Elaboração e Análise de Projetos
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- Aníbal Castilhos Caldas
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1 Elaboração e Análise de Projetos Engenharia, Tamanho e Localização Professor: Roberto César
2 ENGENHARIA DO PROJETO Tem por objetivo definir e especificar os elementos que compõe os sistemas que constituem o projeto, e suas relações de forma detalhada e precisa, de forma que torne claro e possível o seu funcionamento.
3 FASES DA ENGENHARIA DO PROJETO Fase de Estudos Estudos Preliminares Projetos Básicos Projetos Complementares Fase de Montagem Fase dos Ajustes
4 TAMANHO DO PROJETO O tamanho de um projeto tem relação direta com o mercado, localização, engenharia do produto e fontes de financiamento. Indicadores de Tamanho: Faturamento. Numero de Operários. Tamanho Físico. Volume produzido. Consumo de insumos.
5 TAMANHO ÓTIMO O objetivo é determinar o tamanho ótimo do projeto, que se dá em função das opções de escolhas e das restrições. Em uma economia dinâmica deve-se levar sempre em consideração: Quantidade produzida. Preços. Taxas.
6 NÍVEL DE UTILIZAÇÃO Capacidade de Produção (Cap. Nominal - Cn) Capacidade Utilizada (Cap. Efetiva - Ce) Nível de Utilização (Nu) Nu Ce Cn x100
7 TAMANHO E CUSTO Relação entre os projetos e os custos. Custo Fixo. Custo Variável. Custo Total. Custo Médio. Economia de Escala.
8 LIMITAÇÕES DO TAMANHO DO PROJETO Mercado Tecnologia Localização Financiamento Disponibilidade de insumos e Mão de Obra. Limites (Superior e Inferior).
9 TAMANHO DE UM PROJETO Holanda(1983) apud Sandes (2013), diz que consideradas diferentes alternativas de utilização de capacidade, pode-se levantar o custo total mínimo por nível de utilização (Ctnu) do projeto. Sendo os custos fixos de R$ 5.000,00 por unidade de tempo, e o custo variável por unidade produzida de R$ 2,00, o seu custo total por nível de utilização da capacidade instalada pode ser representado pela seguinte função. - CFt CTnu 2 x CV CTnu x x x
10 DEMONSTRAÇÃO Produção/ nível CF/x CVx CTx , , , , , , , ,15
11 Exercício Um projeto é capaz de produzir de 77 mil a 83 mil unidades de um produto por mês. O seu custo fixo mensal é de R$ ,00, enquanto os seus custos variáveis médios são de R$ 10,00/mil unidades produzidas. Pede-se: a) Determine o tamanho ótimo do projeto, pelo método do custo mínimo por nível de utilização da capacidade instalada. b) Demonstre. - CFt CTnu 2 x CV
12 LOCALIZAÇÃO Encontrar a localização ideal não é algo fácil, o empresário deve optar pela localização que corresponda a um lucro maior para o projeto, num prazo compatível com a vida útil da empresa no local, e até mesmo a relação custo/benefício. A dificuldade de se escolher a localização está na quantidade de fatores envolvidos.
13 LOCALIZAÇÃO E INVESTIMENTOS Entradas Custos de aquisição Custos de transformação Processo Custos de Distribuição Saídas
14 EXERCÍCIO - LOCALIZAÇÃO Um laticínio tem capacidade produtiva de 17 toneladas, as vendas previstas são de 3 t para Jaíba, 2 t para Mato Verde, 5 t para Porteirinha e 7 t para Janaúba. O custo de transporte é de R$ 3,00 por Km para matéria prima e de R$ 2,00 por Km para o produto acabado. Os demais custos são R$ ,00 para insumos diversos e R$ de mão de obra com exceção da cidade de janaúba onde o custo com mão de obra é R$ ,00 Qual a localização ideal pelo critério de custos?
15 MÉTODO DO CENTRO DE GRAVIDADE É uma ferramenta utilizada na definição da localização mais adequada para o projeto, em função das coordenadas geográficas das opções encontradas. Por este método calcula-se as coordenadas (latitude e Longitude) ideal para a localização de um projeto.
16 MÉTODO DO CENTRO DE GRAVIDADE Cx (Xi. Vi) Vi Cy (Yi. Vi) Vi Onde: Cx = longitude média Cy = latitude média Xi = coordenadas de longitude yi = coordenadas de latitude Vi = volume de produto por posição geográfica
17 MONTES CLAROS
18 LOCALIZAÇÃO PELO CENTRO DE GRAVIDADE A figura anterior mostra parte do Mapa de Montes Claros pelo Google Earth. O estudo de mercado de um projeto para distribuição de mercadorias, a ser implantado nessa cidade, demonstrou que os produtos nele previstos têm demanda potencial em oito grandes regiões, a tabela a seguir mostra estas regiões sua posição geográfica (latitude e longitude) e sua demanda.
