Sistema de Apoio a Tomada de Decisão no Planejamento Estratégico: O Caso do Aeroporto Industrial

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1 Sistema de Apoio a Tomada de Decisão no Planejamento Estratégico: O Caso do Aeroporto Industrial Marcílio Cunha, MSc. Faculdade Boa Viagem, FBV Professor do Curso de Engenharia de Produção marciliocunha@marciliocunha.com.br Diogo de Carvalho Bezerra, MSc. Universidade Federal de Pernambuco, UFPE Núcleo de Administração e Economia NAE. Alameda Santa Cruz do Capibaribe, Km 62, S. Superior 18, Módulo Verde - BR 104, Recife-PE, Cep: dicbezerra@hotmail.com.br Fernando Menezes Campello de Souza, Phd. Universidade Federal de Pernambuco, UFPE Departamento de Engenharia de Sistema. Acadêmico Helio Ramos, s/n, Cidade Universitária, Recife-PE, Cep: fmcs@hotlink.com.br RESUMO Propõe-se, com o uso da teoria da decisão, oferecer uma ferramenta de apoio ao planejamento estratégico dos agentes envolvidos na implantação de um aeroporto industrial. Discorre-se sobre a estrutura e o funcionamento em geral das obrigações, numa visão abrangente, objetivando porém uma preparação para uma melhor compreensão dos conceitos de planejamento estratégico, mostrando as dificuldades inerente a este contexto, em particular a incerteza e a necessidade de uma abordagem em base científica ao problema. Após uma breve exposição da teoria da decisão, aplica-se esta ferramenta para oferecer uma sistemática de apoio à decisão dos agentes envolvidos na implantação de um aeroporto industrial. PALAVRAS CHAVES. Teoria da Decisão, Planejamento Estratégico, Teoria dos Jogos. ABSTRACT It is proposed, using decision theory, offer a tool to support the strategic planning of agents involved in the deployment of an airport industry. Discorre on the structure and the operation in general obligations in a comprehensive view, But preparation for aiming a better understanding of concepts of strategic planning, showing the difficulties inherent in this context, in particular the uncertainty and need for a scientific approach to the problem. Applies to this to provide a systematic tool to support the decision of involved in the deployment of an airport industry. PALAVRAS CHAVES. Decision Theory, Strategic Planning, Game Decision. 1020

2 1 Introdução O uso da teoria da decisão no planejamento estratégico só faz sentido quando a etapa do planejamento estratégico (Sobre planejamento estratégico ver: (ACKOFF, 1966), (ACKOFF, 1975) e (BOUCINHAS, 1976)) encontra-se diante de alguma incerteza. Há de se considerar alguns pontos importantes para a escolha do tipo de abordagem a ser usada. Uma das exigências do uso da teoria da decisão, de uma forma geral, é a estimação de uma função que determine a probabilidade de se alcançar o objetivo do planejamento, diante da incerteza de ações do governo, de empresas envolvidas no planejamento e etc., que são os chamados estados da natureza, como também, da ação tomada pelo decisor. Como não há dados para a estimação da função, e mesmo que tais dados fossem disponíveis, num planejamento estratégico há a necessidade de se considerar mudanças no decorrer do processo, o que torna mais difícil ainda a estimação de tais funções. Dessa forma, no desenvolvimento do planejamento estratégico, de uma empresa, para a implantação do aeroporto industrial, a simulação de funções conseqüências possibilita a montagem de cenários úteis nesse processo. Por razões estratégicas das empresas envolvidas no processo de implantação, a obtenção de dados para realizar a simulação, de uma forma mais realista, não foi possível. Pode-se porém mostrar pela simulação como deveria ser o uso da teoria da decisão para a implantação de um planejamento estratégico. Optou-se ainda por um exemplo bem abrangente no que toca a apresentação de estratégias e incerteza envolvida no processo, para tornar o exemplo o mais prático possível, já que o mesmo, encontra-se o mais abstrato possível. Sobre teoria da decisão, função utilidade e teoria dos jogos as referências são: (von Neumann & Morgenstern, 1947), (CAMPELLO DE SOUZA, 2002) e (FERGUSON, 1967). 