Programa de formação para voluntários no sistema de justiça criminal
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- Afonso Coelho Carvalhal
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1 Título Programa de formação para voluntários no sistema (SJC). Descrição geral Este curso foi desenhado para combinar sessões presenciais e à distância para voluntários que trabalhem no SJC. Os voluntários vão ter um período de observação que irá promover a capacidade do voluntário desempenhar as suas tarefas e responsabilidades de forma eficaz. Público-alvo Todos os voluntários que trabalhem no SJC, especificamente os que trabalham com reclusos, ex-reclusos, famílias e/ou vitimas de crime. Palavras-chave (ver glossário para definição das palavras) blended learning; análise das necessidades do cliente; comunidades de práticas; sistema ; formando; aprendizagem baseada em objetos; período de observação; E-learning; voluntário; perfil de voluntário; prontidão do voluntário; formação do voluntário; workshop; trabalho escrito Língua escolhida Língua de cada país (Inglês; Português; Alemão; Holandês; Húngaro; Italiano e Romeno) Forma de organização O curso encontra-se estruturado com base em objetos de aprendizagem, isto é, um portfólio de recursos educativos, planos de sessão e atividades pedagógicas, os quais podem ser adaptados, de acordo com as necessidades dos países ou grupos de formandos. Neste sentido, as entidades promotoras, ou os próprios formadores, podem configurar os cursos de formação, em termos de materiais, recursos, duração das sessões, sessões de E-learning, e componentes de observação. O formando deve realizar as sessões online antes de iniciar as sessões presenciais. As sessões online fornecem os conhecimentos teóricos necessários para o programa de formação, e é esperado que os formandos submetam pelo menos um trabalho escrito por módulo, através da plataforma de e-learning. As sessões presenciais irão: - Desenvolver as capacidades práticas necessárias para se tornar num voluntário dentro do SJC; - Oferecer orientações relativamente ao conhecimento teórico, especificamente no tema do voluntariado no sistema e nos diferentes contextos; - Discutir e prestar esclarecimentos quanto aos trabalhos escritos; - Desenvolver as competências dos voluntários. Objetivos O formando irá: Desenvolver e construir conhecimento e compreensão acerca do SJC; Desenvolver competências para trabalhar eficazmente no SJC; Compreender e aumentar o auto-conhecimento em relação o perfil de voluntário, e às competências necessárias; Desenvolver o conhecimento e competências necessárias para trabalhar com grupos alvo específicos dentro do SJC;
2 Resultados de aprendizagem No final da formação, o formando deverá ser capaz de: Adotar as responsabilidades descritas no perfil de voluntário e tomar medidas para um continuo autodesenvolvimento; Desempenhar as tarefas e responsabilidades necessárias para executar o seu trabalho; Trabalhar com e cooperar com os colegas; Demonstrar empatia para com (ex) reclusos, famílias e /ou vítimas de crime; Usar e adaptar competências interpessoais apropriadas quando se encontrar em situações stressantes; Identificar e responder a necessidades especificas de (ex) reclusos, famílias e /ou vítimas de crime; Reconhecer os riscos inerentes ao papel de voluntário, e as suas limitações. Conteúdos programáticos Módulos Genéricos: Sessão de acolhimento Introdução ao SJC (especifico de cada país) Atitudes e valores para o crime e justiça Introdução ao perfil do voluntário e ferramenta de autoavaliação Papéis e responsabilidades Comunicação Entrevista motivacional Riscos, problemáticas e limites em meio prisional Análise das necessidades do cliente (Ex) reclusos Famílias de (ex) reclusos Vitimas de crime Cooperação interinstitucional Período de Observação Avaliação Módulos específicos 1 : Trabalhar com agressores sexuais Trabalhar com jovens Trabalhar com adolescentes Trabalhar com públicos mais idosos Trabalhar com mulheres Trabalhar com pessoas com problemas mentais 1 Os conteúdos dos módulos específicos são fornecidos de acordo com o contexto no qual o voluntário irá trabalhar, e só serão introduzidos na análise de necessidades dos clientes. A informação disponível (selecionada de cursos existentes) pode ser fornecida a pedido do formando, ou integrada no período de observação.
