Os desafios para a educação dos trabalhadores e trabalhadoras: impasses e possibilidades de avanços
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- Alfredo Mangueira Mirandela
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1 Fundação Jorge Duprat Figueredo de Saúde e Medicina no Trabalho Fundacentro Ministério do Trabalho e Emprego PRESIDÊNCIA Os desafios para a educação dos trabalhadores e trabalhadoras: impasses e possibilidades de avanços Profa. Dra. Maria Amélia Reis Presidenta da Fundacentro 28 de Abril / 2015
2 Refletir sobre o tema Por onde começar... Contando uma estória!! A escola que era de vidro... Ou... A sociedade feita de vidros??
3 Refletir sobre o tema Por onde começar... Os saberes desconhecidos...ou silenciados Para que servem? Para quem serve? O senhor faz pergunta de quem sabe já a resposta. Mas eu explico assim. A educação que chega pro senhor é a sua, da sua gente, É pros usos do seu mundo. Agora, a minha educação é a sua. Ela tem o saber de sua gente e, ela serve pra que mundo? " Lavrador Antonio Cícero
4 Principais questionamentos - Qual o papel da educação e de sua inscrição nos cursos de qualificação e capacitação de recursos humanos na indústria da construção na atualidade? - Processos culturais vivos referenciam os saberes locais e regionais necessários à formação e qualificação de recursos humanos? - Sob quais condições se educa social e politicamente nos cursos de qualificação e capacitação dos recursos humanos? - Até que até que ponto a qualificação e a formação de recursos humanos contemplam os preceitos de uma educação crítica em sua relação com o trabalho?
5 Qualificação e a transformação social O professor como educador e educando Educando pela práxis A práxis como fundamento do pensar e do conhecer humano Educação como processo mediado pelas relações humanas
6 O professor como educador e educando Educador e educando, ambos em comunhão criadora, libertam-se mutuamente para chegar a serem, ambos, produtores de novas experiências e novas oportunidades criativas na busca por novos caminhos.
7 O professor como educador e educando Uma educação que procura desenvolver a tomada de consciência e a atitude crítica, graças à qual o homem escolhe e decide, liberta-o em lugar de submetê-lo, de domesticá-lo, de adaptá-lo, como faz com muita frequência a educação em vigor num grande número de países do mundo, educação que tende a ajustar o indivíduo à sociedade, em lugar de promove-lo em sua própria linha.
8 Educando pela práxis Educar é construir, é libertar o homem do determinismo Educar é reconhecer o papel da História do homem, sua identidade cultural, de gênero e classe social Educar é respeitar essa identidade, possibilitar a autonomia e as experiências vividas pelos educandos. A educação é ideológica, mas dialogante, pois só assim pode se estabelecer a comunicação que propicia a aprendizagem entre seres que são constituídos de almas, desejos e sentimentos diversos.
9 A práxis como fundamento do pensar e do conhecer humano todo processo político educativo é o desenvolvimento das capacidades e potencialidades do educando para gerir sua própria vida e trabalho, seu próprio processo educativo e, oportunamente, participar da gestão da própria sociedade democrática, isto é, o objetivo fundamental da educação é instrumentalizar o educando para sentir, pensar e agir autônoma, crítica e criativamente no contexto social em que vive.
10 A práxis como fundamento do pensar e do conhecer humano A educação como prática da liberdade, é práxis, é ato de conhecimento com a aproximação crítica da realidade que se exercita. A qualificação e a formação profissional se devem dar por meio de uma educação político-crítica da realidade
11 Educação como processo mediado pelas relações humanas "ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo".
12 Educação como processo mediado pelas relações humanas Uma educação que procura desenvolver a tomada de consciência e a atitude crítica, graças à qual o homem escolhe e decide, liberta-o em lugar de submetê-lo, de domesticá-lo, de adaptá-lo, como faz com muita frequência a educação em vigor num grande número de países do mundo, educação que tende a ajustar o indivíduo à sociedade, em lugar de promovê-lo em sua própria história.
13 Para a educação crítica que liberta Dialogicidade é a essência da educação como prática da liberdade. Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. (p.108). O diálogo começa na busca pelo conteúdo. Temas geradores universo temático Não se faz para, se faz com o público. A tarefa do educador dialógico é, trabalhando em equipe interdisciplinar este universo temático recolhido na investigação, devolvê-lo, como problema, não como dissertação, aos homens de quem recebeu. (p.142)
14 Para uma qualificação/formação Como deveria ser? Como costuma ser? crítica aquela que tem que ser forjada com ele e não para ele. (p.17) um dos elementos básicos na mediação opressoresoprimidos é a prescrição [pauta dos opressores]. Toda prescrição é a imposição da opção de uma consciência a outra. (p.18) querem ser, mas temem ser. (...) entre dizerem a palavra ou não terem voz, castrados no seu poder de criar e recriar, no seu poder de transformar o mundo. (p.19)
15 Necessário fugir de uma... Concepção bancária na educação Há uma quase enfermidade da narração. A tônica da educação é preponderante esta narrar, sempre narrar. (p.33) Conteúdos são retalhos da realidade desconectados da totalidade em que se engendram e em cuja visão ganhariam significação. (p.33) O saber é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber (p.33)
16 Educação para a submissão Vigiar, conhecer, dominar, utilizar e romper comunicações perigosas...
17 Para uma educação crítica portanto... Possibilidades emancipatórias ocorrerão a partir do trabalho que parte das necessidades do trabalhador Nesse processo a importância da educação pela práxis como integradora do todo educacional: intercultural, interdisciplinar, transdisciplinar, plural e sempre complexo. (REIS, 2014, p. 7) O processo de conhecer se desenvolve e avança na medida em que as pessoas, em grupo, coletivamente, discutem e enfrentam seus problemas, seus conflitos e contradições comuns. Ação participativa, plenamente anunciada por Paulo Freire ao afirmar que "ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo". (REIS, 2014, p. 10) REIS, Maria Amélia. A Educação pela Práxis em Museus: desafios e avanços rumo a uma educação emancipatória, intercultural e transformadora. In: CECA. Documento Conceptual para la Reunión CECA La educación es el arma más poderosa para cambiar el mundo
18 Qualificação e formação críticas Passos para o desenvolvimento dessa práxis... 1º: possibilitar a definição dos objetivos educacionais pelo próprio grupo, tendo em vista suas expectativas, a explicitação de seus interesses e as necessidades do trabalho 2º: discutir e explicitar os conceitos construídos, as expectativas a respeito dos projetos de interesse do grupo. 3º: Construção do caminho a seguir com o grupo 4º: decompor o tema, desagregá-lo em seus fatos, fenômenos e nós. A aula propriamente dita 5º: síntese e a avaliação de todas as experiências e novos saberes construídos.
19 Obrigada!
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