2 A Implantação do Aeroporto Este exemplo, pretende mostrar como a teoria da decisão pode ser usada no planejamento estratégico de um Aeroporto Industrial. Pode-se identificar três grupos de agentes, no processo de implantação do Aeroporto: as empresas privadas (que estão interessadas em implantar uma nova empresa); as empresas locais (a maioria com interesse em desenvolver um comércio de agro-negócios com a Ásia) e as instâncias governamentais (incluir tanto o governo estadual, municipal e federal, como também, a INFRAERO). Vai-se particularizar o exemplo, para a decisão de uma empresa, ou seja, o exemplo será resolvido para a decisão de uma empresa privada, a qual encontra-se interessada na implantação de uma indústria no aeroporto. Vai-se usar o exemplo para um tipo de indústria. 2.1 O Conjuntos dos Bens Os bens, p, podem ser representados por vários atributos; pode ser um vetor de bens. Porém por facilidade, optou-se, por uma medida que, de alguma forma, pode representar vários atributos, ou seja, o dinheiro. Dessa forma, há a necessidade de eduzir a função utilidade da empresa para o dinheiro. 1021

3 2.1.1 Edução da Função Utilidade Para Edução da Função Utilidade. Um trabalho interessante sobre os estudo de edução da função utilidade é o (BERENGUER, 2003). Vai usar o método desenvolvido por [Campello de Souza, 2002], formula-se um protocolo, em que as perguntas são entre duas distribuição de probabilidade, e o decisor terá que responder qual das duas distribuições ele prefere. Na Tabela 2.1 apresenta-se o questionário de edução. Tabela 2.1: Questionário-1. JOGO 1 JOGO 2 p 1 p p 2 1 p Opção p 3 p p 4 1 p ou % % % % % % % % % % % % % % % % % % % % % % % % % % 0 7% % % % 5 67% % % -5 21% 20 23% 0 77% % -5 9% 15 86% 5 14% % 0 75% 60 10% 15 90% % 35 11% 70 39% 45 61% % 20 72% 80 18% 30 82% % 45 88% 80 64% 25 36% % 25 7% 90 30% 50 70% % 40 39% 85 28% 55 72% % 50 63% 95 52% 40 48% % % % % % % % % % -95 1% 75 1% 55 99% As respostas do questionário tornam-se restrições num problema de programação linear. A formulação matemática do problema de programação linear é a seguinte: s.a Max(Min) {uj } n (n j + 1)u j (2.1) j=1 u(g i ) u(g l ) 0 (ou 0, dependendo das respostas do decisor.) (2.2) u(p) = 0, u(p) = 1 (2.3) 1 2 u i 1 u i u i+1 0,i = 2,... n 1.(Garante a concavidade da função utilidade.) (2.4) u n 1 u n 0. (Esta restrição garante a monotonicidade da função utilidade.) (2.5) onde: u(g i ) = u[λ i p j + (1 λ i )p k ] = λ i u(p j ) + (1 λ i )u(p k ). O método pode ser usado para decisões de grupos. Eduziu-se a utilidade de um analista do mercado financeiro Americano para Títulos no Brasil (jogador-1), e de três empresários(jogador 2, 3 e 1022

