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1 Capítulo 4 Resolução de Sistemas de Equações Lineares 4. Introdução Aresolução de sistemas de equações lineares é um dos problemas numéricos mais comuns em aplicações científicas. Tais sistemas surgem, por exemplo, em conexão com a solução de equações diferenciais parciais, determinação de caminhos ótimos em redes (grafos) e interpolação de pontos, dentre outros. Consideraremos aqui, inicialmente, a resolução de um sistema de equações lineares de n equações a n variáveis (incógnitas), a x + a 2 x a n x n = b a 2 x + a 22 x a 2n x n = b 2... a n x + a n2 x a nn x n = b n ou, escrito na forma matricial, Ax = b (4.) onde A é uma matriz quadrada, de ordem n, ex e b são vetores de n elementos, a a 2... a n x b a 2 a a 2n x = b 2.. a n a n2... a nn x n b n AmatrizA pode apresentar, dependendo do problema de onde o sistema foi derivado, uma certa estrutura e esparsidade. Uma matriz éditaestruturada se os seus elementos estão dispostos de uma determinada forma como, por exemplo, ao longo de algumas diagonais e/ou colunas/linhas (figuras 4.-a) e 4.-b), como um triângulo (a matriz em 4.-c éditatriangular inferior) ou, ainda, sem estrutura qualquer (4.-d). Além disso, as matrizes mostradas na figura 4. apresentam alguns elementos nulos. Uma matriz éditaesparsa se ela contém, aproximadamente, em torno de 9% de elementos nulos; caso contrário, ela éditadensa. Emconseqüência, pode-se dizer que um sistema é esparso ou denso, dependendo de como é a matriz de coeficientes do sistema. Uma das principais metas a se atingir, na resolução de um sistema de equações lineares, é obterasuasolução no menor espaço de tempo e, se possível, sem alterar a sua estrutura e/ou esparsidade. Por isso, existem certos métodos e/ou algoritmos específicos para se resolver alguns sistemas particulares, conforme veremos a seguir. 6

2 (a) (c), (b), (d) Figura 4.: Estruturas típicas de matrizes: (a)tridiagonal, (b)flecha, (c)triangular inferior, (d) não-estruturada. 4.2 Resolução de Sistemas Triangulares de Equações Lineares Se o sistema (4.) apresenta sua matriz de coeficientes A na forma triangular seja ela inferior, como mostrado na figura 4.-c, ou superior então é possível resolvê-lo de forma imediata, através de substituição direta, para matrizes triangulares inferiores, e de retro-substituição, para matrizes triangulares superiores. Suponha então um sistema triangular inferior, onde L =, Lx = b (4.2) l l 2 l 22 l 3 l 32 l l n l n2 l n3... l nn Nesse caso, as incógnitas x, x 2,..., x n, podem ser facilmente determinadas como x = b l x 2 = b 2 l 2 x l 22 x 3 = b 3 l 3 x l 32 x 2 l x n = b n n j= l njx j l nn O processo acima, denominado de substituição direta, pode ser expresso de forma algorítmica como. A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 62

3 Algoritmo 4.2. Substituição Direta proc substituição direta(input: L, b; output: x) for i =, 2,...,n do s for j =, 2,...,i do s s + l ij x j x i bi s l ii endproc onde De forma similar, podemos resolver o sistema triangular superior U = Ux = b (4.3) u u 2 u 3... u n u 22 u u 2n u u 3n.... u nn Nesse caso, as incógnitas x, x 2,..., x n, podem ser facilmente determinadas como x n = b n u nn x n = b n u n,n x n u n,n. x n 2 = b n 2 u n 2, x u n 2,2 x 2 u n 2,n 2... x = b n j=2 u jx j u Note que, devido à estrutura de U, asincógnitas são obtidas na ordem contrária àquela com que são obtidas as incógnitas em um sistema triangular inferior. Esse processo é denominado de retro-substituição e pode ser expresso de forma algorítmica como Algoritmo Retro-substituição proc retro substituição(input: U, b; output:x) for i = n, n,..., do s for j = i +,i+2,...,n do s s + u ij x j x i bi s u ii endproc A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 63

4 4.3 por Eliminação Gaussiana Se o sistema de equações lineares não apresenta uma forma simples, tal que se possa determinar as incógnitas facilmente, então podemos efetuar modificações no sistema de tal forma que o transformamos em um sistema triangular, preservando a solução do sistema anterior. Uma vez feitas estas modificações, a solução é obtida de forma imediata, conforme visto na seção anterior. Um processo desse tipo é aquele chamado de eliminação Gaussiana, o qual consiste em se aplicar operações elementares somas e multiplicações àslinhasdamatrizdecoeficientesedo vetor independente b, de tal forma que a matriz passe a ser triangular superior. Suponha, por exemplo, o sistema x x 2 x 3 = cuja solução é x = x 2 = x 3 =. Para transformarmos a matriz A em uma matriz triangular superior, devemos eliminar os elementos abaixo da diagonal principal de A. Para tanto, se multiplicamos a primeira linha por a 2 /a = /4 e subtraímo-la da segunda, temos: , 5 3, 75 x x 2 = 4 8 x 3 9, 25 2 Agora, para eliminar o termo a 3, multiplicamos a primeira linha por a 3 /a =/ e subtraímo-la da terceira: , 5 3, 75 x 9 x 2 =, x 3 3 Note que os elementos do vetor independente b são modificados também! A matriz agora é praticamente triangular superior; falta eliminar o termo a 32. Para tanto, basta multiplicar a segunda linha por a 32 /a 22 = 2/7, 5 e subtraí-la da terceira, de onde , 5 3, 75 x x 2 = 6 x 3 9, 25 6 Agora, podemos utilizar o algoritmo de retro-substituição para determinar as incógnitas: x 3 =, 25 3, 75 x 2 = = 7, 5 9 (2 +3 ) x = = 4 Podemos sumarizar o processo então da seguinte forma: para se eliminar os elementos abaixo da diagonal na k-ésima coluna (ou seja, os elementos das linhas k +, k +2,..., n na coluna k), usamos o elemento a kk chamado de pivô para calcularmos um multiplicador z = a ik a kk para cada i-ésima linha abaixo da linha k. Esse multiplicador será utilizado para multiplicar a k-ésima linha e subtraí-la da linha i (incluindo, aqui, os elementos do termo independente b). Uma vez eliminados todos os elementos abaixo da diagonal principal de A, resta-nos uma matriz triangular superior,e,então, podemos determinar a solução x usando o algoritmo da retro-substituição. O processo de eliminação Gaussiana pode ser descrito de forma algoritmica como A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 64

