Prof. Daniel Sica da Cunha
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- Adelina Cavalheiro Carlos
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1 Prof. Daniel Sica da Cunha
2 Estatuto da Corte Internacional de Justiça. Artigo 38: 1. A Corte, cuja função seja decidir conforme o direito internacional as controvérsias que sejam submetidas, deverá aplicar: a) as convenções internacionais, sejam gerais ou particulares, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; b) o costume internacional como prova de uma prática geralmente aceita como direito; c) os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas; d) as decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de maior competência das diversas nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito, sem prejuízo do disposto no Artigo 59.
3 Fontes principais: a) as convenções internacionais (tratados), sejam gerais ou particulares, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; b) o costume internacional como prova de uma prática [elemento objetivo ou material] geralmente aceita como direito [elemento subjetivo ou psicológico]; c) os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas; Fontes auxiliares: a) as decisões judiciais (jurisprudência) e a(s) doutrina(s) dos juristas de maior competência das diversas nações. Outras fontes
4 Estatuto da Corte Internacional de Justiça. Artigo 38.2: A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem. A Corte Internacional de Justiça é órgão jurisdicional das Nações Unidas. Exerce funções consultiva e contenciosa. Na função contenciosa, resolve litígios entre Estados que reconheçam sua jurisdição.
5 Art Aos juízes federais compete processar e julgar: [...] III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional; Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (1969) / Decreto nº 7.030/09: Art. 2.1.a.: tratado significa um acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica; Obs.: capacidade das organizações internacionais para celebrar tratados.
6 Consentimento Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (1969) / Decreto nº 7.030/09: Art. 2.1.b.: ratificação, aceitação, aprovação e adesão significam, conforme o caso, o ato internacional assim denominado pelo qual um Estado estabelece no plano internacional o seu consentimento em obrigar-se por um tratado;
7 Reservas Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (1969) / Decreto nº 7.030/09: Art. 2.1.d.: reserva significa uma declaração unilateral, qualquer que seja a sua redação ou denominação, feita por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua aplicação a esse Estado;
8 Formulação de Reservas (art. 19): Um Estado pode, ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, formular uma reserva, a não ser que: (a) a reserva seja proibida pelo tratado; (b) o tratado disponha que só possam ser formuladas determinadas reservas, entre as quais não figure a reserva em questão; ou (c) nos casos não previstos nas alíneas a e b, a reserva seja incompatível com o objeto e a finalidade do tratado.
9 A reserva não modifica as disposições do tratado quanto às demais partes no tratado em suas relações inter se. Uma reserva expressamente autorizada por um tratado não requer qualquer aceitação posterior pelos outros Estados contratantes, a não ser que o tratado assim disponha. Quando se infere do número dos Estados, assim como do objeto e da finalidade, que a aplicação do tratado na íntegra entre todas as partes é condição essencial para o consentimento de cada uma delas em obrigar-se pelo tratado, uma reserva requer a aceitação de todas as partes.
10 Entrada em vigor Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (1969) / Decreto nº 7.030/09: Art. 24: 1. Um tratado entra em vigor na forma e na data previstas no tratado ou acordadas pelos Estados negociadores. [Vigência Diferida por ex.: quorum + vacatio] 2. Na ausência de tal disposição ou acordo, um tratado entra em vigor tão logo o consentimento em obrigar-se pelo tratado seja manifestado por todos os Estados negociadores. [Vigência Contemporânea]
11 Exemplo: Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (1969) / Decreto nº 7.030/09: Art A presente Convenção entrará em vigor no trigésimo dia que se seguir à data do depósito do trigésimo quinto instrumento de ratificação ou adesão. 2. Para cada Estado que ratificar a Convenção ou a ela aderir após o depósito do trigésimo quinto instrumento de ratificação ou adesão, a Convenção entrará em vigor no trigésimo dia após o depósito, por esse Estado, de seu instrumento de ratificação ou adesão.
12 Efeitos Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (1969) / Decreto nº 7.030/09: Art. 26: Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas de boa fé [pacta sunt servanda]. Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (1969) / Decreto nº 7.030/09: Art. 27: Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para justificar o inadimplemento de um tratado [Direito Interno e Observância de Tratados].
13 Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (1969) / Decreto nº 7.030/09: Art. 28: A não ser que uma intenção diferente se evidencie do tratado, ou seja estabelecida de outra forma, suas disposições não obrigam uma parte em relação a um ato ou fato anterior ou a uma situação que deixou de existir antes da entrada em vigor do tratado, em relação a essa parte. [Irretroatividade de Tratados] Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (1969) / Decreto nº 7.030/09: Art. 29: A não ser que uma intenção diferente se evidencie do tratado, ou seja estabelecida de outra forma, um tratado obriga cada uma da partes em relação a todo o seu território [Aplicação Territorial de Tratados]
14 Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados (1969) / Decreto nº 7.030/09: Art. 34: Um tratado não cria obrigações nem direitos para um terceiro Estado sem o seu consentimento. [Res Inter Alios Acta] Obs.: uma obrigação ou um direito nascem para um terceiro Estado de uma disposição de um tratado se as partes no tratado tiverem a intenção e o terceiro Estado aceitar [no caso de obrigação, o Estado deve aceitá-la expressamente, por escrito; no caso de direito, presume-se o seu consentimento até indicação em contrário]
15 Fases e Incorporação ao Direito Interno: CRFB/88, art. 21, I: Compete à União: I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; CRFB/88, art. 84, VII: Compete privativamente ao Presidente da República: manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; CRFB/88, art. 84, VIII: Compete privativamente ao Presidente da República: celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
16 Negociação [Adoção de texto pelo consentimento de todos, exceto nas Conferências Internacionais, em que o texto é adotado por 2/3 dos presentes e votantes]. Assinatura [Autenticação do texto] Aprovação/Referendo [CRFB/88, art. 49, I: É da competência exclusiva do Congresso Nacional: resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional]; [Decreto-legislativo]
17 Ratificação [Ato internacional pelo qual o Estado confirma o tratado, após a aprovação interna] [Depósito ou troca dos instrumentos] [Ato discricionário] [Efeitos internacionais] Promulgação [Ato interno pelo qual o governo do Estado afirma a existência do tratado e ordena sua execução] [Decreto] [Efeitos internos] Registro [após sua entrada em vigor, os tratados serão remetidos ao Secretariado das Nações Unidas para fins de registro ou de classificação e catalogação, conforme o caso, bem como de publicação]
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