AVALIAÇÃO POLÍTICA DO PROJOVEM URBANO EM NATAL/RN: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

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1 AVALIAÇÃO POLÍTICA DO PROJOVEM URBANO EM NATAL/RN: DESAFIOS E PERSPECTIVAS Mestrando: Marcos Torres Carneiro Orientador: Prof. Dr. Márcio Adriano Azevedo Natal Maio de

2 PROJETO 1) Objeto:ProJovemUrbano; 2) Campo Empiríco: Secretaria Municipal de Educação ComitêGestor; 3) Objetivo: Avaliação política da implementação do ProJovem Urbano no município de Natal, compreendendo o períodoentre2008e

3 PROJETO 4) QuestõesdaPesquisa: Que concepções de educação, trabalho, jovem, adulto e trabalhador permearam a implementação do ProJovem Urbano? As orientações e diretrizes socioeconômicas, políticas e ideológicas que induzem as políticas públicas de educação profissional Brasil possibilitaram que os princípios e pressupostos políticos-filosóficos do ProJovem Urbano fossem implementados conforme o desenho original? Em que medida a execução do ProJovem Urbano em Natal/RN atendeu ao conteúdo proposto pelo projeto pedagógico integrado do Programa? 3

4 SUMÁRIO 1º CAPÍTULO CAPÍTULO I AVALIAÇÃO POLÍTICA COMO PESQUISA CIENTÍFICA: DELINEANDO A ANÁLISE SOBRE O PROJOVEM URBANO EM NATAL/RN 1.1 Avaliação de Políticas Públicas: Conceitos, Concepções e Definições O conceito Concepções Tipos Definições A Pesquisa avaliativa de Políticas públicas no Brasil 1.2 Avaliação Política Definindo a Avaliação Política 1.3 Para compreender a avaliação Política do ProJovem em Natal/RN 1.4 Campo empírico, sujeitos e fontes documentais

5 MAdA1 "É na medida em que avaliados e avaliadores dialoguem, instituições e sistemas se sintonizem e inteligências múltiplas se complementem que a avaliação irá emergindo com suas características mais notáveis de propulsora das necessárias transformações educacionais e sociais e de advogada dos direitos humanos (PENNA FIRME, 2003; p. 03). 5

6 Slide 5 MAdA1 sugiro retirar esse slide. Marcio Adriano de Azevedo; 26/5/2014

7 1.1 Avaliação de Políticas Públicas: Conceitos, Concepções e Definições. A avaliação sistemática das intervenções sociais é, na verdade, uma atividade muito antiga. Há quatro mil anos, os chineses já utilizavam métodos avaliativos formais para recrutar seus funcionários públicos (GUBA; LINCOLN, 1981; WORTMAN, 1983; BOWMAN, 1989). Distinguemse no geral, quatro gerações e seis períodos na história da avaliação. Reformismo ( ) Eficiência e testagem ( ) Idade da Inocência ( ) Expansão ( ) Profissionalização e institucionalização ( ) Dúvidas (1990 até nossos dias) 6

8 1.1.1 O conceito Avaliar é uma ação humana habitual que depende, muitas vezes, da intuição e da opinião. Para Schman (1967); Por sua vez, Arnold (1971); Weiss (1972, 1998); Beeby (1977), Scriven (1991), Patton (1997, p. 23) Rossi, Freeman e Lpsey(2004). Em suma, avaliar - emitir juízo de valor a partir de uma intervenção, implementando um dispositivo suficientemente capaz de responder informações cientificamente válidas que possam construir individualmente ou coletivamente um julgamento e que, sobretudo possa materializar-se em ações. 7

9 1.1.2 Concepções Informal e Assistemática: intrinsecamente ligado à própria sobrevivência de qualquer indivíduo ou grupo processo natural, instintivo, assistemático, avaliação informal. Formal e Sistemática: processo avaliativo com características distintas e com possibilidades de compreender todas as dimensões e implicações da atividade, fatos ou coisa avaliada.(belloni, 2007, p.15). Avaliação educacional aprendizagem, desempenho escolar ou profissional, avaliação de currículos; Avaliação institucional que se destina a avaliação de políticas, de planos ou projetos e de instituições; E por fim - a avaliação institucional deva buscar uma compreensão da realidade; para o processo decisório; responder a questionamentos; possibilite e identifique mérito ou valor 8

