RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA

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1 RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA Ano lectivo 2008/2009 DEPARTAMENTO Economia Gestão e Engenharia Industrial CURSO Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial (2º ciclo) 1.INTRODUÇÃO A Engenharia e Gestão Industrial tem por base a análise, o projecto, o desempenho e o controlo de sistemas integrados de pessoas, materiais, equipamentos e energia. O principal objectivo do curso de Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial da Universidade de Aveiro é o de formar quadros com capacidade de analisar, modificar, criar e implementar processos de negócios complexos, com vista à optimização do seu desempenho. O perfil destes quadros inclui ainda a capacidade de estabelecer a interligação entre as diferentes funções das organizações, como consequência do esquema de formação que obriga a um estudo de forma mais aprofundada dos diferentes assuntos da área da gestão de operações, da aplicação dos sistemas de informação a estas questões, de tecnologias mais avançadas, para além de métodos quantitativos mais complexos. O Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial 2.º Ciclo, foi criado pelo Despacho N.º I/2007 (II Série do Diário da República N.º de Novembro de 2007) com a designação de Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial, tendo sido registado na Direcção-Geral do Ensino Superior com o número R/B-CR-410/2007. O Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial 2.º Ciclo entrou em funcionamento no ano lectivo 2007/2008. No presente relatório analisa-se o funcionamento do Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial no ano lectivo 2008/09, com particular destaque para os aspectos: i) rendimento escolar; ii) tipologia de avaliação das unidades curriculares; iii) opinião dos alunos sobre as unidades curriculares e sobre os docentes; iv) inserção na vida activa; v) medidas para a melhoria da qualidade. 2.RENDIMENTO ESCOLAR Ano Unidade Curricular Avaliados / Inscritos Aprovados / avaliados Média dos Aprovados 1º Análise de Dados 0,79 0,80 11,4 Análise e Projecto de Sistemas 0,81 1,00 13,4 Gestão de Energia 0,76 0,96 12,1 Gestão da Cadeia de Abastecimento 0,86 0,97 13,6 Técnicas Avançadas de Gestão da Qualidade 0,80 0,90 11,8 Sistemas de Apoio à Decisão 0,65 1,00 14,5 Sistemas de Gestão Ambiental 0,83 0,96 14,0 Desenvolvimento de Novos Produtos 0,81 1,00 13,7 Tecnologias Avançadas da Produção 0,68 1,00 14,6 Opção I Seminário 1,00 1,00 17,5 Opção I Comportamento e Liderança nas Organizações 0,87 0,90 14,4 Opção I Gestão de Inovação e Tecnologia 0,40 1,00 13,5 2º Modelos e Processos de Negócio 0,92 1,00 13,0

2 Opção II Energia, Mobilidade e Transportes 0,94 1,00 13,6 Opção II Estratégia e Competitividade 0,97 1,00 12,1 Opção II Marketing Industrial e de Serviços 0,67 0,50 11,0 Estágio/Projecto/Dissertação 1,00 1,00 15,9 Tabela 1 Aproveitamento escolar No que respeita aos indicadores referentes ao aproveitamento escolar, disponibilizados pelo GAGi, é de referir que 50% da taxa dos alunos avaliados/inscritos se situa entre os 72% e os 93%, registando-se um valor mínimo de 40% (para a unidade curricular Gestão de Inovação e Tecnologia)) e um valor máximo de 100% (para as unidades curriculares Seminário e Estágio/Projecto/Dissertação); o valor mediano é de 81%. Relativamente à taxa de alunos aprovados/avaliados é de referir que nenhuma unidade curricular teve um valor inferior a 50%, sendo de destacar que em dez delas este valor foi de 100%. O valor mais baixo corresponde à unidade curricular de Marketing Industrial e de Serviços, com 50%. Note-se que 50% da taxa dos alunos aprovados/avaliados se situa entre os 93% e os 100%, com um valor mediano de 100%. Comparando os resultados