COLÉGIO METODISTA IZABELA HENDRIX PROFESSOR (A): Celso Luís Welter DISCIPLINA: Filosofia SÉRIE: Segundo EM TIPO DE ATIVIDADE: Trabalho de recuperação
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- Gabriel Henrique Fortunato Faria
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1 COLÉGIO METODISTA IZABELA HENDRIX PROFESSOR (A): Celso Luís Welter DISCIPLINA: Filosofia SÉRIE: Segundo EM TIPO DE ATIVIDADE: Trabalho de recuperação VALOR: 6 pontos NOTA: NOME: DATA: Questão 1 Caracterize e explicite a passagem do pensamento mitológico para o modo filosófico de pensar. Questão 2 Para o estoico, é preciso estar em consonância com a natureza para atingir a sabedoria. Assim, faz-se necessário entender que o único bem que existe é a retidão da vontade e o único mal, o vício. O que não é nem virtude nem vício é indiferente. Assim, a doença, a morte, a pobreza, a escravidão, por exemplo, não são males, são indiferentes porque o sábio é, por definição, feliz, mesmo no sofrimento. O mau é sempre infeliz, uma vez que aflige a si próprio, pelo seu vício. A experiência estoica consiste na tomada de consciência da situação trágica do homem condicionado pelo destino. Assim, não estamos absolutamente entregues e sem defesa aos acidentes da vida, aos revezes da fortuna, nem à doença e à morte, mas temos, e nada nos pode tirar isso, a vontade de fazer o bem, a vontade de agir de acordo com a razão. (João Francisco P. Cabral) Epicurismo é um sistema filosófico, que prega a procura dos prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação dos desejos. Já quando os desejos são exacerbados podem ser fonte de perturbações constantes, dificultando o encontro da felicidade que é manter a saúde do corpo e a serenidade do espírito. (CLW)
2 Caracterize e mostre as semelhanças e diferenças entre as correntes filosóficas estóica e epicurista que se estabeleceram após a crise política e cultural do mundo grego. Questão 3 O pior é que as pessoas esperavam que Sócrates respondesse por elas ou para elas, que soubesse as respostas às perguntas, como os sofistas pareciam saber, mas Sócrates, para desconcerto geral, dizia: eu também não sei, por isso estou perguntando. (Marilena Chauí, Convite à filosofia, São Paulo. Ática, p. 41) A partir do texto acima, escolha a alternativa que melhor exprime o método de filosofia socrática. a) Assim como os sofistas, Sócrates se apresenta como o detentor do conhecimento, capaz de levar seus adversários à posse da verdade. b) O objetivo da investigação filosófica é o exame da natureza e da cosmologia, pelo qual são delimitados os critérios racionais que permitem o abandono dos falsos valores e que conduzem ao aperfeiçoamento da alma pela ciência. A investigação socrática não se ocupa das questões éticas e políticas. c) O método socrático se divide em duas partes: a primeira destrutiva, conhecida como ironia e a segunda construtiva, conhecida como Maiêutica. A primeira elimina falsos saberes e a segunda trata-se de um convite para a busca do conhecimento. d) O aperfeiçoamento da alma só ocorre pelo abandono das preocupações éticas e pela investigação racional do discurso lógico. A posse de bens materiais é um valor inquestionável. Questão 4 Enquanto tiver ânimo e puder fazê-lo, jamais deixarei de filosofar, de vos advertir, de ensinar em toda ocasião àquele de vós que eu encontrar, dizendo-lhe o que costumo: Meu caro, tu, um ateniense, da cidade mais importante e mais reputada por sua sabedoria, não te envergonhas de cuidares de adquirir o máximo de riquezas, fama e honrarias, e de não te importares nem pensares na razão, na verdade e em melhorar tua alma? (PLATÃO. Apologia de Sócrates, pg. 29). A partir do trecho acima de Platão, é correto afirmar que para Sócrates:
3 I o verdadeiro conhecimento é aquele que vem de dentro. Daí o famoso: Conhece-te a ti mesmo. II - o filosofar é uma atividade que impõe a verdade, visto que Sócrates é aquele que detém o conhecimento. III a posse de bens materiais é para ele um valor inquestionável. IV racionalidade, verdade e melhora da alma são valores defendidos pelo filósofo. Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas. a) II e III. b) I e IV. c) III e IV d) I e III Questão 5 Sócrates é tradicionalmente considerado como um marco divisório da filosofia grega. Os filósofos que o antecederam são chamados pré-socráticos e os que vieram a partir dele são chamados de pós-socráticos. Seu método, que parte do pressuposto "só sei que nada sei". Sobre esta frase, é correto afirmar: a) Sócrates admite não saber de nada e isto torna seus adversários mais fortes do que ele nas discussões. b) Ao constatar que era incapaz de vencer seus adversários, Sócrates disse tal frase. c) Esta frase faz parte de um método, cujo objetivo é desconstruir falsos saberes de seus adversários. d) Esta frase foi dita por Platão, discípulo de Sócrates, e usada por ele toda vez que não conseguia dar uma resposta convincente para um adversário. Questão 6 Foi na Grécia de Homero que surgiu uma maneira até então desconhecida de fazer política: o rei deixou de ser onipotente e seu poder foi lentamente partilhado e disputado entre os cidadãos. Era o início de um fenômeno que se consolidaria a partir do século 6º a.c., na Atenas de Sólon e Clístenes, e que se tornaria um dos fundamentos da civilização ocidental: a democracia. (Entrevista com Jean Pierre Vernant. Folha de S. Paulo, 31 out Caderno Mais!, p. 4.) Com base no trecho da entrevista e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa correta. a) A afirmação de que o poder foi lentamente partilhado e disputado entre os cidadãos considera que na democracia grega todos os habitantes podiam eleger e ser eleitos para cargos políticos. b) A democracia grega foi um fenômeno isolado e, por isso, não teve influência significativa nos rumos da política na civilização ocidental. c) A maneira até então desconhecida de fazer política, a que o texto se refere, é a democracia grega, que permitiu aos cidadãos participarem das questões relativas à coletividade. d) Na democracia grega, que se consolidou a partir do século 6º a.c., o rei detinha o poder absoluto, decidindo sobre todas as questões públicas.
