III Forum Brasileiro de Energia Mercado Voluntário de Carbono, alternativa de leverage para energias renováveis
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- Matheus Ferrão Deluca
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1 III Forum Brasileiro de Energia Mercado Voluntário de Carbono, alternativa de leverage para energias renováveis Cristiano McMannis
2 Segundo o Relatório State and Trends of Carbon Market 2011, publicado em junho deste ano, após cinco anos consecutivos de forte crescimento, o valor total global do mercado de carbono está estagnado em 142 bilhões de dólares: FONTE: World Bank, Thomson Reuters Point Carbon, Bloomberg New Energy Finance, and Ecosystem Marketplace
3 A tabela apresenta a evolução do mercado de carbono de 2005 a Podese observar que entre 2009 e 2010 houve uma queda no valor total global comercializado. Chama também a atenção a diferença entre primary CDM e Secondary CDM.
4 A COP de Cancun em 2010, trouxe modificações para o MDL: A principal área de melhoria é a introdução de padrões para a metodologia de linha de base e de monitoramento. Estas ações foram tomadas para garantir a integridade ambiental e reduzir os custos de transação, aumentando a transparência e previsibilidade, facilitando o acesso de projetos de diferentes tipos e regiões. Estas decisões são importantes em face da DECISÃO EUROPÉIA de restringir RCE s de projetos de MDL registrados após 31 de dezembro de 2012, aceitando somente as provenientes de países SUB DESENVOLVIDOS..
5 Estas mudanças ainda não estão satisfazendo o desejo do mercado e a insegurança continua. O mercado busca clareza com Pós-2012 e definições de mecanismos de mercado, o que ainda não foi definido.
6 A posição da EUROPA: A UE é de longe o maior comprador de CER s provenientes do MDL, e se comprometeu a comprar os créditos de projetos registrados até 31 de dezembro de Mas acredita que este mecanismo não é capaz de reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa em termos líquidos, o que é necessário se quisermos manter o aquecimento global abaixo dos 2ºC.
7 A posição da EUROPA: É por isso que a Europa e outras partes estão advogando para a criação de um novo mecanismo, mais robusto e ambicioso, que possibilite aumentar a redução de emissões de forma efetiva e que financie os projetos em países em desenvolvimento. Porque somente ações que vão além de metas pré-definitas seriam creditados, trazendo benefícios líquidos para a atmosfera. Para as principais economias EM DESENVOLVIMENTO, o MDL deverá ser gradualmente substituído por esse novo mecanismo.
8 As percepções do mercado Pós-Cancun: Países em desenvolvimento estão unidos em seu apoio para um segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto, como um elemento crítico da comunidade internacional na luta contra as mudanças climáticas. Entre os países desenvolvidos, a União Europeia continua a apoiar o Protocolo de Kyoto, mas alguns países tem feito oposição expressa à extensão do Protocolo, devido ao fato de que apenas alguns países tem a obrigação de reduzir suas emissions. O futuro incerto nas negociações internacionais afeta as percepções do mercado. Participantes devem lidar com esta incerteza através da análise do cenário e do mercado.
9 As percepções do mercado Pós-2012: CER s: Como já mencionado, as incertezas a respeito de um acordo futuro deixaram a Europa sozinha para absorver as RCE s provenientes do MDL pós Mesmo na Europa a compra de RCE s pós 2012 será restrita, ainda mais agora com a crise atigindo mais uma vez os países membros, como Grécia, itália, Portugal, Espanha, entre outros, que estão lutando para manter a união do grupo e evitar perdas insuperáveis, para toda a Europa. A utilização de CER s no Mecanismo Europeu também será diminuida no terceiro período do ETS, e sua conversão em EUA s mais complexas e restritas. É previsto que a demanda pelas CER s até 2020 já está suprida com projetos já existentes.
10 As percepções do mercado Pós-2012: CER s: Desde 2009, os compradores que ainda tinham algumas obrigações de redução de emissões residuais, e que tem historicamente se engajado em atividades de projeto e compravam primary CER s, mudaram seus esforços em direção ao mercado das AAUs, que são permissões que não foram utilizadas por países com metas e que as revendem para países que não atingiram suas metas dentro da comunidade europeia. Este mercado oferece volumes previsíveis, tornando-o um istrumento adequado para quem precisa cumprir metas de redução e representando seu último compromisso com o Protocolo de Kyoto.
11 As percepções do mercado Pós-2012: CER s: Além disso, durante 2010, o mercado primário foi afetados negativamente, alguns compradores aumentaram suas compras de CER s secundários (scer), aproveitando transações rápidas, relativamente baratas e simples processos contratuais, volumes previsível com garantia de entrega. A demanda do setor privado também reduziu consideravelmente, com menores emissões de GEE em geral, houve um excedente de créditos no ETS. O grande número de instituições financeiras (isto é, comerciantes regulamentados e bancos privados), intermediários, e agregadores existentes preferiram investir em créditos já existentes e não em novos projetos, e congelaram suas atividades de origem, que era comprar pcer s.
12 As percepções do mercado Pós-2012: CER s: Outros compradores ou saíram do mercado ou foram adquiridos por outras empresas nos últimos dois a três anos, o que substancialmente reduziu a liquidez no mercado primário. Apesar da queda geral no mercado de pcer s e a saída de muitos participantes, o mercado continua, juntamente com compradores do setor privado, principalmente de olho em oportunidades baratas para comprar CER s tanto pré, quanto pós Os compradores do setor privado são principalmente setores de utilidades e finanças. Potenciais compradores na área da aviação tem demonstrado um aumento de interesse em créditos, mas ainda não é uma demanada segnificativa.