obtidos em 2008/09 com os do ano lectivo 2007/08, verifica-se uma ligeira diminuição (10%) na taxa de aprovados/avaliados nas unidades curriculares de Técnicas Avançadas de Gestão da Qualidade, Modelos e Processos de Negócio e Comportamento e Liderança nas Organizações. Por outro lado, regista-se um aumento na taxa de aprovados/avaliados nas seguintes unidades curriculares: Análise de Dados (de 63% em 2007/08 para 80% em 2008/09), Gestão da Cadeia de Abastecimento (de 89% em 2007/08 para 97% em 2008/09), Sistemas de Gestão Ambiental (de 79% em 2007/08 para 96% em 2008/09). No que respeita às médias dos alunos aprovados é de referir que 50% das mesmas se situam entre 12,1 e 14,5 valores, registando-se um valor mínimo de 11,0 (para a unidade curricular de Marketing Industrial e de Serviços) e um valor máximo de 17,5 (para a unidade curricular de Seminário); os valores médio e mediano coincidem: 13,6. Os resultados do presente ano lectivo mostram um desempenho muito favorável dos alunos do Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial. Eventualmente deve ser dada uma atenção especial à unidade curricular de Marketing Industrial e de Serviços, procurando definir e implementar estratégias que contribuam para a melhoria do desempenho dos alunos. 3.TIPOLOGIA DE AVALIAÇÃO DAS UNIDADES CURRICULARES Ano Unidade Curricular Contínua Mista Final 1º Análise de Dados Análise e Projecto de Sistemas Gestão de Energia Gestão da Cadeia de Abastecimento Técnicas Avançadas de Gestão da Qualidade Sistemas de Apoio à Decisão Sistemas de Gestão Ambiental Desenvolvimento de Novos Produtos Tecnologias Avançadas da Produção Opção I Seminário Opção I Comportamento e Liderança nas Organizações Opção I Gestão de Inovação e Tecnologia 2º Modelos e Processos de Negócio

3 Opção II Energia, Mobilidade e Transportes Opção II Estratégia e Competitividade Opção II Marketing Industrial e de Serviços Estágio/Projecto/Dissertação Tabela 2 Tipologia de avaliação Da análise da tabela 2 verifica-se uma predominância da tipologia de avaliação do tipo misto. Por comparação com o ano lectivo 2007/08 regista-se um aumento do número de unidades curriculares com avaliação contínua e final. 4.A OPINIÃO DOS ALUNOS Ano Unidade Curricular Respostas / Inscritos (%) Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 1º Análise de Dados 16,1% 4,0 3,8 4,3 4,2 4,1 4,0 4,0 Análise e Projecto de Sistemas 23,1% 4,0 4,2 4,5 4,2 4,3 4,5 4,2 Gestão da Cadeia de Abastecimento 30,6% 3,8 3,8 4,2 3,5 3,5 3,5 3,4 Gestão de Energia 20,6% 4,2 4,0 4,1 3,9 4,1 4,1 4,3 Técnicas Avançadas de Gestão da Qualidade 12,0% 3,3 4,0 3,7 3,3 3,0 3,3 3,0 2º Energia, Mobilidade e Transportes 25,0% 4,7 4,5 5,0 4,5 4,8 4,5 4,8 Estratégia e Competitividade 21,9% 4,3 4,0 2,3 3,7 3,7 3,9 3,0 Modelos e Processos de Negócio 22,0% 3,1 2,5 2,3 2,7 2,7 2,9 3,1 Marketing Industrial e de Serviços 33,3% 5,0 5,0 4,0 4,0 4,0 2,0 Tabela 3.1 Resultados dos inquéritos sobre as unidades curriculares (valores médios numa escala de 1 a 5) 1º Semestre, em que: - Q1: A coordenação das várias componentes da unidade curricular (Teórica, Prática, Teórico - prática; laboratórios ) - Q2: A adequação dos elementos de estudo e bibliografia recomendados - Q3: Acesso aos elementos de estudo - Q4: A articulação das actividades desenvolvidas na unidade curricular e as competências adquiridas anteriormente. - Q5: A articulação das actividades desenvolvidas na unidade curricular e os objectivos definidos - Q6: A adequação da avaliação aos objectivos definidos para a U.C. - Q7: A adequação do trabalho exigido face aos ECTS atribuídos