5 Algoritmo 4.3. Eliminação Gaussiana proc eliminação Gaussiana(input: A, b; output: x) for k =, 2,...,n do for i = k +,k+2,...,n do z a ik a kk a ik for j = k +,k+2,...,n do a ij a ij za kj b i b i zb k call retro substituição(a, b, x) endproc 4.3. Dificuldades O processo de eliminação Gaussiana, descrito acima, não consegue resolver todo e qualquer sistema. Considere, por exemplo, o sistema [ ][ ] [ ] x = (4.4) x 2 2 o qual tem como solução x = x 2 =. No entanto, se formos aplicar eliminação Gaussiana a esse sistema, ele falhará, pois o pivô a =. Éóbvio, portanto, que os pivôs não podem ser nulos. O sistema (4.4) pode, no entanto, ser modificado, procedendo-se a uma troca de linhas - imediatamente temos um sistema triangular superior. No entanto, épossível que, ao longo do processo de eliminação Gaussiana, surja um zero na diagonal principal e não seja possível, por qualquer troca de linhas, removê-lo. Nesse caso, o sistema não tem solução ; o algoritmo para a eliminação Gaussiana deve ser modificado adequadamente para se levar em conta tal possibilidade. Opróximo exemplo mostra uma outra dificuldade associada ao método: [ ][ ] [ ] ε x = (4.5) x 2 2 onde <ε, cuja solução correta é x = ε x 2 = 2ε ε No entanto, se aplicarmos eliminação Gaussiana ao sistema (4.5), obteremos x 2 = 2 ε ε x =( x 2 )ε o qual obviamente aproxima bem x 2, mas o valor de x é completamente errado! Isso acontece porque, se ε é pequeno o suficiente em um determinado computador, tanto 2 ε quanto ε serão calculados como ε (devido à perda de dígitos significativos na subtração). Desse exemplo, tiramos uma outra lição: o pivô deve, sempre, ser escolhido como o maior possível, em módulo. O processo de escolha de pivôs, chamado de pivotamento, implica na troca de linhas da matriz de coeficientes (bem como do termo independente b). Computacionalmente, no entanto, não é Esta é, inclusive, uma maneira de se determinar se o sistema é singular, istoé, a matriz de coeficientes não tem inversa. A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 65

6 aconselhável se movimentar dados na memória de forma excessiva, pois o tempo de execução do algoritmo passa a ser proibitivo. Podemos, no entanto, modificar o algoritmo de eliminação Gaussiana utilizando um vetor auxiliar de índices chamado de p o qual implicitamente diz quais linhas foram trocadas; os elementos desse vetor são utilizados para se acessar convenientemente os elementos da matriz e do termo independente. Note, ainda, que o algoritmo deve ser capaz de tratar o caso no qual não é necessário se efetuar qualquer troca de linhas. No algoritmo a seguir, é feito também um escalonamento das linhas, isto é, um fator s i = max j n a ij, i =, 2,...,n é calculado para cada linha. Esse fator é utilizado para se escolher um pivô que seja o maior relativo aos elementos de uma coluna; em outras palavras, na k-ésima coluna, iremos selecionar o maior valor a pik /s pi nas linhas k i n. O algoritmo para a eliminação Gaussiana com pivotamento e escalonamento pode ser expresso como segue: Algoritmo Eliminação escalonamento Gaussiana com pivotamento e proc eliminação Gaussiana pivotamento e escalonamento(input: A, b; output: x) for i =, 2,...,n do p i i s i max j n a ij for k =, 2,...,n do j k for i = k +,k+2,...,n do if ( a pik /s pi a pjk /s pj ) then j i break endif q p k p k p j p j q if (a pk k =)then break endif for i = k +,k+2,...,n do z a p i k a pk k a pik z for j = k +,k+2,...,n do a pij a pij za pk j b pi b pi zb pk for i = n, ( n,..., do x i b pi ) n j=i+ a p ijx j /a pij endproc A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 66

7 Note que os fatores a p i k a pk k utilizados para se eliminar os elementos abaixo da diagonal são armazenados na matriz A, onde se colocariam zeros (conforme utilizado no algoritmo da eliminação Gaussiana sem pivotamento). Isso é feito de forma a se poder obter, a partir do algoritmo acima, a fatoração LU da matriz A, conforme veremos na seção a seguir. O exemplo abaixo mostra o funcionamento do algoritmo descrito acima: Exemplo 4. Calcule a solução do sistema x x 2 = 3 x 3 2 Solução: Inicialmente, temos p =(, 2, 3) (de acordo com o algoritmo)e s =(6, 8, 3) (verifique, por inspeção). A cada passo, temos: A = k j p i z 3 (3, 2, ) 2, , 6667, , , 6667, , , , 2,, b =, , , k j p i z 2 3 (3,, 2) 3, 238, , , 6667 A =, 3333, 238, 5385 b = 3, 2,, Uma vez efetuada a eliminação, procede-se ao cálculo das incógnitas: i =3 :, 654 p 3 =2,x 3 =, 5385 =3, 3333 ( 2) i =2 : p 2 =,x 2 = 4, 3333 i = : p =3,x = 2 ( ) = Eliminação Gaussiana e a Fatoração LU, 3333, 654 2, Conforme visto na seção anterior, o algoritmo de eliminação Gaussiana com pivotamento e escalonamento produz, de forma implícita, uma matriz triangular inferior, uma matriz triangular superior e um vetor de permutação. Como essas matrizes foram obtidas por transformações sobre amatriza original, podemos de alguma forma relacioná-las entre si. Primeiramente, analisemos o vetor de permutação; seus elementos indicam qual linha foi trocada com outra, i.e., se p j = k, isso significa que a linha j foi trocada com a linha k. Essa permutação pode ser expressa, também, através de uma matriz de permutação, P,aqualtem como elementos apenas o e o. No exemplo mostrado na seção anterior, obtemos p =(3,, 2) ao fim; ou seja, a linha 3 está no lugar da linha ; a linha está no lugar da linha 2 e, por fim, a linha 2 está na linha 3. A matriz de permutação correspondente é P =. =2 A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 67

8 Arelação existente entre A e as matrizes triangular inferior, L; triangular superior, U; ea matriz de permutação P éaseguinte: PA = LU onde L é triangular inferior com diagonal unitária e os seus elementos abaixo da diagonal principal encontram-se armazenados na matriz A, ao final do algoritmo de eliminação Gaussiana com pivotamento e escalonamento, porém possivelmente permutados. Usando mais uma vez o exemplo anterior, temos: PA = LU =, , , , 3333, 238, 5385 = onde as matrizes L e U foram permutadas adequadamente, usando a matriz P.Pode-severificar, por inspeção, que o lado direito da igualdade éamatriza com as suas linhas trocadas conforme expresso por P. A fatoração LU é útil quando, para uma mesma matriz de coeficientes A, temos de resolver m sistemas de equações lineares Ax (j) = b (j), com termos independentes b (), b (2),..., b (m). Basta, então, obter a fatoração com o algoritmo de eliminação Gaussiana com pivotamento e escalonamento (sem calcular x i asúltimas três linhas do algoritmo), obtendo L, U e P. Valendose da igualdade PAx = Pb e, como PA = LU, podemos escrever L(Ux)=b, de onde a solução de um sistema Ax = b é obtida resolvendo-se dois sistemas triangulares: Ly = Pb Ux = y A fatoração LU, bem como a solução dos sistemas triangulares acima, são expressas pelos algoritmos e A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 68

