Dívida Pública Federal: Relatório Anual 2007

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3 Dívida Pública Federal: Relatório Anual 2007 Número 5 Brasília Janeiro / 2008

4 MINISTRO DA FAZENDA Guido Mantega SECRETÁRIO-EXECUTIVO Nelson Machado SECRETÁRIO DO TESOURO NACIONAL Arno Hugo Augustin Filho SECRETÁRIOS-ADJUNTOS Eduardo Coutinho Guerra Líscio Fábio de Brasil Camargo Marcus Pereira Aucélio Paulo Fontoura Valle EQUIPE TÉCNICA Secretário-Adjunto Paulo Fontoura Valle Coordenador-Geral de Operações da Dívida Pública Guilherme Binato Villela Pedras Coordenador-Geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública Otavio Ladeira de Medeiros Coordenador-Geral de Controle da Dívida Pública Antônio de Pádua Ferreira Passos André de Araújo Melo André Luiz Gonçalves Garcia André Proite Bruno Nunes Sad Cláudio Araújo de Freitas Gago Fabiano Maia Pereira Fabiano Silvio Colbano Fabio Guelfi Pereira* Fabricio Moura Moreira Flávia Fernandes Rodrigues Barbosa Fernando Eurico e Paiva Garrido Helena Mulim Venceslau Janete Duarte Jeferson Luis Bittencourt* Jônathas Delduque Junior José Franco Medeiros de Morais Juliana Diniz Coelho Karla de Lima Rocha Lena Oliveira de Carvalho Leonardo Tavares Lameiro da Costa Leopoldo Araújo Rodrigues Luiz Fernando Alves Marcia Paim Romera Marcus Vinícius Sócio Magalhães Maurício de Faria Nucilene Lima de Freitas França Rafael Cavalcanti de Araújo Roberto Beier Lobarinhas Rodrigo Silveira Veiga Cabral Rubens Oliveira de Araújo * Coordenação Técnica Informações: Gerência de Relacionamento Institucional - GERIN Tel.: (61) ; Fax: (61) Secretaria do Tesouro Nacional Edifício do Ministério da Fazenda, Esplanada dos Ministérios, Bloco P, 2 o andar Brasília - DF Correio Eletrônico: stndivida@fazenda.gov.br Home Page: Relatório Anual da Dívida Pública é uma publicação da Secretaria do Tesouro Nacional com periodicidade anual. É permitida a sua reprodução total ou parcial desde que mencionada a fonte. Tiragem 600 exemplares Relatório Anual da Dívida Pública /Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional, Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional, Janeiro, 2008, número Dívida Pública Federal 2. Relatório Anual da Dívida Pública 3. Gerenciamento da Dívida Pública 4. Planejamento 5. Estratégia I. Brasil. Secretaria do Tesouro Nacional II. Título

5 Apresentação Mensagem do Ministro da Fazenda O robusto crescimento do Produto Interno Bruto verificado ao longo dos últimos anos coloca o Brasil, pelo critério de paridade do poder de compra, entre uma das seis maiores economias globais, colhendo os frutos da estabilidade macroeconômica conquistada no passado recente. Essa posição teve como alicerce o comprometimento do governo com o ajuste fiscal, o controle da inflação e o forte desempenho do setor externo. Impulsionado pelo aumento do crédito ao setor privado, pelo desenvolvimento do mercado financeiro, que canaliza parte da poupança privada para o setor produtivo, e por outros avanços microeconômicos, o dinamismo do crescimento se irradiou sobre vários segmentos da economia. Este crescimento se dá de forma mais igualitária, equilibrada e em caráter sustentável para a estrutura brasileira. Isto se traduziu no aumento do emprego formal, na melhora da distribuição de renda - complementada pelos programas sociais e na robustez do setor privado brasileiro com incremento do consumo doméstico, avanços aos quais daremos continuidade. Ao mesmo tempo em que observamos essa evolução, houve redução da vulnerabilidade do País, com a melhora de importantes indicadores de endividamento. No âmbito doméstico, houve melhora do perfil da dívida e alongamento do seu prazo médio. Pelo lado externo, o Brasil aumentou fortemente suas reservas internacionais e reduziu sua dívida externa de maneira que está mais protegido contra choques externos do que no passado. Tenho orgulho de apresentar, nesta 5ª edição do Relatório Anual da Dívida Pública, a descrição detalhada da administração da Dívida Pública Federal ao longo de 2007, tendo como referência as diretrizes previamente traçadas. Através da atuação do Tesouro Nacional, monitorando de perto os riscos e custos da Dívida Pública Federal, demos importantes passos na direção de uma estrutura de passivos mais adequada e resistente às turbulências do mercado, evitando que estas possam comprometer a bem-sucedida política macroeconômica. Guido Mantega Ministro da Fazenda 5

6 Apresentação Mensagem do Secretário do Tesouro Nacional É com enorme satisfação que o Tesouro Nacional apresenta o Relatório Anual da Dívida Pública referente a 2007, documento que se consolidou como importante instrumento de transparência das políticas adotadas pela Secretaria do Tesouro Nacional, na qualidade de responsável pela gestão da Dívida Pública Federal DPF. Dando continuidade ao planejamento de longo prazo, foram atingidas as metas estabelecidas no início do ano, publicadas no Plano Anual de Financiamento PAF 2007, apesar das turbulências externas observadas ao longo do segundo semestre. As principais diretrizes foram seguidas, entre elas, a redução da parcela da DPF indexada à taxa Selic e à variação cambial, concomitantemente ao aumento gradual da participação dos títulos prefixados e remunerados por índices de preços. No ano, destacam-se importantes conquistas tais como o alongamento do prazo médio da DPF, que passou de 35,5 para 39,2 meses, e a redução de 4,2 pontos percentuais na parcela vincenda em 12 meses no mesmo período, além da melhora na sua composição, que foi atingida pelo aumento das parcelas prefixada e remunerada por índices de preços, totalizando conjuntamente cerca de 60% da DPF. No que se refere à Dívida Pública Federal externa - DPFe, o Tesouro Nacional apresentou gestão ativa, observando as condições de mercado, o que contribuiu para redução de US$ 6,2 bilhões deste passivo. Como destaque, calcado em emissões de caráter qualitativo, avançou-se na construção da curva prefixada externa com a emissão do título denominado em reais com vencimento em 2028 (Global BRL 2028). O Programa de Resgate Antecipado de Títulos da DPFe estendeu-se a todos os vencimentos da curva externa. Ao longo do ano, foram resgatados mais de US$ 5,4 bilhões em títulos, o que gerou redução de despesas de juros de US$ 9,4 bilhões e colaborou para a melhora da curva de juros, em função da redução do estoque de títulos considerados ineficientes. Nossos esforços também focaram a ampliação e diversificação da base de investidores da DPF, envolvendo investidores institucionais e incentivando a atividade no mercado secundário de títulos públicos. Além disso, o Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos para pessoas físicas via internet, às vésperas de completar seis anos de existência, ultrapassou a marca de investidores cadastrados, mostrando o sucesso deste importante instrumento que democratiza a formação da poupança. Os resultados deste incessante trabalho são reconhecidos por diversos setores. O País nunca esteve tão bem visto pela comunidade internacional e pelas agências de classificação de risco, o que reflete uma evolução consistente e espelha perspectivas positivas para o futuro. Arno Hugo Augustin Filho Secretário do Tesouro Nacional 6

7 Índice Seção 1 Evolução das Expectativas em Seção 2 Avanços na Administração da Dívida Pública Mercado Externo Mercado Interno...16 Seção 3 Resultados Alcançados Estratégia Execução da Estratégia e Resultados alcançados...19 Estoque...19 Prazo Médio...20 Percentual vincendo em 12 meses...20 Análise da Composição da Dívida Análise de Risco...27 Risco de Refinanciamento...27 Risco de Mercado...28 Gerenciamento de Ativos e Passivos - GAP...28 Considerações adicionais Análise de Custo...31 Seção 4 Avanços Institucionais...34 BEST Brazil...34 Roadshows...34 Conference Call com investidores...34 Atuação no LAC Debt Group...35 Relatório Mensal da Dívida Pública Federal...35 Transparência da gestão da dívida para Investidores Estrangeiros...35 Curso sobre Gestão da Dívida Pública...36 Redução de Riscos Operacionais...36 Sistema Integrado para a Dívida Pública (SID)...37 Centralização dos contratos da Dívida Externa...37 Classificação de Risco...37 Tesouro Direto...38 Gráficos Gráfico I Curva de Juros 1º Trimestre...9 Gráfico II Curva de Juros 2º Trimestre...10 Gráfico III Curva de Juros 3º Trimestre...11 Gráfico IV Curva de Juros 4º Trimestre...12 Gráfico V Fluxos de Pagamento dos títulos antes e após as recompras (2007)...14 Gráfico VI Estoques da DPF e DPMFi...20 Gráfico VII Prazos Médios da DPF e da DPMFi...20 Gráfico VIII Percentual Vincendo em 12 meses da DPF e da DPMFi...21 Gráfico IX Prazo Médio e Vida Média da DPF...21 Gráfico X Participação de Títulos Prefixados...22 Gráfico XI Emissões e Resgates de Títulos Prefixados...22 Gráfico XII Percentual de Rolagem de Títulos Prefixados...22 Gráfico XIII Custo Médio Mensal das LTN em Poder do Público...23 Gráfico XIV Prazo Médio de Emissão de Títulos Prefixados em Oferta Pública...23 Gráfico XV Participação de Títulos Remunerados por Índices de Preços...23 Gráfico XVI Emissões e Resgates de Títulos Remunerados por Índices de Preços

8 Gráfico XVII Percentual de Rolagem de Títulos Remunerados por Índices de Preços Gráfico XVIII Participação dos Títulos Prefixados e Remunerados por Índices de Preços na DPF e DPMFi. 24 Gráfico XIX Participação de Títulos Remunerados pela Taxa Selic...24 Gráfico XX Emissões e Resgates de Títulos Remunerados pela Taxa Selic...25 Gráfico XXI Percentual de Rolagem de Títulos Remunerados pela Taxa SELIC...25 Gráfico XXII Participação de Títulos Remunerados pela Variação Cambial...25 Gráfico XXIII Curva Zero Global e Euro...26 Gráfico XXIV Percentual vincendo em 12 meses da DPF...27 Gráfico XXV Perfil de Vencimentos da DPF a cada ano (em 12 meses)...27 Gráfico XXVI Composição da DPF...28 Gráfico XXVII Teste de Stress sobre Juros e Câmbio...28 Gráfico XXVIII Composição dos Ativos do Governo Central por Indexador...29 Gráfico XXIX Composição dos Passivos do Governo Central por Indexador...29 Gráfico XXX Reservas Internacionais + Swap Cambial versus Dívida Cambial...29 Gráfico XXXI Reservas/PIB versus Dívida Cambial/PIB...29 Gráfico XXXII Descasamentos entre Ativos e Passivos do Governo Central como Proporção do PIB...30 Gráfico XXXIII DV Gráfico XXXIV DV01 / Estoque...31 Gráfico XXXV VaR...31 Gráfico XXXVI VaR: Efeito estoque e efeito volatilidade...31 Gráfico XXXVII Dívida Líquida do Setor Público como Proporção do PIB...31 Gráfico XXXVIII Custo médio da DPMFi versus taxa Selic, acumulados em 12 meses...32 Gráfico XXXIX Custo médio de Emissão vs Custo Médio do Estoque de Prefixados...32 Gráfico XL Custo médio de Emissão vs Custo Médio do Estoque de Índices de Preços...33 Quadros Quadro I Os Títulos BRL e o Pecado Original...14 Quadro II Lançamento da NTN-F Quadro III As estatísticas da DPF e sua comparação internacional...21 Quadro IV Composição Ótima (benchmark) para a DPF...33 Tabelas Tabela I Resultados do Programa de Resgate Antecipado (2007)...13 Tabela II Emissões Externas em Reais...15 Tabela III Emissões Externas em Dólares...15 Tabela IV Impactos da Estratégia de Gestão da Dívida Mobiliária Externa (US$ bilhões)...16 Tabela V Resultados para a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna DPMFi...19 Tabela VI Resultados para a Dívida Pública Federal DPF...19 Tabela VII Captações Soberanas...26 Tabela VIII Classificações de Risco Principais Agências...38 Anexos I - Estoque da DPF em Poder do Público e do Banco Central...30 II - Composição da DPMFi em Poder do Público...40 III - Títulos Federais em Poder do Público a vencer em12 meses por tipo de rentabilidade - DPMFi...42 IV - Prazo Médio da DPF em Poder do Público...44 V - Custo Médio da DPF em Poder do Público, acumulado nos últimos 12 meses...45

