Palavras chave: Oportunidades de crescimento. Estrutura de capital. Market-to-book. Q de Tobin. Endividamento.

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1 Estrutura de Capital Como Determinante das Oportunidades de Crescimento: O Caso das Companhias Listadas na B3 Resumo ARTHUR FREDERICO LERNER Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS WILLIAMS MEIRELLES Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS FERNANDA GOMES VICTOR Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Uma variedade de estudos empíricos vem tentando explicar os fatores determinantes da estrutura de capital das organizações. Shyam-Sunder e Myers (1999) afirmam que os fluxos de caixa internos e as oportunidades de investimento alteram o nível de endividamento, assim as mudanças nos índices de dívida são impulsionadas pela necessidade de fundos externos, e não por qualquer tentativa de alcançar uma estrutura de capital ótima. Essa pesquisa propõese a analisar como a forma que a companhia se endivida influencia suas oportunidades de crescimento. Os dados coletados referem-se às empresas listadas na B3, sendo considerado o período de 2008 a Utilizou-se regressão múltipla, por meio de dados em painel com série temporal empilhada, tendo como variável dependente as oportunidades de crescimento, medida por meio do índice Market-to-book e Q de Tobin, e como variáveis independentes o Endividamento e Composição do endividamento, além das variáveis de controle. Os resultados mostraram que o Endividamento se relaciona negativamente com o índice Marketto-book e a Composição do endividamento se relaciona positivamente ao nível de 1% de significância. Considerando o Q de Tobin, ambas as proxies de endividamento estabeleceram relações positivas, de forma não significativa e com baixo poder explicativo. Desse modo, observou-se que a relação do endividamento com o Market-to-book ou com o Q de Tobin é diferente, mesmo que os dois índices sejam para oportunidades de crescimento. Assim, rejeitou-se a hipótese de que o endividamento possa ser desconsiderado como um determinante das oportunidades de crescimento para a amostra em questão. Levando em conta o poder de explição das regressões (R 2 ) de 11% para o Market-to-book e 46% para o Q de Tobin, podem haver, ainda, diversos outros fatores endógenos ou exógenos que influenciam as oportunidades de crescimento no mercado brasileiro. Palavras chave: Oportunidades de crescimento. Estrutura de capital. Market-to-book. Q de Tobin. Endividamento. 1

2 1 INTRODUÇÃO Há quase 60 anos, a American Economic Review publicou um artigo que iria influenciar profundamente a forma como os problemas financeiros seriam abordados nas seis décadas subsequentes. O artigo de Modigliani e Miller (1958) é reconhecido como o marco fundamental da moderna teoria de finanças, pois os autores, contrariando os estudiosos da época, afirmaram que a estrutura de capital não afeta o valor das empresas. Muitos estudos posteriores buscaram elencar os fatores determinantes da estrutura de capital das empresas (Mcconnell & Muscarella, 1985; Myers, 1974; Stulz, 1999; Titman & Wessels, 1988) e dentre estes fatores, os que mais se destacaram foram: i) tamanho das empresas, ii) lucratividade, iii) oportunidades de crescimento e iv) a volatilidade dos resultados operacionais. Diante deste fato, esse estudo elegeu o fator oportunidades de crescimento (growth opportunities) para discorrer com mais profundidade. Diversos estudos (Bastos & Nakamura, 2009; Brito, Corrar, & Batistella, 2007; Cecon, Moretti, Rodrigues, & Kroenke, 2017; Chen, 2004; Huang & Song, 2006; Kim & Sorensen, 1986; Rajan & Zingales, 1995; Wald, 1999) têm realizado regressões utilizando a estrutura de capital como variável dependente. Nessas pesquisas, as oportunidades de crescimento são geralmente apenas umas das variáveis independentes que irão afetar o endividamento. Determinar qual o melhor indicador de oportunidades de crescimento tem sido bastante discutido em finanças. Analisando, ainda, a realidade do mercado brasileiro com suas particularidades, podem existir diversos fatores endógenos e exógenos que sensibilizam o crescimento. Desta forma, elegeu-se variáveis que na literatura são apontadas como determinantes nas oportunidades de crescimento. Nas pesquisas da área, observou-se duas metodologias distintas que tratam oportunidades de crescimento de forma mais ampla: Market-to-book (Almeida, Sousa, & Rodrigues, 2009; Booth, Aivazian, Demirguc-Kunt, & Maksimovic, 2001; Chen & Zhao, 2006; Rajan & Zingales, 1995) e Q de Tobin (Kim, 2014; Mcconnell & Servaes, 1995; Morck, Shleifer, & Vishny, 1988; Richardson, 2006; Shin & Stulz, 2000; Tobin, 1969). De acordo com Serra e Saito (2016) existe um elevado número de estudos envolvendo a técnica Market-to-book, porém, os mesmos concentraram-se na relação com o retorno, criando uma lacuna com relação a outros fatores determinantes do Market-to-book, como estrutura de capital, crescimento, risco e tamanho. Diante desta realidade, este estudo propõe-se analisar como a forma pela qual uma companhia se endivida influencia suas oportunidades de crescimento. Assim, a presente pesquisa possui por objetivo geral analisar quais os indicadores de estrutura de capital possuem relação significativa com a oportunidade de crescimento, definindo-se o seguinte problema de pesquisa: qual a relação que o endividamento tem com as oportunidades de crescimento nas empresas listadas na B3? A relevância deste estudo está na possibilidade de aprofundar o tema oportunidades de crescimento no âmbito das empresas brasileiras negociadas em bolsa. Para Brito et al. (2007), a estrutura de capital das empresas é um dos principais assuntos estudados no âmbito de Finanças Corporativas. Tornando, assim, a relação interessante de ser estudada com profundidade no mercado brasileiro em um período recente (2008 a 2016). O artigo é estruturado da seguinte forma: na seção 2, apresenta-se o referencial teórico que dara suporte ao desenvolvimento do trabalho. Na seção 3, descreve-se a amostra, as variáveis e os procedimentos metodológicos realizados. Na seção 4, apresentam-se os resultados empíricos e, na seção 5, apresentam-se as considerações finais e sugestões para trabalhos futuros. 2