9 Algoritmo Fatoração LU proc fatoração LU(input: A, b; output: A, b, p) for i =, 2,...,n do p i i s i max j n a ij for k =, 2,...,n do j k for i = k +,k+2,...,n do if ( a pik /s pi a pjk /s pj ) then j i break endif q p k p k p j p j q if (a pk k =)then break endif for i = k +,k+2,...,n do z a p i k a pk k a pik z for j = k +,k+2,...,n do a pij a pij za pk j endproc Algoritmo Resolve sistema usando LU proc resolve sistema LU(input: A, b, p; output: x) for i =, 2,...,n do z i b pi i j= a p ijz j for i = n, n,..., do x i endproc ( z i n j=i+ a p ijx j ) /a pii O Custo Computacional da Fatoração LU O custo computacional de um algoritmo numérico é, normalmente, medido em termos do número de multiplicações e/ou divisões, já que adições e subtrações são efetuadas em uma fração do tempo necessário para aquelas outras duas operaçõesaritméticas. Assim, ao nos referirmos a operações, estaremos nos referindo a multiplicações e/ou divisões. Para se obter a fatoração LU de uma matriz A, vemos que, quando k =, no algoritmo respectivo, para cada uma das n linhas abaixo da linha, é calculado um multiplicador e, então, um múltiplo da primeira linha é subtraído daquelas n linhas; isso nos dá n operações. A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 69

10 Como n linhas são processadas dessa forma, temos um total de n(n ) n 2 operações para aprimeiracoluna. Para as demais colunas, note que o mesmo raciocínio acima éválido, mas écomoseamatriz diminuísse de uma linha e uma coluna a cada novo valor de k. Assim, para todos os n pivôs a serem calculados, teremos: n 2 +(n ) = 3 n3 + 2 n2 + 6 n 3 n3 + 2 n2 aqualé obtida usando n k= k2 = 6n(n + )(2n +). Para se corrigir o termo independente b, gasta-se n operações, depois n 2, e assim sucessivamente, de onde (n ) + (n 2) +...+= 2 n2 2 n. Finalmente, o processo de retro-substituição custa n = 2 n2 + 2 n operações. Combinando todas as expressões, podemos dizer que, para se resolver m sistemas de equações lineares Ax (i) = b (i), usando a fatoração LU, apresenta um custo computacional de aproximadamente 3 n3 + ( 2 + m oquemostraqueé mais eficiente efetuar a fatoração LU apenas uma vez, e depois resolver os m sistemas lineares, do que se resolvêssemos cada sistema independentemente, pois o custo, nesse caso, seria da ordem de 3 mn Resolução de sistemas com múltiplos termos independentes Existem situações que requerem a solução de vários sistemas lineares, todos eles com a mesma matriz de coeficientes, porém com diferentes termos independentes. Como visto na seção 4.3.3, é mais vantajoso, nesse caso, realizar-se a fatoração LU de A, apenas uma vez; a solução de todos os sistemas é obtida, simplesmente, calculando-se as soluções dos sistemas triangulares Ly (i) = Pb (i) e Ux (i) = y (i), onde o índice (i) identifica um sistema específico Cálculo da inversa de uma matriz Uma dessas situações éocálculo da inversa de uma matriz. Note que tal cálculo não é realizado com o fim de se resolver um sistema de equações (utilizando-se a relação x = A b; aplicações que envolvam certas decomposições de matrizes exigem que se escreva um vetor v como XDX, onde X e D são matrizes. Seja então a matriz A, cujainversaa é desejada. Como, por definição, o produto entre uma matriz e a sua inversa é a matriz identidade I, ) n 2 AA = I (4.6) podemos escrever o problema de determinação da inversa na forma de um sistema de equações lineares com múltiplos termos independentes (e, conseqüentemente, múltiplas soluções) como onde X A, i.e., as colunas (X) i são as colunas de A. AX = I (4.7) A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 7

11 Dessa forma, obtendo-se a fatoração LU de A, a primeira coluna de A é obtida resolvendo-se os sistemas Ly (i) = P (4.8)... e U(X) = y () (4.9) e a segunda coluna éobtidacomo Ly (2) = P (4.)... e U(X) 2 = y (2) (4.) easdemaiscolunassão obtidas similarmente. Note que, computacionalmente, basta usar apenas um vetor y, sendo o mesmo reutilizado a cada novo sistema resolvido. Exemplo 4.2 Obtenha a inversa da matriz 2 A = 2 Solução: Aplicando-se o algoritmo 4.3.3, obtemos os fatores L, U e P : L =, 5, 5 U = P = Agora, aplica-se o algoritmo usando-se como termo independente o vetor (,,...,) T, i.e., resolve-se Ly () = P, 5 y () =, 5 y () = A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 7

12 e U(X) = y () (X) = (X) =,, e Para a segunda coluna, temos, 5, 5 Ly (2) = P y (2) = y (2) = U(X) 2 = y (2) (X) 2 = (X) 2 =,, 3, e Finalmente, para a terceira coluna, temos, 5, 5 Ly (3) = P y (3) = y (3) =, U(X) 3 = y (3) (X) 3 =, 5 (X) 3 =,, A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 72

13 Assim, A é dada por A = X =,,, 3,,,, e pode-se verificar que 2 2,,,, 3,,, AA = I = 4.4 Resolução Iterativa de Sistemas de Equações Lineares Em certos casos, não é conveniente se resolver o sistema Ax = b através de um método direto como a eliminação Gaussiana. Considere, por exemplo, a matriz A derivada da discretização em diferenças-finitas (com estêncil de 5 pontos) do operador diferencial 2, cuja estrutura é mostrada na figura 4.2; se aplicarmos a fatoração LU sobre A, alguns dos elementos que eram nulos em A passarão a ser diferentes de zero, tanto em L como em U (figura 4.3). Note que A tem 64 elementos não-nulos, ao passo que L e U apresentam um total de 34 elementos não-nulos. A. Estrutura da matriz A nz = 64 Figura 4.2: Estrutura da matriz A derivada da discretização em diferenças-finitas do operador diferencial 2. eliminação Gaussiana está, nesse caso, destruindo a estrutura e/ou a esparsidade da matriz, o que não é aconselhável, principalmente para matrizes grandes (n >). Por outro lado, mesmo quando a matriz é densa ou seja, a inserção de elementos não-nulos não implicará em aumento considerável do uso da memória pode não ser aconselhável utilizar um método direto, se a solução desejada necessita apenas um número pequeno de dígitos corretos. Estrutura da matriz L Estrutura da matriz U nz = nz = 67 Figura 4.3: Estruturas da matriz L (à esquerda)e U (à direita), resultantes da fatoração LU de A. A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 73

