DESAFIOS PARA O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL EM ASSENTAMENTOS URBANOS INFORMAIS PRECÁRIOS
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- Rafaela de Lacerda Amorim
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1 DESAFIOS PARA O TRANSPORTE SUSTENTÁVEL EM ASSENTAMENTOS URBANOS INFORMAIS PRECÁRIOS LUIS ANTONIO LINDAU JÚLIO CELSO VARGAS PAULA MANOELA DOS SANTOS MAGDALA SATT ARIOLI FELIPE CALEFFI BRUNO WERBERICH KARINE ROCHA ALVES FRANCISCO CANABARRO ALEXANDRE ENDRES LEONARDO LINHARES
2 1. INTRODUÇÃO Cerca de 3 milhões e 200 mil famílias vivem em AUIP e pelo menos 10 milhões de famílias enfrentam deficiências na infraestrutura de locomoção; Está em curso no Brasil o chamado PAC das Favelas com ações de regularização fundiária, saneamento e mobilidade; No Rio, intervenções no Complexo do Alemão, Morro Santa Marta e Manguinhos contemplaram acréscimos e melhorias na infraestrutura aliados a novas a tecnologias de transporte.
3 2. ASSENTAMENTOS URBANOS INFORMAIS PRECÁRIOS (AUIP) Os AUIP quase sempre se localizam em APP - Áreas de Preservação Permanente Ambiental - de morros e encostas das grandes cidades sul-americanas como o Rio de Janeiro, com grandes inclinações e grades elevados; A Lei da Regularização Fundiária Urbana traz a possibilidade de se promover a urbanização para a população de baixa renda em APP.
4 3. ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO Contraste entre um AUIP e cidade formal: Ocupação desordenada; Não há projeto viário arranjo de construções e canais de movimentação; Difícil reproduzir o transporte da cidade formal nos AUIP;
5 3. ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO Preciso manter a identidade básica das AUIP; Trabalhar nas interfaces entre o AUIP e a cidade formal; Criando condições de conectividade entre as duas realidades; Gerar urbanidade no assentamento.
6 3. ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO Figura 1: Esquema genérico de uma rede troncal de transportes em AUIP: 1- interface/nó principal; 2- nó secundário e 3- sistema de penetração (teleférico) (Chrispiniano, 2011)..
7 4. TRANSPORTES NA DIMENSÃO DOS AUIP Pesquisas origem destino feitas pelas grandes cidades; Porém para as AUIP: Não há trabalhos com foco na tipificação dos padrões: Mobilidade; Propriedade veicular; Meios de transporte utilizados;
8 4. TRANSPORTES NA DIMENSÃO DOS AUIP Viagens a pé prevalecem entre a população de baixa renda: Falta de dinheiro; Oferta de transporte coletivo insuficiente onde moram. Falta de transporte coletivo ou onde não há acesso: Surge o transporte informal; Van, Peruas e Motocicletas (Qualidade de manutenção - risco de acidentes). Motocicletas são muito utilizadas para vencer greides elevados no deslocamento interno às AUIP.
9 5. ALTERNATIVAS PARA O TRANSPORTE COLETIVO Transporte informal dentro das AUIP (Onde não há transporte formal); Limitação da circulação de Vans e Micro-ônibus nas AUIP; Desafios com a topografia acidentada e a configuração informal (elevados greides, estreitos canais);
10 5. ALTERNATIVAS PARA O TRANSPORTE COLETIVO Propulsão a cabo em AUIP de cidades como Caracas, Medellín e Rio de Janeiro; ART (Aerial Rapid Transit) Gôndolas; Maiores Velocidades (até 43,2 km/h) e Capacidades (superior a pass/h/sentido). CPT (Cable-Propelled Transit) Funicular; Menores Velocidades (4 km/h) e Capacidades (80 a 140 pass/h/sentido).