3 Trabalhar com minorias étnicas Trabalhar com deficiências Trabalhar com LGBT Trabalhar com vítimas Trabalhar com famílias Trabalhar com cidadãos estrangeiros Carga horária O período de experiência decorre em aproximadamente 6 meses 2, e inclui formação formal, um período de observação e avaliação. Sessão de acolhimento: 3H Sessões presenciais: 20H Sessões online: 15 H Período de observação: mínimo 40H Métodos de ensino e aprendizagem Na plataforma de e-learning, o formando poderá localizar materiais de apoio adequados como artigos, apresentações, documentos normativos e de legislação e outras publicações relevantes. Será pedido aos formandos pelo menos um trabalho escrito para avaliar a compreensão geral dos conceitos (quizz). Durante as sessões presenciais, os conceitos relevantes, introduzidos online, serão abordados com exemplos práticos, e os formandos serão encorajados a partilhar as suas experiências. Discussões com base em exemplos práticos serão despoletadas através de estudo de caso, role-plays e outras técnicas pedagógicas. O período de observação pode ser flexível entre os diferentes países. O objetivo é fornecer aos formandos a oportunidade de experienciar situações da vida real e interagir com uma vasta gama de profissionais do SJC. Durante o período de observação, deve ser mantida uma supervisão informal pelo gestor de voluntários, como forma de dar feedback ao formando. Esta supervisão pode incluir tutoria, mentoria, partilha de práticas ou sessões de formação informal com o formador/supervisor. Método de Avaliação Autoavaliação de competências (pré e pós) Observação Trabalhos individuais Atividades e trabalhos de grupo (escrita colaborativa, role-play) Relatório individual do gestor de voluntários Referências Documentos legislativos de cada país Guia de Boas Práticas Código de conduta É pedido que os formandos assistam às sessões regularmente e que sejam pontuais. 2 Por favour, consulte o exemplo de cronograma de formação em anexo. O período de tempo pode ser ser flexível, consoante a disponibilidade das entidades, formadores e formandos, bem como da necessidade de aplicar a formação.
4 A participação em aula é desejada por forma a potenciar a concretização dos resultados de aprendizagem. Os formandos devem completar os trabalhos online a tempo, enquanto parte do programa de formação.
5 Glossário Blended learning Um formato de formação que combina sessões em aula com sessões online. O pacote de conteúdos pretende-se flexível para que as sessões online se adequem à disponibilidade de agenda de cada formando. As sessões em aula serão geralmente grupais, e pretende-se que complementem as aprendizagens feitas nas sessões online. Análise das necessidades do cliente Processo para estabelecer e abordar as necessidades do formando, com base em competências, conhecimentos e experiências anteriores. Um voluntário pode ter necessidade de desenvolvimento dos conhecimentos em campos especializados como trabalho com pessoas idosas, mulheres ou minorias étnicas. Este processo é referido como intensivo e não intensivo, e terá em conta o campo de intervenção do formando (voluntário). Comunidades de práticas Grupos de pessoas que partilham o interesse por algo que fazem, e aprendem a fazê-lo de forma melhor através da interação regular com partilha de informação e experiências. O objetivo é ganhar conhecimento e experiencia relacionada ao voluntariado. Sistema de Justiça Criminal O Sistema de Justiça Criminal é o conjunto de agências e processos estabelecidos pelos governos, e que são dirigidos à prevenção e redução do crime, ou a punir aqueles que violaram as leis, usando penas ou métodos de reabilitação. Formando
6 Pessoa que frequenta o processo de aprendizagem, adquirindo, modificando ou reforçando conhecimentos, comportamentos ou competências existentes, através de estudo, demostração e experiência. Neste programa, os formandos são voluntários do sistema. Aprendizagem baseada em objetos Um método de aprendizagem que usa uma variedade de objetos (recursos pedagógicos), que servem de veículo para o desenvolvimento e compreensão dos conceitos a transmitir. Um objeto de aprendizagem pode ser um documento, vídeo, ou exercício multimédia, e oferece uma nova conceptualização do processo de aprendizagem: em vez das metodologias tradicionais, os objetos oferecem unidades de aprendizagem mais pequenas e reutilizáveis. Período de observação Período de tempo em que os voluntários podem experienciar situações da vida real, com base no papel que desempenham, na parte final do programa de formação. E-learning Método de aprendizagem através de uma plataforma online, na qual é possível colocar conteúdos (apresentações, vídeos, documentos, etc ), acedidos pelo formando à distância. Tem uma componente interativa que facilita a interação do formando com o curso, com o formador e com os outros colegas (fóruns, serviço de mensagens, vídeo conferência e outras ferramentas). Período de experiência Período durante o qual o novo voluntário é avaliado quanto à sua adequação ao papel de voluntário/a. Inclui formação formal e um período de observação. Voluntário Pessoa que está envolvida em atividades altruísticas, por vontade própria e livre iniciativa, sem coerção ou ganho financeiro.
7 Perfil de Voluntário Refere-se à descrição das competências e habilidades requeridas à pessoa que se candidate a ser voluntário/a. Prontidão do voluntário O nível de preparação de um voluntário para conseguir efetivamente executar uma sequência de tarefas e responsabilidades associadas a um papel. A preparação resulta de uma planeamento e formação dos voluntários. Formação dos voluntários Um currículo flexível e estruturado com o objetivo de introduzir e formar os voluntários; pode ser um processo inicial ou contínuo. Sessão de aula Tipo de aprendizagem grupal, em sala, usada para desenvolver conhecimentos, competências e atitudes necessárias aos voluntários no SJC. Trabalho escrito Tipo de aprendizagem, com elementos escritos, que pretende ajudar os formandos a desenvolver as principais competências necessárias à execução efetiva do papel de voluntário. Os trabalhos escritos foram desenvolvidos e são flexíveis o suficiente para se adaptar a diferentes níveis de escolaridade.
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