4 Ano Unidade Curricular Respostas / Inscritos (%) P1 P2 P3 P4 P5 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 1º Sistemas de Gestão Ambiental 80,00 4,83 5,30 2,43 6,43 4,42 4,19 5,22 5,70 6,29 6,65 4,78 5,35 5,74 5,35 4,22 6,35 Comportamento e Liderança nas Organizações 54,55 6,33 6,42 1,17 3,75 5,67 7,00 6,42 5,44 5,71 6,75 6,58 6,00 6,67 6,08 4,42 4,92 Desenvolvimento de Novos Produtos 77,78 5,95 6,00 2,47 5,11 4,43 5,6 6,16 6,05 6,20 3,11 5,68 6,05 6,00 5,68 4,58 5,26 Sistemas de Apoio à Decisão 65,22 7,47 7,07 3,87 6,67 5,25 7,53 7,87 8,2 7,30 7,67 7,80 7,80 7,47 7,20 6,13 7,00 Tecnologias Avançadas da Produção 57,14 7,00 6,5 3,25 7,25 4,33 6,67 6,13 6,07 6,33 3,00 6,50 5,88 6,38 5,75 7,31 6,13 Tabela 3.2 Resultados dos inquéritos sobre as unidades curriculares (valores médios numa escala de 1 a 9) 2º Semestre, em que: - P1: Motivação para a unidade curricular - P2: Grau de satisfação global com a sua prestação - P3: Número de vezes que recorre ao(s) docente(s) fora das horas de contacto/sessões presenciais durante o semestre - P4: Regularidade no acompanhamento do trabalho da unidade curricular ao longo do semestre - P5: Grau de assiduidade na assistência às OT s (ter como referência o número de OT's fixado no horário) - P7: Coordenação das várias componentes da unidade curricular (Teórica, Prática, Teórico -prática; laboratórios, módulos ) - P8: Adequação dos elementos de estudo e bibliografia recomendados - P9: Adequação das actividades propostas (casos práticos, trabalhos) aos objectivos definidos para a unidade curricular - P10: Adequação e modernidade dos equipamentos (laboratórios, salas de informática, etc.) - P11: Disponibilização de informação no PACO e no e-learning - P12: Funcionamento global da unidade curricular - P13: Adequação dos métodos de avaliação - P14: Desenvolvimento das capacidades de compreensão dos temas na área - P15: Articulação entre as actividades desenvolvidas na unidade curricular e as competências adquiridas anteriormente - P16: Grau de dificuldade dos conteúdos - P17: Volume de trabalho/tempo exigido para obter aprovação final

5 Ano Unidade Curricular ECTS atribuídos ECTS estimados pelos alunos Mediana Média Desvio Padrão 1º Sistemas de Gestão Ambiental 6,0 4 5,01 2,07 Comportamento e Liderança nas Organizações 6,0 4 4,64 2,58 Desenvolvimento de Novos Produtos 6,0 4 3,97 1,02 Sistemas de Apoio à Decisão 6,0 5 5,60 1,75 Tecnologias Avançadas da Produção 6,0 5 4,93 1,90 2º Modelos e Processos de Negócio 6,0 4 5,69 3,61 Tabela 4 ECTS - Resultados dos inquéritos sobre as unidades curriculares (mediana, média e desvio padrão) Relativamente à opinião dos alunos sobre as unidades curriculares do 1º semestre (tabela 3.1 valores médios numa escala de 1 a 5) importa realçar a baixa percentagem da taxa de resposta, pelo que se impõe alguma cautela na análise dos resultados. Não obstante, note-se que a unidade curricular de Modelos e Processos de Negócio continua a ser aquela que apresenta na sua globalidade os valores médios mais baixos (quase todos inferiores a 3), pelo que merecerá mais uma vez uma monitorização mais cuidada no próximo ano lectivo. Também no caso da unidade curricular Estratégia e Competitividade se registou um valor médio de 2,3 na questão acesso aos elementos de estudo, o que deve ser tomado em consideração no próximo ano lectivo. Por outro lado, são de destacar as apreciações francamente positivas feitas pelos alunos às unidades curriculares de Análise de Dados, Análise e Projecto de Sistemas, Gestão de Energia e Energia, Mobilidade e Transportes. As restantes unidades curriculares obtiveram uma valorização média genericamente positiva. No que respeita à opinião dos alunos sobre as unidades curriculares do 2º semestre (tabela 3.2 valores médios numa escala de 1 a 9) é de notar que as percentagens de resposta são agora relativamente elevadas, permitindo a extracção de conclusões mais fundamentadas. No entanto, importa salientar a natureza das questões P3 (Número de vezes que o aluno recorre ao(s) docente(s) fora das horas de contacto/sessões