14 Uma outra razão, que justifica o uso de métodos iterativos (ver [3]), é o fato de seu custo computacional ser proporcional a n 2 (e, às vezes, até mesmoan), o que os torna bastante competitivos, se comparados a um método direto (cujo custo é proporcional a n 3 ) Normas de vetores e de matrizes Como todo processo iterativo, é necessário saber quando se alcançou a convergência do processo em nosso caso, obteve-se uma estimativa x k que aproxima suficientemente x = A b. Fazendo uma analogia com o método da bissecção (ver seção 2.2), onde se detectava a convergência quando o comprimento do intervalo era menor do que uma tolerância pré-especificada, aqui vamos também calcular um comprimento de um vetor (em IR n ). Para se calcular esse comprimento, utiliza-se uma norma. Uma norma de um vetor x pertencente a um espaço vetorial V é uma função x : V IR + que obedece aos seguintes postulados: x >, se x,x V λx = λ x, se λ IR,x V x + y x + y se x, y V (desigualdade triangular) A norma de um vetor é o seu comprimento no espaço vetorial V ;é uma generalização da noção de valor absoluto de um número real. Para o espaço vetorial IR n, a norma mais conhecida é a chamada norma Euclidiana, definida por x 2 = ( n i= x 2 i ) 2 (4.2) onde x =(x,x 2,...,x n ) T. Particularmente, em IR 2,temos x 2 = x 2 + x2 2,queé a expressão paraadistância de um ponto com coordenadas (x,x 2 )emrelação àorigemdosistemadeeixos cartesianos. Existemoutrasnormasquesão bastante usadas em cálculos numéricos, como a norma-l eanorma-l, x = n max i= x i (4.3) x = n x i (4.4) as quais são bem mais simples e menos onerosas de se calcular do que a norma Euclidiana Normas de matrizes Uma vez especificada uma norma de um vetor, a norma matricial subordinada é definida como para uma matriz An n. Pode-severificarque i= A =sup Au : u IR n, u = (4.5) Ax A x, x IR n Por exemplo, a norma matricial subordinada da norma vetorial é dada por A = n max i= n a ij (4.6) j= A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 74

15 4.4.3 Número de condição de uma matriz Normas de vetores e de matrizes nos permitem avaliar o quão suscetível a erros numéricos será uma computação empregando-se uma dada matriz A. Para tanto, suponha que se deseja resolver osistemaax = b, onde A é n n e A existe. Se A tem seus valores perturbados (isto é, ligeiramente modificados), gerando uma nova matriz B, asolução do sistema não émaisx = A b mas x = Bb. Essa perturbação pode ser medida em termos do comprimento do vetor x x, x x = x Bb = x BAx = (I BA)x I BA x ou x x I BA x o que nos dá umanoção do erro relativo entre x e x. De forma análoga, suponha que b foi perturbado, gerando um novo vetor b. Se x e x são as soluções de Ax = b e A x = b, podemos medir o erro absoluto entre x e x escrevendo e o erro relativo como x x = A b A b = A (b b) A b b x x A b b = A Ax b b b A A x b b b x x x A A b b b o que nos diz que o erro relativo em x é limitado pelo número A A. Essa quantidade é denominada de número de condição de A, eé denotada por Vejamos um exemplo do uso de κ(a). κ(a) = A A (4.7) Exemplo 4.3 Seja a matriz A e sua inversa A, [ ] +ε A = A ε = [ ε 2 ε +ε ]. Usando a norma-l,então A =2+ε e A = ε 2 (2 + ε), deonde ( ) 2 2+ε κ(a) = > 4 ε ε 2. Se ε,, então κ(a) 4. Isso quer dizer que, se b sofrer uma pequena perturbação, a perturbação relativa na solução do sistema Ax = b será 4 vezes maior! Uma matriz que tenha um número de condição muito grande é dita mal-condicionada, e pequenas variações nos valores de b induzirão um grande erro relativo no vetor solução do sistema. A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 75

16 4.4.4 Erros computacionais e condicionamento Qualquer solução de um sistema linear deve ser considerada uma solução aproximada, em virtude de erros de arredondamento e outros. O método mais natural para determinação da precisão de uma solução éverificarquão bem esta soluçãosatisfazo sistema original, calculando o vetorresíduo. Se a solução aproximada x for uma boa aproximação, pode-se esperar que cada componente de r = b A x seja pequeno, pelo menos em um conceito relativo. Há sistemasdeequações, contudo, em que o resto não proporciona uma boa medida da precisão da solução. São sistemas nos quais pequenas alterações nos dados de entrada conduzem a mudanças significativas na solução. Estes são denominados sistemas instáveis ou mal-condicionados. Exemplo 4.4 A solução exata do sistema { x + x 2 =2, x + x 2 =2, é x = x 2 =. Supondo que, devido a erros, a solução calculada fosse x = x 2 = 2, 5 o vetor resíduo neste caso seria R T =[, 5;, 5]. Entretanto, o erro em cada resposta, x e x 2,é de aproximadamente uma unidade. Por outro lado, os coeficientes também podem conter erros. Supondo que algum tipo de erro tenha mudado as equações acima para { x + x 2 =2, x + x 2 =2, 7 até mesmo uma solução bem diferente da anterior, como x = e x 2 = 98 produziria um resíduo bem pequeno, R T =[;, 3]. Erros deste tipo, ao contrário daqueles causados pela acumulação de erros de arredondamento, não podem ser evitados por uma programação cuidadosa. Como, então, determinar quando um problema é mal-condicionado? Figura 4.4: Os sistemas que descrevem a intersecção das retas são, da esquerda para a direita: bem-condicionado, mal-condicionado e singular. Em geral, tem-se a situação mostrada na figura 4.4, para o caso de duas retas. Quando o sistema é ordem maior, no entanto, deve-se recorrer a medidas algebricas para se estimar o malcondicionamento do sistema. Uma dessas medidas é o chamado determinante normalizado da matriz dos coeficientes. Paraobtê-lo, normaliza-se a matriz de coeficientes A dividindo-se cada A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 76

17 linha de A pela raiz quadrada da soma dos quadrados dos elementos de cada linha, norm A = a a 2 α a 2 a 22 α 2. a n α n a n α a 2n α 2 α α a n2 α n a nn α n = A α α 2... α n (4.8) onde α i = a 2 i + a2 i a2 in. Diz-se, então, que uma matriz A é mal-condicionada se o número norm A for pequeno, comparado com a unidade. Exemplo 4.5 Seja a matriz A = [, verifique se ela é mal-condicionada. Solução: Calculando-se α = e α 2 = 2, 2, podemos obter, norm A =, 5 α α 2 ou seja, A é dita ser mal-condicionada Métodos iterativos Dado um sistema não-singular de n equações lineares Ax = b, ummétodo iterativo para resolver esse sistema é definido por um conjunto de funções Φ k (x,x,...,x k,a,b), onde x =Φ (A, b) é uma estimativa inicial para a solução x = A b e x, x 2,... são as aproximações sucessivas para asolução, ] ; x = Φ (x,a,b) x 2 = Φ 2 (x,x,a,b). x k = Φ k (x,x,...,x k,a,b) As funções Φ k nos definem os métodos iterativos. Diz-se que um método é estacionário se, para um m>, Φ n não depende de n para todo n m, ouseja,φ=φ m =Φ m+ =... Nesse caso, x n+ depende de, no máximo, m vetores anteriores, x n, x n,..., x n m+. Por exemplo, para m =2,temos x = Φ (A, b) (4.9) x = Φ (x,a,b) (4.2) x k = Φ(x k 2,x k,a,b), k =2, 3,... (4.2) O grau de um método estacionário é ˆm (para ˆm m) se,paran m, x n+ depende de x n, x n,..., x n ˆm+ mas não para k<n ˆm+. O grau de um método iterativo definido pelas equações (4.9)-(4.2) é 2. Um método iterativo éditolinear se todas as funções Φ i são funções lineares de x, x,..., x n. Assim, um método iterativo estacionário linear de grau pode ser expresso por onde G é uma matriz e f um vetor, escolhidos adequadamente. x k+ = Gx k + f (4.22) A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 77