11 5. ALTERNATIVAS PARA O TRANSPORTE COLETIVO Casos de Aplicação do ART e CPT Sistema País Tecnologia ART Extensão (m) Velocidade (km/h) Capacidad e cabine (lugares) Headway (s/cabine) Capacidade ofertada (pass/h/direção) Frota (cabine) Portland Aerial Tram EUA Aerial Tram , Rossevelt Island Tramway EUA Aerial Tram Linha K Medellín Linha J Colômbia MDG Metrocable Linha L Caracas Metrocable Venezuela MDG Cable Constantine Algeria MDG , , Complexo do Alemão Brasil MDG , Maokong Gondola Taiwan MDG , Ngong Ping Cable Car China BDG Singapura Cable Car Singapura BDG , Koblenz Cable car Alemanha TDG ,
12 5. ALTERNATIVAS PARA O TRANSPORTE COLETIVO Funicular do Morro Dona Marta, Rio de Janeiro
13 5. ALTERNATIVAS PARA O TRANSPORTE COLETIVO Sistema Funicular Híbrido
14 6.1 TRANSPORTE SOBRE DUAS RODAS Bicicletas: A segurança é citada como maior impedimento ao seu uso; O desconforto relacionado a topografia pode ser superado pelo desenho do itinerário; Arborização ajuda a superar desconfortos climáticos; Investimentos em infraestrutura cicloviária são inferiores aos dos ciclomotores; Bicicletas elétricas permitem aliar o motor ao esforço humano É importante a implantação de paraciclos
15 6.1 TRANSPORTE SOBRE DUAS RODAS Motocicletas: Velocidade elevada em tráfego congestionado; Baixo custo de aquisição e manutenção comparados aos do automóvel; Despontam nas estatísticas de mortes no trânsito urbano e emissão de poluentes por passageiro. Utilizadas no transporte de cargas e passageiros, o Brasil conta com mais de 16,5 milhões de motocicletas. As vendas crescem 20% ao ano. A operação de moto táxis é geralmente informal
16 6.2 PEDESTRES Nos países em desenvolvimento o andar a pé é o principal meio de transporte; Calçadas, rampas e escadas seguras e confortáveis em muito melhorariam a qualidade da circulação interna dos AUIP; O pavimento das calçadas deve possuir faixa de circulação contínua, com piso liso, não escorregadio, resistente e sem buracos, rachaduras e/ou intrusão de vegetação; Recomenda-se a utilização de escadas em áreas urbanas onde ocorrerem inclinações maiores de 20%, e em declividades entre 20% e 40%, a melhor solução é a combinação entre escada e rampa com patamares Admite-se como confortável o fluxo de tráfego de 25 pessoas/min/m em calçadas, podendo chegar a 75 pessoas/min/m.
17 6.3 TRANSPORTE DE CARGAS E SERVIÇOS Serviços de segurança; Atendimento emergencial de saúde; Bombeiros; Coleta de lixo; transporte de cargas em geral; Coletas diárias de toneladas de lixo são realizadas com carrinhos de mão sobre rampas e escadas, ou de forma manual por garis comunitários, levando o lixo das residências até a zona de coleta.
18 6.3 TRANSPORTE DE CARGAS E SERVIÇOS Alternativas: Veículos Elétricos Motocicletas Helicópteros Transporte de carga agregado ao transporte público
19 7. CONCLUSÕES Uma parcela significativa da população urbana brasileira vive em Assentamentos Urbanos Informais Precários. As recentes iniciativas de governo para reurbanizar nossas favelas, particularmente as cariocas, apresentam enormes desafios, entre eles, a provisão de uma oferta estruturada de transportes.. Quase nada se sabe sobre os padrões de mobilidade dos habitantes das favelas. Não há um entendimento do padrão de demanda dos habitantes das AUIP brasileiras. Sistemas com propulsão a cabo tipo ART e CPT têm custos relativamente elevados de implantação e operação e requerem um bom equacionamento financeiro. Se as soluções foram relegadas unicamente às forças atuais de mercado, tudo indica que a motocicleta seguirá proliferando nos AUIP.
20 7. CONCLUSÕES O processo de renovação urbana dos AUIP é uma oportunidade para a promoção de ambientes mais sustentáveis: Priorização da movimentação de pedestres e bicicletas; Qualificação das vielas, escadas, e planos inclinados; Exploração da integração modal; Fazer o melhor uso das leis da física para vencer as declividades.
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