10 Tipos É fato que a maioria dos problemas encontrados situam-se na fase de implementação de um programa ou projeto; Conexão direta com as demais fases que compõem a política, por ser ela um ciclo, que produz feedback e retroalimenta as demaisfases,enãoumsistemalineardeviaúnica. Distinguem-se quatro tipos de avaliação: Avaliação ex-ante, Avaliação ex-post ou Somativa, Avaliação Formativa ou de Processo e Monitoramento. Veremos a seguir cada um deles, individualmente. 9

11 MAdA Definições A avaliação, em seu sentido lato sensu, é um instrumento fundamental para a melhoria da eficiência do gasto público, da qualidade da gestão, do controle social sobre a efetividade da ação do Estado, esse último instrumentalizado pela divulgação de resultados das ações de governo. Segundo Ala-Harja e Helgason (2000) e Derlien (2001), a avaliação representa uma importante etapa no processo de análises de políticas públicas, podendo aferir sobre o seu desenho, bem como orientar realinhamentos e redefinições, conforme lembram os estudos de Pressman e Wildavsky(1998). Costa e Castanhar (2003) observam que a pesquisa de avaliação deve examinar, de forma objetiva e sistemática, o projeto ou programa em toda a dimensão do processo de execução ou ao seu término. Deve contemplar o seu desempenho, implementação e resultados, com vistas à determinação de sua eficiência, impacto, sustentabilidade e a relevância de seus objetivos(costa; CASTANHAR, 2003, p. 972). 10

12 Slide 10 MAdA2 enxugar. Marcio Adriano de Azevedo; 26/5/2014

13 MAdA A Pesquisa avaliativa de Políticas públicas no Brasil Expande-se nos anos 80, contexto de transição política e do seu impacto sobre a necessidade de formulação de políticas sociais mais igualitárias; Porém, nas últimas décadas a avaliação de políticas e programas governamentais assumiu grande relevância para as funções de planejamento e gestão governamentais; Experiências anteriores - o interesse pela avaliação tomou grande impulso com a modernização da Administração Pública. Em vários países, este movimento foi seguido pela adoção dos princípios da gestão pública empreendedora e por transformações das relações entre Estado e sociedade (CUNHA, 2006). 11

15 Garcia (1997, p. 25). No Brasil a demanda por avaliações: crise fiscal brasileira diminuiu a capacidade de gasto dos governos e aumentou a pressão por maior eficiência. O aprofundamento da democracia trouxe novos atores sociais e reivindicações aos governos. A crise econômica brasileira aumentou a desigualdade social e a busca pelos programas sociais do governo. Por último, pode ser citada a desestruturação da função de planejamento, que deixou os governantes sem elementos de informação e avaliação. 12

16 MAdA4 1.2 Avaliação Política De fato, a experiência nos permite constatar que uma realidade nos é dada de tal ou tal maneira; mas não nos diz por que ela nos é dada assim, e não de outra maneira; por isso a experiência não pode dar origem senão a proposições contingentes (PASCAL, 2011, p.37). 13

17 Slide 13 MAdA4 sugiro retirar. Marcio Adriano de Azevedo; 26/5/2014

18 MAdA Definindo a Avaliação Política Na avaliação de políticas públicas os estudiosos têm se preocupado, essencial e tradicionalmente, em estudar como as decisões são tomadas: que fatores influenciam o processo de tomada de decisões e as características desse processo. O desenvolvimento recente da subárea de avaliação de políticas sofre desse mesmo viés comportamental e neutralista: estuda-se a eficácia das políticas descartando a avaliação política dos princípios que os fundamentam e, em decorrência, o seu próprio conteúdo substantivo (ANDERSON, 1979; BARRY, 1975; DAHL, 1981; LIMA. JR.ETALII1978). 14

20 MAdA6 Para Figueiredo e Figueiredo (1986), definem a avaliação política como a análise dos princípios que fundamentam os programas ou políticas e, em decorrência, ao próprio conteúdo substantivo. Barry e Era (1975), Marcus Figueiredo e Argelina Figueiredo (1986, p. 108) acrescenta, a avaliação política consiste, portanto, em atribuir valor às políticas, às suas consequências, ao aparato institucional em que elas se dão e aos próprios atos que pretendem modificar o conteúdo dessas políticas. Para Lima Júnior (1978, p. 4-5) A análise crítica do programa (política) com o objetivo de apreender, principalmente, em que medida as metas estão sendo alcançadas, a que custo, quais os processos ou efeitos colaterais que estão sendo ativados (previstos ou não previstos, desejáveis ou não desejáveis) indicando novos cursos de ação mais eficazes. 15

