Barreiras ao comércio internacional
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- Clara de Paiva Bastos
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1 Barreiras ao comércio internacional CURSO: Administração DISCIPLINA: Comércio Exterior FONTES: KEEDI, Samir. ABC do Comércio Exterior. São Paulo: Aduaneiras, SOSA, Roosevelt Baldomir. Glossário de Aduana e Comércio Exterior. SEGRE, German. Manual Prático de Comércio Exterior. São Paulo: Atlas, MAIA, Jayme de Mariz. Economia Internacional e Comércio Exterior. São Paulo: Atlas, Barreiras ao comércio internacional 1
2 O que são as BARREIRAS? BARREIRA no sentido aduaneiro, além de designar um elemento de controle fronteiriço, permanente ou provisório, incumbido de verificar o tráfego e o trânsito de mercadorias e pessoas, também designa a ação institucional que estabelece restrições aos fluxos de comércio externo, ao livre comércio. BARREIRAS COMERCIAIS (trade barriers) Toda e qualquer restrição administrativa ou tributária que iniba o livre comércio. BARREIRAS NÃO-TARIFÁRIAS (non-tariff barriers) Restrições de cunho administrativo ao comércio exterior, tais como o licenciamento prévio, regimes de quota e de contingenciamento, autorizações, etc. 3.4 Barreiras ao comércio internacional 2
3 Barreira ao comércio exterior O comércio exterior de um país exportação e importação pode ser realizado por meio da LIVRE entrada e saída de mercadorias, sem qualquer barreira ou restrição de qualquer natureza, ou pode ser controlado mediante os mais diversos tipos de restrições. As restrições podem ser de natureza TARIFÁRIA e/ou NÃO-TARIFÁRIA, sempre de modo que iniba, dificulte ou proiba a entrada ou saída de mercadorias. 3.4 Barreiras ao comércio internacional 3
4 Barreira Tarifária e Não-tarifária BARREIRA TARIFÁRIA é aquela cuja entrada ou saída de mercadorias é dificultada ou encarecida por meio da incidência de impostos (Imposto de Exportação e Imposto de Importação). Pode ser também outras taxas e impostos e procedimentos de valoração aduaneira. BARREIRAS NÃO-TARIFÁRIAS restringem, proibem ou dificultam a entrada ou saída de mercadorias. São praticadas sob alegação ou com o intuito de proteger a indústria nacional, o mercado interno e os consumidores. 3.4 Barreiras ao comércio internacional 4
5 1. SEM MOTIVO Proibição pura e simples de entrada ou saída de mercadorias. 2. QUOTAS Estabelecimento de quotas, que são limites quantitativos para importaçãou ou exportação, por determinado período de tempo. 3. PREÇO MÍNIMO Controle de preços que visa dificultar a entrada e saída de mercadorias, visto que deve-se respeitar um preço mínimo determinado pelas autoridades alfandegárias. Na importação, pode encarecer o preço de aquisição e a venda aos consumidores finais. Na exportação, encarecimento ao importador estrangeiro e, por consequência, menor possibilidade de venda da mercadoria ao exterior. 3.4 Barreiras ao comércio internacional 5
6 4. AUTORIZAÇÃO Necessidade de autorização para importar ou exportar, aumentando a burocracia: realização de estudos, despachos, prazos, adiamentos, enfim retardamentos. 5. SIMILARIDADE Necessidade de exame de similaridade da mercadoria estrangeira, ou seja, a importação somente será concedida se o mercado nacional não produzir ou não estiver apto à produção de determinada mercadoria nas características da importada. Ou também se o preço do mercado interno foi maior que o importado. 3.4 Barreiras ao comércio internacional 6
7 6. BARREIRAS SANITÁRIAS para produtos comestíveis, visando prevenir riscos de contaminação e disseminação de pragas e doenças ou evitar que elas ocorram. 7. FUMIGAÇÃO Necessidade de fumigação de embalagens ou pallets de madeira. Fumigação é um tipo de controle de pragas através do tratamento químico realizado com compostos químicos ou formulações pesticidas voláteis, visando a desinfestação de materiais, objetos e instalações. 8. TRANSPORTE em navios de bandeira nacional ou de bandeira apenas dos países envolvidos na transação. 9. PROCEDIMENTOS ALFANDEGÁRIOS detalhes, múltiplos documentos, dependência de órgãos variados etc. 3.4 Barreiras ao comércio internacional 7
