Autoria: Cristina Maria Souto Ferigotti

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1 Processos de Aprendizagem Intra-empresarial, Fluxos de Conhecimento e Acumulação de Competências Inovadoras em Produtos na Electrolux do Brasil ( ) Autoria: Cristina Maria Souto Ferigotti Resumo: Este trabalho examina as implicações dos processos de aprendizagem intra e interempresariais (fluxo de conhecimento) para a acumulação de competências na Electrolux do Brasil S/A, Curitiba/PR, no período de 1980 a O objetivo foi analisar como a aprendizagem influenciou a acumulação de competências inovadoras na função tecnológica Atividades de Produto. Utilizou-se o estudo de caso individual, as evidências foram obtidas por meio de fontes múltiplas: entrevistas, reuniões formais, consulta à documentação e observação direta. O modelo para competências tecnológicas permitiu mensurar níveis de capacitação tecnológica. O modelo de aprendizagem intra-empresarial identifica quatro processos de aprendizagem e suas características-chave. O modelo de aprendizagem interempresarial distingue vínculos para fluxo de conhecimento. Ao unir três modelos analíticos num só estudo, este trabalho contribuiu para explicar como os processos de aprendizagem possibilitaram a acumulação de competências inovadoras. As evidências que emergem a partir deste estudo contradizem generalizações comuns, em relação à ausência de inovação e a inexistência de fluxos de conhecimento para inovação, em subsidiária de país em desenvolvimento de grupo transnacional. 1 Introdução Este trabalho refere-se à relevância da aprendizagem intra e inter-empresarial para o modo e a velocidade da capacitação tecnológica das empresas. Ele enfoca uma empresa de país em industrialização, particularmente a subsidiária de um grupo transnacional, fabricante de eletrodomésticos de linha branca no Brasil. Compreende-se "processos de aprendizagem" como os vários mecanismos pelos quais os indivíduos adquirem habilidades e conhecimentos, e que possibilitam a conversão da aprendizagem individual para a aprendizagem organizacional (Bell, 1984). "Competências tecnológicas" são aqui identificadas como os recursos necessários para gerar e gerenciar aperfeiçoamentos em atividades de processos e organização da produção, produtos, e desenvolvimento de novos produtos, processos produtivos e tecnologias. Tais recursos se acumulam e incorporam em indivíduos (habilidades, conhecimento e experiência) e sistemas organizacionais. (Bell & Pavitt, 1995). Ressalta-se que "inovação" é aqui entendida de maneira compreensiva e, por isso, envolve atividades de adaptação, experimentação, desenho e também de desenvolvimento e pesquisa relativas a diversas áreas e tipos de atividade tecnológica na empresa tanto sob uma dimensão técnica quanto organizacional (Dosi, 1988; Lall,1992; Bell & Pavitt,1995). Estudos relacionados a aprendizagem dentro da rede de ETNs (Prahalad & Doz,1987; Gupta & Govindarajan,1994; Fleetwood & Molleryd,1992; Clark & Wheelwright,1993; De Meyer,1993), enfocam subsidiárias que estão localizadas nos países mais desenvolvidos da Europa, no Japão e nos EUA, onde competências tecnológicas estão substancialmente disponíveis. Similarmente, Ostry e Gestrin (1993) também concluem que nos países em desenvolvimento provavelmente, as empresas pouco se engajam em atividades inovadoras na rede de ETNs. Portanto, assim como a literatura sobre as parcerias estratégicas e alianças (Ring & van de Van, 1992;George, 1995, Hagedoorn, 1993), esses estudos não prestam atenção alguma ao papel desempenhado pelo relacionamento entre subsidiárias e empresamãe (ou entre subsidiária), nos processos de aprendizagem para criar a capacitação em 1

2 subsidiárias estrangeiras. Mesmo quando as subsidiárias de ETNs são incluídas nessas análises, elas seriam classificadas como tendo quase nada em termos de desenvolvimento de competências inovadoras (Goshal & Bartlett, 1987). Adicionalmente, estudos sobre vínculos interorganizacionais relativos ao processo de inovação tais como os de Lundvall (1988,1992) sobre interação "usuário-produtor", Raffa e Zollo (1994) sobre relações "dentro-fora" de empresas, bem como os de Gupta e Govindarajan (1994) e Fleetwood e Molleryd (1992), sobre fluxos de conhecimento entre empresa-mãe e subsidiárias e atividades de desenvolvimento técnico, presumem a presença de competências internas à empresa como base para as interações ocorrerem. Alguns estudos em empresas de países em desenvolvimento verificaram a importância dos processos de aprendizagem para a capacitação tecnológica com vistas à inovação (Kim, 1997; Dutrénit, 2000). Para Figueiredo (2001), são os processos de aprendizagem que permitem a acumulação de competências. Ariffin e Bell (1999) encontraram diversas trajetórias associadas a diferentes links, entre subsidiárias e matriz, em firmas da área eletrônica na Malásia. Utilizando uma estrutura desenvolvida em Bell e Pavitt (1995), adaptada de Lall (1992), o estudo deu grande atenção à evolução das competências tecnológicas rotineiras e inovadoras, tais como processos e organização da produção, produtos e equipamentos. O estudo também deu importância ao papel dos mecanismos de aprendizagem para a acumulação de competências. O processo de aprendizagem tecnológica, especialmente em empresas de economias emergentes, pode ocorrer em empresas-mãe, clientes, fornecedores, ou parceiros de jointventure. Portanto verificou-se que a relação entre acumulação de competências, processos de aprendizagem e fluxos de conhecimento ainda não foi analisado na indústria de linha branca, por meio de modelos, que permitissem verificar esse relacionamento. Por isso, a Electrolux do Brasil apresentou rica fonte de evidências para a aplicação de modelos analíticos, de modo a verificar como uma subsidiária de transnacional pode acumular capacitação tecnológica inovadora em produto. A Seção 2 apresenta os modelos analíticos; a Seção 3 refere-se ao desenho e método do estudo;. a Seção 4 apresenta a acumulação de competências tecnológicas em atividades de produto na Electrolux do Brasil, ( ); na Seção 5 são descritos os fatores influentes para a acumulação de competências: a aprendizagem intra e inter-empresariais;. a Seção 6 discute e conclui o artigo. 2 Modelos analíticos 2.1 Acumulação de competências tecnológicas na indústria de linha branca O modelo descritivo e classificatório para a acumulação de competências na indústria de linha branca, foi adaptado a partir do modelo de descrição de acumulação de competências tecnológicas de Figueiredo (2001), e está apresentado na Tabela 1 Tabela 1 - Modelo analítico para acumulação de competências tecnológicas na indústria de eletrodomésticos de linha branca Níveis de competência tecnológica Funções Tecnológicas e Atividades Relacionadas Atividades de Processo e Atividades de Produto Organização da Produção Competências de Rotina: competências para usar tecnologias existentes 2

