DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

Transcrição

1 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Sujeitos de Direito Internacional Público: Estados. Direitos e deveres fundamentais dos Estados. Responsabilidade dos Estados. Parte 2 Profa. Renata Menezes

2 Mais: igualdade jurídica x desigualdades de fato: ONU e membros permanentes do CS (EUA, França, Rússia, China e Reino Unido). 4- Direito ao comércio internacional: modernamente. Um Estado não pode impor vontade em atos de comércio em relação a outro desfavorecido economicamente.

3 . Deveres dos Estados: fundamento: regras de coexistência e respeito nas relações. Classificação: deveres jurídicos e deveres morais. Deveres morais: regras de cortesia e princípios de humanidade, equidade e justiça natural (socorro em calamidades, assistência financeira, apoio humanitário, abrigo a navios estrangeiros,...)

4 Deveres Jurídicos: derivados de tratados e convenções e costumes. Principal dever: dever de não intervenção. Significa não interferir em assuntos internos ou externos de certo Estado, se abster de ingerir na vida política de outro. Tal dever exclui: o uso da força armada e de qualquer forma atentatória à personalidade do Estado e dos elementos políticos, econômicos e culturais que o formam.

5 De previsão originária na Carta da OEA - art. 2º, b: Para realizar os princípios em que se baseia e para cumprir com suas obrigações regionais, de acordo com a Carta das Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos estabelece como propósitos essenciais os seguintes: (...) b) Promover e consolidar a democracia representativa, respeitado o princípio da não-intervenção; (...).

6 De previsão originária na Carta da OEA - art. 2º, b: Para realizar os princípios em que se baseia e para cumprir com suas obrigações regionais, de acordo com a Carta das Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos estabelece como propósitos essenciais os seguintes: (...) b) Promover e consolidar a democracia representativa, respeitado o princípio da não-intervenção; (...).

7 Obs.: art. 2º, b, c/c art. 19, Carta da OEA: Nenhum Estado ou grupo de Estados tem o direito de intervir, direta ou indiretamente, seja qual for o motivo, nos assuntos internos ou externos de qualquer outro. Este princípio exclui não somente a força armada, mas também qualquer outra forma de interferência ou de tendência atentatória à personalidade do Estado e dos elementos políticos, econômicos e culturais que o constituem.

8 . As doutrinas Monroe e Drago: Doutrina Monroe: criada pelo Presidente James Monroe, para fins de impedir que a Rússia alargasse seus interesses expansionistas em direção ao Alasca e para impedir a pretensões espanholas de reconquistar algumas ex-colônias na América.

9 Principais propostas: - Inadmitir a intervenção europeia nos assuntos internos ou externos de qualquer país americano; - Inadmitir a ocupação do continente americano por qualquer potência europeia; - Compromisso de os EUA não intervirem nos negócios de qualquer país europeu.

10 Doutrina Drago: fundamento: ideias anti-intervencionistas do então Ministro Luís Maria Drago. Inglaterra, Itália e Alemanha bombardearam portos venezuelanos, por não ter a Venezuela quitado dívidas com tais Estados. Consultado, os EUA não interferiram. Drago defendeu que, a despeito das dívidas, isso nunca poderia justificar o ingresso e uso de forças armadas para cobrança coercitiva.

11 Após previsão na OEA, o princípio esteve presente em muitas resoluções das NU, hoje já consagrado internacionalmente. Veja: o dever de não intervenção não é absoluto! Exceções: quando estabelecida para direito de defesa do Estado; quando para salvaguardar a segurança coletiva, quando para promoção e defesa de direitos humanos.

12 . Responsabilidade dos Estados: Estado enquanto sujeito de DIP necessidade de reparar danos se infringe normas da Sociedade Internacional. Responsabilidade individual x responsabilidade coletiva. Responsabilidade coletiva: precária = SI descentralizada + órbita de coordenação.

13 Proposta de Convenção internacional sobre responsabilidade do Estado por atos internacionalmente ilícitos da ONU (1996): texto encaminhado à AGNU (2001) para verificar possibilidade de adoção (abuso de autoridade, caracterização das violações internacionais, formas de reparação do dano,...)

14 . Conceito: instituto que visa a responsabilização de Estado por prática de ato que atenta contra o DIP, prevendo reparação. Finalidades principais: - Garantir dever moral de cumprimento do assumido (finalidade preventiva); - Garantir justa reparação ao que sofreu o dano (finalidade repressiva).