4 4) do Estado de Pernambuco. Buscou-se essas pessoas por razões de tornar o exemplo o mais próximo da realidade, já que são pessoas com o costume de tomar decisões com valores altos de investimento. Ao responder o questionário o jogador responde 1 se preferir o jogo do lado esquerdo e 0 caso prefira o jogo do lado direito. Para o jogador-1 a resposta foi ( ), sendo que as resposta das perguntas 7, 10, 12 e 14 apresentaram-se inconsistentes. A pergunta é considerada inconsistente com as outras respostas se as mesmas não formarem um conjunto convexo. Para o jogador-2 a resposta foi ( ). As respostas com correspondem às perguntas que o jogador deixou em branco. Para o jogador-3 a resposta foi ( ) e o jogador-4 respondeu da seguinte forma, ( ), os empresários responderam as perguntas 1, 17 e 18 de forma inconsistente com o restante das perguntas. O resultado apresenta-se no gráfico da Figura2.1 para o jogador-1 e no da Figura2.2 para o jogador-2. Os jogadores 2, 3 e 4 apresentaram praticamente a mesmas funções. Na simulação o intervalo de bens será representado por cinco faixas de utilidade: p 0 = [ 95; 50];p 1 = ( 50; 5];p 2 = ( 5;45] e p 3 = (45;95]. Figura 2.1: Edução da Função Utilidade Jogador-Figura 2.2: Edução da Função Utilidade Jogador O Conjunto dos Estados da Natureza A incerteza encontra-se tanto em ações de um dos agentes (sem incluir o decisor, é claro), como a própria natureza, o qual representa desastre naturais, guerras mundiais, ações terroristas internacionais e etc. A incerteza também encontra-se nas ações dos outros agentes, seja do governo, ou de alguma outra empresa envolvida na implantação do Aeroporto Industrial. Para o leitor fica claro que o exemplo pode ser entendido como um jogo, ou seja, um caso particular da teoria da decisão. O Estado da natureza será representado por θ (0, 1). O mesmo será função das estratégias, s, dos outros agentes. Se o agente tomar um postura positiva em relação a implantação do aeroporto, s i = 1, caso contrário, s i = 0. Dessa forma, define-se N 1 i=1 θ = s i (N 1), onde: N é número de agentes envolvidos na implantação. Há a necessidade da edução da opinião de especialistas Edução do Conhecimento do Especialista Os trabalhos básicos para estudo da edução do conhecimento do especialista usados foram: (GERTRUDES COELHO NADLES, 2001) e (BERENGUER, 2003). A edução foi realizada com dois profissionais da INFRAERO, os dois profissionais não trabalhavam no mesmo setor e a pesquisa foi realizada separadamente. Porém as resposta dos dois profissionais foram idênticas, os 1023

5 dois responderam o questionário apresentado na Tabela 7.1. I A e I B representam intervalos em percentual nos quais θ pode encontrar-se. O resultado da edução dos especialistas é uma familia de distribuições de probabilidade. A exemplo da edução da função utilidade, o modelo usado para edução da opinião do especialista também pode ser formulada como um problema de programação linear, definido da seguinte forma: sujeito a: Max(Min) πj 2n j=1 c j π j (2.6) k m π j π j 0 (2.7) j=i j=l π j 0,j = 1,2,...,2n (2.8) 2n j=1 π j = 1 (2.9) onde: π j é probabilidade da ocorrência de um intervalo do estado da natureza. Na edução classificouse 20 possíveis intervalos de θ. O gráfico da Figura representa a distribuição acumulada de probabilidade sobre θ. Figura 2.3: Edução do Conhecimento a priori do Especialista. 2.3 O Conjunto de Ações O planejamento estratégico da empresa em particular que está-se estudando é determinado por um conjunto de ações viáveis. Neste exemplo inicialmente será considerado a decisão num instante de tempo, porém para o modelo tornar-se, o mais real possível existe a necessidade de se considerar decisões ao longo do tempo. Dessa forma, o planejamento estratégico é representado por um vetor de ações, a t, indexando o instante por t, que representa o instante de tempo em que se é tomada a decisão. 1024