3 (1) Básico (2) Renovado 3) Extra-básico (4) Intermediário (5) Intermediário Superior (6) Avançado Fonte: Adaptado de Figueiredo 2001 Atividades de processos básicos; Manufatura com operações manuais; Planejamento e controle de produção básico, CQ 100% visual na linha de produção. Atividades de processos semiautomatizados; Aprimoramento do planejamento e controle da produção; CQ rotinizado com parâmetros de comparação, como por exemplo: testes de performance; Obtenção de certificação internacional, ex.: ISO Competências Inovadoras Alongamento intermitente de capacidade em atividades de processos para a eliminação de gargalos na linha de montagem; CQ na linha de produção e controle estatístico de processos (CEP). Introdução e rotinização de técnicas organizacionais tais como TQC, JIT/kanban: Utilização de Kaizen; Alongamento contínuo a partir da automação de máquinas e equipamentos. Integração entre sistemas operacionais e sistemas corporativos para o desenvolvimento de produtos; Certificação em gestão ambiental: ISO 14001; Aprimoramento sistemático por meio da automação de processos Organização da produção, desenho e desenvolvimento de processos originais baseados em engenharia e P&D. Produto replicado a partir de especificações dadas; CQ básico do projeto de produto com garantia sobre falhas evidentes. Produto com replicação aprimorada de especificações dadas; Produtos para exportação em nível mundial com certificação internacional, como a ISO 9002; CQ com garantia das características do produto. Mudanças incrementais aperfeiçoando os produtos existentes; Introdução ao design de componentes isolados dos produtos; Criação de especificações próprias de produtos existentes. Desenho e desenvolvimento próprios de produtos com assimilação de tecnologia por meio de licenciamento, transferência tecnológica e/ou benchmarking de produtos e implantação de engenharia reversa; Certificação internacional para desenho e desenvolvimento de produto, como por exemplo, ISO 9001; Projeto de produto utilizando o CAD. Desenho de produto com a participação de usuários; Co-desenvolvimento de produtos com fornecedores; Aprimoramento contínuo de especificações próprias; Utilização de softwares para simulação de produto em 3D, como o CAE e o CATIA. Desenho e desenvolvimento de produtos originais baseados em Engenharia e P&D. O modelo permitiu mensurar o desenvolvimento da capacitação tecnológica, com base em atividades que a empresa foi capaz de fazer, o seu progresso de competências de rotina para níveis de competências inovadoras. As competências de rotina foram divididas em Nível (1) Básico e Nível (2) Renovado. Ambos são níveis de eficiência no uso das tecnologias. Já as competências inovadoras são classificadas em quatro níveis: do Nível (3) Extra-básico ao Nível (6) Avançado, são aquelas que selecionam, adquirem, adaptam e desenvolvem tecnologias para criar ou aprimorar atividades inovadoras de produto. Embora reconhecendo o grau de superposição das atividades de produto e atividades de processos e organização da produção, a Tabela 1 estabelece níveis discretivos entre elas. Sendo assim, possibilitam-se as observações quanto à capacitação tecnológica envolvida nas diferentes atividades. 2.2 Processos de aprendizagem intra-empresariais Os processos de aprendizagem foram analisados de acordo com o modelo desenvolvido em Figueiredo (2001), como indicado na Tabela 2 3

