ação/ informar qual é o direito que visa proteger) o que significa dizer que o Juiz

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1 Turma e Ano: Flex B (2014) Matéria / Aula: Tutela coletiva / Aula 09 Professor: Samuel Côrtes Contato >> Samuel@wcortesadvogados.com Monitor: Joanes CONTEÚDO DA AULA: Medidas de urgência. Prescrição. Decadência IMPORTANTE!!! Qual é a extensão de legitimidade do MP para tutelar DIH direitos individuais homogêneos? Veja o conteúdo da súmula 470 do STJ: Súmula 470-STJ: O Ministério Público não tem legitimidade para pleitear, em ação civil pública, a indenização decorrente do DPVAT em benefício do segurado. Todavia, em decisão inovadora, o STF julgando o RE /GO decidiu que o MP tem legitimidade para tutelar DIH,em ação civil publica, relacionado ao DPVAT. Logo, a súmula 470 do STJ, tecnicamente encontra se superada. Medidas de urgência Cautelar ( cunho não satisfativo ) Antecipação de tutela ( cunho satisfativo ) Cautelar Objetivo: resguardar a eficácia de um futuro provimento jurisdicional. Pode ser autônoma (preparatória) Pode ser no processo principal (incidental) É um instrumento que visa resguardar o própria instrumento. O mérito é tão somente verificar se existe os requisitos que autorizam a cautelar. Como regra não faz coisa julgada material. Requisitos>> (fumus boni juris e o periculum in mora/ informar qual é a futura ação/ informar qual é o direito que visa proteger) o que significa dizer que o Juiz terá base para verificar a prescrição e/ou decadência. O que, é claro, resultará em coisa julgada material. Podem ser típicas ou atípicas ( o Juiz usando seu poder geral de cautela concede a medida mais adequada) A diferença para a tutela antecipada é que não tem cunho satisfativo. O provimento é provisório (precário)

2 antecipação de tutela). Antecipação de tutela Cunho satisfativo. Antecipo o provimento antes da sentença. Hoje, são três espécies: 1º > TUTELA DE URGÊNCIA ( precária/provisória. Não faz coisa julgada) 2º > TUTELA ANTECIPADA SANCIONATORIA/PUNITIVA ( não verifico a fumaça do direito nem o perigo da demora. Não está relacionada com os efeitos do tempo no processo. Visa punir o abuso no direito de se defender.) 3º > TUTELA DE EVIDENCIA ART º DO CPC ( DEFINITIVA. COM BASE NO JUIZO DE CERTEZA. APTA A TRANSITAR EM JULGADO. TEM LUGAR QUANDO UM DOS PEDIDOS SE TORNA INCONTROVERSO OU HOUVER RECONHECIMENTO PARCIAL DO PEDIDO. TEM NATUREZA JURIDICA DE DECISÃO INTERLOCUTORIA.) Medidas de urgência na tutela coletiva _ REGRAS ESPECIAIS Artigos relacionados: Art. 4º combinado com o Art. 12 da lei 7347/85. Art. 5º, 4º da lei 4717/65. Art. 2º da lei 8437/92. Art. 22 2º da lei /09. Veja>> Lei 7347/85 Art. 4 o Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitar dano ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a agravo. 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, poderá o Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso suspender a execução da liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a partir da publicação do ato. 2º A multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado da decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento. Lei 4717/65 Art. 5º(...) 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado.

3 Lei 8437/92 Art. 2º No mandado de segurança coletivo e na ação civil pública, a liminar será concedida, quando cabível, após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de setenta e duas horas. Lei /92 Art. 22 (...) 2 o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas. Observações>> O art. 4º da lei 7347/85 comete uma impropriedade. NÃO É CAUTELAR. TRATA SE DE UMA TUTELA INIBITORIA. O art. 12 da lei 7347/85 fala em liminar. Isso significa dizer que a medida cautelar ou a tutela antecipada será concedida sem ouvir a outra para. A regra do 4º do art. 5º da lei 4717/65 é mesma regra do art. 12 da lei 7347/85 Quando a demanda for em face de ente publico aplica se o Art. 2º da lei 8437/92 e conforme o caso o 2º do art. 22 da lei /09. Também vale para pessoas jurídicas de direito privado que prestem serviços públicos. Essa regra deve ser interpretada com outros valores constitucionais. O Juiz deve observar o caso concreto (ponderação de valores). Esse entendimento afasta o que parte da doutrina diz que seria inconstitucional por afrontar o acesso à justiça. Dessa decisão cabe agravo de instrumento com o pedido de suspensão da liminar, veja o art. 15 da lei 12016/09: Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição. 1 o Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que se refere o caput deste artigo, caberá novo pedido de suspensão ao presidente do tribunal competente para conhecer de eventual recurso especial ou extraordinário. 2 o É cabível também o pedido de suspensão a que se refere o 1 o deste artigo, quando negado provimento a