4 Questão 7 Parmênides de Eléia, filósofo pré-socrático, sustentava que: I o ser é II o não-ser não é III o ser e o não-ser existem ao mesmo tempo IV- o ser é pensável e o não-ser é impensável Assinale a) se apenas I, III e IV estiverem corretas b) se apenas I, II e III estiverem corretas c) se apenas II, III e IV estiverem corretas d) se apenas I, II e IV estiverem corretas Questão 8 Sobre o pensamento de Heráclito de Éfeso, marque a alternativa INCORRETA. a) Segundo Heráclito, a realidade do Ser é a imobilidade, uma vez que a luta entre os opostos neutraliza qualquer possibilidade de movimento. b) Heráclito concebe o mundo como um eterno devir, isto é, em estado de perene movimento. Nesse sentido, a imobilidade apresenta-se como uma ilusão. c) Para Heráclito, a guerra (pólemos) é o princípio regulador da harmonia do mundo. d) Segundo Heráclito, o um é múltiplo e o múltiplo é um. Questão 9 Só resta o mito de uma via, a do ser: e sobre esta existem indícios de que sendo não gerado é também imperecível, pois é todo inteiro, inabalável e sem fim, nem jamais era nem será, pois é agora todo junto, uno, contínuo (Parmênides) A partir deste trecho do poema de Parmênides, é possível afirmar que a) a continuidade, a geração e o imobilismo estão presentes na via do ser. b) o ser, por não poder não ser, não é gerado nem deixa de ser, não tendo princípio nem fim. c) a via do ser é aquela percebida pelos nossos sentidos. d) o ser, para o autor, de certo modo não é, pois nunca foi no passado nem será no futuro Questão 10 Um dos princípios para o despertar do pensamento filosófico, para Platão, é a admiração, ou seja, espantar-se com o óbvio, para não o aceitar em sua dada "naturalidade". Platão, assim, institui a condição virtuosa, no qual o filósofo pode problematizar e refletir sobre as verdades dadas. Segundo a influência socrática no pensamento de Platão, é correto considerar que "admirar-se como chamamento à reflexão"é:
5 a) Objetificar a radicalidade da admiração como um corpo de conhecimentos já construídos e dados pela experiência humana de pensar sobre si mesma. b) Considerar o próprio pensamento como fonte inesgotável de especulação e colocar-se fora da realidade, como um outro de si mesmo. c) Mergulhar na individualidade do pensamento e edificar a admiração como o princípio da distinção entre a realidade e a reflexão. d) Separar a postura reflexiva daquilo que é o conhecimento natural das coisas e colocar em questão a realidade do mundo. e) Retomar o próprio pensamento, pensar o já pensado e voltar para si mesmo e colocar-se em questão do que já se conhece, Questão 11 Nos primeiros séculos do Cristianismo, antes dos editos imperiais que a tornaram religião aceita e, posteriormente, religião oficial do Império Romano, uma das preocupações dos teólogos era o respaldo intelectual que a doutrina revelada por Jesus Cristo carecia frente à filosofia grega. Justino busca encontrar pontos comuns aos cristãos e aos gregos. A defesa do Cristianismo se desenvolve, em Justino, sob duas linhas complementares: de uma parte, ele ressalta os pontos em comum, que fazem da filosofia e do Cristianismo dois aliados na luta da razão contra o politeísmo tradicional; de outra parte, ele tenta mostrar que a doutrina cristã é superior a todas as outras. O conceito dessa "comunhão" fundamental é o LOGOS. Compreende-se, a partir da assertiva acima, que: a) Os cristãos se aproximam da especulação dos filósofos clássicos por que mergulham no campo da narrativa e da poética. b) Os filósofos gregos não alcançaram a verdade do Logos, enquanto os filósofos cristãos a encarnaram pela fé. c) A verdade humana não é alcançada pela razão. A fé é a condição necessária para a razão e para a prática da justiça. d) Sócrates e os cristãos travam a mesma batalha em defesa da justiça e da verdade, considerando-as verdades sublimes, e) Os filósofos gregos compreenderam a verdade da razão pela concepção de um Logos que se encarnaria no próprio ser humano. Questão 12 Uma das questões filosóficas da Escolástica é o argumento racional sobre a existência de Deus. Um ponto se tornou central nesse aspecto: o homem sensato é o que reconhece Deus e sua magnitude. O insensato, ao contrário, diz a si mesmo: Deus não existe. Santo Anselmo explicita essa afirmação, a partir de seu argumento ontológico: Deus é algo tal, que nada maior pode ser pensado. Esse algo é tão verdadeiro para Anselmo, que não é possível pensar no seu não ser. O objeto do pensamento ontológico de Anselmo:
