ISO 9001: Alterações e desafios
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- Maria do Pilar Lobo Mascarenhas
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1 ISO 9001: Alterações e desafios Nigel H Croft Chairman, ISO/TC 176/SC 2 Quality Systems Membro, Grupo de Coordenação Técnico da ISO
2 ISO 9001 evolução, e não revolução! ISO 9001:1987/1994 Prescritiva; cláusula-por-cláusula ISO 9001:2000/2008 Abordagem por Processos, menos documentação ISO 9001:2015 Abordagem por Processos, com mais ênfase nos resultados Ainda menos documentação prescrita Alinhada com outras normas de sistemas de gestão
3 Os Desafios Globais. Aumento das expetativas dos clientes e outras partes interessadas Aumento do uso de normas de SGQ para comércio global Aumento da utilização da ISO 9001 por vários setores Sofisticação das ferramentas de gestão da qualidade Pressão para uma maior eficiência (iniciativas de produção enxuta - lean ) Ênfase maior na regulamentação sobre a saúde pública e segurança (alimentação, dispositivos médicos, etc.) Precupações cada vez maiores com Desenvolvimento Sustentável Múltiplos programas, esquemas e normas de sistemas de gestão Credibilidade da certificação de 3ª parte
4 Posicionamento de algumas normas de sistemas de gestão Ambiental (Requisitos) Ambiental (Diretrizes) ISO ISO Serviços de T.I. Automotivo ISO ISO ISO/TS Desenvolvimento ISO Sustentável Integridade Ambiental ISO Crescimento econômico ISO ISO/TS Segurança de. Informações Energia ISO ISO ISO 9004 ISO 9001 Petróleo ISO Responsibilidade social ISO Compras sustentáveis Anti-suborno Segurança na cadeia de fornecto ISO (OHSAS 18001) (SA 8000) Qualidade (Requisitos) Seg. Alimentar Qualidade (Diretrizes) Saúde e Segurança Resp. Social (Requisitos) Eficiência agua Crises de Abastecimento (agua) ISO Eventos sustentáveis ISO Seg. trânsito ISO ISO Continuidade do negócio Resp. Social (Diretrizes)
5 Sistema de gestão Definição formal "Conjunto de elementos interrelacionados ou interativos de uma organização para estabelecer políticas e objetivos e processos para alcançar esses objetivos Por outras palavras: O sistema deve estar focado em resultados. Hardware (equipamento) Software (métodos) Interação entre processos Humanware (pessoas) Um "sistema documentado" não um "sistema de documentos Orador: Local e Data:
6 Causa e efeito Sistema de Gestão da Qualidade Comprometimento da Alta adm. Pessoas competentes Equip. calibrados Monitorização e medição Instruções de trabalho etc. Auditoria Interna Procedimentos documentados Revisão pela gestão Etc. etc. etc. Produtos e serviços conformes com os requisitos Eficácia = Alcançar resultados planeados
7 Conceitos principais Identificar os processos necessários para alcançar os resultados desejados; Monitorizar continuamente os riscos ( causa/efeito ; pensamento baseado em risco ); Gerir os processos e o sistema usando o ciclo "PDCA.
8 Conceitos principais Act (agir) Como melhorar na proxima vez? Plan (planear) O que fazer? Como fazer? Check (checar) As coisas aconteceram como planeado? Do (fazer) Executar o que foi planeado
9 Processo Genérico Como executar o processo (documentado ou não) Extensão do planejamento depende do RISCO ENTRADAS Conjunto de atividades interrelacionadas RESULTADOS DESEJADOS PRODUTO/ SERVIÇO CLIENTE (interno ou externo) PARTES INTERESSADAS Efeito na Conformidade do Produto Aspectos / Impactos Ambientais Riscos de Saúde e Segurança Implicações Sociais Uso de energia etc. RESULTADOS INDESEJADOS ( Desperdício / Poluição etc) MONITORIZAR / MEDIR (Também depende do RISCO)
10 Processo Genérico A Como executar o processo (documentado ou não) Extensão do planejamento depende do RISCO P ENTRADAS Conjunto de atividades interrelacionadas Efeito na Conformidade do Produto Aspectos / Impactos Ambientais Riscos de Saúde e Segurança Implicações Sociais Uso de energia etc. C RESULTADOS DESEJADOS PRODUTO/ SERVIÇO D CLIENTE (interno ou externo) PARTES INTERESSADAS RESULTADOS INDESEJADOS ( Desperdício / Poluição etc) MONITORIZAR / MEDIR (Também depende do RISCO)
11 PARTES INTERESSADAS PARTES INTERESSADAS Sistema de processos A C P D Input A PROCESSO A Output A Input E PROCESSO E A C P D Ouput E A C P D Input C PROCESSO C A C P D Input D Output C PROCESSO D A C P D Ouput D Input B PROCESSO B A C P D Output B Cliente interno Input F PROCESSO F A C P D Output F Cliente Interno Feedback
12 Mais específico Novo estrutura Matricial para normas de sistemas de gestão Estrutura, formato e texto básico ( Annex SL ) Qualidade (ISO 9001) Meio Amb. (ISO 14001) SST (ISO 45001) Etc. + + Automóvel Aerospacial Telecom Petróleo Etc. + Galp Petrobras Shell Etc.
