INTRODUÇÃO À ESCRITA CRIATIVA.

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Samuel Botelho Castro
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1 INTRODUÇÃO À ESCRITA CRIATIVA

2 INTRODUÇÃO A escrita criativa não vive de clichés nem vive de generalidades. Ela procura maneiras de falar que são relevantes, com conteúdos repletos de metáforas, comparações, contraste e ritmo. Uma escrita sem medos que se complementa a outros meios como imagens e vídeos, alia-se com o mundo dos negócios ou formação. A escrita criativa procura a melhor maneira de compartilhar mensagens, e pondera as palavras, o estilo e os melhores meios de divulgação das mensagens. Neste ebook, os leitores terão uma abordagem introdutória sobre o tema que vive uma luta diária contra o jargão!

3 ÍNDICE A ESCRITA CRIATIVA E A LINGUAGEM ESCRITA CRIATIVA NA PUBLICIDADE DICAS A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS ESCRITA CRIATIVA NA FORMAÇÃO

4 A ESCRITA E A LINGUAGEM

5 A ESCRITA E A LINGUAGEM A escrita funde-se com a linguagem e a linguagem encontra-se enraizada na maioria das nossas interações. Mas, e se não tivéssemos nomes para as coisas? Será que seriamos capazes de pensar? Como seriam os nossos pensamentos?

6 A ESCRITA E A LINGUAGEM Há uma diferença entre viver uma experiência, por exemplo dor ou alegria, ou possuir os conceitos de dor e alegria. E o pensamento normalmente funciona com conceitos.

7 A ESCRITA E A LINGUAGEM Muitos artistas e cientistas no processo de criação, descrevem que não usam palavras para encontrar soluções, mas sim imagens. Na sua mente armazenam uma base de dados e retiram do catálogo quando precisam. Por exemplo, para um artista que visualiza imagens na mente, o seu conceito de flores encontra-se associado a todas as flores que já viu.

8 A escrita e a linguagem

9 A ESCRITA E A LINGUAGEM No entanto, enquanto parece que podemos realmente pensar sem linguagem, é também verdade que a linguagem possibilita certos tipos de pensamentos. A linguagem oferece símbolos que podemos usar para fixar ideias, refletir sobre eles e mantê-los para observação.

10 A ESCRITA E A LINGUAGEM A linguagem permite um nível de raciocínio abstrato, que não teríamos de outra forma. O filósofo Peter Carruthers argumentou que existe um tipo de pensamento interior, explicitamente linguística, que nos permite trazer os nossos próprios pensamentos em consciência. Nós podemos ser capazes de pensar sem a linguagem, mas a linguagem permite-nos saber o que estamos a pensar. E quantas mais palavras soubermos, mais fácil lembramos de pensamentos.

11 ESCRITA CRIATIVA E A PUBLICIDADE

12 ESCRITA CRIATIVA NA PUBLICIDADE A criação de publicidade é um processo criativo em que a escrita e a linguagem influenciam pensamentos. A capacidade criativa joga com palavras, conceitos e imagens. Na imagem ao lado é publicitado um Karaoke numa festa de verão na praia, onde cada participante receberá um gelado.

13 ESCRITA CRIATIVA NA PUBLICIDADE A escrita criativa do anúncio em inglês Eu grito por um gelado é um complemento à imagem de um cone que se funde com um microfone. Esta analogia é criada com a oferta (o gelado) e o motivo principal do flyer (uma festa de karaoke). Ao existir a fusão entre os dois conceitos, da fusão do gelado com um microfone, o design é influenciado pelas palavras.

14 ESCRITA CRIATIVA NA PUBLICIDADE Numa palestra de neurociências aplicadas às ciências de consumo, o neuropsicólogo Fernando Rodrigues disse que o nosso cérebro é 95 por cento subconsciente. A mente subconsciente não tem sentido de humor, não percebe ironia por exemplo. O nosso consciente reage ao humor, a diferentes visuais (cores etc.), e a algo inesperado.

15 ESCRITA CRIATIVA NA PUBLICIDADE Achar algo engraçado é subjetivo porque o nosso consciente processa a informação, mas o timing e a abrangência da piada e facilidade de interpretação, provocam uma maior abrangência em termos de aceitação.