3 2 REFERENCIAL TEÓRICO Nesta seção é realizada breve revisão da literatura para o embasamento do presente estudo. Primeiramente, abordam-se tópicos a respeito da estrutura de capital, seguido pelos métodos de mensuração das oportunidades de crescimento (Market-to-book e Q de Tobin) e finalizando com estudos relacionados ao tema. 2.1 EVOLUÇÃO DOS ESTUDOS SOBRE ESTRUTURA DE CAPITAL Os questionamentos que envolvem estrutura de capital começaram com as clássicas proposições de irrelevância de Modigliani e Miller (1958, 1963). Segundo esses autores, o valor das empresas não se alteraria independente da estrutura das suas fontes de financiamento. Desde então, inúmeros estudiosos vêm buscando encontrar se existe uma estrutura de capital ótima e quais os determinantes dessa estrutura. Muitos estudos posteriores contrariaram a posição de Modigliani e Miller. Dentre as teorias levantadas destacam-se: a teoria do trade-off, do pecking order e da agência. A teoria do trade-off refere-se à existência de uma estrutura de capital ótima, ou seja, uma combinação otimizada de capital próprio e capital de terceiros, capaz de maximizar o valor da empresa. Os fluxos de caixa vindos do patrimônio líquido (dividendos) não são dedutíveis do imposto de renda, já as despesas com juros são (David, Nakamura, & Bastos, 2009). É justamente as dívidas com terceiros que originam os juros e Modigliani e Miller (1963) observaram que quanto maior a alavancagem da empresa, menor será o montante pago de imposto de renda. Assim, as empresas buscam um ponto ótimo de endividamento considerando tanto o benefício fiscal como os custos de dificuldades financeiras. Myers (1984) faz uma análise da teoria do trade off mostrando que, à medida que a empresa vai elevando seu endividamento, vai aumentando, também, seu benefício fiscal, consequentemente ampliando seu valor. No entanto, conforme aumenta-se o endividamento, aumentam-se também os custos de dificuldades financeiras, logo, para essa teoria, a empresa deve ir mensurando os impactos do benefício fiscal e das dificuldades financeiras, de tal forma que atinja um ponto de endividamento que maximize o valor da empresa (Bastos, Nakamura, & Basso, 2009). Já a teoria do pecking order presume que a estrutura de capital das empresas é fundamentada na hierarquização das fontes de financiamento, isto é, a proposição de que as empresas priorizem o uso de uma fonte em relação a outra. Proposta inicialmente, por Myers (1984) e Myers e Majluf (1984) considera que as empresas seguem uma sequência de hierárquia de financiamento que inicialmente se daria por fontes internas e quando estas não fossem suficientes, recorreriam a fontes externas, deixando, por último, a emissão de ações. Segundo Myers (1984), a teoria do pecking order não prescreve um nível de endividamento bem definido ou ótimo. Os fluxos de caixa internos e as oportunidades de investimento alteram o nível de endividamento, assim as mudanças nos índices de dívida são impulsionadas pela necessidade de fundos externos, e não por qualquer tentativa de alcançar uma estrutura de capital ótima (Shyam-Sunder & Myers, 1999). Fama e French (2002) verificaram que os modelos de trade-off e pecking order explicam o comportamento de financiamento de algumas empresas e nenhum deles pode ser rejeitado. Booth et al. (2001) apontam que distinguir empiricamente entre os dois modelos provou ser difícil, porque as variáveis que descrevem um modelo também podem ser classificadas no outro. Myers (2003) afirma que todos os modelos de estrutura de capital são condicionais e que não existe uma teoria universal da estrutura de capital e nenhuma razão para esperar uma. Em parte devido a isso, muitos estudos empíricos recentes empregaram testes cross-section e uma variedade de variáveis que podem ser justificadas usando qualquer um dos modelos. 3

4 Outra linha teórica que tem servido de base para tentar explicar as decisões de financiamento das empresas é a teoria da agência. A teoria de agência é baseada no relacionamento entre principal e agente, no qual o primeiro contrata o segundo para a execução de algum tipo de serviço (Jensen & Meckling, 1976). No caso, acionistas contratam administradores para que as empresas sejam geridas da melhor forma, gerando o máximo de lucro. No entanto, se cada uma das partes deixadas a si mesmas, procurarão agir em defesa de seus interesses próprios. Assim, na busca maximizar sua utilidade, as ações do agente (adminstrador) nem sempre atendem aos interesses do principal (acionista), gerando assim os conflitos de agência. Tais conflitos geram os custos de agência, oriundos da busca de resolução das divergências de interesses entre gestores e acionistas. Em conformidade com essa teoria, o endividamento ótimo é definido pela minimização do custo de agência. De acordo com Jensen (1986), uma importante consequência da teoria de agência está na análise da estrutura de capital, ou seja, a partir de um certo nível de endividamento, uma determinada empresa poderia ter mais oportunidades de crescimento. Pode ocorrer, no entanto, que um fluxo de caixa residual venha a aumentar o comportamento arbitrário do administrador. Desse modo, o autor defende um maior nível de endividamento, uma vez que obriga os administradores a serem mais eficientes tornando menos arbitrárias as suas decisões. Todavia, a flexibilidade que a companhia possui ao manter baixos índices de alavancagem financeira é perdida, podendo comprometer necessidade de flexibilização em períodos futuros para a tomada de decisões (Bastos et al., 2009). Embora o endividamento seja uma solução, Damodaran (2002) explica que a dívida pode ter efeito benéfico até certo ponto, pois em algum momento o risco resultante da alavancagem poder ser tão grande que os gestores podem vir a se tornarem relutantes em assumir os riscos mais insignificantes, por medo de falência, e deixarem de investir em bons projetos. Assim, uma das suposições da teoria da agência é a relação negativa entre as oportunidades de crescimento e a alavancagem financeira (Mendes, Basso, & Kayo, 2009). Por exemplo, quando a empresa atinge sua maturidade, as oportunidades de crescimento tornam-se pequenas e a utilização de capital de terceiros é predominante. Evidências empíricas dos estudos de Lang, Ofek e Stulz (1996) corroboram essa proposição. Para a mensuração do endividamento, a literatura contábil e financeira enumera várias possibilidades. Nesse estudo optou-se por mensurar o endividamento por meio das medidas expressas por Matarazzo (2003). 2.2 OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO E SUAS MEDIDAS A relação entre oportunidades de crescimento futuras e política de financiamento é uma das questões centrais nas finanças corporativas (Chen & Zhao, 2006). A construção subjacente das oportunidades de crescimento refere-se ao valor presente das opções da empresa para fazer investimentos futuros (Myers, 1977). Para Rajan e Zingales (1995) as empresas altamente alavancadas são mais prováveis de perder valiosas oportunidades de investimento, pois, as firmas que esperam alto crescimento futuro deveriam se financiar em grande parte com capital próprio, o que leva a uma relação negativa entre essa variável e a alavancagem. Para Gomes (1999) de acordo com a teoria da pecking order, deveria haver uma relação positiva entre o nível de crescimento e o endividamento das empresas, porque as empresas com as maiores taxas de crescimento tenderiam a buscar fora esses recursos necessários à expansão, já que demandariam mais fundos do que podem gerar internamente. Assim, as empresas com grandes taxas de crescimento podem não otimizar seus investimentos, e os credores podem relutar em emprestar recursos de longo prazo para elas (Myers, 1977). Deve notar-se que as oportunidades de crescimento são ativos que agregam valor a uma empresa, 4