4 Tabela 2 - Modelo analítico para processos de aprendizagem intra-empresariais Processos de Aprendizagem Aquisição Externa de Conhecimento Aquisição Interna de Conhecimento Compartilhamento de Conhecimento Codificação de Conhecimento Fonte: Figueiredo 2001 Características-chave dos processos de aprendizagem Intensidade Uma vez-intermitente- Contínua Variedade Ausente Inexistente- Limitada-Moderada-Diversa Processos de Aquisição de Conhecimento Presença/ausência de processos para adquirir conhecimento localmente ou no exterior (ex. treinamento, fornecedores, usuários, contratação de expertise, laboratórios, universidades, assistência técnica) Presença/ausência de processos para adquirir conhecimento em atividades internas de rotina ou inovadoras: experimentação sistemática, treinamentos Modo como a empresa usa este processo ao longo do tempo, pode ser contínuo, intermitente, ou baixa. Modo como a empresa usa diferentes processos para aquisição interna de conhecimento Processos de Conversão de Conhecimento Presença/ausência de diferentes processos através dos quais indivíduos compartilham seu conhecimento tácito (ex. solução compartilhada de problemas, times, rotação no trabalho, treinamentos diversos, prototipagem) Presença/ausência de diferentes processos para formatar o conhecimento tácito (ex. manuais, formatos organizados, software, padrões, projetos, procedimentos) Modo como processos prosseguem ao longo dos anos. Intensidade contínua do processo de compartilhamento pode influenciar codificação de conhecimento Modo como processos de padronização de operações são repetidamente feitos. Codificação ausente/intermitente pode limitar a aprendizagem organizacional Funcionamento Insatisfatório -Moderado- Bom- Modo como o processo foi criado e modo como ele opera ao longo do tempo Modo como o processo foi criado e opera ao longo do tempo; tem implicações para variedade e intensidade Modo como mecanismos de compartilhamento são criados e operam ao longo do tempo. Tem implicações p/ a variedade e intensidade do processo de conversão Modo como a codificação do conhecimento foi criada e opera ao longo do tempo. Tem implicações para o funcionamento de todo o processo de conversão Processo de aquisição externa: mecanismos de aquisição de conhecimento tácito e/ou codificado de fora da empresa. Processos de aquisição interna: mecanismos para aquisição de conhecimento tácito por meio de diferentes atividades realizadas dentro da empresa. Os processos de compartilhamento e codificação convertem conhecimento individual em organizacional. Os mecanismos de compartilhamento permitem que parte do conhecimento tácito seja transmitido, os mecanismos de codificação possibilitam que parte do conhecimento tácito individual, torne-se explícito no ambiente organizacional. 2.3 Processos de aprendizagem inter-empresariais (fluxos de conhecimento) O modelo distingue vínculos tecnológicos para fluxos de conhecimento, foi desenvolvido em Ariffin, (2000) e está indicado na Tabela 3. Os vínculos tecnológicos (MP) baseados em uso da capacidade tecnológica já existente, podem ocorrer quando as transações de mercado em bens e serviços envolvem pouca, ou nenhuma transferência de aptidões e conhecimento. Os vínculos para o desenvolvimento de competências tecnológicas (aprendizagem) com outras 4

5 empresas podem envolver considerável fluxo de aptidões e conhecimentos. Podem ajudar as empresas a desenvolver sua capacidade, seja em termos de produção (vínculos LP) como em vários contratos de licenciamento, ou em termos de aprendizagem para a inovação (vínculos LI) ou capacidade tecnológica inovadora (vínculos I), conforme indicado na Tabela 3. Tabela 3 - Modelo analítico de processos de aprendizagem inter-empresariais (fluxos de conhecimento) Uso da capacidade tecnológica Desenvolvimento da capacidade tecnológica (aprendizagem) Fonte: Ariffin 2000 Vínculos baseados em transações de mercado em bens e serviços Vínculo MP (Marketing/Production) Nesses vínculos de comercialização/produçã o a interação das empresas é meramente uma relação comercial envolvendo a venda de bens e serviços derivados do uso da capacidade de produção existente, mas elementos destinados a gerar ou ampliar essa capacidade Tipologia de vínculos existentes Vínculos de fluxos de conhecimento Tecnologia existente (produção rotineira) Vínculo LP (Learning for production) Esses vínculos de aprendizagem para produção permitem às empresas gerar ou ampliar sua capacidade básica de produção. Geralmente uma das empresas recorre à outra para desenvolver a capacidade básica para produzir certos produtos, utilizar certos processos e/ou dominar certas práticas gerenciais e organizacionais Vínculos para inovação Vínculo I (Innovation) Nesses vínculos para inovação, a interação é a fonte da inovação. Nesse caso, as empresas já têm capacidade de tecnologia inovadora e colaboram no sentido de utilizá-la para introduzir inovações, o que em geral envolve pesquisa, desenvolvimento e design conjuntos para novos produtos e processos Vínculo LI (Learning for innovation) Através desses vínculos de aprendizagem para inovação as empresas desenvolvem capacidade inovadora básica e intermediária. Isso pode envolver treinamento e aquisição de experiência em nível formal através de engenharia reversa e melhoramento incremental. 3 Desenho e método do estudo O estudo foi estruturado para examinar as implicações da aprendizagem intra e interempresariais (fluxos de conhecimento) para a maneira e velocidade de acumulação de competências inovadoras em atividades de produto na Electrolux do Brasil. Para tal procurouse responder as seguintes questões: (1) qual o papel das características-chave dos processos de aprendizagem intra-empresariais, na maneira e velocidade de acumulação de competências inovadoras em produto na Electrolux do Brasil ( ); (2) que tipos de vínculos interempresariais para fluxo de conhecimento, contribuíram para a acumulação de competências inovadoras em atividades de produto na Electrolux do Brasil ( ); (3) até que ponto os processos de aprendizagem intra-empresariais e inter-empresariais contribuíram para a 5

6 maneira e a velocidade de acumulação de competências inovadoras em atividades de produto na Electrolux do Brasil ( ). O método utilizado para a pesquisa foi o estudo de caso individual, conforme Yin (1994). Os dados foram levantados por meio de fontes múltiplas: entrevistas; reuniões casuais; análise de documentação e observação direta. Os dados coletados foram na sua maioria de natureza qualitativa, a coleta de informações concentrou-se na área tecnológica da empresa e no setor de recursos humanos, bem como nas fábricas 1 e 2 da unidade Guabirotuba, plantas sediadas em Curitiba, PR. Para as informações pertinentes a acumulação de competências em atividades de produto procuraram-se dados relativos a como a empresa utilizou, adaptou e mudou as atividades de produto. Para a adaptação do modelo analítico de competências tecnológicas e sua validação, uma série de entrevistas foi realizada, principalmente com os gerentes da área de tecnologia que inclui industrial design, qualidade, engenharia de processos e engenharia industrial. A coleta de informações para análise das característicaschave dos processos de aprendizagem intra-empresariais, foi conduzida de maneira a se verificar o seu comportamento para acumulação de competências. Para verificar os processos de aprendizagem inter-empresariais foram realizadas entrevistas suplementares com o diretor da Electrolux do Brasil, planta da Unidade Guabirotuba, gerentes da área de industrial design, gerentes de desenvolvimento de produto e especialistas em design. Ressalta-se que ocorreu checagem de dados durante o processo de escrita via telefone, e rápidas visitas à empresa. Após a coleta de dados procedeu-se à análise das estruturas analíticas, os vários mecanismos de aprendizagem e suas características-chave foram examinados com base em critérios, conforme Tabela 4 Tabela 4 - Critérios para examinar as características-chave dos processos de aprendizagem Características-chave Variedade (n) Intensidade Critérios e Avaliação Ausente ou inexistente n = 0 Limitado n 5 Moderado 5 < n 10 Diverso n > 10 A fim de entender e avaliar este conceito, faz-se necessário o entendimento da natureza de cada processo de aprendizagem. Por exemplo: canalização de conhecimento codificado externo poderia ocorrer semanalmente ou mensalmente enquanto que treinamento no exterior poderia ocorrer um ou duas vezes ao ano para o mesmo grupo de indivíduos. Uso e implementação de cada processo de aprendizagem Uma vez somente uma vez e abandonado ou permanente descontinuidade durante o período examinado. Uso e implementação de cada processo de aprendizagem na base Intermitente do para e anda durante o período examinado. Uso e implementação de cada processo de aprendizagem Contínuo continuamente durante todo o período examinado. 6