9 Evolução das Expectativas em 2007 Seção 1 Evolução das Expectativas em 2007 O cenário de expansão da atividade econômica doméstica, em contexto de estabilidade de preços e aumento de renda, aliado ao panorama externo favorável, contribuiu para que o cenário para 2007 se apresentasse predominantemente otimista ao final de que a economia brasileira apresentava dinamismo superior ao que era suposto. A taxa média de crescimento do PIB nos últimos cinco anos foi revista de 2,5% para 3,2%, e o valor nominal do PIB apresentou-se aproximadamente 11% maior. Conseqüentemente, a relação entre Dívida Líquida do Setor Público e PIB foi significativamente reduzida de 50% para 44,7% (posição ao final de 2006). No início do primeiro trimestre, a manutenção das políticas fiscal e monetária e os indicadores de atividade econômica, aliados aos efeitos esperados da trajetória de redução da taxa básica de juros, davam suporte à previsão de crescimento sustentado e em patamar mais elevado em 2007, quando comparado ao ano anterior. Os indicadores relativos à atividade econômica, contudo, indicavam uma demora maior do que a esperada para a materialização dos efeitos da política monetária sobre o crescimento. O Programa de Aceleração do Crescimento - PAC - foi anunciado pelo Governo Federal em janeiro para incentivar os investimentos públicos e privados. No âmbito externo, a queda da bolsa de Xangai, em fevereiro, provocou volatilidade momentânea e suscitou discussões acerca de efeitos de uma eventual mudança de rumo na economia chinesa. Além disto, as incertezas acerca da economia norteamericana contrapunham os riscos de aceleração inflacionária, por um lado, e desaceleração da atividade econômica, por outro (vinculada, sobretudo, a uma queda no mercado imobiliário). Era dominante, no entanto, a percepção de que a situação favorável das contas externas brasileiras permitiria reduzir substancialmente os efeitos de uma eventual turbulência externa. Este fator, aliado à inércia favorável de preços herdada do ano anterior, indicava trajetória benigna da inflação para Neste sentido, a elevação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima do esperado no primeiro trimestre, de caráter sazonal, não induziu mudanças significativas nas expectativas de trajetória de inflação condizente com o centro da meta. As contas públicas mantiveram-se em uma trajetória estável, com perspectivas favoráveis com relação à redução do pagamento de juros nominais, diante do continuado declínio da taxa SELIC. O resultado primário do setor público no trimestre ficou acima da meta estabelecida e a relação entre Dívida Líquida do Setor Público e PIB permaneceu na sua tendência de queda. Como era esperado, o Banco Central manteve a política de flexibilização iniciada em setembro de Na política monetária, discutia-se, no início do ano, se o ritmo de corte de juros seria reduzido em A taxa SELIC foi reduzida em 25 bps nas duas reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM) relativas ao primeiro trimestre de 2007, atingindo 12,75% a.a.. As curvas de juros apresentaram-se negativamente inclinadas durante todo o primeiro trimestre, com deslocamento paralelo consistente para baixo a partir de meados de fevereiro. Gráfico I Curva de Juros 1º Trimestre Fonte: BM&F Em março, a divulgação da nova metodologia de apuração das contas nacionais pelo IBGE mostrou No segundo trimestre, manteve-se a perspectiva favorável para a economia brasileira. Verificaram- 9

10 Evolução das Expectativas em 2007 se sinais mais claros de aceleração da atividade e a inflação permaneceu sob controle. Em maio, o rating de crédito soberano de longo prazo em moeda estrangeira é elevado a um grau abaixo do grau de investimento pelas agências Fitch e S&P, enquanto que esta última classificou também o crédito soberano de longo prazo em moeda local em BBB, segundo nível de grau de investimento. Mesmo considerando a evolução positiva da absorção de bens de capital, o maior dinamismo da produção elevou o nível de utilização da capacidade instalada (NUCI), que passou a ser uma variável-chave na avaliação de riscos para a inflação feita pelo COPOM. Em maio, a divulgação da taxa de crescimento do PIB em 4,4% no 1º trimestre de 2007 em relação ao mesmo período do ano anterior ratificou a percepção de recuperação do ritmo de crescimento da economia. Indicadores do varejo revelaram continuidade de expansão atrelada à evolução do mercado de trabalho com ênfase na geração de empregos formais e seus desdobramentos sobre o nível de renda e o mercado de crédito. O desempenho da economia suscitou o debate sobre o seu crescimento potencial e a eventualidade de que surgissem sinais de inflação de demanda. A inflação medida pelo IPCA, no entanto, seguia em trajetória indicativa de fechamento abaixo do centro da meta, auxiliada, em parte, pelo movimento de desvalorização do dólar frente às demais moedas e pela manutenção do fluxo cambial positivo. Neste sentido, após corte de 25 bps na taxa básica de juros em abril, o COPOM decidiu ampliar o ritmo de cortes para 50 bps em junho, fechando o trimestre em 12,0% a.a.. Com o objetivo de se adequar à elevação do valor nominal do PIB divulgado em março, a LDO de 2007 foi alterada, passando a definir o valor nominal de R$ 95,9 bilhões como a meta de superávit primário do setor público, equivalente aos 4,25% do PIB anteriormente fixados. Além dessa mudança, o valor dos investimentos incluídos no PPI (passíveis de serem deduzidos da meta de superávit) foi ampliado de R$ 4,6 bilhões para R$ 11,3 bilhões. A alteração da meta não significou ameaça aos compromissos fiscais assumidos pela administração pública, já que manteve o mesmo valor nominal para o superávit fixado anteriormente. O balanço de riscos externos seguia centrado na contraposição entre a possibilidade de desaceleração da economia norte-americana e a aceleração inflacionária, verificando-se elevação da volatilidade na segunda metade do trimestre. As curvas de juros apresentaram-se negativamente inclinadas durante todo o trimestre, com deslocamento consistente para baixo na primeira metade e elevação da ponta longa na segunda metade, refletindo, sobretudo, as incertezas quanto ao cenário externo. Gráfico II Curva de Juros 2º Trimestre Fonte: BM&F No terceiro trimestre, a evolução da demanda interna corroborou a expectativa de aceleração do crescimento, embasada por resultados robustos de indicadores da economia doméstica. Por outro lado, aprofundou-se a volatilidade externa, expressa pela crise de crédito na economia norte-americana, iniciada na crise do segmento subprime do mercado de crédito hipotecário. No que concerne à demanda agregada, o comércio varejista destacou-se, ao apresentar resultados animadores decorrentes, em grande medida, dos ganhos de renda real e da melhoria nas condições de crédito. A indústria apresentou evolução de produção mais alta em três anos, efeito compartilhado por empresas de diferentes portes 10

11 Evolução das Expectativas em 2007 e acompanhado de crescimento da utilização da capacidade instalada. Gráfico III Curva de Juros 3º Trimestre Segundo o IBGE, o PIB cresceu 4,9% no primeiro semestre de 2007 em relação ao mesmo período do ano anterior, com a demanda doméstica respondendo integralmente pelo dinamismo da atividade. Destaque para o desempenho do Consumo das Famílias (5,9%) e Investimentos (10,6%). A inflação medida pelo IPCA mostrou elevação, identificada em razão de fatores sazonais relativos a alimentos e ao reflexo do aumento do preço internacional de commodities. Crescia a discussão sobre a possibilidade do surgimento de pressões oriundas do aquecimento da demanda, embora os dados não refletissem o risco de forma inequívoca. A crise no mercado externo demonstrou a menor vulnerabilidade do País às turbulências financeiras internacionais, com as contas externas mantendo o desempenho positivo e contribuindo para oscilações relativamente brandas no mercado de câmbio. Com o corte não-antecipado de juros nos EUA em setembro, verificou-se arrefecimento significativo da volatilidade externa. Nesse contexto, a Autoridade Monetária, por mais duas vezes, decidiu pela redução da taxa básica de juros, em 50 bps, em julho, e em 25 bps, em setembro. Com isso, a taxa SELIC encerrou o terceiro trimestre em 11,25% a.a.. Como reflexo do cenário, as curvas de juros passaram a apresentar inclinação predominantemente positiva e deslocamento para cima até meados do trimestre, posteriormente com retorno a níveis mais baixos. Fonte: BM&F No quarto trimestre, os indicadores de atividade econômica davam suporte a projeções de crescimento acima do potencial em Não obstante, o mercado de trabalho seguia aquecido, e verificavam-se indícios de potencial aumento da capacidade instalada da indústria. Dentro do planejado, o IPCA de 2007 se situou em um patamar próximo do centro da meta de 4,5% definida para o ano. No último trimestre, a evolução dos preços dos alimentos esteve no foco da análise de inflação dos agentes do mercado financeiro. Os investimentos estrangeiros em 2007 contribuíram sobremaneira para o expressivo resultado positivo de mais de US$ 80 bilhões no ano no saldo da Conta Capital e Financeira. Enquanto a entrada de outros investimentos estrangeiros 1 se manteve em níveis elevados quando comparados ao saldo de 2006, os investimentos estrangeiros diretos e os investimentos estrangeiros em carteira cresceram 1 Refere-se ao somatório dos fluxos líquidos dos passivos brasileiros nas modalidades de crédito comercial, empréstimos e financiamentos, moeda e depósito e outros passivos. 11

12 Evolução das Expectativas em 2007 bastante. Este desempenho refletiu a maior confiança internacional no desempenho da economia brasileira e no mercado de capitais local. No âmbito externo, intensificaram-se temores de uma crise financeira de grandes proporções. As expectativas eram de desaceleração da atividade econômica, capitaneada pela economia norteamericana. O preço do barril de petróleo apresentava seguidos recordes de alta motivados pela limitação de oferta e questões geopolíticas. O dólar permaneceu em sua trajetória de queda frente às demais moedas, e reforçava-se a percepção de novas reduções das taxas de juros nos EUA. A arrecadação tributária bem acima do projetado no início do ano permitiu ao Governo Central cumprir sua meta de superávit primário com segurança. A relação DLSP/PIB terminou o ano em cerca de 43,5%, ante 44,7% em dezembro do ano anterior. Após dezoito reduções consecutivas, o COPOM interrompeu a trajetória de queda na taxa SELIC em outubro, mantendo-a em 11,25% a.a., motivado pelas incertezas do cenário externo e pela atividade doméstica aquecida. Como reflexo da conjuntura, as curvas de juros apresentaram-se positivamente inclinadas, com significativa elevação na ponta longa no decorrer do trimestre. Gráfico IV Curva de Juros 4º Trimestre Fonte: BM&F 12