6 2.4 A Função Conseqüência É comum pensar que as preferências são sobre bens contingentes, ou seja, distribuições de probabilidade que representam a probabilidade de se ter um bem p, dado que a empresa tenha adota uma determina tomado ação, a, e a natureza tenha adotado um determinado estado, θ. A representação da função conseqüência é dada por: P(p a,θ). Para o uso da teoria da decisão no planejamento estratégico, fica clara a dificuldade de se obter distribuições de probabilidade ao longo do tempo. Dessa forma, optou-se inicialmente por considerar a mesma função conseqüência, sobre todos os instantes do tempo. A ação da empresa representará o nível de compromisso da empresa com a implantação do aeroporto industrial. A ação,representada por a, pertence ao intervalo (0, 1). Quanto mais próximo de 1 mais comprometida estará a empresa, se um especialista considerar dentro de possíveis ações particulares um posicionamento positivo para a implantação, esta ação particular receberá o número 1, caso contrário receberá o valor de 0. A ação a será construída da mesma forma que θ. Para construção da função conseqüência, tanto a ação quanto o estado da natureza será dividido em quatro intervalos iguais, cada um representando um intervalo de 0,25. As Tabelas 2.2 e 2.3, representam duas funções conseqüências, sendo uma mais otimista e outra pessimista respectivamente. Tabela 2.2: Função Conseqüência-1. P(p a,θ) p 0 p 1 p 2 p 3 (a 0,θ 0 ) 0,8 0,1 0,05 0,05 (a 0,θ 1 ) 0,7 0,1 0,1 0,1 (a 0,θ 2 ) 0,5 0,2 0,15 0,15 (a 0,θ 3 ) 0,4 0,1 0,25 0,25 (a 1,θ 0 ) 0,55 0,15 0,15 0,15 (a 1,θ 1 ) 0,5 0,2 0,2 0,1 (a 1,θ 2 ) 0,5 0,1 0,2 0,2 (a 1,θ 3 ) 0,4 0,2 0,2 0,2 (a 2,θ 0 ) 0,5 0,1 0,2 0,2 (a 2,θ 1 ) 0,4 0,1 0,25 0,25 (a 2,θ 2 ) 0,4 0 0,3 0,3 (a 2,θ 3 ) 0,3 0,1 0,2 0,4 (a 3,θ 0 ) 0,3 0,3 0,3 0,1 (a 3,θ 1 ) 0,2 0,1 0,4 0,3 (a 3,θ 2 ) 0,2 0,1 0,3 0,4 (a 3,θ 3 ) 0,1 0,2 0,3 0,4 3 Simulação A primeira simulação considera a mesma função conseqüência para todos os instante de tempo. Para discretizar a função utilidade será considerado a utilidade média dos extremos dos bens. Tendo assim, as seguintes utilidades para o joagador-1: Com relação à distribuição a priori dos especialista, usou-se a distribuição média, apresentada na Tabela 3.2. O critério usado para a decisão sobre qual ação adotar é o de máxima utilidade esperada. O resultado da simulação para mais de 5000 pontos de diferentes funções de utilidade compatíveis com a função utilidade do jogador-1, foi que a ação, a 2, ou seja, manter um nível de comprometimento 1025

7 Tabela 2.3: Função Conseqüência-2. P(p a,θ) p 0 p 1 p 2 p 3 (a 0,θ 0 ) 0,9 0,1 0 0 (a 0,θ 1 ) 0,8 0,1 0,1 0 (a 0,θ 2 ) 0,8 0,1 0,05 0,05 (a 0,θ 3 ) 0,7 0,1 0,1 0,1 (a 1,θ 0 ) 0,5 0,5 0 0 (a 1,θ 1 ) 0,5 0,3 0,1 0,1 (a 1,θ 2 ) 0,5 0,2 0,2 0,1 (a 1,θ 3 ) 0,4 0,2 0,2 0,2 (a 2,θ 0 ) 0,5 0,25 0,25 0 (a 2,θ 1 ) 0,5 0,2 0,2 0,1 (a 2,θ 2 ) 0,4 0,3 0,15 0,15 (a 2,θ 3 ) 0,4 0,2 0,2 0,2 (a 3,θ 0 ) 0,4 0,2 0,2 0,2 (a 3,θ 1 ) 0,3 0,1 0,3 0,3 (a 3,θ 2 ) 0,3 0,2 0,2 0,3 (a 3,θ 3 ) 0,3 0,3 0 0,4 Tabela 3.1: Função Utilidade. u(p) MIN-Utilidade MAX-Utilidade u(p 0 ) 0, , u(p 1 ) 0, , u(p 2 ) 0, , u(p 3 ) 0, , entre 50% e 75%, é uma ação dominante em relação as demais ações. A simulação da função utilidade resultaria na obtenção da distribuição de probabilidade das ações do jogador-1, porém talvez, por usar-se apenas quatro ações e quatro bens, a sensibilidade da simulação não tenha sido atingida e mesmo usando uma função conseqüência mais pessimista, porém sem deixar de ser realista, a ação a 2, continua sendo dominante. 4 Após a Implementação Tanto as empresas como o governo devem também elaborar um planejamento estratégico após a implementação do aeroporto. Um ponto chave na negociação das empresas com o governo é a manutenção das vantagens oferecidas antes da implementação. Este ponto leva a discussão de um problema econômico conhecido como: O Princípio de Interdependência Estratégica. 