5 mas não podem ser garantidos para dívidas e não geram renda tributável (Titman & Wessels, 1988). Dessa forma, as oportunidades de crescimento futuro podem ser vistas como uma forma de ativos intangíveis. As empresas que possuem oportunidades de crescimento futuro tendem a realizar menos empréstimos do que as empresas que possuem mais ativos tangíveis, porque as oportunidades de crescimento não podem ser fornecidas como garantidas (Chen, 2004). Desta forma, o uso de dívidas ficaria limitado para essas empresas, o que indica que empresas em crescimento deveriam ser menos endividadas de acordo com a teoria de trade-off (Correa, Basso, & Nakamura, 2013). Além do mais, as empresas com crescimento acelerado precisam de novos investimentos constantemente, e o custo de não investir por falta de recursos é bastante elevado. Em função disso, as empresas tenderiam a manter o endividamento menor para poderem captar recursos caso eles apareçam. As empresas com as melhores oportunidades de crescimento têm mais flexibilidade para investir, podendo tornar seus investimentos mais arriscados, portanto, expropriam a riqueza dos detentores de dívidas para os acionistas (Chen, 2004). Ter oportunidades de crescimento contínuas implica em um conflito entre a os detentores de dívidas e os detentores de capital próprio (Chen, 2004). Há, portanto, argumentos teóricos que justificam tanto uma relação positiva quanto uma relação negativa entre o nível de endividamento e oportunidades de crescimento. Nesta pesquisa serão utilizadas duas metodologias distintas como medida de oportunidade de crescimento das companhias: i) Q de Tobin, ii) Market-to-book. Desenvolvido por Tobin (1969), o Q de Tobin é uma representação neoclássica de como as ótimas oportunidades de investimento podem ser resumidas pela avaliação de mercado das ações de uma empresa. O Q de Tobin (a proporção do valor de mercado dos ativos para o custo de reposição atual desses ativos) é a medida mais amplamente utilizada de oportunidades de crescimento (Richardson, 2006). Huang e Song (2006) definem o Q de Tobin pelo valor de mercado do patrimônio líquido mais o valor contábil dos passivos dividido pelo valor contábil do total de ativos. Nos estudos de Shin e Stulz (2000) e Taghavi, Valahzaghard e Amirjahadi (2014), os autores utilizam o Q de Tobin de uma forma simplificada conforme Equação (1) apresentada: Q de Tobin = VMA + VCD (1) AT Onde: AT = Ativo total VCD = Valor contábil das dívidas (longo prazo + curto prazo) VMA = Valor de mercado das ações Neste contexto, o Q-marginal pode ser interpretado como um importante indicador de oportunidades de crescimento para a firma (Famá & Barros, 2000). Numa estratégia em que a empresa continuará investindo nos projetos para os quais q > 1 e para q < 1 a companhia realizará desinvestimentos até que o equilíbrio seja novamente restabelecido (Famá & Barros, 2000). Quando nas empresas o q é baixo, autores como Mcconnell e Servaes (1995) mostram que os administradores tenderão a aplicar recursos, quando disponíveis, em projetos com valor presente líquido negativo, comprometendo, assim a riqueza dos acionistas. Essa teoria é conhecida em finanças como a teoria do fluxo de caixa livre, em que a separação da gestão e da propriedade cria um conflito de interesses entre gerentes e acionistas, introduzida inicialmente por Jensen (1986). Tais conflitos originam um comportamento desviante da gestão, a qual procurará atender aos próprios interesses, deixando em segundo a maximização da riqueza dos acionistas. 5

6 Uma abordagem usual na literatura tem sido usar o preço do mercado (Market price) em relação a alguma medida de valor fundamental para determinar as oportunidades de crescimento (Richardson, 2006). O índice de Market-to-book tem sido assunto frequente de estudo em Economia, Finanças e Contabilidade (Hand, 2001). Ele pode ser visto como um substituto empírico próximo do Q de Tobin. O índice Market-to-book evidencia a relação entre o valor de mercado da firma e o valor contábil do patrimônio líquido (Book value) (Almeida et al., 2009). Algumas empresas podem apresentar este índice muito superior ao valor escritural e histórico, já outras podem demonstrar oposto, ou seja, valer menos do que está reconhecido na Contabilidade. Ao analisar-se o índice Market-to-book tem-se a possibilidade de obter dois resultados distintos. O primeiro é obter um valor maior do que um, evidenciando que o mercado reconhece que determinada firma tem um valor maior do que está registrado nas suas demonstrações contábeis, ou seja, o mercado está reconhecendo algo que não está sendo reconhecido pela Contabilidade de maneira adequada. O segundo resultado ocorre quando a razão é menor que um, significando que o mercado não está reconhecendo os valores expressos nas demonstrações contábeis da empresa. Considera-se que, para uma empresa manter seu valor de mercado (Market value) maior que seu valor contábil (Book value), ela precisa apresentar resultados para criar expectativas de fluxo de caixa futuro aos seus acionistas e agentes com algum interesse na firma (Almeida, Lopes, & Corrar, 2011). Consequentemente, isso poderá refletir diretamente no valor das ações fazendo com que o valor de mercado fique maior do que o valor contábil da firma. O índice Market-to-book igual a 1 é um indicativo que o valor de mercado é igual ao valor contábil. Quando esta medida aumenta, indica que o mercado reconhece um valor superior do que a Contabilidade consegue mensurar ou, se for ao contrário, vale menos do que a Contabilidade reconhece. O Market-to-book é considerado um indicador que mede as oportunidades de crescimento das firmas, por relaxar as premissas do Q de Tobin de que a informação no mercado de capitais é perfeita e, porque armazena a assimetria informacional do mercado e restrições de financiamento explicando a variação nas decisões de investimento para maximização de valor (Hand, 2001). Chen e Zhao (2006) explicam que as empresas com o índice Market-to-book maior (mais oportunidades de crescimento) deparam-se com custos de empréstimos significativamente menores. Ainda, para as empresas com o índice Market-tobook baixo ou médio, os benefícios do empréstimo são maiores do que a emissão de novas dívidas de capital próprio. Por outro lado, as empresas com alto índice de Market-to-book têm grandes oportunidades de crescimento e, portanto, preservar baixos índices de endividamento torna-se uma grande preocupação. Para Rajan e Zingales (1995) empresas com altos índices de Market-to-book são superavaliadas e, em consequência, emitem mais ações para tirar proveito disto. 2.3 ESTUDOS RELACIONADOS Estudos teóricos geralmente sugerem que as oportunidades de crescimento estão negativamente relacionadas com a alavancagem. Estudos empíricos como Booth et al. (2001), Kim e Sorensen (1986), Rajan e Zingales (1995), Smith e Watts (1992) e Wald (1999) suportam predominantemente a previsão teórica. Existem proxies diferentes para oportunidades de crescimento. Wald (1999) usa uma média de 5 anos no crescimento das vendas. Titman e Wessels (1988) usam o investimento de capital escalado por ativos totais, bem como pesquisa e desenvolvimento (R&D) escalados por vendas para proxies de oportunidades de crescimento. Já para Chen (2004) oportunidades de crescimento é representado por crescimento de vendas sobre crescimento total dos ativos. Booth et al. 6