13 As percepções do mercado Pós-2012: CER s: O mercado pcer é um mercado voltado ao comprador, com um mínimo de demanda residual até A incerteza nas regras e a falta decisões para pós-2012 tem aumentado o poder de barganha dos compradores ativos. Este desequilíbrio tem se refletido nos contratos de compra e venda (ERPA) e nos termos e condições dos mesmos.
14 As percepções do mercado Pós-2012: Contratos ERPA (Emissions Reduction Purchase Agreement): Registro do projeto antes de 31 de dezembro de 2012, tornou-se uma das principais cláusulas, na grande maioria dos ERPAs. Juntamente com exigências de elegibilidade do mesmo para o ETS. Além disso, os compradores dos últimos anos que estão envolvidos em compras de pcer s e scer s tem exigido cláusulas mais restritivas de garantia em seus contratos, no caso dos créditos não serem elegíveis no momento da entrega possam ter seu preço reduzido ao equivalente no mercado voluntário. Também podem rescindir os contratos sem penalidades, deixando o risco todo com o vendedor.
15 As percepções do mercado Pós-2012: Contratos ERPA (Emissions Reduction Purchase Agreement): Preços nos contratos que antes eram definidos pelo vendedor, que preferia preço variável conforme a entrega, agora está sendo definido pelo comprador, que é quem prefere preço variável neste momento e o vendedor agora prefere preço fixo nos contratos, para evitar a queda nos valores das CER s negociadas Vendedores que estão tendo sucesso, vendendo pcer s e determinando as condições de contrato são aqueles que possuem projetos de energia renovável em países subdesenvolvidos.
16 As percepções do mercado Pós-2012 Contratos ERPA (Emissions Reduction Purchase Agreement) Preços CER s esperados (t/co 2 e): Pré 2013: no intervalo entre 8-10; Pós 2012: no intervalo entre 6-8; Preço atualmente praticado para entrega em dezembro ,98/tCO 2 e
17 Mercado voluntário: O mercado voluntário continua sendo um pequeno mas importante componente do mercado global de emissões. Ações voluntárias de consciência ambiental individuais ou organizacionais tem enviado uma mensagem importante da necessidade de se fazer alguma coisa em relação ao tema. Esta mensagem foi enviada através do rápido crescimento do mercado voluntário que veremos a seguir.
18 Mercado voluntário: A seguir, apresentaremos alguns gráficos do relatório: Back to the Future State of the Voluntary Carbon Markets 2011 DOWNLOAD: cations&eod=1
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28 Mercado voluntário: Localização dos compradores
29 Fragmentação do Mercado: A tendência no Merado de Carbono é que se tenha mercados fragmentados em diferentes regiões. Como já vemos acontecendo nos EUA, China, Austrália entre outros, que buscam resolver internamente seu problema de emissões de gases de efeito estufa e promovem ações e estabelecem metas para sua redução. No Brasil, já temos metas voluntárias de reduzir entre 36,1% - 38,9% suas emissões de gases de efeito estufa tedo como base o ano de Mas ainda não temos um mercado compulsório, que obrigue o o atingimento de metas e um comércio de emissões confiável.
30 2) Relação com o Mercado de Energias Renováveis Queda de preços nos leilões energéticos Predominância de Compra de projetos de energia eólica. Maior necessidade de receitas provenientes da geração Crédito de Carbono (inclusive afetando a própria adicionalidade e viabilidade econômica dos projetos).
31 3) Relação entre Relatórios de Sustentabilidade, Inventário de Emissões e Mercado Voluntário de Carbono Um inventário de emissões terá maior crediblidade e a empresa que o realizar terá maiores benefícios, se realizado dentro de uma política de gestão sustentável! Vamos mitigar as emissões de gases de efeito estufa detectadas no inventário de emissões através de ações internas, que trarão benefícios econômicos ao empreendedor! Além das ações internas, projetos de créditos de carbono podem ser descobertos no momento da realização do inventário de emissões. E qual a relação entre o Relatório de Sustentabilidade que contempla o Inventário de Emissões com o Mercado Voluntário de Créditos de Carbono?
32 3) Relação entre Relatórios de Sustentabilidade, Inventário de Emissões e Mercado Voluntário de Carbono É, principalmente, no Mercado Voluntário de Créditos de Carbono que as grandes organizações buscam comprar os créditos de carbono para compensar suas emissões de gases de efeito estufa! No Relatório de Sustentabilidade são definidas as metas de redução de emissões e, caso não atendidas com ações internas, créditos são comprados no mercado para que estas metas sejam atingidas! O Relatório de Sustentabilidade é um documento público, divulgado para todos os stakeholders, a empresa será cobrada por eles se as metas não forem atingidas, sua imagem ficará em risco e os investidores se afastarão, caso esse tipo de meta não venha a ser atingido.!
33 3) Relação entre Relatórios de Sustentabilidade, Inventário de Emissões e Mercado Voluntário de Carbono O comprometimento de uma empresa em diminuir suas emissões de gases de efeito estufa fica muito maior se conectado a um Relatório de Sustentabilidade! E é função de profissionais da área de mudanças climáticas e de gestão ambiental de indicar este caminho aos tomadores de decisão, buscando sempre seu comprometimento com as questões ambientais sem esquecer do lado econômico envolvido. Trazendo realmente um desenvolvimento sustentável!
34 4) Referências 1) State and Trends of Carbon Market 2011; dtrend_lowres.pdf; 2) Back to the Future State of Voluntary Carbon Markets 2011; 3) ISO 14064; 4) GHG Protocol; 5) GHG Protocol Brasileiro; 6) IPCC Guidelines; 7) Global Reporting Initiative (GRI);
35 Obrigado!
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