7 Funcionamento Este conceito foi interpretado e implementado pela combinação de (1) percepção, comentários e avaliação em diferentes entrevistas em diferentes áreas nas diversas fases de pesquisa do estudo de caso; (2) notas analíticas a respeito de observações; (3) pesquisa sistemática em documentos da empresa; (4) comparação sistemática com base em tabelas analíticas, julgamento de evidências qualitativas sobre os processos de aprendizagem na firma e entre firmas envolvendo (i) motivação para a construção de processos de aprendizagem; (ii) como o processos de aprendizagem são operacionalizados (ex.: critério para o envio de indivíduos para treinamento no exterior); (iii) tipo do envolvimento gerencial (iv) extensão dos processos de aprendizagem na firma (ex.: limitado a um único grupo de pessoas ou para toda a firma); (v) reorganização, melhoria, fragmentação ou enfraquecimento dos processos de aprendizagem; e (vi) em particular, o tipo de implicação observada para a construção de rotina e/ou capacitação tecnológica inovadora. Insatisfatório, Moderado, Bom e Fonte: Figueiredo (2001). Nota: para a distinção entre variedade em nível de processo de aprendizagem e em nível de mecanismo, o processo de aprendizagem que não contem quaisquer mecanismos será computado como mecanismo de aprendizagem. 4 A acumulação de competências tecnológicas em atividades de produto na Electrolux do Brasil ( ) A partir de 1980, a empresa já desempenhava atividades inovadoras, em 1987 foi criado o departamento de industrial design para adaptar e desenvolver o design de produtos. Concomitantemente familiarizou-se com o design de produtos importados, o que induziu a mudanças incrementais, acumulando competências para N(3) Extra-básico. Em 1988 a prática de benchmarking, as visitas à empresas da Sanyo no Japão para conhecer novas tecnologias de produção e o contato dos designers e engenheiros brasileiros com os técnicos da empresa associada para a troca de informações, contribuíram para a empresa acumular competências em N(4) Intermediário. A Electrolux do Brasil iniciou a adaptação e modificação de tecnologias existentes, o que tornou possível o desenvolvimento de processos e produtos inovadores em respostas à mudanças econômicas no mercado (Kim, 1997). A partir de 1996, a acumulação de competências evoluiu rapidamente, a área de engenharia de desenvolvimento de produto e as demais áreas voltadas à tecnologia receberam investimentos em equipamentos e softwares especializados. A gestão da Electrolux promoveu a integração das atividades de processos e organização da produção e atividades de produto, foi implantado na empresa brasileira o IPDP 1 com vistas a lançamento de produtos inovadores. A integração é a associação que, de fato, as empresas podem achar e explorar sinergicamente, por meio de base de conhecimento especializado e localizado em divisões diferentes (Leonard-Barton, 1998). A empresa brasileira concentrou-se no desenvolvimento do primeiro refrigerador frost-free 2, projeto piloto para o desenvolvimento de produto integrado às atividades de processos. Tal projeto proporcionou a capacitação da Electrolux do Brasil em grupos de projeto. Posterior à performance da empresa brasileira em desenvolvimento de produtos integrado à processos, esta experiência positiva foi gradativamente compartilhada com as demais subsidiárias do grupo. As evidências sugerem acumulação de competências para N(5), Intermediário Superior. 7

8 5 Fatores influentes para acumulação de competências: o papel dos processos de aprendizagem intra e inter-empresariais 5.1 Processos de aprendizagem intra-empresariais Variedade dos processos de aprendizagem De 1980 a 1995, a variedade dos processos de aquisição e conversão evoluiu de limitado a moderado, principalmente a partir de A empresa investiu recursos em processos de aprendizagem que contribuíram para acumulação em N(4). A partir de 1996, a variedade aumentou em 50%. A empresa investiu em tecnologia de informação aumentando os processos de conversão. Com isso, aumentou os mecanismos para compartilhamento e codificação de conhecimento possibilitando que o conhecimento tácito de vários especialistas fosse estruturado e codificado, conforme explicitado por Leonard-Barton, (1998) Houve aumento significativo de mecanismos de conhecimento tais como, incentivo a grupos de projeto e links com especialistas do grupo Electrolux para compartilhar conhecimento codificado, acumulando competências para N(5). Conforme indicado na Tabela 5. Tabela 5 - Resumo da variedade dos processos de aprendizagem Presença ou Ausência de Mecanismos Aquisição externa de conhecimento 1. Convênios com escolas e institutos para educação e qualificação técnica dos funcionários 2.Aquisição de empresa para aumento de volume de produção, melhoria de estrutura tecnológica de produção. Presente Presente Presente Presente Ausente Presente Ausente 3.Aprendizado via contrato de licenciamento Presente Ausente Presente Ausente 4.Associação com empresa estrangeira (joint-venture) Ausente Presente Presente Ausente 5.Contrato de transferência tecnológica com empresa expertise da indústria Ausente Ausente Presente Ausente 6.Participação em feiras e eventos relacionados à indústria Ausente Presente Presente 7.Acesso a conhecimento externo codificado Ausente Presente Presente 8.Contratação de engenheiros experientes das empresas líderes Ausente Presente Presente do setor de linha branca 9.Interação com usuários e clientes para aprimoramento de Ausente Ausente Presente produtos e processos 10.Participação de usuários e grandes clientes em grupos de Ausente Ausente Presente conceito para desenvolvimento de novos produtos Presença ou Ausência de Mecanismos Aquisição interna de conhecimento 11.Envolvimento em projeto para construção de nova planta Presente Ausente Ausente 12.Envolvimento em instalação de planta Ausente Presente Presente 13.Melhoria em linhas de produção Presente Presente Presente 14.Aquisição de conhecimento tácito ou codificado antes de Ausente Presente Presente engajar em novas atividades 15.Experimentação em laboratório e linha de produção para Ausente Presente Presente desenvolvimento de produtos e processos 16.Estudos em laboratórios e manipulação de parâmetros de produção Ausente Presente Presente 8