6 a) é a relação entre a fé e a razão explicadas a partir da prova ontológica que os Apologetas Cristãos haviam legado ao ocidente. b) é o ser e sua verdade em contra partida à ideia de não ser que pairava no pensamento cristão. O cristianismo refutava a sabedoria filosófica grega por meio do argumento da fé e da revelação. c) não é o ser, nem a ideia do ser, é a grandeza ou o máximo da perfeição. É a relação entre o pensamento e a perfeição concebida em termos de máximo concebível pela razão, d) é a fundamentação a partir da consciência de movimento e transitoriedade que a explicação de Aristóteles, por meio da metáfora do Motor Imóvel, demonstrou. e) tratava de propor o argumento da existência de Deus, sem que pudesse haver um intermediário entre o próprio Deus e o mundo que o anuncia. Questão 13 A grande figura da escola vitoriana, no século XII, é Hugo de São Vitor. Um ponto importante da obra desse pensador cristão é a questão da justiça. A justiça de que Hugo fala é a justiça divina com suas categorias próprias. Destacam-se, delas, a justificação e a salvação, a que Lutero chamará a atenção alguns séculos depois. A justiça, assim, não é interpretada no sentido grego, mas a partir do pensamento cristão e fundamentou a reflexão moral dos séculos seguintes, até a retomada desse problema por Kant. Com base nesse pressuposto, como entender que Deus é justo ao punir os maus? Como compreender que Deus permaneça justo ao perdoar-lhes? A resposta a esse questionamento está indicada na alternativa: a) Deus é justo ao agir, ele é justo por si mesmo, pois seus atos são conforme sua essência; em contrapartida, o pecador é justo por outro, não por sua natureza, mas pela graça de Deus é que ele é justificado, b) Deus age por si, enquanto o ser humano age pelo outro, mediante o conhecimento que tem da sua ação. Desse modo, Deus permanece justo porque perdoa a ação injusta do ser humano, sem que isso interfira em sua natureza eterna de Justiça. c) Os atos de Deus correspondem à sua essência divina. O ser humano, ao contrário, é sempre contrário à sua própria natureza. Ele precisa da graça para ser moral. A Graça de Deus é o que faz com que o ser humano encontre o verdadeiro sentido da justiça e rompa a ligação com sua natureza. d) Deus permanece justo porque ele não pode contradizer a si mesmo. Se Deus perdoa os justos, ele o faz porque sua essência é a justiça. O ser humano é injusto, portanto, sua natureza é contrária à graça que recebe, assim, o perdão de Deus é o sentido moral que o ser humano não consegue compreender. e) O mérito da justiça está no reconhecimento da punição que é destinada ao infrator. O perdão que Deus concede é para mostrar ao ser humano o castigo que lhe sobreviria e, pela graça, foi revogado. Assim, Deus permanece justo porque não se envolve com a injustiça humana, mas a perdoa pela graça. Questão 14 Apesar de sua diversidade e suas diferenças teóricas, todas as escolas do helenismo colocam a ética como a parte mais importante da filosofia. Analise as afirmativas sobre as concepções éticas dessas escolas: I. para os epicuristas o prazer é o bem ético, por isso defendiam o hedonismo radical. II. o cético pirrônico deseja chegar a e permanecer na tranquilidade decidindo-se por alguma doutrina específica.
7 III. segundo Epicuro, para alcançar o bem ético o filósofo deve atuar sempre que possível na política. IV. os estóicos preconizavam que a virtude para chegar ao bem ético deveria basear-se nas inclinações e desejos. V. os céticos praticavam a suspensão do juízo (epochê) como meio de se chegar à tranquilidade da alma. VI. os cínicos eram críticos dos costumes estabelecidos porque acreditavam que as cidades existentes afastavam os seres humanos da felicidade, que para eles consistia no retorno à natureza. VII. segundo os estóicos, o filósofo só encontrará a felicidade ética se admitir que tudo que ocorre no mundo é justo, porquanto se realiza segundo as leis de uma divindade racional. Assinale a alternativa CORRETA. a) Somente as afirmativas I, II, V e VII são corretas. b) Somente as afirmativas II, III, V e VI são corretas. c) Somente as afirmativas V, VI e VII são corretas, d) Somente as afirmativas II, V, VI e VII são corretas. e) Somente as afirmativas I, VI e VII são corretas.
Mostre as causas e as conseqüências da passagem da filosofia da Physis para a filosofia antropológica.
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