Projeto Sustenta a MATA - Preservando florestas. Desenvolvendo comunidades.
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- Daniel Fonseca Cunha
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1 Uso Econômico Sustentável de Florestas: Iniciativa prática de projetos da The Nature Conservancy do Brasil em três sítios das região Sudeste e Sul da Mata Atlântica Insert Image Credit Projeto Sustenta a MATA - Preservando florestas. Desenvolvendo comunidades.
2 Contexto A crescente exploração dos recursos naturais de forma desordenada e o uso sustentável do meio ambiente vêm a cada dia se fixando como um dos mais novos paradoxos da sociedade contemporânea. Produção x Rentabilidade? Uso da terra x Conservação ambiental Econômico x Social e Ambiental Degradação ambiental
3 A manutenção de serviços ambientais básicos se impõe à sociedade e é necessário uma consciência ambiental verdadeiramente sustentável. As populações mais imediatas aos remanescentes florestais, são desafiadas a mudanças impostas por pressão interna e externa, por serem as primeiras a sentirem os impactos diretos e por estes impactos ecoarem nas imediações.
4 Legislação Para os pequenos produtores rurais a restauração das áreas de preservação permanentes (APPs) e da reserva legal (RLs) tem um elevado custo e ainda é vista apenas como um passivo. Lei de Art. 9: Permissão de atividades de baixo impacto na APP (coleta de sementes, pequenas obras para acesso e moradia, pesquisa e exploração Agroflorestal) - Art. 17: Manutenção da RL com vegetação nativa - 1: exploração econômica da RL mediante aprovação do órgão ambiental - 2: estabelecimentos de regras simplificadas pelos órgãos do SISNAMA para o manejo da vegetação em RL de pequenas propriedades ou posses rurais - Art. 21: autoriza a coleta de PFNM na RL. - Cap VII: Exploração florestal (autorização do órgão ambiental através de PMFS)
5 Produtos da Sociobiodiversidade
6 Objetivo Apresentar um estudo de caso da The Nature Conservancy na instalação de modelos de restauração participativa com o viés econômico em diferentes regiões da Mata Atlântica no sudeste e sul do Brasil.
7 Projeto Sustenta a MATA - Preservando florestas. Desenvolvendo comunidades Incentiva a restauração das florestas, com a utilização de modelos que reduzam os custos envolvidos através de retornos econômicos em curto, médio e longo prazo. Participação comunitária na definição dos modelos de restauração Capacitação da comunidade para implantação dos modelos Restauração das florestas Monitoramento e Divulgação dos resultados Geração de renda pela restauração e pelos produtos e serviços advindos da restauração
8 Envolvimento da comunidade O reconhecimento do papel das comunidades na conservação da floresta é um foco importante desse projeto. Transformação da relação das pessoas com o ambiente, através da valorização da floresta e visão de que é possível conservar e ter retorno financeiro. Com isso, além de provar conceitos que possam ser replicados em larga escala, o projeto gera oportunidades de trabalho e renda, capacitação e replicação do conhecimento adquirido.
9 Sítios de restauração (130ha)
10 SP - Mosaico de UCs do Jacupiranga - MOJAC (60ha) - Maior conjunto de áreas protegidas do Estado de São Paulo - Extensas áreas contínuas de Mata Atlântica preservadas - Parque Estadual do Rio Turvo Cajatí-SP - RDS Lavras Cajatí - RDS Quilombos Barra do Turvo (BT) SP - RDS Barreiro Anhemas BT - SP - RDS Pinheirinhos BT - SP - RDS Itapanhapima Cananeia SP - RESEX Ilha do Tumba Cananeia - SP - População rural com um dos piores IDH do Estado de SP - Comunidades remanescentes de Quilombos de SP
11 Turvo PR 50 ha - Florestas de araucárias (FOM) - Pequenas propriedades rurais - Áreas de comunidades faxinalenses - erva-mate - pinheiro-do-paraná canela imbuia - Áreas de APPs e fora de APP
12 SC Reserva Florestal Caçador (20ha) Área da EMBRAPA Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) - Florestas de araucárias (FOM) - Estação Experimental de Caçador da Embrapa - Áreas de APPs com espécies invasoras de bambus - erva mate - pinheiro do paraná - bracatinga
13 Planejamento da restauração estrutura e parcerias MOJAC SP - Instituto Florestal de SP Fundação Florestal de SP UNESP Programa cílios do Ribeira Viveiros comunitários Comunidades - Associações Turvo PR - Instituto Agroflorestal Bernardo Hakvoort COPEL IAP Caçador SC - EMBRAPA Viveiros comunitários
14 Fomento a cadeia de restauração A atividade de restauração nestas áreas movimenta e fomenta o setor regional, agrega valores, incentiva a produção e restauração local e agrega renda, seja pela contratação de serviços especializados, mudas, insumos e outros.