7 (2001) e Rajan e Zingales (1995) usam a relação Market-to-book para medir as oportunidades de crescimento. Kim (2014), Mcconnell e Servaes (1995) e Morck et al. (1988) utilizam o Q de Tobin como proxy para valor de mercado da firma ou oportunidades de crescimento. Já Para Huang e Song (2006) acreditam que a taxa de crescimento das vendas é a experiência de crescimento do passado, enquanto o Q de Tobin representa melhor as oportunidades de crescimento futuro. Mcconnell e Servaes (1995) examinam uma grande amostra de empresas não financeiras dos EUA para os anos de 1976, 1986 e Para cada ano, separam sua amostra em dois grupos, aqueles com fortes oportunidades de crescimento e aqueles com fracas oportunidades de crescimento. Eles mostram que o valor corporativo está correlacionado negativamente com a alavancagem para empresas com fortes oportunidades de crescimento (indicado pelo alto Q de Tobin) e correlacionou-se positivamente com a alavancagem para empresas com oportunidades de crescimento fracas (ou Q de Tobin baixo). Jensen (1986), alinhado com a teoria da agência, argumenta que as empresas com mais oportunidades de crescimento têm menor fluxo de caixa livre e, consequentemente, pagam menores dividendos. Mas, para as empresas que não possuem oportunidades de investimento, a dívida serve para limitar os custos da administração do poder de gestão, como sugerido por Jensen (1986) e Stulz (1990). As descobertas de Berger, Ofek e Yermack (1997) também confirmam o papel disciplinar da dívida. Para esses autores as empresas se tornam mais alavancadas quando seus índices de Market-to-book são altos, embora muitos estudos anteriores tenham descoberto que as empresas são especialmente susceptíveis de emitir ações nessas condições. Uma análise mais aprofundada nos dados mostra que as firmas com grandes de índices de Market-to-book têm maior probabilidade de emitir novas ações e novas dívidas. Esses resultados sugerem que as empresas com altos valores de mercado têm muitas oportunidades de investimento, que as motivam a arrecadar fundos de todos os tipos de fontes. Além disso, os autores ainda sugerem que as empresas com um alto índice Market-tobook também são mais propensas a recomprar suas próprias ações; e este efeito explica a mudança na alavancagem sendo positivamente associada a uma alta relação de Market-tobook. Por outro lado, a dívida também tem seu próprio custo de agência. Myers (1977) argumenta que as empresas de alto crescimento podem deter mais opções reais para investimentos futuros do que empresas de baixo crescimento. Se as empresas de alto índice de crescimento precisam de financiamento de capital próprio para exercer essas opções no futuro, uma empresa com dívida pendente pode renunciar a essa oportunidade, porque esse investimento efetivamente transfere a riqueza dos acionistas para detentores. Assim, as empresas com altas oportunidades de crescimento não podem emitir dívidas em primeiro lugar e espera-se que a alavancagem seja negativamente relacionada com as oportunidades de crescimento. Berens e Cuny (1995) também argumentam que o crescimento implica um financiamento de capital significativo e baixa alavancagem. No estudo de Marsh (1982), as grandes empresas mais frequentemente escolhem dívida de longo prazo, enquanto as pequenas empresas escolhem dívida de curto prazo. As grandes empresas aproveitam-se do poder de barganha sobre seus credores e fazem economia comprando em escala. Portanto, o custo de emissão de dívida e patrimônio está relacionado negativamente ao tamanho da empresa. Nos resultados de Chen e Zhao (2006), há indícios de que: i) as empresas com índice Market-to-book mais alto emitem mais dívida de capital próprio e dívida com terceiros e ii) exceto para firmas com Market-to-book alto, a dívida com terceiros supera a dívida de capital próprio. A evidência sugere que a relação entre o Market-to-book e o endividamento pode não ser sempre igual. 7