13 Algumas novidades da ISO 9001:2015 Produtos e serviços ao invés de produto Contexto da Organização Quais são os fatores internos e externos? Identificação das partes interessadas Necessidades e expectativas relevantes das partes interessadas relevantes? Mais requisitos para a alta direção e demais níveis gerenciais Ações para abordar riscos e oportunidades Documento orientativo disponível no site da ISO Gestão de mudanças Conhecimento organizacional
14 Alguns requisitos deletados... Eliminação do termo ação preventiva - o conceito agora está embutido (reforçado!) na norma inteira ( risco ) Eliminação de requisitos específicos (prescritivos) para Manual da Qualidade Representante da administração
15 Primeira frase da ISO 9001:2015 A adoção de um sistema de gestão da qualidade é uma decisão estratégica para uma organização que pode ajudar a melhorar seu desempenho global e a prover uma base sólida para iniciativas de desenvolvimento sustentável.
16 Liderança A arte de comandar pessoas, atraindo seguidores e influenciando de forma positiva mentalidades e comportamentos. ( Deming: O objetivo da liderança é ajudar as pessoas a realizar um trabalho melhor. Não desmotivar! Não roubá-los do direito de ter orgulho daquilo que fazem.
17 O papel importante da Liderança Empowerment Coaching / mentoring Accountability
18 Os 7 princípios de gestão da qualidade Foco no cliente Liderança Compromisso das pessoas Abordagem de processo Melhoria Decisões baseadas em evidências Gestão dos relacionamentos
19 Princípio 2 - Liderança Líderes em todos os níveis devem estabelecer a unidade de propósito e a direção estratégica da organização. Devem criar condições para que as pessoas estejam empenhadas em atingir os objetivos de qualidade da organização. Isto permite alinhar as estratégias, políticas, processos e recursos para atingir os objetivos da organização.
20 Alguns exemplos da ISO 9001: Liderança A Gestão de Topo deve demonstrar liderança e comprometimento em relação ao sistema de gestão da qualidade: Responsabilizando-se por prestar contas pela eficácia do SGQ; Assegurando que o sistema alcança os resultados pretendidos; Assegurando que a política e os objetivos da qualidade sejam compatíveis com o contexto e a gestão estratégica; Assegurando a integração dos requisitos do SGQ dentro do negócio da organização; Promovendo o uso da abordagem de processo e da mentalidade de risco; Envolvendo, gerindo e apoiando as pessoas a contribuir para a eficácia do SGQ; Apoiando outras funções de gestão relevantes para demonstrar sua própria liderança conforme aplicável às suas áreas de responsabilidade.
21 Entender a organização e o seu contexto Organização deve: determinar questões externas e internas que são relevantes ao propósito e à direção estratégica da organização e que afetam sua habilidade de alcançar os resultados pretendidos do SGQ monitorizar e analisar criticamente as informações sobre estas questões.
