Racismo, Eqüidade e Saúde. Bioética e Controle Social. Existo porque existimos, existimos por que existo
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- Afonso João Vítor Branco Fialho
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1 Racismo, Eqüidade e Saúde Existo porque existimos, existimos por que existo Bioética e Controle Social IV Simpósio Internacional de Hemoglobinopatias 05 de setembro de 2007 Drª Maria Inês da Silva Barbosa UNIFEM 1
2 A Redenção de Cam 2
3 De todas as formas de iniquidade, injustiça na atenção à saúde é a mais chocante e desumana. Martin Luther King Jr. 3
4 AÇÕES AFIRMATIVAS NO SUS PACTUANDO A AGENDA DE COMPROMISSOS PELA PROMOÇÃO DA EQUIDADE NA ATENÇÃO À SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA NO SUS 4
5 AÇÕES AFIRMATIVAS NO SUS PPA Mega-objetivo 1: Inclusão social e redução das desigualdades sociais, pela equalização de oportunidades e de condições de cidadania, considerando gênero, raça/etnia, orientação sexual e pessoas portadoras de necessidades especiais. 5
6 IGUALDADE U P N R EQUIDADE I V N E C CONTROLE SOCIAL Í S P A I INTEGRALIDADE L O I S DESCENTRALIZAÇÃO A D E D O S U S 6
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9 AGRAVOS À SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA ADQUIRIDAS (Cond. Sócio-Econômica Desfavorável) Desnutrição, Violência, Morte, DST Aids,Tuberculose, Malária, Hanseníase, ocupacionais, mentais, abuso subst. psicoativas. EVOLUÇÃO AGRAVADA OU TRATAMENTO DIFÍCIL Hipert. Arterial, Diab.Mellitus, coronariopatia, Insuf. Renal Crônica, câncer, mioma. CONDIÇÕES FISIOLÓGICAS ALTERADAS Ciclo vital: nascimento, gestação, parto, puerpério. GENÉTICA e ETNICAMENTE DETERMINADAS Def. enzimática G-6-F, Diab. Mellitus, Hipert. Arterial, Anemia falciforme. 9
10 PLANO NACIONAL DE SAÚDE Diretriz de promoção da equidade na atenção à Saúde da população negra 2 metas específicas: 50% dos municípios com profissionais capacitados no atendimento adequado da população negra; 50% dos municípios com serviços diagnósticos e tratamento de hemoglobinopatias. 10
11 Termos de Compromisso MS e SEPPIR MS, SEPPIR, CONASS, CONASEMS e OPAS 11
12 Política de Saúde da População Negra Eixos de ação Produção de conhecimento científico no campo da saúde da população negra; Capacitação dos profissionais para a mudança de atitude diante das peculiaridades do processo saúde/doença na população negra; Informação e comunicação em saúde, promovendo a equidade e combatendo o racismo institucional; Atenção integral à saúde da população negra. 12
13 Gestão da Saúde da População Negra Proposta Orçamentária Programa: Atenção à Saúde de Populações Estratégicas e em Situações Especiais de Agravos código 1312 Componente: Atenção à Saúde da População Negra Objetivos: Mobilizar três esferas de governo e gestão do SUS na promoção da equidade em saúde da população negra Incentivar a participação qualificada dos movimentos sociais negros e de matrizes religiosas afro-brasileiras. Monitorar aplicação de recursos previstos para os programas de maior relevância, conforme perfil epidemiológico da população negra. 13
14 Gestão da Saúde da População Negra Estratégias Apoio à implantação de nove Comitês Estaduais de Saúde da População Negra Oficinas Estaduais de Apoio ao monitoramento das ações de promoção da equidade na atenção à Saúde da População Negra. Apoio a Oficinas de Gestão Participativa das iniciativas no campo da atenção à Saúde da População Negra. Pactuação na Comissão Inter-gestores Tripartite do SUS 14
15 ANÁLISES DE SITUAÇÃO SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA De 1980 a 2000, a diferença relativa entre os níveis de mortalidade infantil de negros e brancos menores de um ano passou de 21% para 40%, praticamente dobrando a disparidade. 15
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17 O risco de ter aids é 74% maior entre pretos que entre brancos, e 2 vezes maior para mulheres pretas que entre as brancas. Entre 2000 e 2004, o percentual de casos de aids registrados com a variável raça/cor caiu na população que se disse branca de 65,5% para 62% entre os homens, e de 63,9% para 56,7% entre as mulheres. Já na população que se auto-referiu como preta ou parda, ocorreu o inverso - os percentuais subiram de 33,4% para 37,2% entre os homens, e de 35,6% para 42,4% entre as mulheres. O indicador de conhecimento sobre formas de transmissão da Aids é quase 13% menor entre os negros do que o obtido entre os brancos. 17
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19 Violência e Morte Precoce Entre 1998 e 2000, causas externas foram a razão de óbito de 25% da população negra e 16% dos óbitos dos brancos. Os homicídios foram responsáveis por 12,3% dos óbitos da população negra masculina e por 5,5% dos homens brancos. 19
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22 Situação de Saúde das Mulheres Negras As mulheres negras têm: menores chances de fazer consultas ginecológicas completas ou consultas prénatal e de receber as informações necessárias sobre o parto. maiores probabilidades de ter o primeiro filho antes dos 16 anos 22 de idade.
