USO DE ADITIVOS PROBIÓTICOS NA ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS
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- Luiz Eduardo Coelho Peralta
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1 Fortaleza, 19 de junho de USO DE ADITIVOS PROBIÓTICOS NA ALIMENTAÇÃO DE SUÍNOS Renato Giacometti Gerente Técnico Imeve Biotecnologia S.A
2 Importância da utilização dos antimicrobianos * Manutenção do bem estar animal (controle de enfermidades) * Indispensável para o atual sistema de produção animal * Controle de Prevenção de várias zoonoses (segurança alimentar)
3 Uso na suinocultura Finalidades Terapêuticas * Controle de infecções existentes * Tratamento individual ou massal (grupal) somente dos animais doentes * Terapêutica grupal Finalidades Metafiláticas (Metafilaxia) * Sintomatologia em pelo menos um animal * Pode ocorrer a disseminação da doença em todo o grupo * Tratamento em todos animais do grupo
4 Uso de antimicrobianos Finalidades Profiláticas * Medida preventiva individual ou coletiva * Sem sintomatologia aparente * Surgimento de infecções logo após manejo Promoção de crescimento * Aditivo melhorador da eficiência alimentar * e acelera o GP de animais saudáveis * CR * lucratividade do negócio
5 Condições tidas como negativas: * Favoráveis ao aparecimento de resistência em bactérias patogênicas * Maior possibilidade de gerar resíduos nos tecidos e produtos dos animais tratados, em níveis que possam prejudicar a saúde do consumidor * Alteram composição da microflora com alterações digestivas * Barreiras comerciais impostas por compradores, principalmente EU e Japão
6 Riscos ao consumidor dos produtos? Usos muito discutidos, questionados e criticados nos dias atuais por autoridades de defesa do consumidor no Brasil e em outros países.
7 Por isso, os promotores de crescimento estão sendo proibidos em vários países * 1970: É descrito que o uso de ATB em sub-dose favorece a seleção de agentes resistentes (Escherichia coli) * 1986: Suécia proíbe a utilização de antibióticos como promotor de crescimento em animais de produção e lança política de prescrição de medicamentos com dose terapêutica * 1990: Finlândia inicia de forma gradativa retirada da ração animal * 1998: Brasil proibe do cloranfenicol, penicilinas, tetraciclinas e sulfonamidas * 1999: UE proibe o uso de carbadox, olaquindox, bacitracina de zinco, espiramicina, tilosina e virginamicina
8 * 2000: Dinamarca proibe a inclusão de antibióticos como PC Chile proibe o uso de bacitracina, virginiamicina e tilosina * 2001: Nova Zelândia proibição do uso de bacitracina, virginiamicina e tilosina. * 2002: Brasil proibição do uso de arsenicais, nitrofuranos * 2005: Brasil proibiu o uso do carbadox * 2006: UE proíbe a inclusão de antibióticos como PC
9 * Avilamicina * Colistina * Enramicina * Flavomicina * Lincomicina *** * Tiamulina *** * Clorexidina * Tilosina * Virginiamicina * Bacitracina de Zinco * Halquinol Adaptado de Benido, 1996 e Brasil 2012 Antimicrobianos licenciados pelo MAPA como aditivos promotores de crescimento
10 Recomendações da OMS * Prescrição obrigatória para uso de ATB em animais * Retirada de ATB em uso animal que tiver aplicação em humanos * Criação de sistemas nacionais de monitoramento do uso e resistência * Avaliação das drogas pré-registro * Monitoramento da resistência para identificação de emergência de cepas resistentes e tomada de decisão * Orientação e reciclagem técnica para profissionais para reduzir sobreuso ou uso errado.
11 Mecanismo aceito como ação dos promotores de crescimento nas rações Controle das bactérias patogênicas intestinais, deixando a digestão e absorção funcionar o melhor possível Alternativas?
12 * Seleção e treinamento de pessoal, introdução de HACCP * Análise de dados e adoção de melhores práticas * Melhora de higiene e manejos básicos (treinamento, instalações, sistemas de ventilação, biossegurança ) * Programas de vacinação de lotes * Uso de medicação na ração e água somente quando essencial * Ingredientes funcionais e AAPCs
13 O que são Aditivos? Legislação Brasileira Decreto de 06/01/76 art. 4º, o termo aditivo inclui todas as substâncias adicionadas às rações com a finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades, desde que não prejudique o seu valor nutritivo. Food and Drug Administration (FDA) Substância adicionada ao alimento dos animais com a finalidade de melhorar o seu desempenho, passível de ser utilizada sob determinadas normas e desde que não deixe resíduo no produto de consumo.
14 O que são Probióticos? * Fuller (1989) Probióticos são suplementos alimentares a base de micro-organismos vivos, que afetam beneficamente o animal hospedeiro, promovendo o balanço da microbiota intestinal.