15 Situação das áreas - diagnóstico
16 Possíveis ameaças e formas de superação Sitio Objetivos da Restauração Hectares Possíveis ameaças Formas de mitigação Restauração de serviços ecossistêmicos; A Restauração de áreas degradadas com espécies arbóreas nativas de interesse econômico; Manutenção de serviços ecossistêmicos; 45 Fogo e animais silvestres Treinamento e isolamento de áreas Enriquecimento de fragmentos degradados com espécies arbóreas nativas de interesse econômico; 15 B Restauração de serviços ecossistêmicos de APP distribuídas em pequenas propriedades rurais na região do Turvo no Paraná; 50 Ataque de pragas e insetos e geadas Manutenção operacional e época de plantio C Restauração de serviços ecossistêmicos de APP distribuídas em Unidade de Conservação no norte de Santa Catarina; 20 Espécies invasoras Módulos com espécies de crescimento rápido com o foco de superar a taquara
17 Modelos 2000 mudas/ha - MOJAC
18 Modelos 1225 mudas/há - MOJAC
19 CURSO D`ÁGUA Modelos MÓDULO DE RESTAURAÇÃO PARA FAIXA DE RESTAURAÇÃO OBRIGATÓRIA - PLANTIO TOTAL - TURVO 2,5 m 2,5 m Grupo de Preenchimento (5 X 2,5m) 800/ha Grupo de diversidade (5x2,5m) 800/ha Faixa de 5 m Faixa de 8 m Faixa de 15 m Total = 1600/ha
20 CURSO D`ÁGUA FAIXA DE RESTAURAÇÃO OBRIGATÓRIA (5, 8 ou 15 m) Modelos MÓDULO DE RESTAURAÇÃO PARA APP COM USO CONSOLIDADO - TURVO plantio total 2 m Erva-mate (8 X 4m) 312 / ha Bracatinga semeadura direta 4 m Grupo funcional Inicial (PFNMs) (8 x 4m) 312 / ha Grupo Funcional Médio (16X2 m e 16x4m) 468 / ha Grupo Funcional Final (16 X 4m) 156 / ha TOTAL = 1248 árvores/ha + bracatinga
21 Técnicas silviculturais Controle químico de formigas cortadeiras Controle inicial pré-plantio Controle plantio Repasses de manutenção Limpeza da área Manual Mecanizada Semi-mecanizada Controle de gramíneas Costal Tratorizada com barra de pulverização Escolha das espécies Espécies de uso econômico Espécies para maximização do acúmulo de biomassa
22 Técnicas silviculturais Número de mudas Plantio em área total Enriquecimento Abertura de berços Subsolagem da linha Broca perfuratriz Manual Coroamento Manual Químico Calagem Adubação de base Química Orgânica
23 Técnicas silviculturais Plantio Manual Plantadeira Irrigação Replantio Manutenção Limpeza das coroas Química Manual Controle de competidores Química Manual Poda artificial Adubação de cobertura Manejo florestal de nativas de interesse econômico
24 Capacitações de participantes 61 aprendizes MOJAC - PR 39 aprendizes em Turvo - PR As oficinas de capacitação para a implantação dos modelos de Restauração Florestal possibilitaram o treinamento dos aprendizes nas ações práticas do dia-adia em campo, assim como a troca de experiências entre aprendizes e técnicos da TNC e da consultoria contratada
25 Prospecção e aquisição de mudas MOJAC: - 90 espécies mudas - 10 viveiros comunitários Turvo: - 30 espécies mudas - 3 viveiros parceiro Caçador: - 30 espécies mudas - 1 viveiro comunitário
26 Cercamento e isolamento das áreas MOJAC: m cercas realizadas Turvo: m cercas realizadas Caçador: - Não necessitou isolamento
27 Implantação MOJAC: Abril de Contratação de 3 empresas para condução em campo Turvo: - Contratação do parceiro IAF para condução em campo da restauração Caçador: - Parceria com a EMBRAPA para condução da restauração
28 GERAÇÃO DE RENDA E PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA Das 100 pessoas beneficiadas pelo projeto 68 são diretamente envolvidas no mesmo e participaram das oficinas de capacitação, já 32 pessoas foram agregadas pela oportunidade de geração de renda no período de execução. Representação do total de pessoas beneficiadas pela geração de renda nas atividades de Restauração do projeto nas áreas do MOJAC-SP e Turvo-PR.