presenciais durante o semestre) e P5 (Grau de assiduidade na assistência às OT s (ter como referência o número de OT's fixado no horário)) que têm um sentido na escala de resposta contrário às restantes; um valor baixo, por exemplo, na questão P3 pode significar uma excelente avaliação da unidade curricular, uma vez que o aluno não sente necessidade de esclarecimentos adicionais face à matéria leccionada. Globalmente pode afirmar-se que as unidades curriculares recolhem uma opinião francamente positiva, registando-se apenas uma apreciação mais crítica relativamente à unidade curricular Sistemas de Gestão Ambiental, que no entanto regista um valor médio global de 5,4 (para as questões P7 a P17, que dizem respeito à apreciação da disciplina). Relativamente aos inquéritos realizados aos alunos sobre o tempo de trabalho e formação (ECTS) que despendiam com as diferentes unidades curriculares do seu curso, estes consideram despender um número de horas mediano que é equivalente a 4 ECTS em quatro das seis unidades curriculares avaliadas; nas outras duas este valor foi de 5 ECTS. Constata-se, assim, novamente a tendência (já referida no relatório de 2007/08) para uma sub-estimação, por parte dos alunos, do valor dos ECTS das diferentes unidades curriculares face aos valores atribuídos. Importa, assim, continuar a monitorização deste processo. Note-se, porém, que não foram disponibilizados dados referentes a oito unidades curriculares. Quanto aos resultados dos inquéritos aos alunos sobre o desempenho dos docentes (unidades curriculares do 1º semestre) constata-se uma opinião globalmente favorável (com um valor médio de cerca de 3,7 numa escala de 1 a 5). No entanto, constata-se uma apreciação menos positiva relativamente a um docente da unidade curricular Modelos e Processos de Negócio. No que respeita ao 2º semestre, os resultados dos inquéritos aos alunos dobre o desempenho global dos docentes revelam novamente uma opinião globalmente favorável (com um valor

6 médio de 6,8 numa escala de 1 a 9). Por outro lado, constata-se uma apreciação menos positiva relativamente a um docente da unidade curricular Sistemas de Gestão Ambiental. 5. INSERÇÃO NA VIDA ACTIVA Existem diversas formas de promover a aproximação entre a universidade e as empresas, nomeadamente através da unidade curricular estágio/projecto/dissertação, que faz parte do novo plano curricular do mestrado (2.º ciclo) e que permite uma aproximação ao tecido empresarial e social. Anexa-se ao relatório a listagem das empresas que receberam alunos do Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial, para estágios curriculares. Por outro lado, o departamento tem vindo a organizar ao longo dos últimos anos diversas conferências/seminários/workshops cujos convidados são empresários ligados a diversos sectores. Através destes eventos consegue-se transmitir aos alunos a realidade do mundo empresarial e prepará-los para o mercado de trabalho. Estamos a falar de alunos que na sua maioria não têm ainda qualquer experiência profissional, ao contrário do que se verificava nos alunos dos mestrados pré-bolonha os quais já se encontravam, as mais das vezes, no mercado de trabalho. No que se refere à inserção na vida activa interessa, ainda, mencionar três entidades com sede no departamento: - AIESEC A AIESEC é a maior organização mundial gerida exclusivamente por estudantes, assumindo-se como uma plataforma internacional que permite aos jovens descobrirem e desenvolverem o seu potencial. Activando a liderança dos jovens estudantes, proporcionando-lhes experiências de trabalho em equipa, os seus membros estão integrados num ambiente internacional de constante aprendizagem. - Júnior Empresa Júnior Empresa é uma empresa sem fins lucrativos que visa efectivar a ligação entre o meio académico e o empresarial. Pretende assim