9 17.Esforços sistemáticos em aprimoramento contínuo em Ausente Ausente Presente processos e produtos 18.Prototipagem para desenvolvimento de novos produtos Ausente Ausente Presente Presença ou Ausência de Mecanismos Compartilhamento de conhecimento 19.Formação básica e fundamental para operários da linha de produção Presente Presente Presente Ausente 20.Treinamentos internos realizados por especialistas da Ausente Presente Presente empresa 21.Treinamento on the job (OJT) Ausente Presente Presente 22.Treinamento por observação Presente Presente Presente 23.Solução compartilhada de problemas (brainstorming, Ausente Presente Presente simulações) 24.Benchmarking para desenvolvimento de produtos e processos Ausente Presente Presente 25.Links de comunicação para canalizar conhecimento externo Ausente Ausente Presente 26.Software de socialização para compartilhar conhecimento em Ausente Presente Presente projetos de design 27.Links para compartilhar conhecimento tácito e codificado de Ausente Ausente Presente especialistas da empresa 28.Comunicação para disseminar novos processos de produção e Presente Presente Presente ocorrência de eventos internos. Ex: implantação de Kaizen 29.Construção formal de grupos de projeto Ausente Ausente Presente Presença ou Ausência de Mecanismos Codificação de conhecimento 30.Práticas de padronização manual das rotinas de produção Presente Presente Ausente 31.Práticas de padronização automatizada Ausente Ausente Presente 32.Codificação de projetos de engenharia Ausente Presente Presente 33.Comunicação interna para registrar resultados em Presente Presente Presente incrementos de produção 34.Codificação de conhecimento interno, próprio da empresa Ausente Ausente Presente (ex. via intranet) 35.Relatórios da divisão do serviço ao consumidor para geração Ausente Ausente Presente de indicadores de qualidade e serviços prestados em garantia por meio eletrônico 36.Sistema visual de codificação com símbolos e frases de Ausente Presente Presente aprendizagem ( ex.:crachá de identificação funcional com os valores da empresa impressos) Nota: Um traço ( ) significa que o processo de aprendizagem é ausente ou insignificante. A flecha ( ) significa que a característica do processo de aprendizagem mudou durante o período examinado Intensidade dos processos de aprendizagem De 1980 a 1988 os mecanismos de conversão ocorreram de forma intermitente, porém de 1989 a 1995 alguns mecanismos de aquisição foram ampliados e passaram a ser utilizados de maneira contínua, contribuindo para acumulação em N(3) e N(4). A partir de 1997, alguns mecanismos de conversão passaram a ser contínuos, aumentando a sua intensidade, ver Tabela 6. Em 1998, mecanismos de aquisição interna como; experimentação, simulação e prototipagem, passaram a ser usados continuamente, reduzindo drasticamente o tempo para desenvolvimento de novos produtos, e permitindo compartilhar o conhecimento tácito com outras empresas do grupo. A prototipagem pode ser um veículo importante para a discussão compartilhada de problemas e para a integração interfuncional, conforme estudos de Wheelwright & Clark, (1992) citado em Leonard-Barton, (1998). Houve maior integração 9

10 entre sistemas operacionais e corporativos na subsidiária brasileira e entre ela e as outras subsidiárias da Electrolux, contribuindo para acumulação em N(5). Tabela 6 - Resumo da intensidade dos processos de aprendizagem Uma vez- Intermitente - Contínuo Aquisição externa de conhecimento 1. Convênios com escolas e institutos para educação e Contínuo Contínuo Contínuo qualificação técnica dos funcionários 2.Aquisição de empresa para aumento de volume de produção, Uma vez Uma vez Uma vez melhoria de estrutura tecnológica de produção. 3.Aprendizado via contrato de licenciamento Contínuo Contínuo Contínuo 4.Associação com empresa estrangeira (joint-venture) Contínuo Contínuo Contínuo Intermitente 5.Contrato de transferência tecnológica com empresa expertise - - Uma vez da indústria 6.Participação em feiras e eventos relacionados à indústria Intermitente Intermitente Intermitente 7.Acesso a conhecimento externo codificado Intermitente Intermitente Contínuo 8.Contratação de engenheiros experientes das empresas líderes do setor de linha branca Intermitente Intermitente Contínuo Intermitente 9.Interação com usuários e clientes para aprimoramento de - Intermitente Contínuo produtos e processos 10.Participação de usuários e grandes clientes em grupos de - - Contínuo conceito para desenvolvimento de novos produtos Uma vez- Intermitente - Contínuo Aquisição interna de conhecimento 11.Envolvimento em projeto para construção de nova planta Contínuo Uma vez - 12.Envolvimento em instalação de planta Contínuo Contínuo - 13.Melhoria em linhas de produção Intermitente Intermitente Contínuo 14.Aquisição de conhecimento tácito ou codificado antes de Intermitente Contínuo Contínuo engajar em novas atividades 15.Experimentação em laboratório e linha de produção para - Intermitente Contínuo desenvolvimento de produtos e processos 16.Estudos em laboratórios e manipulação de parâmetros de - Intermitente Contínuo produção 17.Esforços sistemáticos em aprimoramento contínuo em - Contínuo Contínuo processos e produtos 18.Prototipagem para desenvolvimento de novos produtos - - Contínuo Uma vez- Intermitente - Contínuo Compartilhamento de conhecimento 19.Formação básica e fundamental para operários da linha de produção Contínuo Contínuo Intermitente 20.Treinamentos internos realizados por especialistas da - Intermitente Contínuo empresa 21.Treinamento on the job (OJT) Contínuo Contínuo Contínuo 22.Treinamento por observação Contínuo Contínuo Contínuo 23.Solução compartilhada de problemas (brainstorming, - Intermitente Contínuo simulações) 24.Benchmarking para desenvolvimento de produtos e processos - Intermitente Contínuo 25.Links de comunicação para canalizar conhecimento externo; - - Contínuo 10