15 Micro-organismos utilizados como Probióticos - Lactobacillus - Bifidobacterium - Enterococcus - Bacillus - Leveduras
16 Como fornecer os Probióticos? Via Oral; Adicionando às rações.
17 * Fatores que levam à diminuição da microbiota dos intestinos - Estresse Alimentar Mudanças de Alimentação, Desmama - Antimicrobianos/Antibióticos - Mudanças de ambiente Transporte, Pré-abate - Outros -Castração e Vacinações -Alta densidade animal Quando utilizar Probiótico?
18 Fontes de micro-organismos intestinais Domesticado (acesso restrito à mãe) Microflora deficiente (não protetora) Animal recém nascido Microflora completa Estágio selvagem + Probiótico Proteção
19 Sistema digestivo imaturo Ração de baixa qualidade Flora intestinal imatura aixa ingestão de ração Bactérias patogênicas Variação de temperatura PREJUÍZOS Estresse social
20 Fatores de risco relacionados ao baixo desempenho dos leitões no período de aleitamento e creche. Ausência de vazio sanitário entre lotes na creche Lotação acima de 3,5 leitões/m2 Mais de 20 leitões por baia Espaço de comedouro insuficiente Umidade relativa do ar maior que 82% Volume de ar/leitão menor que 1,40m 3 Bebedouros inadequados Fornecimento de água não potável Ração inadequada para a idade do leitão Temperatura fora da zona de conforto (22/28ºC)
21 Índices desejáveis T axa d e c rescim en to até o d esm am e M e no r Interm ed iário M a io r P eso ao desm a m e, kg 4,1 5,0 5,5 6,8 7,3 8,6 Idade de abate (105 kg) S iste m a co nfinado 173,0 167,9 162,8 S iste m a ao ar livre 188,5 177,8 168,6 F onte: M ahan e L epine, Cada 1,0 kg a mais aos 63 dias + 2,0 a 3,5 kg abate
22 Estresse Social Desafios na creche
23 Alta Densidade
24 Temperatura deficiente Ideal
25 Inúmeros agentes infecciosos podem lesar a mucosa do trato digestório, além, de comprometer o processo da digestão. Os Probióticos auxiliam na manutenção da saúde intestinal.
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27 Mucosa Intestinal Maior superfície de absorção Maior altura de vilo e microvilo Melhor aproveitamento dos nutrientes ingeridos
28 Fixação da Escherichia coli enterotoxigênica no lúmen do intestino delgado de suíno
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31 Propriedades desejáveis do Probiótico * Não patogênico e tóxico para o homem; * Fazer parte da flora intestinal normal do hospedeiro; * Sobreviver e colonizar rapidamente o intestino do hospedeiro; * Ser capaz de aderir ao epitélio do hospedeiro; * Não transportar genes transmissores de resistência a antibióticos; * Resistência à ação das enzimas digestivas, sais biliares, ph e ácidos orgânicos; * Estáveis e capazes permanecer viáveis por longos períodos de estocagem; * Ser cultivável em escala industrial; * Ser estável e viável na preparação comercial; * Presentes em um maior nº de células viáveis.
32 Principais Benefícios do Probiótico * Mantêm a flora intestinal equilibrada (inibir microorganismos patogênicos e estimula os benéficos); * Facilitam o processo digestivo, ajudando a produzir enzimas essenciais; * Diminuem as diarreias, os gases intestinais, substâncias putrefativas (H2S); * Previnem infecções causadas por bactérias nocivas; * Estimulam o sistema imunitário; * Melhora o ganho de peso; * Melhoram conversão alimentar.
33 Principais Benefícios do Probiótico * Evita a destruição de vitaminas, pp vit. B1; * Produzem ácido lático promovendo a remoção de agentes patogênicos; * Aumentam a assimilação de Fe, Ca, Mg e Zn; * Ativam os macrófagos evitando a adesão das bactérias patogênicas às vilosidades intestinais; * Produzem vitaminas B6, B9, B12; * Baixam o ph intestinal.
34 Modo de Ação dos Probióticos * Competição por sítios de ligação Exclusão competitiva; * Competição por nutrientes com patógenos; * Estímulo do sistema imune.
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36 Exclusão Competitiva
37 Aumento da imunidade
38 Objetivo do Programa * Profissionalismo na atividade; * Controle de diarréias; * Redução de mortalidade e refugagem; * Melhoria no Ganho de peso; * Melhoria na conversão alimentar; * Lucratividade na atividade.
39 Resultados Experimentais
40 Resultados Experimentais
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44 Considerações Finais A busca por alimentos saudáveis, de boa qualidade e procedência, não agressivos aos animais e meio ambiente é um caminho sem volta. Assim, muito ainda deverá ser feito para que o custo desta nova e correta filosofia possa chegar também aos menos privilegiados social e economicamente.
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46 OBRIGADO PELA ATENÇÃO
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