19 LOCALIZAÇÃO PELO CENTRO DE GRAVIDADE Bairro Latitude Longitude Demanda (mil Unidades) Latitude x Demanda Longitude x Demanda Ibituruna -16, , ,20-20, , Major Prates -16, , ,20-53, , Dr. João Alves -16, , ,50-25, , Jardim Palmeiras -16, , ,90-48, , São José -16, , ,90-31, , Independência -16, , ,40-23, , Planalto -16, , ,15-19, , Eldorado -16, , ,90-15, , ,15-236, ,568956
20 LOCALIZAÇÃO PELO CENTRO DE GRAVIDADE Latitude Longitude Cy (Xi. Vi) Vi Cx (Yi. Vi) Vi Cy 620, ,15 Cy 236, ,15 Cy 16, Cy 43,856463
21 LOCALIZAÇÃO PELO CENTRO DE GRAVIDADE
22 ESCOLHA DO TERRENO É etapa posterior a: Megalocalização Escolha do País ou Estado Macrolocalização Escolha da Região ou Cidade É etapa que antecede a: Localização de Departamentos Projeto do Edifício Localização do Processo Arranjo físico de equipamentos e móveis
23 TAMANHO DO TERRENO PARA O PROJETO Lei de Uso e Ocupação do Solo peculiar a cada cidade : Área mínima dos terrenos Ocupação máxima da área Recuo e altura dos edifícios Tipo de negócio que pode ser implantado Área mínima recomendada Área de Edificação inicial
24 FASES DA ESCOLHA DO TERRENO 1 Estabelecer e classificar características do terreno 2 Desenvolver alternativas 3 Comparar alternativas com características do terreno 4 Avaliar adversidades das melhores alternativas
25 ESCOLHA DO TERRENO FASE 1 Estabelecer e classificar características do terreno: 1.1- Tamanho do terreno: Mínimo para a Lei de Uso e Ocupação do Solo Porte do empreendimento e área de edificação inicial 1.2- Dimensões e topografia: Formato do terreno Frente do terreno Nível do terreno Solo firme e seco, livre de enchentes e deslizamentos Livre de cabos aéreos, tubulações e outras obstruções
26 ESCOLHA DO TERRENO 1.3- Acessibilidade (em função da atividade): Estacionamento facilitado Proximidade de avenidas ou ruas principais Área para carga e descarga 1.4- Planos rodoviários: Planos diretores federais, estaduais ou municipais Restrições atuais e futuras 1.5- Disponibilidade de serviços públicos: Energia elétrica, água e esgoto, telefonia, coleta de lixo Planos futuros para esses serviços
27 ESCOLHA DO TERRENO 1.6- Zoneamento e restrições ao Código de Obras: Classificação da zona (mista é a ideal) Restrições a tipo de atividade, tipo de prédio, etc Ambiente comercial: Apropriado ao tipo de trabalho Bom para o desenvolvimento da atividade Boa vizinhança Existência de transporte coletivo Outros serviços comunitários
28 TIPOS DE CARACTERÍSTICAS DO TERRENO Em função do projeto, as características do terreno podem ser: Indispensáveis mensuráveis numericamente ou não mas que, em ambos os casos, determinam limites que não podem ser transgredidos por nenhuma das alternativas. Desejáveis que referem-se a vantagens e desvantagens relativas entre as alternativas. Escala de pesos (numérica) para as características do terreno.
29 ESCOLHA DO TERRENO FASE 2 Desenvolver alternativas: Consiste na coleta de informações precisas, completas e atualizadas, a fim de se optar pela melhor alternativa. Essas informações podem ser obtidas em fontes: Primárias ou no próprio local dos terrenos alternativos Secundárias imobiliárias, câmaras de comércio, associações de classe, prefeituras, etc.
30 ESCOLHA DO TERRENO FASE 3 Comparar as alternativas com as características do terreno do terreno desejado: 3.1- Avaliação das características indispensáveis: Conceito PASSA se a alternativa satisfaz todos os padrões de análise. Conceito NÃO PASSA se o contrário ocorrer.