18 Para um método como em (4.22), podemos nos referir a um sistema linear relacionado, (I G)x = f; (4.23) onde I é a matriz identidade de ordem n. Por exemplo, se G = I A, f b, então (4.23) é equivalente a Ax = b. A definição de um método iterativo pode também ser feita a partir de uma matriz separadora, Q. Podemos escrever o sistema Ax = b na forma equivalente Qx =(Q A)x + b (4.24) isto é, x =Φ(x, A, b), o que nos leva a escrever um processo iterativo, de aproximações sucessivas, como Qx k =(Q A)x k + b, k =,,... (4.25) AmatrizQ deve ser escolhida de tal forma que se possa calcular rapidamente os x k equea seqüência x, x,... convirja rapidamente para a solução x = A b. A fim de obter uma condição necessária e suficiente para que haja convergência, reescrevemos (4.25) como x k =(I Q A)x k + Q b (4.26) Asolução x satisfaz a equação i.e., x éumponto fixo do mapa x =(I Q A)x k + Q b (4.27) x (I Q A)x k + Q b (4.28) Usando as equações (4.26) e (4.27), podemos obter uma expressão para o erro x k x como e, aplicando normas, temos x k x =(I Q A)(x k x) (4.29) x k x (I Q A) (x k x) (I Q A) 2 (x k 2 x). (I Q A) k (x x) (4.3) de onde lim k x =, k se (I Q A) < (4.3) desde que A e Q sejam invertíveis Refinamento iterativo O primeiro método iterativo para a solução de um sistema de equações lineares Ax = b é o chamado refinamento iterativo. Para uma estimativa inicial x, definimos o vetor erro e como e = x x (4.32) eovetorresíduo r como r = b Ax. (4.33) O vetor erro nos diz o quanto x está distantedex, eovetorresíduo nos diz o quanto Ax está distante de b. A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 78

19 Multiplicando r por A,temos A r = A b x = x x = e (4.34) e, usando essa igualdade, podemos obter uma expressão para x: x = x + A r (4.35) Note que a equação (4.35) envolve A ; mas, obviamente, não podemos utilizá-la, pois se a calculássemos, a solução do sistema seria imediata! Por outro lado, a equação (4.34) nos permite escrever Ae = r (4.36) e, combinando as equações (4.33), (4.36) e (4.35), podemos descrever o método do refinamento iterativo como r k = b Ax k resolve Ae k = r k, k =,,... (4.37) x k+ = x k + e k Ométododorefinamentoiterativoé utilizado em conjunto com um método direto, como a eliminação Gaussiana. Tendo fatorado A no produto LU e obtido uma solução x para Ax = b (a qual pode não ser muito boa, devido a erros de arredondamento), fazemos x = x e refinamos essa solução, usando (4.37), até quex k seja suficientemente bom. Note que a fatoração LU pode, agora, ser utilizada para resolver Ae k =(LU)e k = r k. Se consideramos que a solução obtida com a fatoração LU de A não foi exata, então podemos dizer que U L = B A.Usandoaequação (4.35), escrevemos x k+ = x k + A r k = x k + A b A Ax. k.. B A... = x k + B(b Ax k ) (4.38) De onde podemos mostrar que o método converge para uma solução: subtraindo x de ambos os lados da equação (4.38), temos x k+ x = x k x + B(b Ax k )... b = Ax... = x k x + B(Ax Ax k )=(I BA)(x k x) e, tomando normas de ambos os lados da igualdade acima, vem, pela desigualdade triangular: x k+ x I BA x k x... x k x = I BA x k x... I BA 2 x k x.. I BA k x x o que nos diz que os erros convergem para se I BA <. Assim como nos métodos de determinação de raízes de funções, precisamos definir alguns critérios de parada do processo de refinamento. O primeiro desses critérios é a estipulação de um número máximo de iterações (k max ); o segundo pode ser baseado na norma do resíduo r k, devidamente escalonada por b (usando uma norma qualquer, previamente escolhida). Assim, as iterações procederão enquanto r k <ε b (4.39) não for satisfeito; ε éumnúmero real, escolhido de acordo com a exatidão requerida. Um algoritmo que expressa o método do refinamento iterativo pode ser escrito como: A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 79

20 Algoritmo 4.4. Refinamento Iterativo proc refinamento iterativo(input: A, L, U, b, x, k max, ε; output:x k ) t ε b for k =,,...,k max do r k b Ax k if r k <tthen break endif resolve (LU)e k = r k, obtendo e k x k+ x k + e k endproc O exemplo abaixo [] mostra o comportamento desse método. Exemplo 4.6 Seja o sistema x = cuja solução é o vetor x =(,,, ) T. Utilizando um computador com apenas 6 casas decimais de precisão, obtemos como solução inicial, através da eliminação Gaussiana, com pivotamento, o vetor x =(, ,, 37,, 99967,, 25) T Agora, dispondo dos fatores triangulares da fatoração LU, podemos utilizar o algoritmo 4.4. e obter: x =(, ,, 69,, 99983,, ) T Método iterativo de Jacobi x =(, ,, 46,, 99989,, 7) T x =(, ,, 8,, 99982,, 2) T x =(,,, 6,, ,, ) T Suponha o sistema (4.), com n = 3, sem perda de generalidade. Se os elementos da diagonal de A são todos não-nulos, então pode-se isolar cada variável x, x 2 e x 3 através de onde x = c 2 x 2 + c 3 x 3 + d x 2 = c 2 x + c 23 x 3 + d 2 x 3 = c 3 x + c 32 x 2 + d 3 c ij = { a ij a ii, i j, i = j d i = b i /a ii Com essa transformação, o sistema Ax = b foi transformado em um sistema da forma (I C)x = d A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 8