diminuir a distância entre o meio empresarial e estudantil, permitindo aos seus membros a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso. - ESTIEM Local Group Aveiro A ESTIEM European Students of Industrial Engineering and Management tem como objectivo fomentar relações entre os estudantes de EGI de toda a Europa e servir de suporte aos mesmos no seu crescimento Profissional. Finalmente, e sendo a Universidade de Aveiro uma universidade interdepartamental, muitas das iniciativas para a inserção dos estudantes na vida activa têm uma organização centralizada; assim sendo, anexa-se ao relatório a informação disponibilizada pelo Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais (GESP) e pela Associação dos Antigos Alunos da UA (AAAUA). 6. MEDIDAS PARA A MELHORIA DA QUALIDADE Nas secções seguintes descrevem-se de forma categorizada um conjunto de medidas que na opinião da Direcção do Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial têm contribuído para a melhoria da qualidade do ciclo de estudos. Adicionalmente são também apontadas algumas propostas de alterações a introduzir para garantir que as melhorias verificadas têm um carácter sustentado. 6.1 NOVAS METODOLOGIAS DE ENSINO A Universidade de Aveiro vem apostando desde há alguns anos na utilização de diversas ferramentas informáticas de comunicação e disponibilização de informação para apoio ao processo de ensino-aprendizagem. São exemplo o portal académico (PACO), a plataforma de e- learning (Blackboard), a atribuição de uma conta de correio electrónico vitalícia ( ) e de um espaço de armazenamento (500 MB) a todos os alunos e docentes da UA, etc. Refira-se

7 também a rede wireless que cobre todo o campus da UA e a possibilidade de ligação à UA (para aceder a todos os recursos e serviços) através de VPN. Deve ainda salientar-se o conjunto de serviços prestado pelos serviços de documentação da UA, de que se realçam serviços como a pesquisa integral nas mais importantes bases de dados científicas, o acesso às dissertações de diversas universidades nacionais e internacionais, etc. A concretização gradual do Processo de Bolonha no Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial foi acompanhada de um incremento da divulgação e utilização de todos estes meios. 6.2 MEDIDAS DE APOIO AO SUCESSO Com o objectivo de melhorar o sucesso escolar dos alunos e de adaptar as metodologias de ensino ao novo modelo pedagógico, foram promovidas várias medidas, das quais se destacam as seguintes: - a manutenção da realização de trabalhos práticos nas diferentes unidades curriculares do Mestrado que implicam, por um lado, o desenvolvimento de competências de investigação e conhecimento da realidade e, por outro lado, o desenvolvimento de competências em termos de transmissão de conhecimentos por parte dos alunos, uma vez que grande parte dos trabalhos realizados incluíram a sua apresentação oral pelos alunos; - a definição, em sede de comissão científica do mestrado, de procedimentos para a unidade curricular de estágio/projecto/dissertação; - a realização de reuniões com os docentes responsáveis pela supervisão dos alunos da unidade curricular de estágio/projecto/dissertação, com o objectivo de avaliar o desenvolvimento dos trabalhos dos alunos; - a realização de uma avaliação intermédia (no final do 1º semestre) dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos de estágio/projecto/dissertação; - a realização de reuniões da Comissão Científica do Mestrado, de docentes e entre a Direcção do Mestrado e os alunos que o frequentavam. Tendo em conta que o novo modelo pedagógico acentua o trabalho autónomo do aluno, a Direcção de curso empenhou-se ainda na sensibilização dos órgãos de gestão do departamento para a necessidade do reforço da capacidade de orientação. Como resultado desta estratégia, verificou-se uma concretização sem sobressaltos do ano lectivo em análise. Para uma análise mais detalhada devem ser consultadas as secções anteriores deste relatório. 