). Porém, oserv-se mesm tendêni de umento de plântuls normis e sementes morts om progressão do tempo de exposição ds sementes o lor úmido, demonstrndo que períodos prolongdos prejudim o vigor ds sementes d espéie. Pr s sementes durs, não houve modelo signifitivo que se justsse os resultdos, por isso est vriável não está representd n Figur 2. Sementes Morts: y =,14 2 -,2827x + 34, 826 R 2 =,93 SM e PA (%) Plântuls Anormis: y =,4361x + 17,6354 R 2 =,92 Sementes Morts Plântuls Anormis Figur 2 Equções representtivs ds modifições oorrids ns vriáveis plântuls normis e sementes morts do teste de germinção de sementes de Lonhorpus muehlerginus, pós trtmento om termoterpi vi lor úmido. Snt Mri, RS,.
4 Anis do II Seminário de Atulizção Florestl e XI Semn de Estudos Florestis Lzrotto et l. (9) verifiou efeito enéfio do lor úmido, plido C por minutos, em sementes de Cedrel fissilis, pois este tornou germinção d espéie superior o trtmento testemunh; o ontrário foi verifido por Durigon et l. (9), que oservrm que o lor úmido, plido n tempertur de C, pr o trtmento de sementes de evd (Hordeum vulgre) prejudiou germinção d espéie, reduzindo seu potenil om o tempo de exposição e umentndo perentgem de sementes morts. Os fungos Aspergillus flvus, A. niger, e Rhizopus sp. oorrerm em todos os trtmentos; Peniillium sp. foi elimindo pel imersão em águ quente por minutos (T 4 ) e Trihoderm sp., pel imersão por e minutos (T 3 e T 4 ), omo pode ser oservdo n Figur 3. Oserv-se que os trtmentos om e minutos de exposição o lor úmido reduzirm inidêni de vários ptógenos om relção o trtmento ontrole, exeto de A. flvus, lém de umentr perentgem de sementes isents de fungos, porém, estes mesmos trtmentos provorm diminuição do vigor ds sementes, osiondo ix germinção, omo foi visto n Figur 2. Já o trtmento om minutos de exposição o lor úmido (T 1 ), reduziu inidêni de vários miro-orgnismos ptogênios, lém de oter os melhores resultdos no teste de germinção (Figur 1 e 2), indindo que este trtmento reduz inidêni de fungos sem prejudir o vigor ds sementes. Inidêni (%) 7 * * Signifitivo 5% (Teste de Tukey entre trtmentos) Aspergillus flvus Aspergillus niger Peniillium sp. Rhizopus sp. Trihoderm sp. Isents de fungos Figur 3 Inidêni (%) de fungos em sementes de Lonhorpus muehlerginus, pós trtmento om termoterpi vi lor úmido. Snt Mri, RS,. Alguns trlhos onfirmm o efeito enéfio do trtmento de sementes om lor úmido, tis omo os de: Lzrotto et l. (9), no qul verifirm que imersão ds sementes de Cedrel fissilis em águ à C por minutos é efiiente pr errdição de fungos omo Asohyt spp., Colletotrihum spp., Pestloti spp., Rhizotoni spp. e Trihoderm spp., porém umentou inidêni de Aspergillus niger, o que pode ter sido osiondo pel lt umidde. Coutinho et l. (7) utilizrm imersão em águ à C, por 5,, e minutos em sementes de milho (Ze mys) e verifirm que todos os trtmentos eliminrm Aremonium stritum ds sementes e o trtmento térmio por e minutos reduziu inidêni de Fusrium vertiillioides, porém, o trtmento por minutos lterou viilidde ds sementes.
5 Conlusão Anis do II Seminário de Atulizção Florestl e XI Semn de Estudos Florestis Reomend-se imersão ds sementes de L. muehlerginus em tempertur queid C por té minutos, pr redução d inidêni de fungos ssoidos às sus sementes, em omo pr promover germinção d espéie. Referênis BARNETT, H.L.; HUNTER, B.B. Illustred gener of imperfet fungi. 3 nd ed. Minnesot: Burgess Pulishing Compny, BRASIL. Ministério d Agriultur, Peuári e Asteimento. Regrs pr Análise de Sementes. Brsíli: MAPA/ACS p. COUTINHO, W.M.; ARAÚJO, E.; MAGALHÃES, F.H.L. Efeitos de extrtos de plnts nrdiáes e dos fungiids químios enomyl e ptn sore miroflor e qulidde fisiológi de sementes de feijoeiro (Phseolus vulgris L.). Ciêni e Agrotenologi, Lvrs, v. 23, n. 3, p , DURIGON, M.R.; GIRARDI, L.B.; WEBER, M.D.N.; MEZZOMO, R.; LAZAROTTO, M.; BLUME, E.; MUNIZ, M.F.B. Trtmento de sementes de evd om lor úmido. Revist Brsileir de Agroeologi, Porto Alegre, v. 4, n. 2, p , 9. GHINI, R.; BETTIOL, W. Controle físio. In: BERGAMIN FILHO, A.; KIMATI, H.; AMORIN, L. (Eds.). Mnul de fitoptologi: prinípios e oneitos. 3. ed. São Pulo: Agronômi Ceres, v p LAZAROTTO, M.; GIRARDI, L.B.; MEZZOMO, R.; PIVETA, G.; MUNIZ, M.F.B.; BLUME, E. Trtmentos lterntivos pr o ontrole de ptógenos em sementes de edro (Cedrel fissilis). Revist Brsileir de Agroeologi, Porto Alegre, v. 4, n. 2, p , 9. Exemplos: LAZAROTTO, M. Qulidde fisiológi e snitári de sementes de edro e ptogeniidde de Rhizotoni spp., 9p. Dissertção (Mestrdo em Engenhri Florestl) Universidde Federl de Snt Mri, Snt Mri, RS. LORENZI, H. Árvores rsileirs: Mnul de identifição e ultivo de plnts róres no Brsil. 4. ed., v.1. Nov Odess, SP: Instituto Plntrum, 2. SILVA, A.M.S. ; CARMO, M.G.F.; OLIVARES, F.L.; PEREIRA, A.J. Termoterpi vi lor seo no trtmento de sementes de tomte: efiiêni n errdição de Xnthomons mpestris pv. vesitori e efeitos sore semente. Fitoptologi Brsileir, Brsíli, v. 27, n. 6, p , 2. ZONTA, E. P.; MACHADO, A. A. Sistem de nálise esttísti pr miroomputdores - SANEST. Pelots: UFPel, Instituto de Físi e Mtemáti, p.
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