11 26.Software de socialização para compartilhar conhecimento em projetos de design - - Contínuo 27.Links para compartilhar conhecimento tácito e codificado de - - Contínuo especialistas da empresa 28.Comunicação para disseminar novos processos de produção e Contínuo Contínuo Contínuo ocorrência de eventos internos. Ex: implantação de Kaizen 29.Construção formal de grupos de projeto - Intermitente Contínuo Uma vez- Intermitente - Contínuo Codificação de conhecimento 30.Práticas de padronização manual das rotinas de produção Contínuo Contínuo - Intermitente 31.Práticas de padronização automatizada - Intermitente Contínuo 32.Codificação de projetos de engenharia - - Contínuo 33.Comunicação interna para registrar resultados em Contínuo Contínuo Contínuo incrementos de produção 34.Codificação de conhecimento interno, próprio da empresa - Intermitente Contínuo (ex. via intranet) 35.Relatórios da divisão do serviço ao consumidor para geração - - Contínuo de indicadores de qualidade e serviços prestados em garantia por meio eletrônico 36.Sistema visual de codificação com símbolos e frases de - Intermitente Contínuo aprendizagem ( ex.:crachá de identificação funcional com os valores da empresa impressos) Nota: Um traço ( ) significa que o processo de aprendizagem é ausente ou insignificante. A flecha ( ) significa que a característica do processo de aprendizagem mudou durante o período examinado Funcionamento dos processos de aprendizagem O modo de operação dos mecanismos de aquisição externa e interna de conhecimento fortaleceu a intensidade dos processos de aquisição, por isso o funcionamento foi considerado moderado para ambos os processos. Já o funcionamento dos processos de conversão foi considerado de moderado a insatisfatório, no período de 1980 a 1995, o que contribuiu para lenta acumulação para N(3) e N(4). A partir de 1996, esforços sistemáticos em aprendizagem organizacional como a implantação de softwares de compartilhamento e codificação contribuíram para rápida acumulação para N(5). Alguns mecanismos tais como experimentação em laboratório, treinamentos internos e links para compartilhar conhecimento entre especialistas das empresas do grupo, tiveram o seu funcionamento melhorado ao longo de 2001 a O funcionamento apresenta-se na Tabela 7 Tabela 7- Funcionamento dos processos de aprendizagem Aquisição externa de conhecimento Insatisfatório Moderado - Bom 1. Convênios com escolas e institutos para educação e qualificação técnica dos funcionários 2.Aquisição de empresa para aumento de volume de produção, melhoria de estrutura tecnológica de produção. 3.Aprendizado via contrato de licenciamento Moderado Bom Bom - 4.Associação com empresa estrangeira (joint-venture) - Bom - 5.Contrato de transferência tecnológica com empresa expertise - - da indústria 11

12 6.Participação em feiras e eventos relacionados à indústria Insatisfatório Bom 7.Acesso a conhecimento externo codificado Insatisfatório Bom 8.Contratação de engenheiros experientes das empresas líderes do setor de linha branca - Bom Moderado 9.Interação com usuários e clientes para aprimoramento de - Moderado produtos e processos 10.Participação de usuários e grandes clientes em grupos de - - conceito para desenvolvimento de novos produtos Insatisfatório Moderado - Bom Aquisição interna de conhecimento 11.Envolvimento em projeto para construção de nova planta Moderado - 12.Envolvimento em instalação de planta Moderado - 13.Melhoria em linhas de produção Moderado Moderado Moderado 14.Aquisição de conhecimento tácito ou codificado antes de Insatisfatório Bom engajar em novas atividades 15.Experimentação em laboratório e linha de produção para desenvolvimento de produtos e processos - - Bom 16.Estudos em laboratórios e manipulação de parâmetros de produção - Insatisfatório Bom 17.Esforços sistemáticos em aprimoramento contínuo em processos e produtos - Moderado Bom 18.Prototipagem para desenvolvimento de novos produtos - - Insatisfatório Moderado - Bom Compartilhamento de conhecimento 19.Formação básica e fundamental para operários da linha de produção Moderado 20.Treinamentos internos realizados por especialistas da - empresa 21.Treinamento on the job (OJT) Moderado 22.Treinamento por observação Moderado 23.Solução compartilhada de problemas (brainstorming, - Bom simulações) 24.Benchmarking para desenvolvimento de produtos e processos - Bom 25.Links de comunicação para canalizar conhecimento externo; Software de socialização para compartilhar conhecimento em projetos de design - Moderado Bom 27.Links para compartilhar conhecimento tácito e codificado de - Insatisfatório especialistas da empresa 28.Comunicação para disseminar novos processos de produção e Insatisfatório Moderado ocorrência de eventos internos. Ex: implantação de Kaizen 29.Construção formal de grupos de projeto - Moderado Insatisfatório Moderado - Bom Codificação de conhecimento 30.Práticas de padronização manual das rotinas de produção Bom Bom - Insatisfatório 31.Práticas de padronização automatizada - Insatisfatório 32.Codificação de projetos de engenharia - Moderado Moderado 33.Comunicação interna para registrar resultados em incrementos de produção Insatisfatório Moderado 12