13 Avanços na Administração da Dívida Pública Seção 2 Avanços na Administração da Dívida Pública 2 Em 2007, o Tesouro Nacional avançou no processo de aperfeiçoamento da administração da Dívida Pública Federal DPF, o qual vem ocorrendo ao longo dos últimos anos. Dentre as ações tomadas no mercado interno, destacam-se a efetiva implantação da estratégia de criação e aperfeiçoamento de pontos de referência (benchmarks) para os títulos prefixados, bem como o início das emissões da NTN-F 2017, o título prefixado em moeda local mais longo já emitido. de títulos que distorcem a curva, conseqüentemente concentrando-se nos pontos de benchmark. Tabela I Resultados do Programa de Resgate Antecipado (2007) No mercado externo, o Tesouro Nacional passou a ser responsável também pela operacionalização do Programa de Resgate Antecipado, que tinha anteriormente o Banco Central como agente do Tesouro. O Programa, que busca a melhoria da composição da dívida externa e o alongamento de seu prazo médio, recomprou US$ 5,4 bilhões, em valor de face, ao longo de Outra preocupação constante do Tesouro Nacional é o desenvolvimento do mercado secundário de títulos públicos, sobretudo o aumento de sua transparência e liquidez. No decorrer do ano, o Tesouro Nacional participou de discussões e estudos com o propósito de elaborar medidas que busquem eliminar os entraves ao desenvolvimento desse mercado. A seguir, serão apresentadas as principais ações adotadas pelo Tesouro Nacional, tanto no mercado interno quanto no externo, para melhorar a administração da DPF Mercado Externo Em janeiro de 2006, o Tesouro Nacional implantou o Programa de Resgate Antecipado 3 de títulos da Dívida Externa, que consiste na recompra de títulos da dívida soberana. Inicialmente o objetivo era a redução da concentração de vencimentos de prazo mais curto, aumentando o prazo médio da DPF e reduzindo, conseqüentemente seu risco de refinanciamento. A partir de 2007, o Programa passou a buscar a melhora da curva de juros pela redução do estoque 1) Valor convertido pela cotação do dólar do dia 30/06/2006, correspondente a R$ ,00. 2) Valores convertidos pelas taxas de câmbio acordadas de R$ 2,1524/US$ (emissão), R$ 2,1614/US$ (reabertura) e R$ 2,1672/US$ (2ª reabertura). Total correspondente a R$ ,00; 3) Valor convertido pelas taxas de câmbio acordadas de R$ 2,09875/US$ (emissão), R$ 2,0790/US$ (reabertura), R$ 2,0234/US$ (2ª reabertura) e R$ 1,9060/US$ (3ª reabertura). Total correspondente a R$ ,00. 2 Cabe destacar que todas as estatísticas apresentadas ao longo deste documento referem-se à DPF em poder do público, não sendo considerada a parcela da DPMFi em poder do Banco Central. 3 Entre janeiro e dezembro de 2006 o Programa foi conduzido dentro do escopo da estratégia de financiamento externo do Tesouro Nacional, sendo executado pela mesa de operações do Banco Central. Contemplava títulos com vencimento até 2010, posteriormente estendido até Desde Janeiro de 2007 o Programa vem sendo executado pela mesa de operações de dívida externa do Tesouro Nacional e inclui todos os títulos da curva de juros soberana, independentemente de seu vencimento. 13

14 Avanços na Administração da Dívida Pública As recompras ao longo de 2007 atingiram US$ 7,0 bilhões em valor financeiro (US$ 5,4 bilhões em valor de face 4 ), o que significou a retirada do mercado de cerca de 12,1% do estoque total dos títulos globais em dezembro de Gráfico V Fluxos de Pagamento dos títulos antes e após as recompras (2007) 20 anos em reais no exterior. A emissão do título contou com demanda bastante superior à oferta e obteve o menor custo dentre as emissões externas em reais até então realizadas. Foram realizadas três reaberturas desse título, nos meses de março, maio e junho, que apresentaram taxas decrescentes e, juntamente com a emissão inicial, totalizaram US$ 1,9 bilhão, tornando-o uma importante referência nesse ponto da curva. O BRL 2028, que passou a ser o papel em moeda local com vencimento mais longo, teve o resultado altamente positivo de sua emissão diretamente influenciado pelo ambiente de confiança do investidor estrangeiro, expresso pelos baixos níveis do risco-país e pela melhora na avaliação do Brasil junto às principais agências de rating. Quadro I Os Títulos BRL e o Pecado Original A redução total de juros a serem pagos até 2040, efeito do Programa de Resgate Antecipado, atingiu US$ 9,4 bilhões em valores correntes. Com o resgate antecipado dos títulos, reduz-se a volatilidade no serviço da DPF, diminuindo os riscos de refinanciamento e de mercado, além de produzir melhora no perfil da curva pela retirada dos títulos que possuem alto valor nominal. No mercado externo de títulos, as emissões seguiram a diretriz do Plano Anual de Financiamento 2007 PAF, que estabeleceu que a gestão da Dívida Pública Federal Externa DPFe para o biênio seria de natureza qualitativa, com o objetivo de consolidar a curva de juros externa por meio da construção e manutenção de pontos de referência (benchmarks) nos principais mercados de títulos. Neste sentido, as emissões realizadas pelo Tesouro Nacional no mercado externo em 2007 totalizaram US$ 2,9 bilhões. Dentre essas merece destaque a emissão bem-sucedida do BRL 2028 em fevereiro, que estabeleceu ponto de referência para títulos de 4 O valor financeiro representa o volume necessário em moeda estrangeira para o pagamento dos títulos resgatados. Já o valor de face reflete o impacto do resgate antecipado nas estatísticas da DPFe. Do ponto de vista dos investidores, os mercados emergentes levam a marca do pecado original, ou seja, ao tomar emprestado no exterior, fazemno em moeda estrangeira. Neste caso, quando os investidores estrangeiros se tornam mais conservadores, a cotação da moeda local em relação à estrangeira oscila, afetando o custo para o tomador do empréstimo. O Brasil, durante muito tempo o maior tomador entre os países emergentes, enfrentou uma série de desvalorizações ao longo dos anos. Porém, em setembro de 2005, o País deu início a algo como a remissão dos pecados, ao emitir o primeiro título de dívida soberana na sua própria moeda, o BRL Desde a primeira emissão, do Global BRL 2016 em 2005, o Tesouro Nacional vem construindo uma curva de juros denominada em moeda local e colocou em mercado mais dois vencimentos nos últimos anos: o BRL 2022 e o Com o tempo, o Brasil beneficiou-se de uma política econômica forte, fundamentada no controle da inflação, em uma política fiscal austera e com positivo desempenho no setor externo, além da conjuntura internacional favorável naquele período. Como resultado, as taxas de juros exigidas nas datas das emissões declinaram significantemente, conforme se pode observar na tabela abaixo. Vale destacar o 14

15 Avanços na Administração da Dívida Pública BRL 2028, que na data de sua abertura em fevereiro de 2007, obteve uma yield de 10,68% a.a. e, quando da sua última reabertura em junho de 2007, a yield foi 8,63% a.a., a menor taxa já paga por um título referenciado em reais neste prazo, inclusive considerando o mercado doméstico. Tabela III Emissões Externas em Dólares Tabela II Emissões Externas em Reais Ainda, foi realizada em abril a segunda reabertura do Global 2017 no valor de US$ 525 milhões, sendo US$ 500 milhões nos mercados norte-americano e europeu e US$ 25 milhões no mercado asiático, sinalizando a importância da expansão da base de investidores, em particular na última região, para a gestão da DPF. Conhecidamente, a construção da curva de juros em moeda local no exterior é um objetivo perseguido pela administração da dívida e entende-se que ela é complementar à curva doméstica. Sob os olhos do investidor, a confiança na força de um título emitido em moeda local atesta a credibilidade da política econômica e do País, absolvendo as fragilidades do passado com as virtudes do presente. É ainda importante destacar que emissões externas em reais, além de reduzirem a exposição do País ao risco cambial, são fundamentais para a construção de uma curva de juros externa de referência em moeda local, o que auxilia o desenvolvimento da curva prefixada doméstica de médio e longo prazos, além de abrir espaço para emissões privadas de caráter semelhante. No que se refere às emissões em moeda estrangeira, o Tesouro Nacional realizou em janeiro a segunda reabertura do Global 2037, no montante de US$ 500 milhões, totalizando US$ 2,5 bilhões em estoque desse título. A operação obteve yield inferior à emissão original e à primeira reabertura, o que reforçou a visão de melhora das condições macroeconômicas do País. A esse respeito, o Tesouro Nacional decidiu, ainda em 2005, utilizar uma medida inovadora: passou-se a abrir as emissões de títulos globais em um horário compatível com o início das operações no mercado asiático (Hong Kong), concluindo-as no fechamento do mercado norte-americano (Nova Iorque). 5 Esse primeiro passo foi importante para habituar aqueles investidores com as emissões primárias de títulos da dívida soberana. Além de ter sido muito bem recebida pelo mercado, a prática se tornou referência, passando a ser adotada por outros emissores emergentes. A partir de abril de 2007, visando aprimorar o acesso ao mercado asiático, e proteger tanto a República quanto o investidor de possíveis volatilidades durante a operação, optou-se por uma estratégia conhecida por green shoe. Nesta nova configuração, o Tesouro Nacional realiza a emissão em horário compatível com o mercado norte-americano e se reserva ao direito de reabri-la automaticamente no mercado asiático, com volume pré-determinado e pelas mesmas condições que os títulos foram vendidos na abertura. Assim, das três emissões com a possibilidade de 5 Anteriormente, as emissões externas abriam e fechavam focando os mercados europeu e norte-americano. 15

16 Avanços na Administração da Dívida Pública reabertura no mercado asiático, somente na mais recente, de junho de 2007, o Tesouro Nacional optou por não dar seqüência à operação. Isto ocorreu porque o título teve um desempenho muito bom durante o dia e apresentou valorização depois do fechamento da operação no mercado americano 6. Tabela IV Impactos da Estratégia de Gestão da Dívida Mobiliária Externa (US$ bilhões) As reaberturas do Global 2017 e do Global 2037, juntamente com a execução do Programa de Resgate Antecipado, evidenciam o comprometimento do Tesouro Nacional com a melhora do perfil da curva em dólares, buscando corrigir eventuais distorções, principalmente na parte mais longa da curva. No conjunto das emissões externas, a redução constante em seus spreads, assim como a grande demanda observada nestas operações, demonstraram o interesse dos investidores pelos ativos brasileiros e consolidaram a nova posição do Brasil como emissor soberano no mercado internacional. Quanto ao impacto das medidas acima citadas no estoque da dívida mobiliária externa, houve um resgate líquido de US$ 5,6 bilhões, o qual contribuiu para redução da DPFe de US$ 67,1 bilhões, em 2006, para US$ 61,5 bilhões, em Uma vez que houve emissão líquida em reais, dentro dos objetivos de construção da curva de juros externa referenciada em moeda doméstica, esse resgate líquido se refletiu essencialmente na parcela da dívida em dólares. Assim, o estoque da DPFe referenciado em reais aumentou de US$ 3,1 bilhões, em 2006, para US$ 6,1 bilhões, em 2007, ao passo que a dívida referenciada em moeda estrangeira caiu de US$ 64,0 bilhões para US$ 55,4 bilhões no mesmo período. As medidas tomadas na gestão da DPFe ao longo de 2007 fizeram com que a compra de moeda estrangeira pelo Tesouro Nacional para este fim fosse maior que a venda em aproximadamente US$ 12,6 bilhões. Esse resultado, evidenciado na tabela a seguir, foi altamente influenciado pelo vencimento de principal e juros da dívida e pelo Programa de Resgate Antecipado, e deixa clara a robustez da economia brasileira ante a necessidade de financiamento em moeda estrangeira Mercado Interno Em 2007, foi criado o Grupo de Trabalho do Mercado Secundário de Títulos. Coordenado pela ANDIMA (Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro) e pela ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), o grupo é composto por representantes do Banco Central, do Tesouro Nacional, da Comissão de Valores Mobiliários e da Secretaria de Previdência Complementar. O Grupo de Trabalho busca dinamizar esse importante segmento do mercado de capitais, aprofundando os debates sobre a inserção dos investidores institucionais no mercado secundário e aumentando a liquidez dos títulos de renda fixa no Brasil. Em paralelo a esta atividade, o Tesouro Nacional e o Banco Central do Brasil continuaram a aprimorar a regulamentação do sistema de dealers 7 de títulos públicos, realizando alterações significativas nos procedimentos para a seleção das instituições credenciadas 8. Destaque para as novas regras de avaliação das operações, que deram maior peso à 6 Caso a extensão à Ásia fosse realizada, o Tesouro Nacional teria que oferecer concessão maior em preço que a oferecida no início da operação. 7 Instituições Financeiras selecionadas pelo Tesouro Nacional e Banco Central para participação ativa na colocação de títulos da DPMFi no mercado primário e na negociação destes títulos no mercado secundário. 8 Os procedimentos para a seleção das instituições que irão integrar os grupos de dealers primários e especialistas estão previstos no Ato Normativo Conjunto nº13, de 07 de agosto de

