DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO PONTO 1: IMUNIDADES E PRIVILÉGIOS DE AGENTES DE ESTADOS ESTRANGEIROS PONTO 2: INTEGRAÇÃO REGIONAL PONTO 3: MERCOSUL
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1 1 PONTO 1: IMUNIDADES E PRIVILÉGIOS DE AGENTES DE ESTADOS ESTRANGEIROS PONTO 2: INTEGRAÇÃO REGIONAL PONTO 3: MERCOSUL 1. IMUNIDADES E PRIVILÉGIOS DE AGENTES DE ESTADOS ESTRANGEIROS 1) Autoridades do Poder Central Regidos pelo direito costumeiro. Soberania, igualdade, reciprocidade. Os representantes do Estado gozam da máxima proteção. Há três hipóteses: - Visita oficial: o chefe de Estado ou o Ministro das Relações Exteriores é convidado a visitar outro Estado por seus representantes. - Incógnito relativo: o chefe de Estado ou o Ministro das Relações Exteriores vai a outro Estado sem convite, mas com objetivos oficiais. - Incógnito absoluto: o chefe de Estado ou o Ministro das Relações Exteriores vai a outro Estado sem convite, por motivos de caráter pessoal. O Direito Internacional concede privilégios e proteção em qualquer situação. Privilégios fundamentais: imunidade de jurisdição absoluta e inviolabilidade absoluta. Privilégios complementares: inviolabilidade pessoal absoluta.
2 2 *Chefes de Estado em exercício (intuito personae) *Antigos chefes de Estado x ratione materiae - no exercício de suas funções. Ex.: Pinochet (1999) - Câmara dos Lords: acusações de assassinatos e tortura. A defesa alegou que Pinochet era chefe de Estado e que gozava de imunidade. Isso é aplicado aos assassinatos, porém não às torturas (não há imunidade em relação às torturas cometidas). Ex.: Corte Internacional de Justiça (2002): mandado de prisão República Democrática do Congo x Bélgica (Yerodia) - incitação ao genocídio. 2) Missões Permanentes Viena (1961) Missões especiais: Nova York (1989) As missões permanentes são as embaixadas. Concentram a representação do estado acreditante no estado receptor (em seu território). As missões especiais são temporárias entre Estados. Um estado envia representantes a outro estado com objetivo e prazo determinados. Sede da embaixada: espaço destinado à missão diplomática. Goza de inviolabilidade. O estado receptor tem obrigação de garantir a segurança da sede, sob pena de responsabilidade. Há impossibilidade de se penetrar na sede sem consentimento do embaixador ou do encarregado. Exceção: caso de desastre. Inviolabilidade Extraterritorialidade Inviolabilidade do malote diplomático: todos aqueles volumes que sejam identificados como tal não podem ser detidos ou abertos pelo estado receptor (regra geral). Funcionários da embaixada:
3 3 Agentes diplomáticos; Funcionários administrativos e técnicos; Funcionários a serviço da missão; receptor. Regra geral: funcionários não-nacionais, nem residentes permanentes no estado Funcionários Inviolabilidade penal Inviolabilidade civil, administrativa e comercial Agentes diplomáticos Absoluta, salvo renúncia formal Absoluta, salvo exceções do art. 31 Funcionários Absoluta, salvo renúncia Funcional administrativos e técnicos Funcionários a serviço da missão formal Funcional Funcional Funcionários nacionais ou residentes no estado receptor: em qualquer situação, a proteção será funcional. Familiares não-nacionais e nem residentes no estado receptor: gozam dos mesmos privilégios que os funcionários. Consideram-se familiares aqueles que moram e dependem dos funcionários. Funcionários a serviço dos funcionários: não há nenhum privilégio, mas o estado receptor pode concedê-los. O agente diplomático é isento de tributos. 3) Consulados Viena (1963)
4 4 Os consulados são hierarquicamente dependentes das missões permanentes. Não possuem funções de representação. Há 2 tipos de consulados: - Consulados gerais: são abertos em capitais consideradas importantes. O chefe é um cônsul de carreira. Em regra, é nacional do estado acreditante. É pago pelo estado acreditante. Em princípio, não pode realizar outras atividades. Goza de inviolabilidade. - Consulados honorários: são abertos em outras localidades. O chefe é um cônsul honorário. É um residente permanente do estado receptor. Não é pago pelo estado acreditante, podendo ter outras atividades. Sua proteção é bastante limitada. Serve de conexão com as embaixadas e com os consulados gerais. É necessário o consentimento do estado receptor para a abertura de um consulado. 2. INTEGRAÇÃO REGIONAL ZONA DE LIVRE CIRCULAÇÃO: há livre circulação de bens originários dos paísesmembros. Os estados definem quais são os produtos beneficiados. UNIÃO ALFANDEGÁRIA: adoção de uma tarifa externa comum e de uma política comercial comum. Há liberdade de trânsito de bens. MERCADO COMUM: livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais. UNIÃO ECONÔMICA E MONETÁRIA: adoção de moeda comum e de uma coordenação de política econômica. UNIÃO POLÍTICA E MILITAR: criação de um exército comum.
5 5 Organizações intergovernamentais: fundamentadas no respeito à soberania estatal. Os órgãos de decisões são constituídos por funcionários nacionais pagos pelo estado. Devem garantir os interesses de seu estado. As decisões são adotadas por unanimidade ou por consenso. Cada estado possui poder de veto às decisões. As decisões são dirigidas aos Estados (regra geral). Algumas decisões são dirigidas aos indivíduos, havendo necessidade de sua internalização. Ex.: MERCOSUL. Organizações supranacionais: fundamentadas no fenômeno da delegação de poderes soberanos a uma organização (exercício comum da soberania). Os órgãos de decisões são constituídos por funcionários internacionais pagos pela organização. Devem garantir os interesses da organização. As decisões são adotadas por maioria absoluta ou qualificada. As decisões atingem os Estados e os indivíduos, ingressando na ordem jurídica dos países-membros sem necessidade de incorporação (aplicação imediata). Ex.: União Européia. 3. MERCOSUL Tratado de Assunção: marco de É um tratado com cláusulas gerais (24 artigos). Princípios: flexibilidade e pragmatismo. Objetivo: constituição de um mercado comum entre os estados-membros.
6 6 *** Estados-membros do MERCOSUL: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. *** Associados: Bolívia, Chile, Venezuela, Colômbia, Peru e Equador. *** Estado observador do MERCOSUL: México. Órgãos: - Conselho Mercado Comum: decisões (condução política do MERCOSUL) - Grupo Mercado Comum: resoluções - Comissão de Comércio do MERCOSUL: diretrizes Decisões, resoluções e diretrizes são obrigatórias para os estados-membros. As decisões são adotadas por consenso.
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