6.3 COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS Tendo em conta o crescente grau de autonomia que se espera de um aluno de um curso de 2º ciclo, mantém-se a preocupação em criar turmas de tamanho adequado à aplicação de outros métodos de ensino e de avaliação, permitindo que as aulas presenciais possam ter uma componente reduzida de exposição de conceitos por parte do docente, sendo a maior parte do tempo despendido no desenvolvimento e aprofundamento dos conceitos apresentados com base em trabalho individual e/ou de grupo. Para o efeito, recorre-se à utilização de software para a resolução de problemas, à realização de trabalhos de grupo e pequenos projectos (que exigem, muitas vezes, a interacção com o meio industrial e/ou comercial envolvente), fomentando uma componente mais forte no trabalho individual do aluno, ao nível da pesquisa e selecção dos conteúdos relevantes para cada unidade curricular, desempenhando o professor o papel de dinamizador do incentivo à descoberta e à curiosidade científica, o recurso a apresentações orais (por vezes, em inglês) dos trabalhos realizados, realização de visitas de estudo a empresas, entre outros. Estes métodos, além de permitirem aos alunos uma compreensão mais imediata da aplicabilidade das matérias leccionadas, contribuem para que estes adquiram melhores capacidades de relacionamento interpessoal e de comunicação e que entrem em contacto com o meio envolvente. Adicionalmente é de referir a relevância da unidade curricular Estágio/Projecto/Dissertação no desenvolvimento de competências extracurriculares, até porque na grande maioria dos casos os

8 alunos continuaram a optar pela realização de projectos nas organizações em que se encontravam a estagiar (ou a trabalhar, no caso dos alunos admitidos através do processo de candidaturas). A integração dos alunos num ambiente real de trabalho e a sua interacção com os trabalhadores de diferentes níveis, constituem certamente mecanismos muito eficazes de desenvolvimento de capacidades de comunicação e de relacionamento inter-pessoal. 6.4 SUGESTÕES DE ALTERAÇÕES A INTRODUZIR Tal como referido no anterior Relatório de Concretização do Processo de Bolonha do Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial, continua a sugerir-se uma redução no limite máximo de 45 alunos para as turmas TP, que nos parece excessivo, não permitindo potenciar o rendimento obtido particularmente ao nível do trabalho autónomo do aluno. Na opinião da Direcção de curso uma redução para um valor máximo de 35 alunos por TP permitiria um maior acompanhamento do trabalho em sala de aula. Finalmente, e tendo em consideração os indicadores disponibilizados pelo GAGi, bem como os resultados dos diferentes inquéritos realizados na UA, recomenda-se uma monitorização mais próxima das unidades curriculares identificadas como mais problemáticas, seja porque apresentam taxas de desempenho mais baixas, seja porque os alunos fazem uma apreciação menos positiva do seu funcionamento. 7.CONCLUSÕES Numa análise da concretização do Processo de Bolonha ao nível do Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial (2º ciclo), a Direcção de curso realça a coordenação de esforços dos órgãos de gestão do DEGEI, das diversas direcções de curso, dos docentes e dos representantes dos alunos (de que se destaca a AEGIA), que permitiu a consolidação do novo modelo pedagógico. Registe-se, no entanto, alguma dificuldade em conseguir que todos os alunos concluam com êxito a unidade curricular Estágio/Projecto/Dissertação no período definido para o efeito. Anexos: Informação do GESP; Informação da AAAUA; Listagem de empresas para estágios curriculares.