16 ESCRITA CRIATIVA NA PUBLICIDADE A Licor Beirão aproveitou um caso político em relação a uma polémica com o diploma de um ministro, para jogar do lado das pessoas e fazer humor. A marca proporciona um momento cómico sem dizer para comprar o produto, mas o produto encontra-se presente e é associado ao momento.

17 DICAS

18 DICAS Pensar nas pessoas: Muitas empresas utilizam o jargão, uma abordagem académica que não atrai o leitor. Se a ideia é transmitir conhecimento, porque não fazê-lo com um pouco de diversão? A escrita deve ser centrada nas pessoas. Tudo é inspiração: Filmes, músicas, palavras que ouvimos/lemos e momentos que vimos ou vivemos, tudo inspira na criação.

19 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS

20 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS As histórias fazem parte da nossa vida desde o berço. Ouvíamos histórias para adormecer e para alimentar a imaginação. E as histórias continuam a fazer parte da nossa vida, nos cafés, nos filmes e até as marcas criam uma história connosco. Carlos Coelho, presidente da Ivity, afirma que as marcas devem ter uma história sedutora que mantem o cliente cativo.

21 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS Para reforçar a ideia, comparou com o livro As mil e umas noites, em que um rei chateado por ter sido traído pela sua primeira esposa, fica comprometido todos dias com uma noiva diferente e na manhã seguinte ordena a morte dela. Mas uma mulher escapou à morte! Xerazade contou histórias que captaram a atenção do rei, mas a cada conto ela interrompia para acaba-lo na noite seguinte. As histórias tornavam o rei cativado com Xerazade e a sedução dos contos em conhecer o fim, afastou-a da morte.

22 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS A arte de contar histórias tem sido uma forma de comunicação ao longo da história da humanidade e é uma maneira de educar as gerações mais jovens. Contamos histórias às crianças para apresentá-las à literatura. Há uma arte de contar histórias e uma sequência para desenrolar a história até o fim. No processo de contar histórias, tornamo-nos mais criativos, ganhamos habilidades de fala, e melhoramos as nossas habilidades de organização verbal e da nossa capacidade de empatia.

23 ESCRITA CRIATIVA NA FORMAÇÃO

24 ESCRITA CRIATIVA NA FORMAÇÃO Nos dias de hoje, as histórias digitais, com recurso a fotos e a vídeos, melhoraram a comunicação e o apelo visual na arte do storytelling. O processo inclui o planeamento, a redação, a edição, a ilustração e a produção. Inclui componentes que nos permite comunicar de forma sincera, e não apenas apresentarmos os eventos ou produtos. As câmaras digitais, smarphones e software de edição mais acessíveis, permitem e facilitam a elaboração e divulgação de vídeos numa plataforma (youtube, por exemplo).

25 ESCRITA CRIATIVA NA FORMAÇÃO Mas fazer uma história digital que valha a pena assistir, ainda não é fácil. Fazê-lo bem requer, não só prática e habilidade, mas também coragem. Os professores e formadores ao trazerem narrativas digitais para a sala de aula/formação, poderão descobrir a força deste veículo de expressão. Os alunos ganham proficiência na escrita e pesquisa, alfabetização visual, pensamento crítico e colaboração.

26 ESCRITA CRIATIVA NA FORMAÇÃO Contar histórias é uma habilidade vital com aplicações aparentemente ilimitadas. Bem feito, pode ter um efeito mágico sobre audiências de qualquer tamanho. Contamos histórias com vários objectivos seduzir pessoas, acalmar ou divertir crianças Advogados contam com o poder de contar histórias para vividamente recriar crimes para o juiz. Os arqueólogos evocam antigas civilizações. Os professores fazem conceitos abstratos reais para os seus alunos.

27 ESCRITA CRIATIVA NA FORMAÇÃO No mundo digital de hoje, a narrativa visual é uma ferramenta que deve ser usada em contexto de sala de aula online e offline, e a disponibilidade e acessibilidade da tecnologia de software gratuitos ou a baixo custo, oferece oportunidades que não seriam possível há 10 anos atrás. Tanto para transmitir mensagens, ou envolver formandos, a escrita criativa ajuda na comunicação em contexto de formação.

28 BIBLIOGRAFIA Thought and Consciousness: An Essay in Philosophical Psychology (Peter Carruthers)

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