8 Chen e Zhao (2006) averiguaram diversas situações em que o índice Market-to-book compromete variáveis financeiras das empresas e as decisões dos executivos, como por exemplo, a captação de financiamento, a emissão de ações, debêntures e falência. Os resultados obtidos indicaram que as firmas com altos índices Market-to-book são mais propensas à emissão de ações para captar recursos, pois conseguem menor custo de capital por meio de financiamento externo. Almeida et al. (2011) utilizaram o índice Market-to-book como medida que captura as oportunidades de crescimento das empresas. Mais precisamente, os autores analisaram se as firmas com índice Market-to-book maior que 1 possuem mais incentivos para gerenciarem seus resultados do que as firmas com Market-to-book menor que 1, para sustentar a expectativa do mercado. Os testes estatísticos indicam que as empresas com Market-to-book entre 0 e 1, e principalmente, acima de 1 possuem relação positiva e maior grau no teste de média com os accruals discricionários do que os demais grupos de firmas. Assim, as firmas com Market-to-book maior que 1 possuem incentivos do mercado para gerenciar os resultados. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Esta pesquisa foi classificada quanto aos seguintes aspectos: quantitativa, pela forma de abordagem do problema; descritiva, de acordo com seus objetivos e documental com base nos procedimentos técnicos utilizados. As amostras (anuais) deste estudo foram extraídas do banco de dados da Economática, empresa especializada em informações para o mercado de capitais. Os dados coletados referem-se às empresas que têm (ou tiveram) ações negociadas na B3 durante o período de 2008 a Os dados foram agrupados em categorias e tratados estatisticamente no software Gretl inicialmente pela estatística descritiva (média, erro padrão, desvio padrão, variância da amostra, entre outros). Posteriormente foi utilizada a técnica de regressão múltipla, por meio de dados em painel com série temporal empilhada, tendo como variável dependente (explicada) as oportunidades de crescimento medidas por meio do índice Market-to-book e Q de Tobin; como variáveis independentes (explanatórias): i) Endividamento, ii) Composição do endividamento, e como variáveis de controle: iii) Segmento, iv) Capex, v) Tamanho, vi) Tangibilidade de ativos e vii) Rentabilidade do ativo, escolhidas de acordo com diversos estudos empíricos (Brito et al., 2007; Chen, 2004; Huang & Song, 2006; Rajan & Zingales, 1995; Titman & Wessels, 1988). A hipótese formulada que será testada é a seguinte: H₁: Há uma relação negativa entre oportunidades de crescimento e endividamento. A partir da hipótese acima, foram propostos dois modelos, conforme as equações 2 e 3: Equação (2): Modelo da regressão 1 (considerando o Market-to-book): σmarket-to-book = β₀ + β₁end. + β₂comp.end. + β₃seg. + β₄capex + β₅tam. + β₆tang. + β7roa + ɛ Equação (3): Modelo da regressão 2 (considerando o Q de Tobin): σq de Tobin = β₀ + β₁end. + β₂comp.end. + β₃seg. + β₄capex + β₅tam. + β₆tang. + β7roa + ɛ 8

9 Onde: σ e β0 a β7 são parâmetros a serem estimados Market-to-book = Valor de mercado da empresa / Patrimônio líquido Q de Tobin = (Valor de mercado da empresa + Dívida total bruta) / Ativo total End. = Endividamento (Dívida total bruta / Patrimônio líquido) Comp.End. = Composição do endividamento (Passivo Circulante / Dívida total bruta) Seg. (Segmento) = Setor econômico Bovespa Capex (Capital Expenditure) = Dispêndios de capital (LN Capex) Tam. (Tamanho) = Tamanho da empresa (LN Ativo total) Tang. = Tangibilidade de ativos (Imobilizado / Ativos totais) ROA (return on assets) = Rentabilidade do ativo (ROA) ɛ é o resíduo As variáveis que compõem o presente estudo foram coletadas na Economática e posteriormente trabalhados em planilha Excel. Geralmente valores monetários positivos usam logarítmos, pois as estimativas com o uso de logarítmos são menos sensíveis a observações desiguais (ou extremas) devido ao estreitamento considerável que pode ocorrer na amplitude dos valores das variáveis (Wooldridge, 2006). Dessa forma, optou-se por utilizar logarítimo para variável Capex e para a variável Tamanho. De acordo com a teorias levantadas as oportunidades de crescimento estariam relacionadas com o endividamento negativamente ou positivamente conforme demonstra a Tabela 1. Tabela 1 Hipóteses de pesquisa sobre a relação de oportunidades de crescimento com o endividamento Relação esperada sobre oportunidades de crescimento de acordo com referencial Fatores específicos de teórico endividamento Hipóteses (Teoria do trade off) Hipóteses (Teoria do pecking order) Hipóteses (Teoria da agência) Endividamento Negativo Negativo/Positivo Negativo/Positivo Composição do endividamento Negativo Negativo/Positivo Negativo/Positivo Fonte: Elaborado pelos autores (2018). Exclui-se da população as empresas que não possuíam dados suficientes (Market-tobook ou Q de Tobin) dentro do período analisado ( ), totalizando 218 companhias analisadas. 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Com o intuito de identificar os indícios da estrutura de capital como determinante das oportunidades de crescimento, nesta seção, são apresentados os resultados obtidos por meio da análise dos dados coletados. Ela está dividida em três subseções, abrangendo: a validação dos pressupostos das regressões; a análise descritiva da amostra e correlção da amostra; e a análise da relação do Market-to-book e do Q de Tobin com estrutura de capital. 4.1 VALIDAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS DOS MODELOS DE REGRESSÃO A validação dos pressupostos assumidos pelo modelo de regressão foi efetuada por meio da aplicação de testes quanto à independência dos resíduos, heteroscedasticidade, normalidade dos resíduos e ausência de multicolinearidade. 9

