DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
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- Luiz Macedo
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1 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Sujeitos de Direito Internacional Público: Organizações Internacionais e Coletividades não Estatais. Capacidade jurídica e de ação. O sistema da Sociedade das Nações. Parte 4 Profa. Renata Menezes
2 . Capacidade jurídica das OI s: a despeito da mesma conceituação de personalidade jurídica internacional e de esta personalidade ter sido reconhecida pela CIJ em meados do século XX capacidade jurídica variada entre Estado e OI. Na OI capacidade jurídica atrelada ao ato constitutivo. Logo, mais limitada que a capacidade jurídica de Estado.
3 . Principais competências: - Possibilidade de celebrar tratados internacionais, - Imunidades e privilégios, - Direito de legação, - Possibilidade de realizar reclamações internacionais.
4 . Possibilidade de realizar acordos internacionais: privilégio de poucos sujeitos de Direito Internacional. Previsão na Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1986, art. 2º, 1: Para os fins da presente Convenção: a) "tratado" significa um acordo internacional regido pelo Direito Internacional e celebrado por escrito (...)
5 (...) i) entre um ou mais Estados e uma ou mais organizações internacionais; ou ii) entre organizações internacionais, quer este acordo conste de um único instrumento ou de dois ou mais instrumentos conexos e qualquer que seja sua denominação específica; (...).
6 Importante: a capacidade da OI celebrar tratado se rege pelas regras definidas no seu próprio ato constitutivo! (art. 6º, CVDT/86)
7 . Imunidades e privilégios: em relação a seus bens, pessoal, estabelecimentos e representantes dos Estados acreditados junto à OI. Difere da questão das imunidades do Estado à jurisdição de outro Estado. Nas OI s, regras previstas no ato constitutivo. Logo, se tratado prevê, OI s com imunidade absoluta em relação à jurisdição de Estados-partes.
8 Considerar: isenções fiscais, garantias de livre comunicação, inviolabilidade dos locais onde funciona a OI, inviolabilidade de arquivos e documentos, garantia de não confisco ou expropriação de bens da OI... Posição da Corte Europeia de Direitos Humanos (caso Waite e Kennedy x Alemanha, 1999). No Brasil, STF (2013).
9 . Direito de legação: resultante da vocação das OI para promoção da paz, cooperação e solidariedade que devem imperar na SI. Corresponde à possibilidade de envio de missões para o território de Estados membros ou mesmo não membros.
10 . Possibilidade de realizar reclamações internacionais: Podem desempenhar funções como: concluir tratados internacionais, administrar territórios, utilizar forças armadas para defesa de interesses da SI dentro das suas finalidades, prestar assistência técnica logo, também cabe responsabilização no caso de descumprimento de obrigação. Veja: podem exigir responsabilização e podem ser responsabilizadas!
11 Exemplos de responsabilização cabível: - Descumprimento de tratados internacionais, - Prática de ilícitos à luz do DI por agentes ou órgãos seus, - Descumprimento de obrigações jurídicas assumidas, - Atos de administração de territórios sob sua responsabilidade,...
12 . Financiamento: contribuições dos Estados membros para custeio de gastos de natureza administrativa ou operacionais.
13 Veja: contribuições variam de OI para OI, com vários modelos de contribuição. Atualmente, duas formas principais: a) Contribuição igualitária para os membros, b) Contribuição diferenciada, de acordo com a capacidade econômica de cada Estado membro, com valores mínimos e máximos.
14 . Ainda sobre contribuições: Contribuições voluntárias: valores fixados livremente por cada Estado. Aplicadas normalmente em casos de excepcionalidades.
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