17 Avanços na Administração da Dívida Pública participação em operações definitivas e ofertas públicas de maior prazo médio, sobretudo as realizadas com títulos prefixados e remunerados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo IPCA. Além disso, o número de dealers primários foi reduzido de doze para dez, aumentando assim a competição entre as instituições durante o processo de credenciamento e, conseqüentemente, exigindo melhor desempenho dos dealers em quesitos tais como: participação em ofertas públicas, participação no mercado secundário de títulos públicos e realização de operações compromissadas. Dessa forma, com um grupo mais restrito de dealers, tornou-se maior a necessidade de comprometimento das instituições credenciadas com as suas atribuições perante o Tesouro Nacional e o Banco Central. Deve-se ressaltar que estão previstas, para o primeiro semestre de 2008, alterações nas regras que disciplinam a participação nas operações especiais do Tesouro Nacional 9. A abertura diária de spreads pelos dealers especialistas em sistemas eletrônicos de negociação 10 também será considerada para aferição do desempenho mensal dessas instituições, ficando o acesso às operações especiais condicionado ao cumprimento de metas pré-estabelecidas. Acredita-se que essa medida irá contribuir para elevar a liquidez e a transparência das operações realizadas no mercado secundário de títulos públicos. Por fim, outra ação executada pelo Tesouro Nacional foi a efetiva implantação da estratégia de benchmarks para os títulos prefixados com prazo de emissão de 6, 12 e 24 meses, no caso das LTN, e de 3, 5 e 10 anos, no caso das NTN-F, adaptando as emissões ao padrão praticado no mercado internacional. Quadro II Lançamento da NTN-F 2017 Em 2007, pela primeira vez, o Tesouro Nacional emitiu no mercado doméstico títulos prefixados com prazo de 10 anos, considerado um dos principais pontos de referência pelo mercado internacional. A NTN-F 2017 passou a ser o título prefixado da dívida interna de maior prazo, superando a NTN- F 2014, o título mais longo até então. O papel apresentou boa receptividade do mercado e atingiu o montante em estoque de R$ 13,2 bilhões ao final do ano e firmou-se como benchmark nesse ponto da curva, sendo os investidores institucionais e internacionais seus principais detentores. 9 São consideradas operações especiais da Secretaria do Tesouro Nacional as vendas de títulos públicos federais pelos preços médios apurados em suas ofertas públicas e as compras de títulos públicos federais, a preços competitivos, previamente definidas como restritas às instituições credenciadas. As regras para acesso às operações especiais da Secretaria do Tesouro Nacional estão disciplinadas no Ato Normativo Conjunto nº14, de 07 de agosto de Sistemas eletrônicos de negociação são sistemas administrados por instituições de liquidação e custódia nos quais as ofertas de compra e de venda ali inseridas podem receber propostas de todos os investidores com acesso a essas plataformas. 17

18 Resultados Alcançados Seção 3 Resultados Alcançados O gerenciamento da DPF tem como objetivo minimizar os custos de financiamento no longo prazo, assegurando a manutenção de níveis prudentes de risco e contribuindo para o bom funcionamento do mercado de títulos públicos. Para tanto, o Plano Anual de Financiamento PAF 2007 reafirmou as diretrizes de: i) alongamento do prazo médio da DPF, principalmente por meio do aumento do prazo médio dos títulos emitidos em oferta pública; ii) redução do percentual da DPF vincendo em 12 meses; iii) substituição gradual dos títulos remunerados pela taxa Selic e pela variação cambial por títulos com rentabilidade prefixada ou vinculada a índices de preços; iv) emissões qualitativas de títulos em moeda estrangeira; v) incentivo ao desenvolvimento das estruturas a termo de taxas de juros para títulos públicos federais no mercado interno e externo; e vi) ampliação da base de investidores. III. Títulos indexados à taxa Selic: a) resgates líquidos das LFT; e b) nas emissões, manutenção dos prazos médios desses títulos com relação ao ano anterior; IV. Dívida Remunerada à Variação Cambial: não emissão de NTN-D; V. Passivos contingentes: securitização de R$ 3,2 bilhões em títulos CVS 11. No mercado externo: i. Para o biênio , emissões, no mercado internacional, de natureza qualitativa, com o objetivo de consolidar a curva de juros externa. ii. Manutenção do programa de resgate antecipado de títulos, observadas as condições de mercado. As principais metas que refletiam as diretrizes mencionadas foram atingidas. Cabe destacar o alongamento do prazo médio, a forte redução do percentual vincendo no curto prazo e a melhora da composição tanto da DPMFi quanto da DPF Estratégia A estratégia de financiamento do Tesouro Nacional relativa ao exercício de 2007, apresentada no PAF 2007, centrou-se nos seguintes pontos: No mercado doméstico: i. Títulos prefixados: a) aumento da participação destes títulos na composição da dívida pública e alongamento do prazo médio, por meio de emissão de títulos mais longos; e b) consolidação da estrutura de emissão de títulos prefixados com benchmarks de LTN com prazos de 6, 12 e 24 meses e de NTN-F com vencimentos de 3, 5 e 10 anos. ii. Títulos remunerados a índices de preços: a) aumento relevante na participação da NTN-B nas emissões em 2007; e b) manutenção dos diferentes prazos de emissão deste título; 11 Títulos emitidos pelo Tesouro Nacional no âmbito da renegociação das dívidas advindas do Fundo de Compensação de Variações Salariais FCVS, remanescentes da liquidação de contratos de financiamento habitacional. O montante previsto no PAF 2007 correspondia a até R$ 16,0 bilhões. 18

19 Resultados Alcançados 3.2. Execução da Estratégia e Resultados alcançados Nas tabelas abaixo, pode-se observar o desempenho positivo da DPMFi e da DPF: Tabela V Resultados para a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna - DPMFi Tabela VI Resultados para a Dívida Pública Federal - DPF Estoque Em 2007, o estoque da DPF cresceu nominalmente 7,8%, passando de R$ 1.237,0 bilhões, em dezembro de 2006, para R$ 1.333,8 bilhões, em dezembro de 2007, valor este inferior ao limite mínimo estabelecido pelo PAF 2007 (R$ 1.370,0 bilhões). A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna - DPMFi cresceu 12,0% em termos nominais, evoluindo de R$ 1.093,5 bilhões, em dezembro de 2006, para R$ 1.224,9 bilhões em dezembro de 2007, devido, principalmente, à incorporação de juros ao principal da dívida pública. Esse resultado está abaixo do limite inferior estabelecido no PAF 2007 para este indicador (R$ 1.230,0 bilhões). A principal razão para o crescimento abaixo do esperado do estoque da DPMFi é que o montante das emissões realizadas ao longo de 2007 foi inferior ao mínimo que se previa na elaboração do PAF 2007, em virtude das condições de mercado. Este comportamento também pode ser explicado pela trajetória de queda da taxa Selic mais acentuada do que apontavam os cenários utilizados no PAF, o que contribuiu para reduzir o custo da dívida interna, e, conseqüentemente, para a menor incorporação de juros ao seu estoque. O estoque da DPFe diminuiu 24,1%, passando de R$ 143,5 bilhões, em dezembro de 2006, para R$ 108,9 bilhões, em dezembro de 2007, em resposta 19

20 Resultados Alcançados tanto à valorização do câmbio durante o referido ano, quanto à continuidade do Programa de Resgate Antecipado da DPFe (Buyback) e ao fato de que os vencimentos de bônus soberanos e passivos contratuais foram em montante superior às novas emissões e contratações. Por este motivo, analisando a dívida externa em dólares, percebe-se uma queda de 8,3%, passando de US$ 67,1 bilhões, ao final de 2006, para US$ 61,5 bilhões, ao final de prazo médio da DPMFi em mais de 5 meses. O volume captado em dólares, em 2007, com prazos tradicionalmente mais longos, também contribuiu para o alongamento do prazo médio da DPF. Gráfico VII Prazos Médios da DPF e da DPMFi Gráfico VI Estoques da DPF e DPMFi Obs: As linhas horizontais referem-se aos limites superiores e inferiores do PAF Percentual vincendo em 12 meses Obs: As linhas horizontais referem-se aos limites superiores e inferiores do PAF Prazo Médio O prazo médio da DPF situou-se dentro dos limites estabelecidos pelo PAF 2007, alcançando 39,2 meses (para limites entre 37 e 42 meses). Por sua vez, o prazo médio da DPMFi ultrapassou o limite superior do PAF 2007 atingindo 36,5 meses (para limites entre 32 e 36 meses). Os resultados obtidos, que demonstram o alongamento do perfil da dívida pública em relação ao ano anterior, decorrem do aumento do prazo médio de emissão dos principais instrumentos de financiamento da DPMFi, bem como das operações de resgate antecipado e da permuta de títulos de curto prazo por outros mais longos. Cabe destacar que, entre 2006 e 2007, houve um aumento de aproximadamente 10 meses no prazo médio de emissão dos títulos remunerados por índice de preços e de 4 meses no prazo dos títulos prefixados, aumento este fundamental para a elevação do O percentual da dívida vincendo em 12 meses, tanto da DPF quanto da DPMFi, se situou dentro dos limites estabelecidos no PAF, assegurando a redução do risco de refinanciamento da dívida. Para a DPF este indicador alcançou 28,2%, para limites entre 27% e 31%. O percentual vincendo em 12 meses da DPMFi foi de 30,2% para limites entre 29% e 33%. Embora tenham ficado dentro dos limites, os resultados do percentual vincendo da DPF e da DPMFi demonstraram queda considerável, superior a quatro pontos percentuais, tendo ambos atingido patamar considerado mais confortável em termos de risco de refinanciamento 12. Este resultado foi possível devido, principalmente, à redução nas emissões de títulos com prazo inferior a doze meses. 12 No caso da DPMFi, cujas estatísticas são calculadas desde dezembro de 1999, o percentual vincendo em 12 meses, que terminou o ano em 30,2%, é o menor desde junho de