21 onde C = D (D A), d = D b e D = diag(a) (istoé, a matriz formada pelos elementos da diagonal de A). De forma equivalente, podemos escrever x = Cx + d o que sugere uma correção de x por aproximações sucessivas, x k+ = Cx k + d = D (D A)x k + D b = = (I D A)x k + D b, k =,,... (4.4) a qual define o método iterativo de Jacobi. A matriz separadora, aqui, é D ;ométodo de Jacobi converge se a matriz A for diagonal dominante, i.e., n a ii > a ij (4.4) e, usando a norma-l, j= j i I D A = max i n de onde pode-se verificar que a dominância diagonal é condição necessária para a convergência do método. Para obtermos a solução do sistema Ax = b via o método iterativo de Jacobi, podemos usar a forma equivalente a (4.4), x k+ = x k D Ax k + D b (4.42) Note que, do ponto de vista de eficiência do processo, deve-se efetuar as divisões de cada linha de A edoelementorespectivodeb pelo elemento na diagonal de A antes de se iniciar as iterações. Além disso, se o critério de parada envolve o cálculo do resíduo r k = b Ax k, isso exigiria um produto matriz-vetor a mais por iteração, o que pode ser evitado se usarmos como critério de parada r k+ = D r k+, D r k+ ε D b (4.43) pois r k+ = D r k+ = D b D Ax k+ e os termos no lado direito da equação já foram calculados, anteriormente, para se obter x k+.o algoritmo a seguir utiliza essas idéias: n j= j i a ij a ii A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 8

22 Algoritmo Método de Jacobi proc jacobi(input: A, b, x, k max, ε; output:x k+ ) for i =, 2,...,n do q i a ii t ε q b for i =, 2,...,n do for j =, 2,...,n do a ij a ij q i % sobrescreve A com D A b i b i q i % sobrescreve b com D b for k =,,...,k max do w Ax k x k+ = x k w + b r k+ b w if r k+ <tthen break endif endproc O exemplo abaixo ilustra o comportamento típico do método de Jacobi: Exemplo 4.7 Resolva o sistema x = cuja solução é x = (, 667,, 3333,, 3333,, 667) T, usando o método de Jacobi com x = (,,, ) T aumatolerância ε = 2. Solução: Aplicando o método de Jacobi, obtemos x = (,, 25,, 25, ) T x 2 = (, 25,, 25,, 25,, 25) T x 3 = (, 25,, 325,, 325,, 25) T x 4 = (, 563,, 325,, 325,, 563) T x 5 = (, 563,, 328,, 328,, 563) T x 6 = (, 64,, 328,, 328,, 64) T x 7 = (, 64,, 332,, 332,, 64) T x 8 = (, 66,, 332,, 332,, 66) T ou seja, com oito iterações, obtemos uma aproximação para a solução dentro da tolerância especificada Método iterativo de Gauss-Seidel Analisando o método de Jacobi, vê-se que, a cada iteração, produzem-se todos os elementos do vetor x k+, usando apenas os elementos do vetor x k. No entanto, nada impede que, àmedida A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 82

23 que os elementos de x k+ são produzidos, eles possam ser utilizados para produzir os próximos elementos do próprio x k+.ométodo de Gauss-Seidel faz exatamente isso. De forma análoga ao método de Jacobi, escrevemos, para n =3, x k+, = u 2 x k,2 + u 3 x k,3 + d x k+,2 = l 2 x k+, + u 23 x k,3 + d 2 x k+,3 = l 3 x k+, + l 32 x k+,2 + d 3 ou, em forma matricial, x k+ = Lx k+ + Ux k + d (4.44) onde L = D A L, U = D A U, D = diag(a), d = D b e A L e A U indicam as porções estritamente inferior e superior de A (isto é, sem a diagonal). No caso do método de Gauss-Seidel, podemos escrever a correção para x k+ de forma mais compacta; note que a expressão Lx k+ + Ux k pode ser calculada como n ( ) aij x j, i =, 2,...,n j= j i a ii Ocritério de parada, no entanto, deve ser calculado usando o resíduo r k+ = b Ax k+,como mostra o algoritmo Algoritmo Método de Gauss-Seidel proc gauss seidel(input: A, b, x, k max, ε; output:x k+ ) for i =, 2,...,n do q i a ii t ε q b for i =, 2,...,n do for j =, 2,...,n do a ij a ij q i % sobrescreve A com D A b i b i q i % sobrescreve b com D b for k =,,...,k max do u x k for i =, 2,...,n do u i b n j= a ij u j j i x k+ u r k+ b Ax k+ if r k+ <tthen break endif endproc O exemplo 4.8 ilustra o comportamento típico do método de Gauss-Seidel: Exemplo 4.8 Resolva o sistema x = A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 83

24 cuja solução é x = (, 667,, 3333,, 3333,, 667) T,usandoométodo de Gauss-Seidel com x =(,,, ) T aumatolerância ε = 2. Solução: Aplicando o método de Gauss-Seidel, obtemos x = (,, 25,, 25,, 25) T x 2 = (, 25,, 325,, 325,, 563) T x 3 = (, 563,, 328,, 328,, 64) T x 4 = (, 64,, 332,, 332,, 66) T ou seja, com quatro iterações, obtemos uma aproximação para a solução dentro da tolerância especificada. Da mesma forma que o método de Jacobi, uma condição necessária e suficiente para a convergência do método de Gauss-Seidel équeamatriza seja diagonal-dominante (ver equação 4.4). Existe um critério de Sassenfeld que, se atendido, garante a convergência do método. Para se verificar se uma matriz de coeficientes do sistema satisfaz a tal critério, calcula-se os valores S, S 2,..., S n, definidos como S = a ( a 2 + a a n S 2 = a 22 ( a 2 S + a a 2n.. S n = a nn ( a n S + a n2 S a nn S n e, se S i <, i n entãoométodo de Gauss-Seidel irá convergir. (4.45) Exemplo 4.9 Para a matriz do exemplo 4.8, verifique se o critério de Sassenfeld é atendido. Solução: Calculando os valores de S i,temos: S = ( + ) =, 5 < 4 S 2 = (, 5+ ) =, 375 < 4 S 3 = (, 5+ ) =, 375 < 4 S 4 = (, 375 +, 375) =, 875 < 4 e, como S i <, i 4, ocritério de Sassenfeld é atendido e, por conseguinte, o método de Gauss-Seidel é convergente para um sistema com essa matriz de coeficientes. O critério de Sassenfeld é, no entanto, apenas suficiente; uma matriz pode não atendê-lo e, mesmo assim, o método de Gauss-Seidel pode convergir, como mostra o exemplo abaixo. Exemplo 4. Resolvaosistema [ 3 ] [ x = 3 3 ] Solução: Ocritério de Sassenfeld não é satisfeito pois, calculando os valores de S i,temos S = S 2 = ( = ( ) =, < 3 A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 84