10 O pressuposto de independência dos resíduos foi avaliado por meio do teste de Durbin- Watson. O teste de Durbin-Watson mede a correlação entre cada termo de erro e o termo de erro da observação imediatamente anterior. Para manter uniformidade nos padrões econométricos utilizados até então, utilizou-se a regressão com a técnica de White (regressão robusta) e o teste de Wald para correção de possíveis problemas de heterocedasticidade e multicolinearidade caso existam. Além disso realizou-se o teste de normalidade dos resíduos. A Tabela 2 apresenta as estatísticas obtidas com os testes de especificação dos modelos 1 e 2. Tabela 2 Testes de especificação dos modelos 1 e 2 Teste Market-to-book (modelo 1) Q de Tobin (modelo 2) Durbin-Watson 1,105 1,901 White 0,000 0,000 Normalidade dos resíduos 0,000 0,000 Teste Wald 0,000 0,000 Probabilidade (Estatística F) 0,000 0,000 R 2 0,112 0,455 R 2 ajustado 0,108 0,453 Fonte: Elaborada a partir dos dados da pesquisa (2018). Estatísticas de Durbin-Watson próximas a 2 indicam a independência dos resíduos do modelo de regressão. Pode-se observar que no modelo 2 o valor do Durbin Watson ficou muito perto de 2 (1,901), representando, portanto, que não há evidência de autocorrelação entre os resíduos neste modelo. Já o modelo 1 ficou abaixo de 1,5 (1,105) representado altos indícios de autocorrelação positiva entre os resíduos. Com os resultados obtidos com teste de White e Wald descartou-se a possibilidade das regressões terem homocedasticidade. No teste de normalidade dos resíduos, verificou-se que nos dois casos o erro tem distribuição normal. A estatística F muito próxima de zero significa que pelo menos uma das variáveis explicativas está afetando a variável dependente. O coeficiente de determinação (R 2 ) pode variar de 0 a 1. Se o modelo de regressão é aplicado e estimado de forma satisfatória, o pesquisador pode assumir que quanto maior o R 2, maior o poder de explicação da regressão, logo, melhor a previsão da variável dependente (Hair, Black, Babin, Anderson, & Tatham, 2009). Ao analisar o R² dos testes, pode-se notar que, para a primeira regressão, o seu valor foi de 0,112. Isso indica que o modelo explica aproximadamente 11% da variação do Market-to-book. Já na segunda regressão, o R² apresentou o valor de 0,455, indicando que o segundo modelo explica aproximadamente 46% da variação do Q de Tobin. Esses valores são considerados baixos pela literatura, contudo, eles podem ser considerados aceitáveis para uma pesquisa que não tem como objetivo a previsão de dados (Victor, Carlin, & Mastella, 2014). A Tabela 3 apresenta a correlação entre as variáveis utilizadas no estudo. Tabela 3 Correlação entre as variáveis da amostra Variável Market Q de Endivid Comp. -tobook Tobin. End. Segmento Capex Tamanho Market-tobook 1 Q de Tobin 0,061 1 Endivid. -0,007 0,002 1 Comp. End. 0,229 0,008-0,001 1 Segmento 0,037-0,037-0,026-0,040 1 Capex -0,031-0,162-0,022 0,031 0,218 1 Tamanho -0,081-0,300-0,019-0,035 0,080 0,836 1 Tang. de ativos ROA 10

11 Tang. de ativos -0,009-0,068-0,009-0,023 0,251 0,147-0,058 1 ROA 0,042 0,101-0,004 0,000 0,055-0,223-0,110-0,037 1 Fonte: Elaborada a partir dos dados da pesquisa (2018). O coeficiente, normalmente assume valores entre -1 e 1, sendo que 1 significa uma correlação perfeita positiva entre as duas variáveis e -1 significa uma correlação negativa perfeita entre as duas variáveis (Gujarati, 2011). Como se pode observar, o coeficiente (Tamanho e Capex) apresentou o maior grau de correlação (0,836), os demais coeficientes ficaram abaixo de 0,400, sendo a maioria próximo de zero. Cabe ressaltar que como o coeficiente (Tamanho e Capex) atinge um alto grau de correlação, leva os pesquisadores optarem por uma variável ou outra nas regressões lineares múltiplas, a fim de eliminar problemas de multicolinearidade. 4.2 ANÁLISE DESCRITIVA DA AMOSTRA Das 218 companhias da amostra analisou-se os anos de 2008 a 2016 totalizando 1962 observações. A amostra foi selecionada de acordo com a disponibilidade dos seus dados. A distribuição das empresas estudadas entre setores, de acordo com a classificação disponível da Economática (10 setores), é salientada na Tabela 4. Tabela 4 Distribuição da amostra entre setores Segmento Nº Percentual Bens industriais 34 15,60% Consumo cíclico 49 22,48% Consumo não cíclico 18 8,26% Financeiro e outros 39 17,89% Materiais básicos 24 11,01% Petróleo, gás e biocombustíveis 6 2,75% Saúde 7 3,21% Tecnologia da informação 3 1,38% Telecomunicações 5 2,29% Utilidade pública 33 15,14% Total ,00% Fonte: Elaborada a partir dos dados da pesquisa (2018). Conforme apresentado na Tabela 4, os setores mais representativos na amostra, de acordo com a classificação da Economática, são: consumo cíclico, financeiro e outros e bens industriais, nessa ordem. Somados, esses setores correspondem a 55,97% da amostra. Na Tabela 5 é mostrado a estatística descritiva das variáveis do modelo para toda a amostra. Tabela 5 Estatística descritiva geral das variáveis para a amostra Variável Média Mediana Mínimo Máximo Desvio-Padrão Market-to-book 2,51 1,22 0, ,70 8,44 Q de Tobin 1,38 0,77 0,02 146,70 5,72 Endividamento 1,64 0,39 0,00 554,70 14,88 Comp. End. 6,46 0,74 0, ,50 Capex 11,61 11,82 0,69 18,31 2,41 Tamanho 6,45 6,50 2,52 9,16 0,90 Tang. de ativos 0,23 0,19 0,00 0,91 0,22 ROA 15,5 5,01 0, ,50 Fonte: Elaborada a partir dos dados da pesquisa (2018). A partir dos dados demonstrados, é possível observar que, em um intervalo em que a média do Market-to-book é 2,51 a maioria das empresas possui seu valor de mercado superior 11