21 Resultados Alcançados Gráfico VIII Percentual Vincendo em 12 meses da DPF e da DPMFi Obs: As linhas horizontais referem-se aos limites superiores e inferiores do PAF Plano Anual de Financiamento e no Relatório Anual. Apenas para qualificar a diferença de percepção de risco de refinanciamento que surge ao utilizar a Vida Média em substituição ao Prazo Médio, a Vida Média da DPF alcançou 63,7 meses em dezembro de 2007, ante 39,2 meses do Prazo Médio. Não obstante a diferença entre tais indicadores, o Brasil continua a utilizar esse último, pois acredita que ele captura de forma mais correta os riscos aos quais está exposta a DPF. No entanto, continuará a citar em seus relatórios o indicador Vida Média, exclusivamente para permitir que analistas e investidores possam comparar os indicadores da dívida brasileira com os de outros países que utilizem tal indicador. Gráfico IX Prazo Médio e Vida Média da DPF Quadro III As estatísticas da DPF e sua comparação internacional Em um mundo cada vez mais integrado, em que as oportunidades de investimento surgem nos mais diversos países, o Brasil tem atraído recursos em níveis recordes tanto para o setor real quanto para o financeiro. Neste contexto, comparações internacionais de indicadores são freqüentes e úteis para investidores e analistas. Pensando nisso, o Tesouro Nacional tem buscado oferecer estatísticas de endividamento com metodologias homogeneizadas em relação a outros países. O objetivo é colocar as posições relativas em perspectiva diretamente comparável, já que, muitas vezes, determinados indicadores são cotejados sem que haja uma preocupação com as suas metodologias, não raro consideravelmente distintas. Vida Média versus Prazo Médio Diferentemente do Prazo Médio, indicador utilizado pelo Brasil e que considera tanto os fluxos de principal quanto de juros para seu cálculo, a Vida Média indica apenas o prazo remanescente do principal da dívida pública. Este último, adotado por muitos países como o único indicador de maturidade de suas dívidas, muitas vezes é comparado com o Prazo Médio calculado pelo Brasil e divulgado em seus relatórios mensais, no Estrutura de Vencimentos Da mesma forma que alguns países desconsideram os fluxos de juros ao calcular suas estatísticas de maturidade da dívida pública, prática semelhante se observa quando se compara o percentual desta dívida que vence no curto prazo. No caso brasileiro, mantendo coerência com a estatística do Prazo Médio, considera-se tanto o principal quanto os juros quando são divulgados em documentos públicos o fluxo da dívida e o percentual desta que vence em diversos prazos, de forma a corretamente capturar o risco de refinanciamento do endividamento público. Entretanto, alguns países informam os fluxos de suas dívidas e o percentual desta que vence no curto prazo considerando 21

22 Resultados Alcançados apenas o principal, não incluindo os juros devidos e, em alguns casos, sem trazer os fluxos a valor presente. Para qualificar a diferença de percepção de risco de refinanciamento, caso se utilizasse tal critério, o percentual vincendo em 12 meses da DPF do Brasil reduziria mais de 6 pontos percentuais, passando de 28,2% para 22,2%, em dezembro de Já o percentual vincendo em até 2 anos passaria de 49,5% para 39,9% e, conseqüentemente, o vincendo acima de 2 anos seria de 60,1%, ao invés de 50,5%. Assim como ocorre no caso do Prazo Médio, não obstante a diferença de percepção que o segundo indicador traria, acredita-se que considerar tanto os fluxos de principal quanto de juros para calcular o percentual vincendo captura de forma mais correta o risco de refinanciamento da DPF. Análise da Composição da Dívida Títulos Prefixados A emissão líquida de títulos prefixados, em 2007, foi de R$ 11,1 bilhões. No primeiro semestre de 2007, foram emitidos R$ 184,9 bilhões, valor 79,5% maior que os R$ 103,0 bilhões emitidos no mesmo período de No entanto, o volume emitido no segundo semestre foi significativamente inferior ao observado no mesmo período do ano anterior (R$ 156,0 bilhões), totalizando R$ 93,4 bilhões. Esta redução está associada à volatilidade no mercado externo observada principalmente no segundo semestre do ano, o que ocasionou aumento na dispersão e no nível das taxas dos títulos prefixados, levando o Tesouro Nacional a reduzir estrategicamente as emissões destes títulos. Por sua vez, os resgates alcançaram R$ 139,0 bilhões no primeiro semestre de 2007 e R$ 128,2 bilhões no segundo semestre, resultando assim em um percentual de rolagem de 133,0% e 72,9%, respectivamente. Gráfico XI Emissões e Resgates de Títulos Prefixados A participação relativa de títulos prefixados no volume total da DPF apresentou aumento ao passar de 31,9%, em dezembro de 2006, para 35,1%, em dezembro de Em relação à DPMFi, o crescimento foi inferior, passando de 36,1% do volume total, para 37,3%. O resultado obtido está em linha com os limites definidos no PAF 2007 de 33% a 39% para a DPF e de 37% a 43% para a DPMFi. Gráfico X Participação de Títulos Prefixados Gráfico XII Percentual de Rolagem de Títulos Prefixados Obs: As linhas horizontais referem-se aos limites superiores e inferiores do PAF

23 Resultados Alcançados Ressalta-se que, mesmo em um cenário de volatilidade no mercado externo, os níveis médios de prêmios pagos nos leilões destes títulos, isto é, medidos pelo ágio em relação ao DI de prazo equivalente, não aumentaram em 2007 comparativamente a 2006, evidenciando que o mercado absorveu bem o volume e prazo dos títulos prefixados. Além disso, o custo médio das LTN reduziu-se de forma bastante pronunciada em 2007 em relação ao observado em Gráfico XIV Prazo Médio de Emissão de Títulos Prefixados em Oferta Pública Gráfico XIII Custo Médio Mensal das LTN em Poder do Público Títulos Remunerados a Índices de Preços O prazo médio de emissão dos títulos prefixados sofreu oscilações em 2007, tendo sido de 18,0 meses em dezembro. Em maio de 2007 este indicador alcançou 28,2 meses, o maior já observado desde o início da publicação deste indicador. Contribuiu para este fato o alongamento gradual dos prazos de vencimento dos novos papéis emitidos no decorrer do ano, com destaque para a NTN-F com vencimento em janeiro de No primeiro semestre de 2007, o prazo médio de emissão observado foi de 25,6 meses, apresentando redução no segundo semestre de 2007 para 21,5 meses. A elevação da participação dos títulos remunerados a índices de preços em 2007, passando de 19,9% para 24,1% da DPF e de 22,5% para 26,3% na DPMFi, foi mais um dos aspectos positivos na evolução da dívida pública. O aumento da participação dos títulos remunerados a índices de preços no estoque da dívida em conjunto com a elevação de seu prazo médio de emissão contribuíram para o alongamento da DPF em poder do público. Gráfico XV Participação de Títulos Remunerados por Índices de Preços Obs: As linhas horizontais referem-se aos limites superiores e inferiores do PAF

24 Resultados Alcançados No primeiro semestre de 2007 foram emitidos R$ 64,9 bilhões em títulos remunerados por índices de preços, com resgates limitados a R$ 42,3 bilhões. Já no segundo semestre, tanto o valor emitido quanto o valor resgatado caíram para R$ 47,6 bilhões e R$ 34,9 bilhões, respectivamente. Como resultado, em 2007, houve uma emissão líquida de R$ 35,4 bilhões, o que fez com que o percentual de rolagem atingisse 145,8% neste período. Gráfico XVIII Participação dos Títulos Prefixados e Remunerados por Índices de Preços na DPF e DPMFi Gráfico XVI Emissões e Resgates de Títulos Remunerados por Índices de Preços Títulos Remunerados pela Taxa Selic Gráfico XVII Percentual de Rolagem de Títulos Remunerados por Índices de Preços Como previsto no PAF, houve redução da participação dos títulos indexados à taxa Selic, que passou de 33,4% da DPF, em dezembro de 2006, para 30,7%, ao final de 2007 (limites de 26% e 32%). A participação desses títulos na DPMFi diminuiu de 37,8% para 33,4% no mesmo período (limites de 29% e 36%). Gráfico XIX Participação de Títulos Remunerados pela Taxa Selic Destaca-se que, em conjunto, os títulos prefixados e remunerados por índices de preços aumentaram sua participação na DPMFi e DPF de 58,6% para 63,6% e de 51,8% para 59,2%, respectivamente, os maiores valores da série iniciada em 1999, e perfeitamente em linha com as diretrizes do PAF. Obs: As linhas horizontais referem-se aos limites superiores e inferiores do PAF Ao longo de 2007, as emissões de títulos remunerados pela taxa Selic alcançaram R$ 59,2 bilhões, no primeiro semestre, e R$ 50,8 bilhões, no segundo semestre. Por sua vez, os resgates foram maiores, alcançando R$ 89,9 bilhões, no primeiro 24

25 Resultados Alcançados semestre e R$ 72,9 bilhões, no segundo semestre. Assim, houve resgate líquido de cerca de R$ 52,8 bilhões em 2007, levando a um percentual de rolagem de 65,9% no primeiro semestre e 69,7% no segundo semestre de para 8,2% da DPF e de 1,3% para 0,9% da DPMFi. A apreciação cambial acima do previsto foi determinante para que estes índices ficassem abaixo dos respectivos limites inferiores estabelecidos no PAF 2007 para a DPF (10%) e DPMFi (1%). Gráfico XX Emissões e Resgates de Títulos Remunerados pela Taxa Selic Outro fator que também contribuiu para esse resultado foi o resgate líquido de R$ 28,0 milhões na DPF, ocorrido no período, em função tanto dos vencimentos de dívida mobiliária e contratual externa em montante superior às novas emissões e contratações, quanto dos resultados do Programa de Resgate Antecipado de títulos da DPFe. Cabe destacar que este resgate líquido já era previsto na estratégia adotada no PAF Gráfico XXII Participação de Títulos Remunerados pela Variação Cambial Gráfico XXI Percentual de Rolagem de Títulos Remunerados pela Taxa SELIC Obs: As linhas horizontais referem-se aos limites superiores e inferiores do PAF Destaca-se que as novas emissões de LFT contribuíram para a elevação do prazo médio da dívida pública em função do aumento do seu prazo médio de emissão, que atingiu 63,9 meses ao final de Em relação à DPFe, o Tesouro Nacional deu continuidade a uma série de medidas já adotadas em 2006, com o objetivo de redução do passivo externo e consolidação da curva de juros externa, por meio da construção e manutenção de pontos benchmark, bem como do desenvolvimento de uma curva de rendimentos em reais no mercado global, conforme descrito na Seção 2. Dívida Remunerada pela Variação Cambial Continuando a queda observada nos últimos anos, a participação da dívida cambial passou de 12,7% 25

26 Resultados Alcançados Tabela VII Captações Soberanas 1 Em pontos-base (moeda local), apurados na data do lançamento. * Emissão por reaberturas As emissões ocorridas em 2007 no mercado internacional totalizaram US$ 2,9 bilhões, com destaque para a emissão do título da dívida externa brasileira em reais de 20 anos, o Global 2028, que proporcionou o alongamento da curva externa de títulos prefixados denominados em moeda doméstica. Gráfico XXIII Curva Zero 13 Global e Euro Nas últimas emissões externas, observou-se que as taxas de reabertura dos títulos foram sistematicamente inferiores às obtidas nas colocações anteriores, assim como houve aumento gradual nos prazos de emissão ao longo dos anos. 13 Curva de juros ou estrutura a termo da taxa de juros para fatores de cupom zero, ou seja, curva de juros para estrutura de títulos sem pagamento de cupom. 26