25 No entanto, o método de Gauss-Seidel converge para a solução x = (, 5,, 5) T em iterações, a uma tolerância de 4 : x = (,,, ) T x = (3,, 2, ) T x 2 = (,,, 3333) T x 3 = (, 6667,, 5556) T x 4 = (, 4444,, 485) T x 5 = (, 585,, 562) T x 6 = (, 4938,, 4979) T x 7 = (, 52,, 57) T x 8 = (, 4993,, 4998) T x 9 = (, 52,, 5) T x = (, 4999,, 5) T x = (, 5,, 5) T Note que a dominância diagonal de uma matriz é relacionada com a ordem em que as equações se apresentam. Uma simples troca entre duas linhas pode ser desastrosa, como mostra o exemplo aseguir. Exemplo 4. Seja o sistema apresentado no exemplo 4., com as linhas trocadas entre si, i.e. [ ] [ ] 3 3 x = 3 Nesse caso, como a matriz do sistema não é diagonal-dominante, o método de Gauss-Seidel diverge, apresentando como primeiras estimativas os vetores x = (,,, ) T x = ( 3,, 6, ) T x 2 = (5,, 2, ) T x 3 = ( 39,, 42, ) T. x 8 = ( 29523,, 29526, ) T x 9 = (88575,, 88572, ) T. x 2 = (5, 232 9, 5, ) T apesar do sistema ter a mesma solução x =(, 5,, 5) T Extrapolação de um método iterativo Uma das formas de garantir e/ou acelerar a convergência de um método iterativo é utilizar uma técnica de extrapolação, a qual consiste em se combinar a correção da estimativa x k dadapela equação governante do método iterativo com uma outra correção, semelhante. Em termos das funções Φ, isso pode ser expresso como x k+ = ωφ k (x,x,...,x k,a,b)+( ω) Φ k (x,x,...,x k,a,b),ω IR (4.46) Note que, se ω =, temos o método iterativo original. A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 85

26 Porexemplo,nocasodométodo de Jacobi, podemos usar Φ k (x,x,...,x k,a,b)=i (ou seja, a matriz identidade). Assim temos o método de relaxação de Jacobi (JOR), x k+ = ω(x k D Ax k + D b)+( ω)x k, <ω (4.47) e, de forma análoga, temos o método das relaxações sucessivas (SOR), uma variante do método de Gauss-Seidel, x k+ = ω(lx k+ + Ux k + d)+( ω)x k, <ω<2 (4.48) Exemplo 4.2 Sejaosistema x = 3 3 cuja solução é (,,, ) T. Utilizando-se o método JOR para resolvê-lo, com ω =, 65, auma tolerância ε = 2, obtemos: x = (,,,,,,, ) T x = (, 325,, 975,, 975,, 325) T x 2 = (, 63,, 8937,, 8937,, 63) T x 3 = (, 349,, 992,, 992,, 349) T x 4 = (, 35,, 9884,, 9884,, 35) T x 5 = (, 38,, 9986,, 9986,, 38) T ou seja, com cinco iterações, obtemos uma aproximação para a solução dentro da tolerância especificada. O método de Jacobi, se utilizado para resolver o mesmo método, não alcança a solução após 2 iterações. Exemplo 4.3 Sejaosistema x = cuja solução é x =(, 667,, 3333,, 3333,, 667) T. Utilizando-se o método SOR para resolvêlo, com ω =,, aumatolerância ε = 2, obtemos: x = (,,, 275,, 275,, 53) T x = (, 53,, 337,, 337,, 668) T x 2 = (, 668,, 3336,, 3336,, 668) T ou seja, com três iterações, obtemos uma aproximação para a solução dentro da tolerância especificada (compare com o exemplo 4.8). 4.5 MétododoGradiente Ométododogradienteé indicado para resolver um SELA onde A é uma matriz simétrica, positivodefinida (SPD), i.e. x T Ax >, x IR n (4.49) Uma outra característica de matrizes SPD é que todos os seus autovalores são estritamente positivos. Ométodo baseia-sena relação existente entre a solução de um SELA e a minimização da forma quadrática, quando A for SPD. Assim, inicialmente veremos o que é a forma quadrática e alguns exemplos da mesma. A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 86

27 4.5. Forma Quadrática A forma quadrática é uma função vetorial f : R n R dada por f(x) = 2 xt Ax b T x + c (4.5) onde A IR n n, x IR n, b IR n e c IR. Por exemplo, considere o sistema [ 2 2 ] [ x = ] (4.5) cuja solução é x =(, ) T. A matriz de coeficientes éspdeafigura4.5mostraográfico e as curvas de nível da forma quadrática correspondente (com c = ). Note que o gráfico da função é um parabolóide portanto, com apenas um ponto de mínimo e que aparentemente, o ponto (, ) (ou seja, a solução do sistema) éopontodemínimo da função. Já as figuras mostram outras situações possíveis, dependendo dos valores dos elementos de A (todos os sistemas tiveram fixada a sua solução em (, ) e os termos independentes foram calculados adequadamente). Por exemplo, na figura 4.6, temos os gráficos para a matriz negativodefinida [ ] 2 2 i.e., x T Ax <, x; note que a forma do gráfico é um parabolóide invertido, com apenas um ponto de máximo éasituação oposta à de uma matriz SPD. Na figura 4.7, temos o caso em que a forma quadrática assume tanto valores negativos quanto positivos ográfico da função é a chamada sela. A matriz em questão é [ Finalmente, o gráficoeascurvasdenível para a forma quadrática exibidos na figura 4.8 correspondem a uma matriz quase-singular, [ ] 2 2 3, 8 a qual apresenta infinitas soluções ao longo da reta na base do gráfico. Para verificarmos se isso é verdade, vamos calcular f (x) =. Como f é uma função vetorial, a sua derivada ou gradiente é dada por f (x) = ] x f(x) x 2 f(x). x n f(x) (4.52) oqualrepresentaumcampo vetorial; para um dado ponto x, ele aponta na direção de maior variação de f(x). O gráfico de f (x) na figura 4.9 étípico da situação em que A éspd: Aplicando a equação (4.52) à (4.5), obtemos e, se A ésimétrica, A = A T, de onde f (x) = 2 AT x + Ax b (4.53) 2 f (x) =Ax b. Igualando f (x) a zero, obtemos Ax = b, ou seja, o sistema que queremos resolver. Portanto, podemos dizer que A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 87

28 Figura 4.5: Gráfico de f(x) e suas curvas de nível para A SPD. Figura 4.6: Gráfico de f(x) e suas curvas de nível para A ND. A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 88

29 Figura 4.7: Gráfico de f(x) e suas curvas de nível para A indefinida. Figura 4.8: Gráfico de f(x) e suas curvas de nível para A singular. A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 89

