DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instituições e Mecanismos. Corte Internacional de Justiça. Profª.

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1 DIREITOS HUMANOS Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instituições e Mecanismos Corte Internacional de Justiça. Profª. Liz Rodrigues

2 - A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é o principal órgão judicial da Organização das Nações Unidas. - Foi criada pela Carta da ONU e sucede a antiga Corte Permanente de Justiça Internacional (Liga das Nações). - Funções da CIJ: resolver, em conformidade com o direito internacional, as controvérsias jurídicas apresentadas pelos Estados e emitir opiniões consultivas sobre questões jurídicas.

3 - A CIJ é composta por 15 juízes, eleitos para mandatos de nove anos e que podem ser reeleitos. Não pode haver dois juízes de mesma nacionalidade. - Os juízes são eleitos pela Assembleia Geral da ONU e pelo Conselho de Segurança. Para ser eleito, o candidato deve obter a maioria absoluta dos votos nos dois órgãos. - Todos os Estados-partes do Estatuto da CIJ podem propor candidatos.

4 - Art. 2º, Estatuto: A Corte será composta de um corpo de juízes independentes, eleitos sem atenção à sua nacionalidade, entre pessoas que gozem de alta consideração moral e possuam as condições exigidas em seus respectivos países para o desempenho das mais altas funções judiciárias, ou que sejam jurisconsultos de reconhecida competência em direito internacional.

5 - Procedimento contencioso: é utilizado pela Corte para solucionar controvérsias jurídicas apresentadas pelos Estados. - Apenas Estados podem ser partes em casos perante a Corte. Nem indivíduos e nem organizações internacionais.

6 - Aceitação da jurisdição: a CIJ só pode julgar um caso se os Estados envolvidos aceitarem a sua jurisdição ( princípio do consentimento das partes ). - Os Estados são soberanos e podem escolher os meios pelos quais irão solucionar suas controvérsias. Por outro lado, uma vez aceita a jurisdição da CIJ, a sentença é inapelável e de cumprimento obrigatório (veja o art. 94 da Carta da ONU).

7 - A aceitação da jurisdição da CIJ pode se dar por um acordo especial dos Estados envolvidos na controvérsia, que concordam em submeter o caso à Corte, por uma cláusula em um tratado ou por uma declaração unilateral de reconhecimento da jurisdição da CIJ. - É a chamada cláusula facultativa todos os Estados que a adotam podem demandar contra qualquer outro Estado que também tenha se manifestado neste sentido.

8 - Direito aplicável: o art. 38 do Estatuto da CIJ indica quais fontes podem ser utilizadas para a solução das controvérsias apresentadas: 1. A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará: a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;

9 b) o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito; c) os princípios gerais de direito reconhecidos pelas Nações civilizadas; d) sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos publicistas mais qualificados das diferentes Nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito.

10 - Note que isso não impede que a controvérsia seja solucionada por equidade, se os Estados envolvidos assim o quiserem. - Se a sentença não for cumprida, o caso pode ser encaminhado ao Conselho de Segurança, para eventuais recomendações ou outras medidas cabíveis.

11 - Procedimento consultivo: os pareceres consultivos podem ser dados sobre qualquer questão jurídica a pedido de um órgão (ou organização internacional autorizada veja o art. 65 do Estatuto) e exprimem a opinião da Corte sobre determinado assunto. - Estados não podem pedir opiniões consultivas. - Pareceres consultivos não tem caráter vinculante.

12 - Mesmo não sendo, tecnicamente, uma Corte de direitos humanos e mesmo que não atue diretamente na verificação da responsabilidade internacional dos Estados por violação a este tema em específico, a CIJ frequentemente tangencia o tema; suas sentenças e pareceres são fundamentais para a definição de categorias importantes para o direito internacional dos direitos humanos.

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