27 Resultados Alcançados Os benchmarks de 10 e 30 anos da curva em dólares continuaram a apresentar aumento de liquidez em Os negócios com o Global 2037, nos três primeiros trimestres de 2007, totalizaram US$ 27,6 trilhões, superando a marca de US$ 25,2 trilhões no mesmo período do ano anterior. Já o Global 2017, emitido pela primeira vez em novembro de 2006, apresentou US$ 14,9 trilhões em negócios no mesmo período o Tesouro Nacional tem obtido êxito em reduzir a concentração de vencimentos no curto prazo. Também é significativo observar essa mesma queda dos vencimentos em 12 meses em relação ao PIB, a partir de Gráfico XXIV Percentual vincendo em 12 meses da DPF 3.3. Análise de Risco Os resultados alcançados em 2007 pela administração da dívida contribuíram para a diminuição dos riscos da DPF. Em particular, a melhora na composição teve uma série de efeitos: reduziu a vulnerabilidade da dívida aos riscos de mercado, na medida em que minimizou os impactos de choques de câmbio ou juros e também favoreceu o alongamento do prazo da dívida pública. Finalmente, a redução da concentração dos vencimentos da dívida nos prazos mais curtos, juntamente com a melhora da composição da dívida, tornou o fluxo de vencimentos mais previsível e menos suscetível à volatilidade dos indexadores, reduzindo, assim, o risco de refinanciamento. A análise de risco apresentada nessa seção está baseada na avaliação dos riscos de refinanciamento e de mercado da DPF. O risco de refinanciamento representa a possibilidade de o Tesouro Nacional ter que suportar elevados custos para se financiar no curto prazo ou, no limite, não conseguir captar recursos suficientes para tal. Além da redução da proporção da dívida com vencimento em 12 meses, a maior prefixação da dívida e a redução das dívidas remuneradas pela taxa Selic e, principalmente, pela variação cambial, têm colaborado para a menor volatilidade nos fluxos de dívida a vencer em 12 meses. Como se nota no gráfico XXV, em 2003 menos de 10% dos vencimentos da DPF em 12 meses correspondia a títulos prefixados, proporção que em 2007 passou a corresponder a 50,3%. Gráfico XXV Perfil de Vencimentos da DPF a cada ano (em 12 meses) O risco de mercado, por sua vez, captura a possibilidade de elevação no estoque nominal da dívida decorrente de alterações nas condições de mercado que afetem os custos dos títulos públicos, tais como as variações nas taxas de juros de curto prazo, de câmbio e de inflação, ou na estrutura a termo da taxa de juros. Risco de Refinanciamento O risco de refinanciamento pode ser avaliado por meio da concentração de vencimentos da dívida. Pode-se observar no gráfico XXIV que a partir de 27

28 Resultados Alcançados Outros fatores que têm contribuído para um menor risco de refinanciamento são a manutenção de saldos confortáveis de colchão de liquidez 14 em reais e de recursos em moeda estrangeira adquiridos exclusivamente para pagamento da dívida externa que vence ao longo dos próximos doze meses. Gráfico XXVII Teste de Stress sobre Juros e Câmbio Risco de Mercado A redução do risco de mercado pode ser vista, de uma perspectiva qualitativa, por meio da composição do estoque da dívida em mercado. O gráfico XXVI mostra a contínua e gradual mudança da composição da DPF no sentido de uma crescente participação de títulos prefixados e remunerados por índices de preços conjugada com uma menor participação de títulos indexados a juros e câmbio, sujeitos a maior volatilidade. Gráfico XXVI Composição da DPF Considera a composição de 2007 para ambos, acrescida de 10 pontos percentuais. Gerenciamento de Ativos e Passivos - GAP Em 2007, verificou-se melhora na estrutura de ativos e passivos financeiros do Governo Central, o que contribuiu para diminuir a vulnerabilidade do governo a choques macroeconômicos imprevistos. (a) Refere-se à dívida interna referenciada em câmbio e à dívida denominada em câmbio (dívida externa). Não considera os títulos da dívida externa emitidos em reais, que estão incorporados à parcela prefixada. Pode-se observar ainda, por meio do teste de stress, a substancial redução do impacto que grandes turbulências no mercado teriam no valor da dívida. Dado o estoque da DPF ao final de 2007, o impacto de um cenário de stress nos juros e no câmbio seria de 28,2% do PIB caso a estrutura da dívida fosse a mesma de 2002, e de apenas 4,6% do PIB considerando a atual composição da dívida. No entanto, avaliando os riscos de uma elevação de 10 pontos percentuais na participação de cada um desses indexadores (Selic e câmbio), o impacto seria significativamente maior, atingindo 8,7% do PIB ao final do mesmo período. Os ativos do Governo Central estão mais fortemente remunerados por índices de preços e câmbio. Em relação aos ativos indexados ao câmbio, os itens mais relevantes são as reservas internacionais, acrescidas da parte ativa dos swaps cambiais e, no que diz respeito aos índices de preços, os itens mais representativos são as renegociações efetuadas com estados e municípios (Lei 9.496/97, Lei 8.727/93 e Medida Provisória 2.185/01). 14 Recursos orçamentários disponíveis exclusivamente para o pagamento da DPF. A estratégia adotada desde 1998 consiste em manter, permanentemente, no referido colchão recursos equivalentes a, pelo menos, três meses de vencimentos da DPF. 28

29 Resultados Alcançados Gráfico XXVIII Composição dos Ativos do Governo Central por Indexador Gráfico XXX Reservas Internacionais + Swap Cambial versus Dívida Cambial As contas mais representativas do passivo são os títulos de emissão do Tesouro Nacional (LFT, NTN-B, NTN-F e LTN), as operações compromissadas, a base monetária e a conta Outros Depósitos no Banco Central, que concentra, essencialmente, os depósitos compulsórios mantidos pelas instituições financeiras. Gráfico XXXI Reservas/PIB versus Dívida Cambial/PIB Gráfico XXIX Composição dos Passivos do Governo Central por Indexador Observando-se a evolução dos ativos e passivos indexados ao câmbio, pode-se notar que a vulnerabilidade externa diminuiu de forma relevante. A redução desse fator de risco decorre da elevação do nível de reservas internacionais e da diminuição gradual da dívida externa, conforme detalhado no gráfico XXX. Em dezembro de 2007, as reservas, adicionadas às operações de swap cambial (posição ativa em câmbio), corresponderam a 13,3% do PIB, enquanto a dívida cambial correspondeu a 4,1% do PIB. Destaca-se que um dos indicadores mais representativos do grau de vulnerabilidade externa de um país é o seu nível de reservas internacionais comparado com o nível de endividamento externo No que se refere aos descasamentos de ativos e passivos do Governo Central, observou-se que houve descasamento passivo no componente prefixado da dívida do Tesouro, e este se elevou, o que está em linha com as diretrizes de gerenciamento de dívida de aumento da participação dos títulos remunerados por taxa de juros fixa. Dois itens importantes no balanço do Governo Central, cujos comportamentos estão relacionados, são o descasamento ativo no componente cambial e o descasamento passivo em juros pós-fixados. Três fatores contribuem para explicar o recente aumento do descasamento ativo em câmbio: 1) a redução da dívida externa referenciada em moeda estrangeira; 2) o acúmulo de reservas cambiais pelo Banco Central; 3) as operações de swap cambial. 29

30 Resultados Alcançados Este aumento dos ativos cambiais tem seu espelho no passivo a taxas de juros flutuantes. Neste sentido, verificou-se o aumento da exposição passiva do Governo Central a juros pós-fixados em 2007, apesar da redução da proporção de dívida remunerada pela Selic no total da DPF. O descasamento passivo no componente de juros aumentou devido, principalmente, à elevação do estoque de operações compromissadas, que é um resultado colateral do acúmulo de reservas. Além disso, nas operações de swap cambial, o Governo Central tem aumentado sua exposição ativa em moeda estrangeira, tendo como contrapartida a elevação da exposição passiva à taxa de juros flutuantes. Por fim, em relação ao componente de índice de preços, verificou-se redução em seu descasamento ativo, sendo este movimento mais expressivo devido à emissão líquida de títulos com tais características, realizada em 2007, o que significa que as novas emissões estão explorando de forma mais eficiente a estrutura de ativos e passivos do Governo Central. principais indexadores da DPF abriu espaço para uma emissão maior de títulos prefixados sem que se sacrificasse de modo substancial o custo ou o prazo médio da dívida. Com a maior emissão de títulos prefixados, o Tesouro Nacional transfere parte do risco da dívida para o mercado. Quantitativamente, o DV01 15 e o VaR 16 são medidas desse risco, associadas à volatilidade da taxa de juros, empregadas amplamente pelos integrantes do mercado de renda fixa que têm posições em ativos prefixados. Sua evolução, portanto, tem reflexos diretos sobre a demanda por esses títulos. O gráfico XXXIII mostra a evolução mensal do DV01 para a carteira de LTN e NTN-F ao longo de Observa-se que recentemente esse indicador vem atingindo níveis historicamente elevados, devido principalmente a dois fatores: maior estoque de prefixados e maior prazo médio desses títulos (NTN-F). Gráfico XXXIII DV01 Gráfico XXXII Descasamentos entre Ativos e Passivos do Governo Central como Proporção do PIB Nota: O passivo atrelado a juros inclui as operações de swap do Banco Central Considerações adicionais Cabe destacar que a estabilidade macroeconômica, bem como o aprimoramento na composição da dívida, tiveram papel importante em permitir a melhora na percepção de risco da dívida pública. Em um ciclo virtuoso, a maior estabilidade dos 15 O DV01 Dollar Value of a Basis Point - mensura a perda que pode ocorrer no valor de uma carteira de títulos prefixados em mercado decorrente do aumento em 1 ponto-base (0,01%) na taxa de desconto daqueles títulos. 16 O VaR Value at Risk é definido como a perda máxima esperada para uma carteira de títulos, em um horizonte de tempo definido, com determinado nível de significância estatística. Aplicado à carteira de títulos prefixados da DPMFi, esse indicador mensura o valor probabilístico do mercado ter que absorver um choque na carteira daqueles títulos públicos. 30

31 Resultados Alcançados Gráfico XXXIV DV01 / Estoque estabilidade econômica e, também, ao desenvolvimento do mercado de títulos públicos do país. Além do efeito estoque, observa-se que no segundo semestre de 2007 o mercado financeiro passou por um período de turbulências, refletido no aumento da volatilidade das taxas de juros prefixadas. Gráfico XXXV VaR Por fim, sob a ótica de sustentabilidade da política fiscal, o gráfico XXXVII mostra que o Governo Federal tem conseguido reduzir progressivamente a relação Dívida Líquida do Setor Público sobre o PIB - DLSP/PIB. Esse fato, combinado com a queda gradual da taxa Selic, dá motivos para crer que haverá ainda mais espaço nos próximos anos para que o Tesouro Nacional melhore o perfil da dívida pública. Gráfico XXXVII Dívida Líquida do Setor Público como Proporção do PIB Gráfico XXXVI VaR: Efeito estoque e efeito volatilidade 3.4. Análise de Custo Nota-se, portanto, que o VAR vem crescendo paulatinamente na medida em que cresce o estoque de prefixados, risco este que vem sendo absorvido pelos investidores graças à consolidação da Na seção anterior, foram apresentados alguns dos principais aspectos com respeito a riscos que influenciam a elaboração da estratégia de financiamento do Tesouro Nacional. O risco, todavia, é apenas um dos aspectos que devem ser levados em consideração na escolha da melhor estratégia de financiamento. Outro aspecto importante a ser observado é o efeito da estratégia adotada no custo de financiamento da DPF. A escolha de estratégias que induzam a maior prefixação e alongamento da dívida tende a apresentar, no curto prazo e sempre que o cenário não contemple choques inesperados, custos 31