12 ao valor contábil, indicando boas oportunidades de crescimento. Já a média do Q de Tobin foi de 1,38 o que também é um indicativo que boa parte das empresas tem oportunidades de crescimento. A proxie Endividamento resultou na média de 1,64, indicando que boa parte das empresas estão com suas dívidas maiores que o patrimônio líquido. Já a variável Composição do endividamento apresentou média de 6,46, indicando que a maioria das empresas possui a maior parte do seu passivo no passivo circulante, indicando um perfil de dívida mais arriscado. A variáveis Composição do endividamento e ROA apresentaram as maiores variações entre o valor máximo e valor mínimo. 4.3 DETERMINANTES DAS OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO A Tabela 6 e a Tabela 7 apresentam os modelos de regressão obtidos para cada variável dependente, incluindo os coeficientes estimados, os erros padrões, as estatísticas t e a probabilidade de significância. A estatística t avalia a significância estatística de cada parâmetro estimado. A análise neste tipo de estudo concentra-se nas variáveis independentes, explicando o relacionamento das oportunidades de crescimento com os componentes da estrutura de capital da firma, que é medida pelos betas (coeficientes) da regressão. Tabela 6 Resultados do modelo de regressão 1 (considerando o Market-to-book) para amostra entre 2008 a 2016 Variável Coeficiente Erro Padrão Estatística-t Probabilidade Constante*** 9,4714 1,5093 6,2750 0,0000 Endividamento 0,0030 0,0093 0,3236 0,7463 Comp. End.*** 0,0141 0, ,5200 0,0000 Segmento*** 0,2435 0,0736 3,3080 0,0010 Capex*** 0,4020 0,1204 3,3370 0,0009 Tamanho*** 1,9179 0,3732 5,1390 0,0000 Tang. de ativos 0,9308 0,7216 1,2900 0,1973 ROA 0,0046 0,0041 1,1060 0,2687 * Significativo ao nível de 10%. ** Significativo ao nível de 5%. *** Significativo ao nível de 1%. Fonte: Elaborada a partir dos dados da pesquisa (2018). A variável Endividamento mostrou-se relacionar negativamente com o índice Marketto-book com 0,0030, corroborando com os estudos de Rajan e Zingales (1995), no entanto de forma não significativa como nas pesquisas de Wald (1999); e ainda validando todas as hipóteses (positivo/negativo) levantadas no referencial teórico. Já a variável Composição do endividamento se relaciona positivamente com a variável dependente com 0,0141 de forma mais intensa do que a variável Endividamento, corroborando com a Teoria do pecking order e Teoria da agência. O nível de significância a 1% da Composição do endividamento pode ser um indicativo que as dívidas de curto prazo estariam relacionadas com maiores oportunidades de crescimento. Nos estudos de Bastos e Nakamura (2009) e Bastos et al. (2009) a variável independente Market-to-book é explicativa ao nível 1% para o Endividamento total a valor contábil e Endividamento de curto prazo a valor contábil, além da relação positiva, corroborando com os achados desta pesquisa. É possível observar que o Tamanho e a Tangibilidade de ativos são as variáveis que mais se relacionam com o Market-to-book, sendo que é viável dizer que a relação entre Market-to-book e Tamanho é negativa e que para cada uma unidade de Tamanho há uma redução 1,9179 no Market-to-book. No que diz respeito as variáveis Tangibilidade de ativos e 12

13 market-to-book há uma relação negativa e para cada uma unidade de Tangibilidade de ativos há uma redução 0,9308 no Market-to-book. Os resultados mostram que os fatores que podem ser considerados como variáveis explicativas do índice Market-to-book das empresas são Composição do endividamento, Segmento, Capex e Tamanho, cujos coeficientes são estatisticamente significantes ao nível de 1%. Tabela 7 Resultados do modelo de regressão 2 (considerando o Q de Tobin) para amostra entre 2008 a 2016 Variável Coeficiente Erro Padrão Estatística-t Probabilidade Constante*** 1, , ,8270 0,0001 Endividamento 0,0002 0,003 0,0861 0,9314 Comp. End. 0,0004 0,0003 1,1690 0,2424 Segmento 0,0149 0,0209 0,7132 0,4758 Capex 0,0479 0,0342 1,4010 0,1614 Tamanho** 0,2083 0,1058 1,9680 0,0492 Tang. de ativos*** 0,5703 0,2046 2,7870 0,0054 ROA*** 0,0407 0, ,5900 0,0000 * Significativo ao nível de 10%. ** Significativo ao nível de 5%. *** Significativo ao nível de 1%. Fonte: Elaborada a partir dos dados da pesquisa (2018). A variável Endividamento mostrou-se relacionar positivamente com o Q de Tobin com 0,0002, corroborando com a Teoria do pecking order e Teoria da agência. Já a Composição do endividamento se relaciona positivamente com a variável dependente com 0,0004, porém as duas têm efeito quase inexpressivo. Nos estudos de Kim (2014) a relação encontrada em empresas europeias entre Q de Tobin e endividamento também é positiva, porém mais expressiva e com nível de significância de 5%. É possível observar que o Tamanho e a Tangibilidade de ativos são as variáveis que mais se relacionam com o Q de Tobin, sendo que é viável dizer que a relação entre Q de Tobin e Tamanho é negativa e que para cada uma unidade de Tamanho há uma redução 0,2083 no Q de Tobin. No que diz respeito as variáveis Tangibilidade de ativos e Q de Tobin há uma relação negativa e para cada uma unidade de Tangibilidade de ativos há uma redução 0,5703 no Q de Tobin. Os resultados mostram que os fatores que podem ser considerados como variáveis explicativas do Q de Tobin das empresas são Tamanho, Tangibilidade de ativos e ROA, cujos coeficientes são estatisticamente significantes ao nível de 5%, 1% e 1% respectivamente. Kim (2014) também encontrou Tamanho como variável relacionada negativamente com Q de Tobin, porém ao nível de significância de 1%. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nos últimos 50 anos, diversos estudos sobre estrutura de capital vêm sendo realizados ao redor do mundo, tornando essa questão desafiadora e instigante, em razão de não haver, ainda, uma certeza concreta a respeito da explicação do endividamento das empresas (Bastos & Nakamura, 2009). Assim, o objetivo desta pesquisa foi investigar se o endividamento das empresas influencia suas oportunidades de crescimento. Utilizou-se as teorias de estrutura de capital do Trade-off, do Pecking Order e da Agência como fundamentação teórica para relação entre endividamento e oportunidades de crescimento. As proxies utilizadas nesse estudo para oportunidades de crescimento foram Market-tobook e Q de Tobin, amplamente utilizadas na literatura. Realizou-se duas regressões em uma amostra de 218 companhias abertas brasileiras durante o período de 2008 à As variáveis 13