4.1 O Princípio de Interdependência Estratégica O problema fundamental da política econômica pode ser descrito da seguinte forma: em cada período, o setor privado escolhe o seu vetor S p de variáveis estratégicas; conhecidas as escolhas, é a vez do governo decidir sua estratégia, S g. Há duas utilidades de interesse a do setor privado, U p (S p,s g ) e a do governo U g (S p,s g ). Levantado a hipótese de que o setor privado escolhe S p em função da estratégia esperada do governo Sg, de forma a maximizar a sua utilidade. Está 1026

8 Tabela 3.2: Distribuição a priori. π θ π(θ 0 ) 0,0625 π(θ 1 ) 0,0625 π(θ 2 ) 0,125 π(θ 3 ) 0,75 estabelecido o princípio da Interdependência. O princípio da interdependência estratégica é devido a Lucas e Sargent. E deste decorre que as leis de comportamento do setor privado se modificam em função das reações prevista do governo. O governo pode ser comportar de duas formas diferentes, o regime de regras ou de descrição. No primeiro o vetor S g é definido constitucionalmente, dessa forma ele é exógeno. Nesse caso, o governo age como um duopolista líder do modelo de Stackelberg. O modelo de oligopólio de Stackelberg considera que o mercado é dividido por duas empresas, a primeira se comporta como líder na decisão da quantidade a ser produzida e a segunda é uma empresa seguidora, a empresa líder sabe como a empresa seguidora vai se comportar, e incorpora a função de reação da empresa seguidora no seu problema de otimização. No regime de descrição o governo decide sua estratégia à vontade, uma vez que o setor privado já tenha decido a sua. Uma vez que o setor privado sabe como o governo se comportará ele antecipar a sua escolha e agora é ele que se comporta como líder. Algumas questões, serão levantadas, em relação a incerteza das ações do governo após a implantação do aeroporto. Uma dessas questões é se o governo mantém os incentivos ou não. O desenvolvimento do aeroporto representa uma melhoria social em toda a região do vale do são Francisco, porém por outro lado os incentivos diminui a arrecadação de impostos pelas mercadorias transportadas. Apesar da possibilidade de assegurar a manutenção dos incentivos através de um contrato, a sempre meios legais de se alterá decisões do governo, como exemplo pode-se citar as mudanças na legislação das agências de reguladoras (ANEEL, ANATEL e etc.), como também, a alteração no sistema de previdência social do governo. Dessa forma, o governo pode mudar sua estratégia de incentivos, como também passar a dar incentivos a outros aeroportos. As razões que poderiam levar o governo a alterar a sua estratégia, podem está relacionada ao fato de que após a implantação, uma decisão das empresas de sair do aeroporto teria uma pequena probabilidade de ocorrer visto o custo para sair do aeroporto, como também se o lucro das empresas aumentasse o governo poderia alterar a sua política e as empresas continuariam no aeroporto; também há a possibilidade das empresas não cumprirem com certas obrigações como por exemplo investimentos na região. O governo decide se continua ou não com os incentivos, e essa decisão será função da decisão da estratégia adotada pela empresa. 4.2 O Planejamento Estratégico de Uma Empresa Após a implementação do Aeroporto Indústrial o planejamento estratégico das empresas consiste em várias decisões, com relação a implantação da empresas no Brasil: contratação de pessoal, salário de funcionário, investimento em bens de capitais para produção na nova fabrica, como também a própria produção da empresa, realização de contratos de prestação de serviço e etc. O universo de problemas de decisões é bastante amplo. Em alguns pontos o problema de decisão pode ser formulado a parte de um problema maior da empresa. O vetor estratégico das empresas consiste em várias decisões. Vai-se considerar um exemplo em particular de apenas três planos estratégicos: S 1 p nível de produção; 1027