32 Resultados Alcançados superiores ao de estratégias que mantenham a dívida concentrada no curto prazo ou em títulos mais sensíveis a mudanças na conjuntura. Por esse motivo, o Tesouro Nacional deve estar atento ao custo da dívida de forma a se certificar de que este represente um preço compatível com a proteção obtida. Como o custo médio da dívida prefixada já em estoque não se altera no curto prazo, é natural que maior participação de prefixados induza a uma inércia maior do custo médio da dívida ante choques nos juros. Essa inércia será tanto maior quanto maior for a participação e o prazo médio da parcela prefixada em estoque, já que o seu custo tenderá a se aproximar do valor da taxa básica de juros à medida que essa parcela for refinanciada. Assim, o aumento da participação de títulos prefixados implica que, em períodos de redução da taxa básica de juros, o custo médio da DPMFi apresente uma velocidade de redução menor do que aquela apresentada pela Selic. Por outro lado, em ciclos de aumento da referida taxa, a velocidade do aumento do custo médio da DPMFi será inferior ao ritmo de elevação da Selic. O gráfico XXXVIII ilustra bem essa dinâmica. são emitidos a taxas inferiores ao custo médio da dívida que vence em mercado e, conseqüentemente, o custo médio da DPMFi tem se reduzido. Os gráficos a seguir mostram que tanto na parcela prefixada da dívida, quanto na parcela indexada à inflação, o custo médio de emissão segue em tendência de queda e tem sido inferior ao custo médio do estoque dessas parcelas de dívida. Além disso, o custo médio de emissão de títulos do Tesouro Nacional foi, ao longo de 2007, inferior à taxa de juros Selic corrente. Isso demonstra que as taxas de emissão de títulos prefixados incorporaram a expectativa de futuras reduções nas taxas de juros, não obstante o prêmio de risco existente. Gráfico XXXIX Custo médio de Emissão vs Custo Médio do Estoque de Prefixados Gráfico XXXVIII Custo médio da DPMFi versus taxa Selic, acumulados em 12 meses Com a contínua queda da taxa Selic a partir de setembro de 2005, o custo médio de emissão dos títulos do Tesouro Nacional também vem apresentando trajetória declinante. Assim, à medida que a dívida é refinanciada, novos títulos 32

33 Resultados Alcançados Gráfico XL Custo médio de Emissão 17 vs Custo Médio do Estoque de Índices de Preços Quadro IV Composição Ótima (benchmark) para a DPF O Tesouro Nacional vem desenvolvendo modelo analítico de benchmark que subsidia a definição da estrutura ótima da DPF no longo prazo. O modelo busca a minimização dos custos sujeita a níveis prudentes de risco, norteando a estratégia de financiamento de curto e médio prazo, constituindo um importante instrumento de gerenciamento de risco e planejamento estratégico. Também digno de nota é o fato de que o custo médio da parcela da DPMFi remunerada por índices de preços não vem apresentando a mesma redução observada na parcela prefixada. Isso se deve basicamente ao fato de que a dívida remunerada por índices de preços tem um prazo médio de emissão bastante elevado, cerca de 85 meses. Ao contrário dos prefixados, os títulos remunerados por índice de preços permanecem no estoque durante muito tempo. Assim, enquanto grande parte dos títulos prefixados vence no curto prazo e é refinanciado a novas taxas, o mesmo não ocorre com títulos remunerados por índices de preços. Por esse motivo, o custo médio desses títulos tem apresentado inércia maior, ante o efeito da redução das taxas de emissão. Em suma, pode-se concluir que se por um lado o Tesouro aproveita a maior estabilidade da economia e a crescente demanda por títulos prefixados para produzir melhoras na composição da dívida, por outro lado, está atento aos custos envolvidos nesse processo, constantemente se certificando de que esses custos representem um preço justo a ser pago pela proteção obtida. Em linha com o objetivo acima, a gestão da DPF busca seguir diretrizes que visam ao aperfeiçoamento do mercado secundário de títulos públicos, materializado por meio da ampliação da base de investidores e do desenvolvimento da estrutura a termo da taxa de juros. Tendo isso em vista, o modelo permite também que se considerem premissas diversas, como por exemplo, o desenvolvimento de curvas de títulos prefixados nos mercados interno e externo. Considerando os objetivos e as diretrizes para a DPF, bem como as orientações que surgem do modelo de benchmark, pode-se afirmar que as mudanças recentemente observadas no perfil da DPF são consistentes com movimentos graduais na direção de se atingir, nos próximos anos, uma composição que represente para o Tesouro Nacional menores taxas de financiamento do endividamento público, alcançados de maneira eficiente do ponto de vista do trade-off entre custos e riscos, isto é, sem que a redução de custos almejada signifique aumentar a exposição a riscos da DPF e, sempre que possível adotando ações que minimizem o impacto de choques financeiros e macroeconômicos inesperados sobre os custos da DPF. 17 Este dado considera as taxas de emissão mais a inflação do centro da meta do BACEN, ponderado pelo montante emitido. 33

34 Avanços Institucionais Seção 4 Avanços Institucionais Roadshows Em 2007, o Tesouro Nacional implantou diversas medidas visando ao fortalecimento institucional da gestão da dívida pública. Destacam-se as atividades junto a investidores, tais como os eventos do BEST, os roadshows, conference calls, o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Especialistas em Gerenciamento da Dívida Pública da América Latina e Caribe (LAC Debt Group), e as divulgações sobre o Tesouro Direto. Na busca pelo aumento da transparência, iniciouse a publicação do Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, sob responsabilidade do Tesouro Nacional, e foram publicados o manual de precificação dos títulos da dívida mobiliária e o guia do investidor não-residente, ambos em inglês. Além disso, realizou-se curso sobre a gestão da dívida pública para gestores públicos no Estado do Rio Grande do Sul. Houve também medidas para redução de riscos operacionais, principalmente em relação às atividades das mesas de operações, e à continuidade da implantação do Sistema Integrado da Dívida Pública SID. Por último, destacam-se as melhorias nas classificações de risco dadas por quatro dentre as principais agências de rating. BEST Brazil Em 2007, o Tesouro Nacional seguiu intensificando seu trabalho para desenvolver o mercado brasileiro de capitais e ampliar sua base de investidores. Destaca-se, por exemplo, a sua atuação no BEST - Brazil: Excellence in Securities Transactions 18, grupo que objetiva divulgar o mercado brasileiro de capitais, oferecendo aos investidores internacionais informações precisas e atualizadas sobre segurança, eficiência e confiabilidade desse mercado. No contexto do BEST, foram realizadas apresentações sobre a administração da dívida pública brasileira em Londres, Edimburgo e Frankfurt, em março, em Nova Iorque, Los Angeles, São Francisco e Toronto, em junho, e em Cingapura, Hong Kong e Tóquio, em novembro. O Tesouro Nacional realizou diversos roadshows ao longo do ano: i) nas mesmas oportunidades dos eventos do BEST (Estados Unidos, Europa e Ásia), ii) quando da reunião anual do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), na Guatemala, em março, e iii) quando da reunião anual do Banco Mundial e do FMI (Fundo Monetário Internacional), em Washington, em outubro. Nessas ocasiões foram realizados contatos individuais com mais de uma centena de instituições financeiras, objetivando manter a posição de destaque do Brasil no mercado de dívida soberana, bem como incentivar a maior participação de não-residentes na aquisição de títulos públicos domésticos. Em Nova Iorque, em setembro, o Tesouro participou do Second Brazilian Capital Markets Roundtable, organizado pelo IFR (International Financing Review) e, em outubro, da Conferência de Emissores Latino Americanos 19, também organizado pelo IFR. Essas reuniões com investidores têm o papel de manter ativo o contato do Brasil, na qualidade de emissor soberano, com investidores internacionais, fornecendo informações atualizadas, abrindo novos mercados e conquistando novos clientes. Conference Call com investidores O Tesouro Nacional, em 2007, realizou conference calls com investidores, que contaram com o apoio de importantes instituições financeiras de abrangência global. Os conference calls visam à transparência, ao esclarecer aos investidores, principalmente nãoresidentes, questões concernentes à política fiscal e à administração da dívida pública. Nos encontros organizados, notou-se a participação de investidores de diversos segmentos, dentre eles, representantes de fundos de pensão, hedge funds e bancos internacionais, em uma média de 100 participantes conectados em cada evento. 18 Para maiores informações sobre o BEST consulte: 19 Latin American Issuers Conference

35 Avanços Institucionais Atuação no LAC Debt Group No âmbito do Grupo de Especialistas em Gerenciamento da Dívida Pública da América Latina e Caribe (LAC Debt Group), o Tesouro Nacional participou do terceiro encontro anual do grupo, em abril, em São José, Costa Rica. Nessa ocasião, seus representantes conduziram apresentações sobre a experiência brasileira em estratégia de longo prazo para a gestão da dívida e sobre a importância do relacionamento com investidores. No encontro temático, ocorrido em outubro, em Caracas, Venezuela, o Brasil esteve presente tratando da relação entre os passivos contingentes e a gestão da dívida. Além dessas contribuições, ainda no âmbito do LAC Debt Group, o Brasil também foi responsável pela coordenação de trabalho sobre o desenvolvimento do mercado secundário na região, tema eleito pelo grupo como um dos mais importantes para o desenvolvimento do mercado de títulos públicos. No encontro de abril, foram apresentadas as principais conclusões do estudo, bem como propostas sobre experiências de sucesso em países da região, tanto em termos de organização como de sistemas de negociação de títulos públicos, que poderiam ser replicadas para outros integrantes. Já em outubro foi entregue o documento final do trabalho, que buscava homogeneizar os conhecimentos sobre o tema na região. Relatório Mensal da Dívida Pública Federal A partir de janeiro de 2007, o Tesouro Nacional iniciou a divulgação do Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, documento que consolida todas as informações e estatísticas sobre a Dívida Pública Federal DPF, englobando as dívidas interna e externa de responsabilidade direta do Tesouro Nacional em mercado. O referido relatório apresenta estatísticas sobre emissões, resgates, evolução do estoque, prazo médio, perfil de vencimentos, custo médio e fatores de variação da dívida. Além disso, o documento apresenta informações sobre o Tesouro Direto e permite o acompanhamento do Plano Anual de Financiamento PAF. O Relatório substituiu a Nota para a Imprensa Dívida Pública Mobiliária Federal interna e Mercado Aberto, publicação conjunta do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil. Tal relatório é fruto das mudanças recentes pelas quais passou a administração da Dívida Pública Federal visando à separação clara entre as Políticas Fiscal e Monetária, atribuídas ao Tesouro Nacional e ao Banco Central, respectivamente. Essas mudanças foram concluídas com a assunção, pelo Tesouro Nacional, da responsabilidade pela gestão da Dívida Mobiliária Externa, a partir de janeiro de Os Relatórios são publicados mensalmente em português e inglês 20 e divulgados por meio de entrevista coletiva na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília. Transparência da gestão da dívida para Investidores Estrangeiros Aumentar a participação do investidor estrangeiro é do interesse do Tesouro Nacional, em função da preferência deste tipo de investidor pelos investimentos em títulos de longo prazo, principalmente prefixados ou referenciados por índices de preços. Em paralelo, essa ação encontrase em linha com as diretrizes do Plano Anual de Financiamento (PAF), tanto no que se refere ao aumento da participação desses títulos, como no alongamento do prazo médio da dívida pública. Com efeito, considerando que o tamanho do mercado financeiro brasileiro é estimado em R$ 6,2 trilhões (equivalente a US$ 3,3 trilhões), podese dizer que a participação do investidor estrangeiro, de cerca de 6% deste total (R$ 370 bilhões), é pequena se comparada a de outros países. Em relação ao segmento de renda fixa, a participação é ainda menos expressiva (pouco mais de 3%). 21 No âmbito da dívida doméstica, mesmo 20 Para consultar as publicações, acesse: (versão em português) e (versão em inglês). 21 Brasil para Investidores Estrangeiros/ Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro Rio de janeiro ANDIMA,