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24 Distribuição da população segundo raça/cor. Brasil e regiões, % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste Branca Preta Parda Indígena Sem declaração 24
25 Pobreza X Raça/cor Dentro do mesmo estrato social, como o de baixa escolaridade, a diferença, entre brancos e negros, do risco de morte por homicídio persiste, assim como o risco de morte por tuberculose e por atropelamento, mostrando que a diferença deve ser explicada além da pobreza. 25
26 Proporção de nascidos vivos segundo número de consultas de pré-natal e raça/cor, Brasil, Negra Branca Preta Amarela Parda Indígena Nenhuma 5,0 1,6 6,0 4,8 5,0 11,7 7 e + 37,1 62,5 40,1 39,2 37,0 26,7 26
27 Análise da Tuberculose Segundo Raça/Cor Considerando as taxas padronizadas de mortalidade para o ano 2003, o risco de morrer por tuberculose foi 1,9 vezes maior para a cor parda comparada com a branca, 2,5 vezes maior para a cor preta comparada com a branca e 2,0 vezes maior para a raça negra comparada com a branca. 27
28 Diferenças segundo Raça/Cor O risco de morte por desnutrição mostrou diferenças, sendo 90% maior entre crianças pretas e pardas que entre brancas. O risco de uma pessoa negra morrer por causa externa foi 40% maior que o risco de uma pessoa branca. Os maiores contrastes aconteceram na região Nordeste, onde a proporção de óbitos por causas externas foi 9% entre os brancos e 20% entre os negros e na região Sudeste, onde as proporções foram respectivamente 12% e 21%. 28
29 Pobreza X Raça/cor Dentro do mesmo estrato social - como o de baixa escolaridade - a diferença, entre brancos e negros, para o risco de morte por homicídio persiste, assim como o risco de morte por tuberculose e por atropelamento, mostrando que a diferença deve ser explicada além da pobreza. 29
30 Escolaridade X Raça/cor No grupo de menor escolaridade, o risco relativo de morte por homicídio foi de 1,3 vez na população preta e 1,1 vez na parda em relação à população branca. No grupo de maior escolaridade, o risco relativo sobe para 2,2 vezes na população preta e 1,9 vez na população parda. A variável raça/cor tem pronunciado significado no risco relativo do grupo de maior escolaridade. 30
31 31
32 GESTÃO DA SAÚDE QUILOMBOLA Portaria 106/04/PRES/FUNASA Financiamento de projetos especiais de saneamento básico para comunidades remanescentes de quilombos. Portaria 1434/04/GM/MS Incremento de 50% nos incentivos de Saúde da Família e Saúde Bucal para os municípios com comunidades remanescentes de quilombos. 32
33 Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal 33
34 CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 34
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37 UEL-UFPR-UNIFESP-UERJ-UEMG-UNB-UEMS-UNEB-UFBA-UFAL-UEMC Subsecretaria de Direitos Humanos - SEDH Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR Ministério da Educação- MEC/SESU Ministério da Saúde PN-DST/AIDS 37
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40 Cooperação Internacional 40
41 Para mais informações Gestão da Saúde da População Negra no Min. da Saúde: Ou: e selecionar, no menu ASSUNTO, o item SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA Publicação: Saúde da População Negra no Brasil. FUNASA, 2005: pdf 41
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