14 independentes aplicadas foram Endividamento, Composição do endividamento e outras de controle (Segmento, Capex, Tamanho, Tangibilidade de ativos e ROA). Os principais resultados apontaram uma amostra composta por 22,48% de empresas do segmento Consumo cíclico. Nas estatísticas descritivas das variáveis a pesquisa obteve uma média de 2,51 para o Market-to-book e 1,38 para o Q de Tobin, indicando boas oportunidades de crescimento. Contudo, as médias do Endividamento e da Composição do endividamento revelaram-se elevadas indicando empresas endividadas com perfil de dívida mais arriscado. Após analisar os resultados encontrados nas regressões 1 e 2, apesar de haver uma relação negativa entre oportunidades de crescimento e endividamento, evidenciada pelo sinal negativo do coeficiente da variável Endividamento no modelo 1 (Market-to-book), rejeita-se a hipótese H₁, uma vez que o coeficiente não apresentou significância estatística. No entanto, na regressão 1, a Composição do endividamento demonstrou relação positiva e estatisticamente significativa com as oportunidades de crescimento, medida por meio do Market-to-book. Tal significância indica que a opção pelo endividamento de curto prazo (em detrimento das dívidas de longo prazo) estaria relacionada positivamente com as oportunidades de crescimento da empresa. Nos estudos de Bastos & Nakamura (2009) e Bastos, Nakamura, & Basso (2009) o endividamento a curto prazo também apresentou relação positiva e significativa ao nível de 1% com Market-to-book, corroborando com os achados desse estudo. Como foi observado no estudo, as variáveis Tamanho e Capex apresentaram um alto grau de correlação o que pode vir a provocar problemas de multicolinearidade. Assim como a estatísticas de Durbin-Watson do modelo 1 ficou abaixo de 1,5 representado altos indícios de autocorrelação positiva entre os resíduos. No que se refere ao poder de explicação das regressões (R 2 ), o modelo 1 explica aproximadamente 11% da variação do Market-to-book e o modelo 2 explica aproximadamente 46% da variação do Q de Tobin, sendo considerados valores baixos pela literatura. Esta pesquisa mostra que o endividamento não pode desconsiderado quando se trata de determinar as oportunidades de crescimento, pois é um fator que ajuda a explicar esse comportamento. Porém, é notório que o mercado brasileiro possui diversas diferenças em relação a outros mercados de capitais. Sendo que a quantidade de empresas listadas é reduzida e podem haver diversos outros fatores endógenos ou exógenos que refletem oportunidades de crescimento de forma adequada. A expectativa desta pesquisa e que ela possa contribuir de alguma forma para aumentar a compreensão tanto das oportunidades de crescimento como da estrutura de capital no Brasil. Ressalte-se, porém, que os seus resultados não devem ser generalizados para todas as empresas, dadas as limitações de dados e o não atendimento as melhores práticas estatísticas de grau de correlação e poder de explição das regressões (R 2 ) nos trabalhos deste tipo. Assim, como delineamento para pesquisas futuras, sugere-se controlar subamostras por diferentes níveis de endividamento e analisar se a alavangem é um importante determinante das oportunidades de crescimento. A amostra também poderia ser dividida em subperíodos, para que os momentos de instabilidade econômica ocorridos no país no período estudado possam ser mais bem analisados. Outra sugestão para estudos futuros é a utilização de outras variáveis explanatórias, bem como a inclusão de outras variáveis de controle. A literatura aponta algumas como a variação das vendas e pesquisa e desenvolvimento. Assim sendo, ressalte-se a importância da utilização de outras variáveis representativas de oportunidades de crescimento em pesquisas futuras, visando analisar a consistência dos resultados obtidos neste estudo. 14

15 REFERÊNCIAS Almeida, J. E. F., Lopes, A. B., & Corrar, L. J. (2011). Gerenciamento de resultados para sustentar a expectativa do mercado de capitais: impactos no índice market-to-book. Advances in Scientific and Applied Accounting, 4(1), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Almeida, J. E. F., Sousa, A. F., & Rodrigues, A. (2009). Fluxo de caixa e accruals: objetividade versus subjetividade no índice market-to-book das companhias abertas brasileiras. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 4(1), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Bastos, D. D., & Nakamura, W. T. (2009). Determinantes da estrutura de capital das companhias abertas no Brasil, México e Chile no período Revista de Contabilidade & Finanças, 20(50), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Bastos, D. D., Nakamura, W. T., & Basso, L. F. C. (2009). Determinantes da estrutura de capital das companhias abertas na América Latina: um estudo empírico considerando fatores macroeconômicos e institucionais. Revista de Administração Mackenzie (RAM), 10(6), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Berens, J. L., & Cuny, C. J. (1995). The capital structure puzzle revisited. The Review of Financial Studies, 8(4), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Berger, P. G., Ofek, E., & Yermack, D. L. (1997). Managerial entrenchment and capital structure decisions. The Journal of Finance, 52(4), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Booth, L., Aivazian, V., Demirguc-Kunt, A., & Maksimovic, V. (2001). Capital structures in developing countries. The Journal of Finance, 56(1), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Brito, G. A. S., Corrar, L. J., & Batistella, F. D. (2007). Fatores determinantes da estrutura de capital das maiores empresas que atuam no Brasil. Revista de Contabilidade & Finanças, 18(43), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Cecon, B., Moretti, B. R., Rodrigues, M. M., Jr., & Kroenke, A. (2017). Fatores específicos, macroeconômicos e institucionais determinantes da estrutura de capital das empresas da união europeia. CONTABILOMETRIA Brazilian Journal of Quantitative Methods Applied to Accounting, 4(2), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de 15

16 Chen, J. J. (2004). Determinants of capital structure of Chinese-listed companies. Journal of Business Research, 57(12), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Chen, L., & Zhao, X. (2006). On the relation between the market-to-book ratio, growth opportunity, and leverage ratio. Finance Research Letters, 3(4), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Correa, C. A., Basso, L. F. C., & Nakamura, W. T. (2013). A estrutura de capital das maiores empresas brasileiras: análise empírica das teorias de pecking order e trade-off, usando panel data. Revista de Administração Mackenzie (RAM), 14(4), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Damodaran, A. (2002). Finanças corporativas aplicadas. Porto Alegre: Bookman. David, M., Nakamura, W. T., & Bastos, D. D. (2009). Estudo dos modelos trade-off e pecking order para as variáveis endividamento e payout com empresas brasileiras ( ). Revista de Administração Mackenzie (RAM), 10(6), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Fama, E. F., & French, K. R. (2002). Testing trade-off and pecking order predictions about dividends and debt. The Review of Financial Studies, 15(1), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Famá, R., & Barros, L. A. B. C. (2000). Q de Tobin e seu uso em finanças: aspectos metodológicos e conceituais. Caderno de Pesquisas em Administração, 7(4), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Gomes, G. L. (1999). Determinantes da estrutura de capital das empresas brasileiras com ações negociadas em bolsa de valores. Dissertação (Mestrado em Administração) Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Gujarati, D, N. (2011). Econometria básica (5. ed.). São Paulo: AMGH. Hair, J. F., Jr., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2009). Análise multivariada de dados (6. ed.). Porto Alegre: Bookman. Hand, J. R. M. (2001). The economic versus accounting impacts of R&D on U.S. market-tobook ratios [Working Paper]. Chapel Hill, NC, United States. Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de Huang, G., & Song, F. M. (2006). The determinants of capital structure: evidence from China. China Economic Review, 17(1), Recuperado em 16 fevereiro, 2018, de 16

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