31 ESCOLHA DO TERRENO 3.2- Avaliação das características desejáveis: Feita somente para as alternativas que satisfizerem as características indispensáveis. Pontuação das características pelo uso de escala numérica, sendo atribuídas notas de 0 a 10. Multiplicação dos pesos (importância) de cada característica descritos na Fase 1, pelas notas atribuídas nesta fase, a fim de obter-se nota ponderada para característica. Apuração das notas totais ponderadas de cada alternativa.
32 ESCOLHA DO TERRENO FASE 4 Avaliar adversidades das melhores alternativas: Nesta fase as melhores alternativas são submetidas a testes de situações adversas. Duas circunstâncias devem ser consideradas: O número de conseqüências adversas identificadas para cada alternativa. O grau de ameaça associado a cada uma das alternativas (Probabilidade X Seriedade).
33 ESCOLHA DO TERRENO SIT ACESSIBILIDADE E VISIBILIDADE NOTA 1 Na via principal e muito bem visível 10 2 Na via principal e bem visível 9 3 Na via principal e visível 8 4 Na via principal e pouco visível 7 5 Na via secundária e muito bem visível 6 6 Na via secundária e bem visível 5 7 Na via secundária e visível 4 8 Na via secundária e pouco visível 3 9 Fora da zona urbana e com aglomerado residencial 2 10 Fora da zona urbana e sem aglomerado residencial 1
34 ESCOLHA DO TERRENO SIT TOPOGRAFIA E RISCOS DE DESLIZAMENTOS NOTA 1 Plano e sem risco aparente de deslizamentos 10 2 Plano e com baixo risco aparente de deslizamentos 9 3 Plano e com médio risco aparente de deslizamentos 8 4 Plano e com alto risco aparente de deslizamentos 7 5 Ondulado e sem risco aparente de deslizamentos 6 6 Ondulado e com baixo risco aparente de deslizamentos 5 7 Ondulado e com médio risco aparente de deslizamentos 4 8 Ondulado e com alto risco aparente de deslizamentos 3 9 Acidentado e com médio risco de deslizamentos 2 10 Acidentado e com alto risco aparente de deslizamentos 1
35 ESCOLHA DO TERRENO SIT TOPOGRAFIA E RISCOS DE DESLIZAMENTOS NOTA 1 Plano e sem risco aparente de deslizamentos 10 2 Plano e com baixo risco aparente de deslizamentos 9 3 Plano e com médio risco aparente de deslizamentos 8 4 Plano e com alto risco aparente de deslizamentos 7 5 Ondulado e sem risco aparente de deslizamentos 6 6 Ondulado e com baixo risco aparente de deslizamentos 5 7 Ondulado e com médio risco aparente de deslizamentos 4 8 Ondulado e com alto risco aparente de deslizamentos 3 9 Acidentado e com médio risco de deslizamentos 2 10 Acidentado e com alto risco aparente de deslizamentos 1
36 ESCOLHA DO TERRENO Vários outros itens deverão ser analisados, sempre levando em conta a importância para o projeto. Itens como: - Disponibilidade de energia elétrica - Disponibilidade de água - Disponibilidade de esgoto - Existência de obstruções (cabos aéreos, tubulações Subterrâneas, valetas, etc.) - Dentre outros.
37 ERROS DE LOCALIZAÇÃO Usiminas O custo estimado U$ 238 milhões O custo efetivo U$ 225 milhões Foi gasto mais de U$ 60 milhões para se construir uma cidade para os trabalhadores, porque o local escolhido não era habitado.
38 ERROS DE LOCALIZAÇÃO Cosipa O custo estimado U$ 151,5 milhões O custo efetivo U$ 299 milhões Aumento do gasto da construção civil de U$ 103 milhões para U$ 190, pois parte do terreno era área de mangue.
39 Bibliografia CASAROTTO FILHO, N. Projeto de negócio: estratégias, estudo de viabilidade e plano de negócio. São Paulo: Atlas, COHEN, E., FRANCO, R. Avaliação de projetos sociais. Rio de Janeiro: Vozes, CLEMENTE, Ademir. Projetos Empresariais e Públicos. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 2008 FONSECA, José W. F. da. Elaboração e Análise de Projetos: a viabilidade econômicofinanceira. São Paulo: Atlas, HOLANDA, N. Planejamento e projeto. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, MATHIAS, W. F., WOILER, S. Projetos: planejamento, elaboração e análise. 2 ed. São Paulo: Atlas, SANDES, Reinaldo. Elaboração e Análise de Projetos. Slides utilizados em sala de aula; Montes Claros-MG: Unimontes, WOILER, Sansão; MATHIAS, Washington Franco. Projetos: planejamento, elaboração, análise. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.
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