36 Avanços Institucionais com as modificações tributárias de 2006, que elevaram consideravelmente a participação dos investidores não-residentes, essa ainda é inferior a 5% do total da dívida. possíveis perdas, resultantes de sistemas e/ou controles inadequados, falhas de gerenciamento e erros humanos, principalmente no que concerne à segurança da informação. Frente a essa situação, o Tesouro Nacional permanentemente visa a incentivar a participação do investidor não-residente no mercado financeiro doméstico, também por meio de práticas que aumentam a transparência das informações. Com esse intuito, em 2007, foram publicados o manual de precificação dos títulos da dívida mobiliária e o guia do investidor não-residente que deseja aplicar seus recursos no Brasil, ambos em inglês. 22 Curso sobre Gestão da Dívida Pública Mesmo com os avanços recentemente obtidos, é inegável que as discussões sobre gastos do governo, tamanho do superávit primário, nível de taxa de juros e outras, sejam refletidas na gestão da dívida pública. Neste contexto, é crucial a manutenção de programa de esclarecimento ao público em geral, e aos servidores públicos em especial, sobre esse tema, não só buscando estabelecer os parâmetros mínimos para a análise das finanças públicas, mas também para atualizar os termos da discussão, que mudaram bastante nos últimos anos, e fornecer as fontes de embasamento para futuros estudos. Neste sentido, e atendendo a pedido da Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, o Tesouro Nacional promoveu o curso Gestão da Dívida Pública Federal, cujo objetivo central foi dar uma visão geral dos aspectos relacionados à gestão da dívida, bem como atualizar o público a respeito da administração da mesma no Brasil. Em termos mais específicos, o objetivo foi oferecer conhecimento sobre a estrutura, estratégia, administração e principais instrumentos de dívida do país. Participaram do curso de 20 horas, 25 funcionários do governo do estado, principalmente lotados na Secretaria da Fazenda e na Secretaria de Planejamento. Redução de Riscos Operacionais No âmbito da gestão do risco e segurança da informação, o Tesouro Nacional constantemente busca mitigar riscos operacionais relacionados a Em 2007, quanto aos riscos relativos às atividades da mesa de operações, destacam-se a disponibilização: i) de acesso alternativo à internet por notebook, para utilização em caso de falha na rede convencional; ii) de ponto de saída de dados à rede RTM na mesa de operações, como alternativa para obtenção dos arquivos dos leilões e; iii) de sistema alternativo para acesso ao SISBACEN, para garantir a publicação das Portarias que especificam as condições a serem observadas nos leilões de títulos da Dívida Pública Federal DPF. Em paralelo, em dezembro, iniciou-se o processo de licitação para aquisição de novo sistema de gravação digital para ligações telefônicas realizadas pela mesa de operações, em substituição ao analógico, mais passível de falhas, e houve instalação de novos ramais de contingência. Na mesma direção, a Coordenação-Geral de Controle de Dívida Pública (CODIV), área responsável pelas atividades de back-office da dívida pública, definiu e implantou Plano de Contingência, de forma a reduzir os riscos operacionais e a assegurar a continuidade de suas atividades, com destaque para os processos de registro e controle, tratamento de informações estatísticas e, em especial, ao processo relativo aos pagamentos do serviço da dívida pública federal. Com o objetivo de se reduzir os riscos de pessoal, ao longo do ano de 2007, houve o ingresso de 18 novos analistas, para as três coordenações-gerais 23 que compõem a Secretaria-Adjunta do Tesouro Nacional responsável pela gestão da DPF e iniciouse o processo de certificação de servidores pela Andima/Anbid (Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro/ Associação Nacional dos Bancos de Investimento). 22 O manual de precificação encontra-se em: pricing_methodology.pdf; e o guia do investidor não-residente em: Manual_investidor_estrangeiro.pdf 23 Para maiores informações, acesse: 36

37 Avanços Institucionais Sistema Integrado para a Dívida Pública (SID) Em 2007, o Tesouro Nacional deu prosseguimento aos trabalhos de desenvolvimento do Sistema Integrado para a Dívida Pública (SID), projeto que está alinhado com o objetivo estratégico de modernização da gestão da dívida pública, uma vez que abrangerá, em seu escopo, o ciclo completo das principais atividades da administração da dívida pública federal, utilizando interface Web e banco de dados relacional, possuindo funcionalidades capazes de simplificar a extração de dados, a geração de informações e a emissão de relatórios. Tal sistema possibilitará, entre outros pontos, i) a integração entre as ações das três coordenaçõesgerais que compõem a Secretaria-Adjunta da Dívida Pública; ii) a eliminação de redundâncias de cálculos; iii) a integração entre o maior número possível de dados e funcionalidades e entre os principais sistemas existentes ao reescrevê-los em nova plataforma e tecnologia; iv) a ampliação da capacidade de extração de informações gerenciais, e v) a minimização considerável dos riscos operacionais. A implantação desse sistema está dividida em duas fases, sendo a fase I constituída pelos módulos referentes ao Núcleo Operacional do Sistema e a fase II compreendida pelos Processos Específicos relacionados às atividades de gestão da dívida pública, tais como gestão de risco, leilões, programação orçamentária e financeira, planejamento e definição de estratégias. Ao todo, o Sistema contará com dez módulos e trinta e cinco submódulos. Neste ano, foram desenvolvidos e concluídos os submódulos relativos a calendário, indexadores e cenários, que entrarão em produção no primeiro semestre de 2008, juntamente com os submódulos relativos às dívidas mobiliária e contratual. A esses submódulos se acrescentarão outros sete submódulos que já se encontram em produção. A conclusão da fase I do sistema está prevista para o primeiro trimestre de da administração dos contratos de dívida externa que se encontravam sob a responsabilidade de diversos Órgãos da Administração Direta da União para o âmbito da Secretaria do Tesouro Nacional STN. A medida tem por objetivo melhorar o controle das referidas obrigações e permitirá aprimorar a administração da Dívida Pública Federal, ao centralizar na STN os procedimentos de gestão dos compromissos financeiros externos que já eram de responsabilidade direta da União. Como resultado, houve a transferência de 64 contratos que, em 30 de abril de 2007, se encontravam desembolsados, totalizando o equivalente a US$ 3,4 bilhões. O processo será repetido a cada ano, de forma a contemplar contratos que venham a ter seus fluxos de desembolsos encerrados até o final de cada exercício financeiro. Classificação de Risco Desde 2004, o Tesouro Nacional coordena os contatos com as agências de classificação de risco (agências de rating). Isso permite melhor acompanhamento dos avanços obtidos neste campo. O ano de 2007 foi marcado pelas elevações na classificação de risco concedidas por quatro dentre as principais agências de rating. A Standard & Poor s, em maio, elevou o rating de crédito soberano da dívida doméstica 24 de BB+ para BBB, atingindo o investment grade (grau de investimento), classificação superior à categoria de grau especulativo. Para a dívida de longo prazo em moeda estrangeira, elevou a classificação de BB para BB+ (um grau abaixo do grau de investimento). Do mesmo modo, em maio, a Fitch elevou a classificação das dívidas em moeda local e moeda estrangeira, de longo prazo, de BB para BB+. Um mês após, em junho, o Brasil recebeu o primeiro grau de investimento, por meio da Japan Credit Rating (JCR) para as dívidas externa e interna de longo prazo, respectivamente, BBB- e BBB. A Moody s, em agosto, elevou a nota soberana do Brasil de Ba2 para Ba1, classificação ainda Centralização dos contratos da Dívida Externa Conforme previsto no Decreto nº 5.994, de 19 de dezembro de 2006, foi finalizada a transferência 24 Em dezembro de 2007, este passivo correspondia a cerca de 92% da dívida total. 37

38 Avanços Institucionais considerada grau especulativo, mas a um degrau do grau de investimento. No geral, as agências elegeram os bons resultados do setor externo como os principais fatores positivos. A dívida externa atualmente é apenas uma fração do que era há cinco anos, enquanto que as receitas em conta corrente cresceram rapidamente. As exportações também aumentaram de maneira significativa, favorecidas por uma base comparativamente diversificada entre produtos e destinos. Além disso, as reservas internacionais alcançaram US$ 180 bilhões, compondo um seguro importante contra choques externos. Todos esses fatores contribuíram para melhorar o conjunto de indicadores de desempenho do setor externo avaliado pelas agências. Adicionalmente, é preciso destacar a melhora do perfil da dívida interna e os resultados positivos do setor fiscal, ambas com efeitos relevantes na trajetória de queda da DLSP/PIB, fatores que contribuíram para as melhorias nas classificações de rating. Tabela VIII Classificações de Risco* Principais Agências em veículos de comunicação e a atuação da equipe do Tesouro Nacional. Nesse sentido, em 2007, intensificou-se a divulgação do Programa Tesouro Direto, com a participação em feiras de investimento, que reuniram mais de 48 mil pessoas nas cidades de Curitiba, Macaé, Fortaleza, Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre, onde foram realizadas palestras e prestados esclarecimentos individualizados aos investidores sobre o Programa. Ademais, ao longo do ano, a equipe do Tesouro Nacional realizou palestras, mediante convite, em universidades e instituições, tais como a Universidade de Brasília - UnB, a Universidade Católica de Brasília UCB, a Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul PUC/ RS, o Centro Universitário do Distrito Federal UniDF e o Tribunal Superior do Trabalho TST, ao todo com a participação de aproximadamente 450 pessoas. É por meio da realização dessas exposições e do acesso dos investidores ao website do programa, canais permanentemente abertos aos interessados, que o Tesouro Direto pretende cumprir seus principais objetivos: a democratização do acesso para investimentos em títulos federais e o incentivo à formação de poupança de longo prazo para pequenos investidores. * Rating de Longo Prazo em moeda estrangeira Fonte: Bloomberg Tesouro Direto Às vésperas de completar o sexto ano de sua existência, o Tesouro Direto, programa que possibilita às pessoas físicas adquirirem títulos públicos por meio da internet, atingiu, em 2007, uma marca histórica: investidores cadastrados. Esse feito representa a consolidação do programa que, após um início modesto sem grandes investimentos em publicidade, tem apresentado crescimento contínuo, tanto em número de investidores como em volume de vendas. Peça importante nessa evolução foi a importância que a mídia tem dado ao programa 38

39 I - Estoque da DPF em Poder do Público e do Banco Central 1 Inclui dívida agrícola; 2 Valores da DPFe convertidos de todas as moedas para US$ e, posteriormente, de US$ para R$ com a cotação do último dia do mês; 3 Títulos de renegociação anteriores ao Plano Brady que não possuem cláusula de recompra. Obs: A partir de outubro de 2006, o estoque da DPFe incorpora os juros nominais por competência. Anexos 39

40 II - Composição da DPMFi em Poder do Público Anexos 40

41 II - Composição da DPMFi em Poder do Público (continuação) Anexos 41

42 III - Títulos Federais em Poder do Público a vencer em12 meses por tipo de rentabilidade - DPMFi Anexos 42

43 III - Títulos Federais em Poder do Público a vencer em12 meses por tipo de rentabilidade - DPMFi (Continuação) Obs.1: Valores apurados com base na posição de carteira avaliada pelo preço da curva de rentabilidade intrínseca dos títulos, considerando-se os pagamentos intermediários em suas datas efetivas. Obs.2: Percentual em relação ao total dos títulos a vencer com o mesmo tipo de rentabilidade. Anexos 43

44 Anexos IV - Prazo Médio da DPF em Poder do Público 1 Inclui os títulos do Tesouro Nacional e do Banco Central em poder do público; 2 Títulos de renegociação anteriores ao Plano Brady que não possuem cláusula de recompra; 3 O Tesouro Nacional está revisando a metodologia de cálculo da Dívida Contratual Externa, em linha com a já existente para o cálculo do prazo médio da DPMFi e da Dívida Mobiliária Externa. Obs. 1: A partir de outubro de 2006, o cálculo do prazo médio da DPFe passou a incorporar os juros nominais por competência. Obs. 2: O Tesouro Nacional revisou a metodologia do prazo médio da Dívida Mobiliária externa, com o objetivo de padronizar e integrar a apuração dos prazos da dívida interna e externa. Pelo novo método, o prazo médio de cada título é calculado descontando-se seus fluxos futuros pela yield de emissão, e não mais pela taxa do cupom. 44 `

45 Anexos 45 ` V - Custo Médio da DPF em Poder do Público, acumulado nos últimos 12 meses 1 Títulos de renegociação anteriores ao Plano Brady que não possuem cláusula de recompra; 2 O Tesouro Nacional está desenvolvendo metodologia de cálculo da Dívida Contratual Externa, em linha com a já existente para o cálculo do custo médio da DPMFi e da Dívida Mobiliária Externa.

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