A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ADMINISTRATIVO NA UFG APÓS O REUNI: NOVOS PROCESSOS E NOVOS SERVIÇOS
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- Maria Júlia Cunha
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1 A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ADMINISTRATIVO NA UFG APÓS O REUNI: NOVOS PROCESSOS E NOVOS SERVIÇOS Administradora Dra. Ana Caruline de Souza Castro TAE/UFG
2 Introdução Escassez de estudos sobre o trabalho de TAEs. A UFG no contexto da educação superior brasileira; Mudanças na gestão pública Política públicas
3 Objetivo Analisar as principais mudanças na organização do trabalho administrativo desenvolvido pelos servidores TAEs da UFG considerando a cultura institucional de gestão dessa força de trabalho após a implementação do REUNI.
4 Metodologia Pesquisa qualitativa: entrevistas semi-estruturadas e questionários; Servidores TAEs Servidores em cargos de gestão (docentes e TAEs)
5 Resultados e discussão O REUNI trouxe mudanças físicas, estruturais e de pessoal; Discursos de eficiência, eficácia, produtividade, gestão, modernização moldaram a organização do trabalho; Necessidade de cumprimento de prazos;
6 Resultados e discussão 50% dos TAEs afirmaram fazer de tudo, um pouco no início da carreira; Aumento do nível educacional e da qualificação profissional; Alta qualificação X Subutilização; Falta de reconhecimento;
7 O IMPACTO DO REUNI NO TRABALHO Mudança no ambiente organizacional (+ e -): Expansão física, de pessoal, de material e Aumento de volume de trabalho; Consequências: Estresse; Pressão Adoecimentos; Clima organizacional Redução da qualidade de vida
8 O IMPACTO DO REUNI NO TRABALHO Para 65% dos TAEs houve aumento de demanda de trabalho e para 10/11 gestores também Novos processos de trabalho na Unidade/Órgão, porém não estão todos claramente definidos; Grande dificuldade de planejamentos e avaliações periódicas.
9 Consequências do REUNI na gestão Novos trabalhadores Novos trabalhos Novas formas de se trabalhar Trabalho prescrito X trabalho real Pressão para trabalhar mal A Gestão como doença
10 Necessidade de planejamentos A maioria afirmou ter algum planejamento ou avaliação no setor em que atuam (17/21); Dificuldade para planejar, executar e avaliar; Gestores tem dificuldade em efetivar os planejamentos. Frustração.
11 Perfil dos TAEs Percentual de servidores por nível 3,10% 33,25% 0,04% 11,32% 52,29% A B C D E
12 O seu trabalho contribui direta e/ou indiretamente para a formação de estudantes de graduação ou de pós-graduação? 19/21 afirmam que contribui direta ou indiretamente. Caráter subjetivo do trabalho, dotado de sentido. Currículo oculto da Universidade (Cunha,1999). No geral, se sentem bem desempenhando as tarefas que lhes foram atribuídas;
13 Resultados e Discussão Os TAEs lidando diretamente com os trâmites administrativos, percebem a necessidade de reorganizar suas atividades de acordo com a demanda e as novas exigências da expansão. Diversos processos de organização interna do trabalho foram criados e outros estão sendo implementados, para garantir a eficiência e a expansão dos serviços da UFG.
14 CONCLUSÃO O mapeamento de processos vem adquirindo relevância na gestão da UFG e se tornando uma prática comum em diversos setores. Ações inovadoras na rotina de processos administrativos provêm de iniciativas dos(as) próprios(as) TAEs. Gestão de pessoas coerente com a realidade institucional e o perfil dos trabalhadores ainda é um desafio.
15 Todo ano tem o planejamento estratégico. Se você precisar dele, a secretaria ali tem. Eu acho que esse planejamento estratégico (...)meio atrasado. Eu acho que ele deveria ser feito mais adiantado. Por exemplo, vai fazer o planejamento estratégico de 2016 já com o ano correndo. Então, eu acho que esse plano estratégico ele deveria ser melhor elaborado no sentido de ser melhor entendido. Ter as respostas dele porque nem sempre é colocado coisas nos planejamentos estratégicos lá e a gente não sabe o quê que aconteceu depois. Se foi atendido, se não foi atendido, vai ser atendido. A gente não tem alguma posição. Então, eu acho que tem um pouco de falha no plano estratégico e é isso aí: de ser feito dentro do ano que está correndo e, às vezes, coloca no plano lá até o que já aconteceu. E o retorno pros servidores mesmo sobre o quê já foi feito. Então, você acha que falta feedback nessa questão do planejamento? Falta. Então, não tem uma avaliação periódica? É. Se tem, não participamos. (SECRETÁRIA EXECUTIVA, 37 anos, Mestra, 7 anos de UFG)
16 Sim, porque com o tempo a gente viu a necessidade de mudar alguns processos e a gente passou pros diretores, nesse período todo, as necessidades de dividir coordenadoria administrativa, de graduação. Aí, fez a divisão, a gente sugeriu. Os móveis. Nós propomos compra de móveis. Você está vendo aqui todos esses móveis. Tem frigobar, tem esse quadro de chaves. A gente pediu pra confeccionar. Então, mesa nova, computador novo, arquivo novo. Tudo a gente pediu para que desse infraestrutura porque os móveis eram antigos. E aí melhorou essa parte da estrutura física, do layout também. Aí separou a equipe e especializou o trabalho. Ficou mais fácil. E também dividiu as tarefas. Estava até mostrando para um servidor novo, a gente criou rotinas administrativas. Aí a gente tem as atividades principais e cada servidor sabe o seu papel aqui dentro, dentro da coordenação. As outras atividades pertencentes à outras coordenações, a gente procura orientar o pessoal a não realizar. Então cada um tem o seu papel. Além de reuniões periódicas com a direção aí agente faz o acompanhamento e vê o quê que foi feito, o quê não foi feito. (ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO, 40 anos, Especialista, 11 anos de UFG)
17 Referência bibliográfica CASTRO, Ana Caruline de Souza. Os trabalhadores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Goiás: trabalho, profissionalização e gestão da educação superior f. Tese (Doutorado em Sociologia) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017.
18 OBRIGADA!
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