13 34.Codificação de conhecimento interno, próprio da empresa (ex. via intranet) - Insatisfatório Bom 35.Relatórios da divisão do serviço ao consumidor para geração de indicadores de qualidade e serviços prestados em garantia por - - Bom meio eletrônico 36.Sistema visual de codificação com símbolos e frases de aprendizagem ( ex.:crachá de identificação funcional com os Insatisfatório Moderado Moderado Bom valores da empresa impressos) Nota: Um traço ( ) significa que o processo de aprendizagem é ausente ou insignificante. A flecha ( ) significa que a característica do processo de aprendizagem mudou durante o período examinado. 5.2 Processos de aprendizagem inter-empresariais (fluxo de conhecimento) A partir de 1980, a empresa iniciava a trajetória de acumulação de competências inovadoras em atividades de produto. Houve acumulação de competências para melhorias incrementais, como desenvolvimento de tecnologia para sistemas de refrigeração, conforme a Figura 1. Figura 1- Vínculos para fluxo de conhecimento e nível de competências tecnológicas inovadoras em atividades de produto na Electrolux do Brasil ( ) N(6) Projetos globais para padronização de plataformas de produtos de linha branca, desenvolvimento e design integrando IDC Europa, IDC Austrália, IDC EUA, IDC China, IDS India LI I - links para plataformas de projetos globais Database de features de projeto IDC Brasil e P&D Itália LI I - Links para sistemas em design Sistemas de integração para design e desenvolvimento: Alias, Rhino, Catia V5, Illustrator.ADAMS N(5) LI Links para construção de capacitação para interface com consumidor final Capacitação em focus group e clínica com consumidores Constituição do IDC Brasil para atender América Latina. Capacitação para tecnologia frost-free Aprendizado em CAD/CAM e utilização de CATIA LI Links para engenharia reversa N(4) Aprendizado via benchmarking Capacitação em 3D, Intergraph, 2D e Microstation para design e desenvolvimento Desenvolvimento do primeiro refrigerador isento de CFC no Brasil Criação do departamento de industrial design N(3) Contrato de licenciamento com a White-Westinghouse Contratação de engenheiros para desenvolvimento de produto Evolução da tecnologia de refrigeração Anos Fonte : Adaptado de Ariffin, 2000 Além de aquisição de empresas possibilitando o aprendizado informal em design e desenvolvimento de produto, em 1987 a empresa contratou especialistas em design e engenheiros de desenvolvimento de produto. Por meio de contratos de joint-venture e 13

14 licenciamento familiarizou-se com o design de produtos importados. Aprendeu técnicas de benchmarking. Por meio de aprendizagem com a Sanyo do Japão desenvolveu o primeiro refrigerador brasileiro isento de CFC 3. A partir de 1998 foi desenvolvido o primeiro refrigerador frost-free por contrato de transferência tecnológica com empresa coreana, expertise da indústria. Tais processos sugerem vínculos de aprendizagem para inovação. A partir de 2002 iniciou forte interação entres subsidiárias do grupo Electrolux, caracterizando vínculo para inovação, resultando em projetos conjuntos com o intuito de reduzir tempo de P&D para desenvolvimento e intensificar o desenvolvimento de projetos globais. Houve incremento da interação via compartilhamento de softwares de simulação na engenharia de desenvolvimento de produto e industrial design. Foram implantados softwares como Alias, Adams, entre outros. Introduziu-se banco de dados 4 para compartilhar características de projetos globais entre áreas de desenvolvimento e design do grupo Electrolux. 6 Discussões e conclusões Este artigo examinou as implicações dos processos de aprendizagem intra e inter-empresariais (fluxo de conhecimento), para a maneira de acumulação de competências tecnológicas inovadoras em produtos na Electrolux do Brasil, Curitiba/PR, no período de 1980 a Embora hajam limitações típicas decorrentes de estudos de caso individual, este artigo colaborou para explicar como empresas subsidiárias de transnacionais podem acumular competências inovadoras em atividades de produto. Contrariando visões negativas a esta questão, em empresas de países em desenvolvimento. O modelo analítico para acumulação de competências tecnológicas permitiu mensurar níveis de capacitação inovadora N(3) Extra-básico e N(4) Intermediário, no período de 1980 a Á luz do modelo analítico de processos de aprendizagem intra-empresariais, foi possível analisar a importância da variedade de alguns mecanismos de aprendizagem, seu modo de funcionamento e intensidade, para a acumulação de competências inovadoras em produto, ao longo do período de estudo. De 1980 a 1995, destacam-se alguns mecanismos, tais como: educação e qualificação técnica de funcionários, estímulo à solução compartilhada de problemas e uso de técnicas de criatividade, que permitiram a criação de uma base de conhecimento especializado. Portanto, tais mecanismos possibilitaram à empresa brasileira o estabelecimento de fluxos de conhecimento com outras empresas, identificados como vínculos de aprendizagem para a inovação. De 1996 a 2003, a capacitação tecnológica inovadora intensificou para níveis mais elevados, alcançando N(5) Intermediário Superior. No último período examinado, as evidências sugerem estratégia de aprendizagem na Electrolux do Brasil, com objetivo de converter conhecimento individual para organizacional. Por meio da análise das características-chave, verificou-se a melhoria do funcionamento e a intensidade de alguns mecanismos de conhecimento, importantes para a interação entre as subsidiárias com vistas ao incremento do desenvolvimento de produtos inovadores no grupo Electrolux. Destaca-se o aumento da variedade e o incremento do modo de funcionamento e da intensidade de alguns mecanismos verificados no período, para forte integração entre áreas voltadas à atividades de produto na empresa brasileira. Bem como entre ela, e as demais empresas do grupo nos últimos anos. Os investimentos em tecnologia de informação, softwares e equipamentos permitiram iniciativas recentes entre o IDC Brasil e o P&D da subsidiária italiana, como a criação de banco de dados para projetos comum às empresas do grupo Electrolux. O que caracteriza vínculos para inovação inter-empresariais, a fim de possibilitar o aumento de fluxo de conhecimento em design e desenvolvimento de produtos conjuntos. 14