4 agravo de instrumento interposto contra a liminar a que se refere este artigo. 3 o A interposição de agravo de instrumento contra liminar concedida nas ações movidas contra o poder público e seus agentes não prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que se refere este artigo. 4 o O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito suspensivo liminar se constatar, em juízo prévio, a plausibilidade do direito invocado e a urgência na concessão da medida. 5 o As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, podendo o presidente do tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante simples aditamento do pedido original. No bojo de uma ação civil publica a doutrina entende que o MP também tem legitimidade para requer a suspensão da liminar. Essa regra tem lugar na ação popular? Não. Tudo que se faz, no bojo de uma ação popular já é para beneficiar a própria fazenda pública. OBS ( sobre o assunto: cautelar/tutela antecipada, veja, também os artigos: 213 do ECA, 83 5º do ESTATUTO DO IDOSO, 8º e 2º do art. 7º DA LEI /09. Bem como, a lei 9494/97. Medidas de urgência da LEI 8429/92 (improbidade) A lei 8429/92 traz três medidas. Estampadas nos artigos: 7º, 16 e 20. (veja) Art. 7 Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

5 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil. 2 Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória. Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual. Observações: Art. 7º > hoje esse dispositivo é interpretado de maneira ampla. Inclui, também, a multa civil. Podem ser bens: atuais, futuros ou pretéritos. Com exceção à limitação dos bens absolutamente impenhoráveis, desde que não sejam frutos do próprio ilícito. Os requisitos são tão somente: indícios do cometimento do ato. Art. 16 >> mesma observação do art. 7º. Art. 20 >> afastamento temporário. PRESCRIÇÃO (perda da pretensão) e DECADÊNCIA (perda do direito) NA TUTELA COLETIVA OBJETIVOS >estabilização das relações jurídicas e punir aquele que fica inerte. Existe doutrina, minoritária, que entende que não há prazos de prescrição e/ou decadência quando se trata de tutela coletiva. Não obstante existir no ordenamento ação imprescritível, a doutrina majoritária, inclusive o STJ, entende que existe prazo prescricional e decadencial para tutela coletiva. Não há prescrição para reparação ambiental. O prazo decadencial de 120 dias para o MS não fulmina o direito. Apenas o rito do MS que é mais célere. O prazo prescricional de 5 anos previsto na lei de ação popular(4717/65) é a regra geral do microssistema. Entendimento chancelado pelo STJ, inclusive. Quando se inicia esse prazo? Entendimento > art. 27 do CDC > do conhecimento do dano e da sua autoria. Há quem entenda que só se aplica o prazo do art. 21 da lei 4717/65 em ação civil publica se a situação fática puder ser demandada via ação popular. Caso não seja, aplica se o prazo do código civil, ou seja 10 anos.

6 Obs>> Conforme a súmula 151 do STJ o prazo para execução é o mesmo para a ação de conhecimento. Pouco importa a natureza do direito tutelado. IMPORTANTE!!!!!!!!!!!!!!!! O PRAZO para executar a sentença coletiva é de 5 anos. Agora! por favor fique atento para o seguinte: se o individuo promove a execução de sentença coletiva ele terá o mesmo prazo do autor coletivo legitimado. Ou seja, 5 anos. Agora! veja que dependendo do caso é mais vantajoso para o individuo ajuizar uma ação sozinho. Pois o prazo para execução pode ser maior. DICAS A decisão do Juiz no bojo de um processo coletivo tem influência em processo individual? Sim. No caso de ajuizamento de uma ação coletiva que verse sobre, em tese, os mesmo direitos que podem ser pleiteados via ação individual. Neste caso, a decisão do Juiz de determinar a citação, também interrompe a prescrição da ação individual. Da mesma maneira, quando se pensar em coisa julgada em ação coletiva. O Juiz pode indeferir uma ação individual se a moldura fática for a mesma. Qual é a natureza jurídica do prazo do art. 21 da lei 4717/65? Obs>> Há quem diga que é decadencial. Quando a ação for constitutiva/declaratória. Há quem diga que é prescricional. Quando a ação for constitutiva/restituitória. Para o Prof Daniel amorim é decadencial. Atenção para os prazos decadenciais insculpidos no artigo 26 e prescricional do artigo 27, ambos do CDC (vicio do produto/vicio do serviço). A doutrina diz que se aplicam a todo o microssistema. Os prazos do artigo 26 não estão relacionados à garantia. São prazos para reclamação. O CDC não traz prazo de garantir. O que se tem é o critério da vida útil.

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