30 Figura 4.9: Gráfico de f (x) para A SPD. minimizar a forma quadrática f(x) = 2 xt Ax b T x+c equivale a resolver o sistema Ax = b se A for simétrica. Se a matriz A é positivo-definida, além de simétrica, entãoasolução de Ax = b éomínimo (único) de f(x); logo, para A SPD, a solução x = A b éopontox que minimiza f(x). Isso pode ser mostrado como segue. Suponha A simétrica, x um vetor que satisfaz Ax = b, y um vetor similar a x (em termos geométricos, y éumpontopróximo a x) ee = y x o vetor erro; então, f(x + e) = 2 (x + e)t A(x + e) b T (x + e)+c = 2 xt Ax + e T Ax + 2 et Ae b T x b T e + c... b = Ax; A = A T... = 2 xt Ax b T x + c + e T b + 2 et Ae b T e = f(x)+ 2 et Ae (4.54) e f(x + e) =f(x x + y) =f(y) =f(x)+ 2 (y x)t A(y x) (4.55) Agora, como A é SPD, por hipótese, então (y x) T A(y x) >, y e, portanto, f(y) >f(x). Isso mostra que x éomínimo de f(x), nesse caso Descrição do método do Gradiente O gráfico da forma quadrática, para A SPD, nos sugere uma estratégia para localizarmos a solução do sistema: basta escorregar ao longo das paredes do parabolóide, pois isso nos levará, necessariamente, ao ponto de mínimo. A questão que se coloca agora é: qual direção devemos tomar, a partir de um x k,paraobtermosumx k+ que seja mais próximo da solução? A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 9

31 Figura 4.: O vetor erro e e o vetor resíduo r. Lembramos que o gradiente f (x) apontanadireção de maior aumento de f(x), em sentido oposto ao fundo do parabolóide. É natural, portanto, que andemos ao longo da direção oposta ao gradiente, isto é, f (x) =b Ax. Ora, conforme visto anteriormente, r k = b Ax k, de onde estabelecemos as seguintes relações entre o vetor resíduo e o gradiente de f(x): r k = f (x) (4.56) r k = b Ax. k.. e k = x k x... = b Ax Ae. k.. x = A b... = Ae k (4.57) Aequação (4.56) nos diz que o resíduo tem a mesma direção do gradiente, porém sentido oposto; já aequação (4.57) nos diz que o resíduo é o vetor erro, transformado por A (e, portanto, no mesmo espaço de b). Suponha, então, que temos a seguinte situação, conforme a figura 4.. Como decidimos andar ao longo do vetor resíduo, a partir de x, a nova estimativa x é um ponto sobre a reta r,ouseja x = x + α r, α IR (4.58) O escalar α indica o deslocamento sobre r. Para determinar o melhor α ou seja, aquele para oqual x x émínimo derivamos f(x )emrelação a α e igualamo-la a zero: d f(x )=f (x ) T d x = f (x ) T r (4.59) dα dα Note que f (x ) T r é o produto escalar entre os vetores f (x )er. Como o produto escalar é dado por u T v = u v cos θ onde θ éoângulo formado entre os vetores u e v, ao igualarmos f (x ) T r a zero, estamos exigindo que os vetores f (x )er sejam ortogonais entre si. Como f (x )= r, isso implica que dois resíduos sucessivos são ortogonais entre si; a figura 4. mostra três situações típicas para a solução do sistema (4.5), com as seqüências de resíduos (representados pelas retas) gerados pelo método do Gradiente a partir de três diferentes estimativas iniciais. A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 9

32 Figura 4.: Caminhos típicos no método do Gradiente. A partir da equação (4.59), pode-se o obter o valor de α : f (x ) T r =... f (x )= r... r T r = (b Ax ) T r = (b Ax α Ar ) T r = (r α Ar ) T r = de onde α = rt r r T Ar (4.6) O que significa minimizar f (x )? Os gráficos mostrados na figura 4.2 mostram que, para α calculado conforme a equação (4.6), a nova estimativa x corresponde ao mínimo da parábola obtida como se tivéssemos cortado o parabolóide f(x) por um plano vertical ao plano x y que passa pela reta r! Utilizando as equações (4.58) e (4.6), além da expressão para o resíduo, devidamente generalizadas para a k-ésima iteração, podemos escrever um algoritmo que descreve o método do Gradiente. Antes, porém, note que r = r α Ar conforme obtido na derivação da equação (4.6); essa expressão nos permite economizar um produto matriz-vetor da forma Ax k,poisar k játerá sido calculado previamente para se obter α k. O algoritmo pode ser, então, escrito como segue. A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 92

33 Figura 4.2: α é escolhido de tal forma que f(x ) émínima. Algoritmo 4.5. MétododoGradiente proc gradiente(input: A, b, x, k max, ε; output:x k+ ) t ε b r b Ax for k =,,...,k max do w k Ar k α k rt k r k r T k w k x k+ x k + α k r k r k+ r k α k w k if r k+ <tthen break endif endproc O exemplo seguinte ilustra o comportamento típico do método do Gradiente: Exemplo 4.4 Resolvaosistema x = cuja solução é x =(, 667,, 3333,, 3333,, 667) T,usandoométododoGradientecomx = (,,, ) T aumatolerância ε = 2. Solução: Aplicando o método do Gradiente, obtemos x = (,, 25,, 25, ) T x 2 = (, 25,, 25,, 25,, 25) T x 3 = (, 25,, 325,, 325,, 25) T x 4 = (, 563,, 325,, 325,, 563) T x 5 = (, 563,, 328,, 328,, 563) T x 6 = (, 64,, 328,, 328,, 64) T A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 93

34 Figura 4.3: Método das Direções-Conjugadas: a cada iteração é corrigida uma componente do vetor solução. ou seja, com seis iterações, obtemos uma aproximação para a solução dentro da tolerância especificada. Um possível problema ao se utilizar a fórmula de recorrência para r k+ no método do Gradiente é a perda de ortogonalidade entre os vetores resíduo, causada pela acumulação de erros de ponto-flutuante. Isso pode ser detectado através do cálculo do produto-interno entre dois resíduos sucessivos, r T k r k; caso essa quantidade seja maior do que, por exemplo, ε (onde ε éoépsilon da máquina), deve-se recalcular r k = b Ax k, e proceder normalmente com o algoritmo. 4.6 Método das Direções-Conjugadas Conforme visto anteriormente, o método do Gradiente toma sucessivas direções os resíduos que são ortogonais entre si. Isso significa que a solução é procurada repetindo-se direções. Ora, se para uma dada direção, a solução não foi encontrada ao longo dela, então por que utilizá-la novamente? Uma alternativa é a seguinte: suponha que tenhamos um conjunto de n direções de procura d, d,..., d n.emcadai-ésima direção, caminha-se exatamente a distância necessária para se obter a i-ésima componente da solução, x i ;após termos percorrido todas as n direções dessa forma, todas as componentes de x estarão corretas, e a solução terá sido obtida. Na figura 4.3, aprimeiraiteração corrige x 2, e a segunda corrige x (note que e é ortogonal a d ). De forma semelhante ao métododogradiente,asiterações são da forma x i+ = x i + α i d i, α i IR (4.6) e, para determinar α i, tomamos e i+ ortogonal a d i,deformaquenão mais se percorra a direção d i.então: d T i e i+ =... e i+ = x i+ x = x i + α i d i x = e i + α i d. i.. d T i (e i + α i d i ) = d T i e i + α i d T i d i = de onde α i = dt i e i d T i d i (4.62) A.L. de Bortoli, C. Cardoso, M.P.G. Fachin, R.D. da Cunha 94

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