15 Sendo assim, os modelos analíticos: (1) de mensuração em níveis da acumulação de competências permitiu verificar a influência dos processos subjacentes da aprendizagem para alcançar novos patamares de inovação; (2) de processos de aprendizagem intra-empresariais e suas características-chave, permitiu analisar a importância de estratégias de aprendizagem para a acumulação de competências; (3) de vínculos de aprendizagem inter-empresariais, (fluxos de conhecimento), tornaram possível compreender o relacionamento entre aprendizagem e interação colaborativa, para a inovação entre a subsidiária brasileira e outras subsidiárias do grupo Electrolux, localizadas em países desenvolvidos. Referências bibliográficas ARIFFIN, N. The internationalisation of innovative capabilities: the Malaysian electronics industry. Brighton, Science and Technology Policy Research (SPRU), University of Sussex, (Tese de Doutorado) ARIFFIN, N. & BELL, P. Firms, politics and political economy: patterns of subsidiaryparent linkages and technological capability-building in eletronics TNC subsidiaries in Malaysia. In: Jomo,K.S.; Felker, G.& Rasiah, R. (eds) Industrial technology development in Malaysia. Routledge, UK, BELL, M. Learning and the accumulation of industrial technological capacity in developing countries. in: King, K. & Fransman, M. (Eds.). Technological capability in the Third World. London: Macmillan, BELL, M & PAVITT, K. The development of technological capabilities. in: HAQUE, I. U. (ed). Trade, Technology and International Competitiveness. Washington: The World Bank, CLARK, K. B. & WHEELWRIGHT, S.C. Managing new product and process development: text and cases. New York and Ontario, The Free Press, DE MEYER,A. Management of an international network of industrial R&D laboratories. R&D Management 23(2):109-27, DOSI, G. The nature of innovative process. In: Dosi, G.; Freeman, C.; Nelson, R.; Silverberg, G. & Soete, L. (eds) Technical Change and Economic Theory. London, Pinter DUTRÉNIT, G. Learning and knowledge management in the firm: from knowledge accumulation to strategic capabilities. Cheltenham, UK; Northhampton, USA: Edward Elgar,.329 pags FIGUEIREDO, P N. Technological learning and competitive performance. Cheltenham, UK; Northampton, USA: Edward Elgar,.314 pags, FLEETWOOD, E. & MOLLERYD, B. Parent-subsidiary relationships in transnational companies: aspects of technical development and organization. In. J. Technology Management. Special issue on strengthening corporate and national competitiveness through technology, 7(1/2/3): 97:110,

16 GEORGE, V. P. Globalization through interfirm cooperation: technological anchors and temporal nature of alliances across geographical boundaries. International Journal, Technology Management, 10(1) , GHOSHAL, S. & C. A. BARTLETT Innovation processes in multinational corporations, in Readings in the Management of Innovation (2 nd ed.), eds M.L. Tushman and W. L. Moore, HarperBusiness, US, p ,1987. GUPTA, A. K. & GOVINDARAJAN, Organizing for knowledge flows within MNCs. International Business review, 3(4):443-57, HAGEDOORN, J. Understanding the rationale of strategic technology partnering: interorganizational modes of cooperation and sectorial differences. Strategic Management Journal. 14:371-85, KIM, L. The Dynamics of Samsung s Technological Learning in Semiconductors. California Management Review, 39,. 3, LALL, Sanjaya. Technological capabilities and industrialization. World Development, London, v. 20, n. 2, p , LEONARD-BARTON D. Nascentes do saber: criando e sustentando as fontes de inovação. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, LUNDVALL, B. -A Innovation as an interactive process: from user-producer interaction to the national system of innovation. In: Dosi, G. et (eds) Technical change and economic theory. London, Pinter p ,1988. OSTRY, S. & GESTRIN, M. Foreign direct investment, technology transfer and the innovation-network model. Transnational Corporations, 2(3): 7-30, PRAHALAD, C. K & DOZ, Y.L. The multinational mission: balancing local demands and global vision. New York, The Free Press, RAFFA, M. & ZOLLO, G. Sources of innovation and professionals in small innovative firms. International Journal of Technology Management, 9 (3-4); ,1994. RING, P. & van de VAN, A. Structuring cooperative relationships between organizations. Strategic Management Journal, 13:483-98, YIN, R. Case Study Research: Design and Methods. 2ª. ed. Londres: Sage.170 pags IPDP -técnica de gestão organizacional para viabilizar a estratégia de negócios da empresa. O IPDP é utilizado em todas as subsidiárias do grupo Electrolux, é orientado para o mercado e integra as funções do produto às características (features) do desenvolvimento de processos 2 Tecnologia de sistema de refrigeração que dispensa o descongelamento de freezer e refrigeradores 3 Freon (gás refrigerante CFC R12 e expansor de poliuretano CFC R 11). 4 A criação de características para o banco de dados teve participação direta de integrantes do IDC Brasil 16

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