8 10. ANTIDUMPING são medidas que têm como objetivo neutralizar os efeitos danosos à indústria nacional causados pelas importações objeto de dumping, por meio da aplicação de alíquotas ad valorem (incidente sobre o valor do bem). 11. SUBSÍDIOS são usados em grande escala em setores como o agropecuário, afetando o comércio internacional de maneiras distintas: incrementam a produção interna, eliminando assim possíveis importações, e desviam o comércio em terceiros mercados em detrimento de exportações mais competitivas. 3.4 Barreiras ao comércio internacional 8
9 12. BARREIRAS TÉCNICAS são normas e regulamentos técnicos, regulamentos sanitários, fitosanitários e de vigilância animal. Embora necessárias, essas barreiras por vezes podem impor procedimentos morosos ou dispendiosos para avaliação de conformidade. As barreiras técnicas podem também ocultar intenções protecionistas, ao apresentarem regulamentos excessivamente rigorosos, discriminação com relação ao produto importado ou inspeções caracterizadas pelo arbítrio ou excesso de zelo. 13. BARREIRAS ECOLÓGICAS sob alegação de agressão à natureza, as exigências ecológicas que podem camuflar outros tipos de barreiras, inclusive a política. Exemplos: pressão de órgãos reguladores e da comunidade; normas ambientais rígidas; etc. 3.4 Barreiras ao comércio internacional 9
10 14. BARREIRAS NATURAIS a moeda; idioma; pesos e medidas; alfabeto (países da Ásia, por exemplo); conflito de legislações; etc. 15. DUMPING SOCIAL baixos salários e emprego de mão-deobra infantil. 16. BARREIRA CONTRA DROGAS o café brasileiro na União Europeia é taxado em 10%, enquanto o café colombiano é beneficiado com alíquota zero. O motivo da diferença é ajudar a Colômbia na luta contra drogas. Ocorre que o Brasil também tem narcotráfico, não se justificando, portanto, essa discriminação. 3.4 Barreiras ao comércio internacional 10
11 17. ETIQUETA SOCIAL Na 85a. Conferência Geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho) foi proposta a criação da etiqueta social, que consisste em um selo que seria afixado nos produtos originários dos países que respeitassem um conjunto de normas trabalhistas, tais como: Liberdade de organização sindical; Direito do trabalhador negociar coletivamente seu contrato de trabalho; Proibição do trabalho infantil; Inexistência de discriminação relativa a sexo, religião, cor e convicção política. 3.4 Barreiras ao comércio internacional 11
12 Motivos das restrições TARIFÁRIAS Os motivos para as restrições podem ser os mais diversos, dependendo da criatividade dos órgãos controladores e/ou dos legisladores. As restrições TARIFÁRIAS podem estar ligadas tanto à restrição à importação e à exportação para proteção da indústria nacional quanto à necessidade arrecadatória para melhorar as receitas do país. Dependendo das necessidades de proteção e de arrecadação, as tarifas podem variar ao longo do tempo, baixando ou aumentando, e mesmo sendo criadas ou eliminadas, para adaptação à política econômica do país. 3.4 Barreiras ao comércio internacional 12
13 Motivos das restrições NÃO-TARIFÁRIAS MOTIVOS As restrições não-tarifárias não têm o intuito de arrecadação, já que não se tratam de impostos, mas de proteção à indústria nacional ou restrição à negociação de certas mercadorias e/ou com certos países. INTENSIDADE DAS RESTRIÇÕES Dependendo da política ora aplicada, as restrições podem ser maiores ou menores, dependendo dos interesses envolvidos e da necessidade de mercadorias. BALANÇO DE PAGAMENTOS Este é outro motivo, ou seja, quando o balanço de pagamentos do país apresentar-se deficitário ou em situação periclitante. Isso pode levar o país a tomar medidas restritivas às importações. 3.4 Barreiras ao comércio internacional 13
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