22 MAdA7 De acordo com Barry e Rae (1975) a avaliação política envolve a ideia de que um estado do mundo é preferível a outroeacompreensãodaaçãopolíticaemsi. NocasodoProJovemUrbano-arealizaçãodeumaavaliação política - elucidação dos atos proposto nos objetivos gerais do Programa, ao integrar: EF, QP, CD. A avaliação política é entendida como a [...] análise e elucidação do critério ou critérios que fundamentam determinada política: as razões que a tornam preferível a qualquer outra. Trata predominantemente dos pressupostos e fundamentos políticos de uma determinada política, estando o desenho do programa e seus resultados, efeitos e impactos ligados à avaliação de políticas públicas. 16

24 MAdA8 1.3 Para compreender a avaliação Política do ProJovem em Natal/RN Contexto: Os problemas enfrentados pela juventude brasileira: baixo índice de escolarização, qualificação profissional, carência de políticas públicas(di PIERRO; JOIA; RIBEIRO, 2001, P ). A avaliação política pode ressaltar tanto o caráter político do processo decisório que implicou na adoção de uma dada política como também nos valores e critérios que podem se identificados na mesma(arretche, 2009, p. 30). 17

25 Slide 17 MAdA8 enxugar Marcio Adriano de Azevedo; 26/5/2014

26 MAdA9 Neste sentido, é preciso considerar a peculiaridade da política a ser avaliada e tal avaliação não deve perder na mera analise conceitual dos princípios (explícitos ou implícitos) que fundamentam a formulação da política. Pelo contrário, reconhecendo o consenso social existente em relação aos princípios contemplados no plano de prioridades, deve voltar-se para a questão da compatibilidade interna entre esses princípios e a consistência deles com os mecanismos institucionais previstos(arretche, 2009, p. 109). 18

27 Slide 18 MAdA9 enxugar Marcio Adriano de Azevedo; 26/5/2014

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29 1.4 Campo empírico, sujeitos e fontes documentais Secretaria municipal de Educação Comitê Gestor Coordenação do Programa; (01) coordenador (a) geral, (01) coordenador (a) administrativo, (01) coordenador (a) pedagógico, (01) Supervisor; Recorreremos ainda, à revisão bibliográfica especializada e analise documental (documentos, diretrizes, Leis, atas, relatórios do Programa), a partir dos autores já citados, os quais observam o recorte temporal da pesquisa( ). 20

30 Quadro de referência metodológica para a avaliação política do ProJovem Urbano DIMENSÃO DA AVALIAÇÃO POLÍTICA ENFOQUE DA PESQUISA 1. Atribuir valor Para além das metas, buscaremos qualificar socialmente os resultados obtidos do Programa no período definido pela pesquisa. 2. Atos destinados a Identificar se as ações modificar o conteúdo das do Programa políticas; promoveram alguma mudança social. 3. Análise da decisão política ou da não decisão; Analisar se a execução do ProJovem Urbano no período definido atendeu ou buscou atender aos objetivos definidos pelas diretrizes do Programa. PROCEDIMENTOS INSTRUMENTOS Revisão bibliográfica; Análise documental; Entrevistas. Análise documental; Entrevistas. Análise documental; Entrevistas. 21

31 4. Alimentar o processo decisório; 5. Posicionamento político; 6. Análise dos princípios e das políticas públicas; Identificar/analisar as decisões ou omissões dos executores do Programa, meios e consequências. Analisar as confluências/divergência s entre o disposto no marco referencial da política e o que ocorreu na execução. Identificar se os princípios estabelecidos pelas Diretrizes do FONTE: Azevedo (2013). Programa foram atendidos no período avaliado. Análise documental; Entrevistas. Revisão bibliográfica; Análise documental; Entrevistas. Revisão bibliográfica; Análise documental; Entrevistas. 22

32 Concluindo! A análise dos dados, a fim de desenvolver a avaliação política do PROJOVEM URBANO observará o que explicita Contandriopoulos (2011), ao cotejar sobre o julgamento crítico da avaliação que, no caso do Programa visa à triangulação dos dados a partir de sua ordenação, classificação e análise (MINAYO; ASSIS; SOUZA, 2005; MINAYO, 1995), Obrigado! 23