DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos

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1 DIREITOS HUMANOS Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos Profª. Liz Rodrigues

2 - Criada em 2006 e ratificada pelo Brasil em 2007, nos termos da Convenção entende-se por desaparecimento forçado a prisão, a detenção, o sequestro ou qualquer outra forma de privação de liberdade que seja perpetrada por agentes do Estado ou por pessoas ou grupos de pessoas agindo com a autorização, apoio ou aquiescência do Estado, e a subsequente recusa em admitir a privação de liberdade ou a ocultação do destino ou do paradeiro da pessoa desaparecida, privando-a assim da proteção da lei.

3 - Nenhuma pessoa será submetida ao desaparecimento forçado e nenhuma circunstância excepcional, seja estado de guerra, ameaça de guerra, instabilidade política interna ou qualquer emergência pública pode ser invocada como justificativa para o desaparecimento forçado. - Nenhuma ordem ou instrução poderá ser invocada para justificar um crime de desaparecimento forçado.

4 - Os Estados signatários devem transformar em crime estas condutas, nos termos de seu direito penal. - A prática generalizada ou sistemática de desaparecimento forçado é um crime contra a humanidade, nos termos do direito internacional, e está sujeita às consequências previstas nas regras internacionais.

5 - Devem ser responsabilizados (ao menos na esfera penal): a) Toda pessoa que cometa, ordene, solicite ou induza a prática de um desaparecimento forçado, tente praticá-lo, seja cúmplice ou partícipe do ato; b) O superior que: i) Tiver conhecimento de que os subordinados sob sua autoridade e controle efetivos estavam cometendo ou se preparavam para cometer um crime de desaparecimento forçado, ou que tiver conscientemente omitido informação que o indicasse claramente;

6 ii) Tiver exercido sua responsabilidade e controle efetivos sobre as atividades relacionadas com o crime de desaparecimento forçado; e iii)tiver deixado de tomar todas as medidas necessárias e razoáveis a seu alcance para prevenir ou reprimir a prática de um desaparecimento forçado, ou de levar o assunto ao conhecimento das autoridades competentes para fins de investigação e julgamento.

7 - Apesar de ser considerado um crime contra a humanidade, quando inserido em um contexto de prática generalizada (e, por ser da competência do TPI, ser imprescritível), o crime de desaparecimento forçado, fora desta circunstância, pode prescrever. Porém: - O prazo prescricional deve ser de longa duração e só pode começar a correr no momento em que cessar o desaparecimento forçado.

8 - O crime de desaparecimento forçado não é considerado crime político (e nem conexo com político) para fins de extradição. - Os Estados assumem o compromisso de lista-lo entre os crimes passíveis de extradição em todos os tratados que firmarem.

9 - Nenhum Estado expulsará, devolverá, entregará ou extraditará uma pessoa a outro Estado onde haja razões fundadas para crer que esta pessoa corre o risco de ser vítima de desaparecimento forçado. - Nenhuma pessoa será detida em segredo. O art. 17 prevê vários direitos das pessoas detidas, inclusive o de comunicar-se com seus familiares e advogados.

10 - Monitoramento: foi criado um Comitê contra Desaparecimentos Forçados, composto por dez peritos de elevado caráter moral e reconhecida competência em matéria de direitos humanos e que atuam a título pessoal. - São eleitos para mandatos de quatro anos e podem ser reeleitos uma vez.

11 - O Comitê recebe relatórios dos Estados, emite comentários, observações e recomendações, podendo, também, solicitar informações. - Há um procedimento especial previsto na Convenção, que é a possibilidade de o Comitê receber um pedido de busca e localização de uma pessoa desaparecida.

12 - Este pedido poderá ser submetido ao Comitê, em regime de urgência, por familiares da pessoa desaparecida ou por seus representantes legais, advogado ou qualquer pessoa por eles autorizada, bem como por qualquer outra pessoa detentora de interesse legítimo. - Se o pedido for aceito, o Comitê irá pedir informações ao Estado e, após, poderá transmitir recomendações.

13 - Estas recomendações podem incluir medidas de natureza cautelar, para localizar e proteger a pessoa, e que informe ao Comitê quais as medidas tomadas, face à urgência da situação. O Comitê manterá o autor da petição informado. - Petições individuais: além do pedido urgente, o Comitê pode ser autorizado (cláusula expressa) a receber e considerar comunicações apresentadas por indivíduos (ou em seu nome) que aleguem ser vítimas de desaparecimento forçado.

14 - As comunicações interestatais também são possíveis, mas dependem de aceitação expressa dos Estados (art. 32). - Por fim, caso receba informação confiável de que um Estado Parte está incorrendo em grave violação do disposto na presente Convenção, o Comitê poderá, após consulta com o Estado Parte em questão, encarregar um ou vários de seus membros a empreender uma visita a esse Estado e a informá-lo a respeito o mais prontamente possível.

15 - Caso receba informação que pareça conter indicações bem fundamentadas de que desaparecimentos forçados estão sendo praticados de forma generalizada ou sistemática em território sob a jurisdição de um Estado Parte, o Comitê poderá, após solicitar ao Estado Parte todas as informações relevantes sobre a situação, levar urgentemente o assunto à atenção da Assembleia Geral das Nações Unidas, por intermédio do Secretário-Geral das Nações Unidas.

16 - O Comitê terá competência somente em relação a desaparecimentos forçados ocorridos após a entrada em vigor da presente Convenção. - Caso um Estado se torne signatário da presente Convenção após sua entrada em vigor, as obrigações desse Estado para com o Comitê se aterão somente a desaparecimentos forçados ocorridos após a entrada em vigor da presente Convenção para o referido Estado.

17 - A Convenção não afeta as disposições de direito internacional humanitário, incluindo as obrigações das quatro Convenções de Genebra de 1949 e de seus dois Protocolos Adicionais de 1977, nem a possibilidade que qualquer Estado Parte tem de autorizar o Comitê Internacional da Cruz Vermelha a visitar locais de detenção, em situações não previstas pelo direito internacional humanitário.

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