29 GERAÇÃO DE RENDA E PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA Representação da renda total gerada em R$ no MOJAC-SP e Turvo-PR * MOJAC Renda aproximada em 6 meses de atividades * TURVO PR renda aproximada em 10 meses de atividades Estimativa de renda adquirida por pessoa pelas atividades de restauração no MOJAC-SP e Turvo-PR. *
30 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DOS MODELOS DE RESTAURAÇÃO Plantas por hectare] Plantio total e enriquecimento MOJAC, tendo como carro chefe do sistema a jussara (Euterpe edulis) para comercialização da polpa. Indivíduos colhidos (50%) Total de plantas por hectare Juçara (2 x 8 m) 625 Árvores médias (2 x 16 m) 312 Árvores finais (4 x 16 m) 156 Árvores PNM (4 x 16 m) 156 Total 1248 Quantidade de kg/indivíduo (3 cachos a 3 kg - ano) Polpa de Jussara Frutos aproveitados (70%) por indivíduo (kg) Produção máxima (kg) Produção estimada (kg) 5º ano (70%) 6º ano (85%) 7º ano (100%) ,5 9 6,
31 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DOS MODELOS DE RESTAURAÇÃO Produção de sementes (estudos preliminares) Grupo Espéci es (ha) Matri zes Produção média (Kg/arv.) Tempo p/ produçã o (anos) Produçã o (kg/ha) Produção total (kg/17ha) Preço médio (R$/kg) Receita (R$/ha) Receita total (R$/17ha) Árvores médias ,13 7 4,42 75,14 396, , ,82 Árvores finais , ,72 284,24 331, , ,44 Árvores PNM ,30 6 6,60 112,20 189, , ,80 Total 27,74 471, , ,06 Estão sendo elaborados estudos de produção e rentabilidade das madeiras nativas para uso na propriedade. Estudos apontam viabilidade econômica para instalação dos modelos propostos
32 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DOS MODELOS DE RESTAURAÇÃO TURVO - PR Foram realizadas avaliações econômicas preliminares - Receitas da venda de erva-mate verde (folhas e ramos in natura) - A primeira poda de produção deve ocorrer no quarto ano após o plantio, produzindo 10 kg de folhas e ramos por planta, e que a produção se estabiliza a partir da terceira colheita no oitavo ano após o plantio, produzindo 15 kg/planta em intervalos bianuais. - A produção de erva-mate e produtos não-madeireiros será constante ao longo do tempo considerado (30 anos), - A produção de lenha se inicia no quinto ano após o plantio, quando as árvores de bracatinga começarem a ser retiradas do sistema. - No 15º ano, a bracatinga é eliminada do sistema e a produção de madeira serrada (madeiras médias) pode ser iniciada. - Os modelos apresentam viabilidade econômica
33 Vanessa Jó Girão Paulo Santana OBRIGADO!
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