22 Contexto da organização Contexto externo inclui* Ambiente cultural, social, político, legal, regulamentar, financeiro, tecnológico, económico, natural e competitivo, seja ao nível internacional, nacional, regional ou local; Relacionamento com, e perceções/valores das partes interessadas externas. Contexto interno inclui* Cultura organizacional; Governação, estrutura organizacional, responsabilidades e autoridades; Políticas, objetivos e estratégias; Recursos (capital, tempo, pessoas, processos, sistemas e tecnologias); Sistemas de TI, fluxos de informação, processos de tomada de decisão (tanto formais com informais). * (Fonte: ISO 31000)
23 PENSAMENTO BASEADO NO RISCO
24 Risco Orador: Temos considerado cada risco potencial, exceto o risco de evitar todos os riscos Local e Data:
25 Evolução do Conceito de Risco Incerteza mensurável Universidade de Chicago (1921) Combinação da probabilidade de ocorrência de um dano e severidade deste dano ISO/IEC Guia 51:1999 Combinação da probabilidade de um evento e da sua consequência ISO Guia 73:2002 Efeito da incerteza ISO 9000:2015 A incerteza é o estado, ainda que parcial, de deficiência de informação, de compreensão, ou de conhecimento relacionado a um evento, sua consequência ou sua probabilidade.
26 Gestão de Riscos (ISO 31000) Técnicas de Avaliação de Riscos (ISO 31010) Comunicar e consultar Monitorizar e rever criticamente Estabelecer contexto Identificar riscos Analisar riscos Avaliar riscos Orador: Tratar riscos Local e Data:
27 ISO 9001:2015 Não requer sistema de gestão de riscos Forma de tratamento do risco depende do contexto da organização Não define metodologias específicas de avaliação de riscos Poderia ser, por exemplo, FMEA, HACCP, SWOT A nova norma também trata de oportunidades
28 Oportunidade Conjunto de circunstâncias propícias a algo, num determinado momento. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], Querido, me passe o secador de cabelos, se faz favor
29 ISO 9001:2015 Cláusula 6 (Planeamento) Ações para abordar riscos e oportunidades Determinar os riscos e oportunidades que precisam ser abordados para Assegurar que o sistema possa alcançar os resultados pretendidos Aumentar efeitos desejáveis Prevenir, ou reduzir, efeitos indesejáveis Alcançar melhorias Planear ações para abordar estes riscos e oportunidades Integrar e implementar dentro do SGQ Avaliar a eficácia
30 ISO 9001:2015 Cláusulas 9 e 10 Avaliação de desempenho e melhoria Ações para abordar riscos e oportunidades Monitorização, medição, análise e avaliação (9.1) Avaliar a eficácia das ações tomadas para os riscos e oportunidades Revisão pela Gestão (9.3) Levar em consideração a eficácia das ações tomadas Não conformidade e ação corretiva (10.2) Atualizar os riscos e oportunidades determinados durante o planeamento, se necessário
31 Como acertar a quantidade certa de documentação?? Uma palavra muita usada na ISO 9001: DETERMINAR DTS 9002 Baseado naquilo que é para ser determinado, a complexidade, criticidade ou riscos inerentes, pode ser que os resultados necessitem ser mantidos ou retidos como informação documentada. Fica à opção da organização definir quando informação documentada é necessária, a não ser que tenha requisito específico na ISO 9001 ( ou outra norma relevante, por exemplo norma setorial ou do cliente - Nigel). Lembre-se: Cabe à organização provar evidencias objetivas da conformidade. Evidência objetiva Dados que suportem a existência ou veracidade de algo (ISO 9000:2015) NOTA 1: Evidência objetiva pode ser obtida através de observação, medição ou teste, ou outros meios. NOTA 2: Evidência objetiva para fins de auditoria geralmente consiste em registros, atestados de fatos, ou outras informações que são relevantes aos critérios da auditoria, e que sejam verificáveis
32 Conhecimento organizacional compartilhar Conhecimento individual Conhecimento Organizacional
33 Conclusões Estamos a iniciar uma nova geração de normas de sistemas de gestão Objetivo é de facilitar a integração (sistema único) ISO 9001:2015 (publicada no dia 15 de setembro de 2015) Alterações significativas na estrutura e sequência de cláusulas Abordagem por processos + PDCA + Pensamento baseado em risco Maior ênfase na liderança vindo da Gestão de Topo Diversos requisitos novos Liderança e Pensamento baseado em risco começam pela Gestão de Topo, mas devem permear todos os níveis hierárquicos. Acompanhe atraves de
34 Nigel H. Croft w w w.apcergroup.com
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