9 S 2 p nível de investimento e S 1 p participação no desenvolvimento da região. Para facilitar as futuras contas do modelo supõem-se uma dicotomia em cada estratégia, S j p = 0 se a empresa tomar uma estratégia de não desenvolvimento da empresa, de um não aumento na produção ou no investimento e S j p = 1 caso a estratégia da empresa seja o contrário. 5 O Problema do Governo Conjunto de Bens O conjunto dos bens P = {p g }, onde: p g (p 1,p 2,p 3 ) é um vetor de bens, cada elemento desse vetor é um atributo o qual é representado da seguinte forma: p 1 arrecadação com exportações do produto da empresa instalada no aeroporto indústrial; p 2 desenvolvimento da região do vale de São Francisco; p 3 imagem do governo perante a população. Os atributos p 2 e p 3 encontram-se numa escala de 1 a 10, enquanto que o valor do bem p 1 é representado em unidade monetária, porém pode-se representar um intervalo do bem como um valor na escala de 1 a 10. Dessa forma, existe = possíveis bens. A função utilidade usada no modelo será a função COBB-DOUGLAS: u(p) = p β 1 1 pβ 2 2 pβ 3 3, (5.1) onde os parâmetros β s representam o peso dos atributos na utilidade do bem p. A Incerteza do Governo O governo não sabe qual será o comportamento da empresa num instante de tempo seguinte, ou seja, o conjunto de estado da natureza Θ = {θ i = (S 1 p(t + 1),S 2 p(t + 1),S 3 p(t + 1))}, i = O Conjunto de Ações O plano de ações do governo será se o mesmo continua com incentivo ou não para as empresas. Dessa forma, pode-se representar ações da seguinte forma: a 0 o governo não continua com os incentivos e a 1 o governo continua com os incentivos. Vai-se indexar as ações pelo índice j. A Função Conseqüência A função conseqüência usada será: P(p g θ,a) = aθ T p g + p g g=1 (aθt p g + p g 1) onde: 1 é um vetor coluna 3x1 com o número 1. O uso da função conseqüência dessa forma permite algumas particularidades na chance do governo obter um determinado bem. Vai-se fazer uma simulação para expor as particularidades. A distribuição é discreta, o vetor p que tem uma soma de atributos maior terá uma maior chance de ser obtido. Dessa forma, pode-se dizer que para a nova variável aleatória, soma dos atributos do vetor p, que é contínua, a distribuição tem uma cauda para esquerda. Para uma simulação com mais de dados os gráficos 5.1 e 5.2 servem para mostrar as particularidades da função. Os eixo do Y representa a probabilidade de se ter o bem p dado uma certa a e um determinado θ. Os Gráficos apresentam a simulação para o agrupamento da variável aleatória soma que é contínua. Os dois gráficos representam funções onde o governo (5.2) 1028

10 decidiu continuar com os incentivos. O primeiro gráfico 5.1 está representando a função para o caso onde as empresa só decidem favoravelmente ao cenário com relação a produção, porém ele serve como representação de todos os θ que de alguma forma, dado que o governo continue com os incentivos, a empresa pelo menos está tomando a postura positiva com relação a uma estratégia. Neste caso, o desvio da distribuição é maior para valores intermediários da soma dos atributos. O segundo gráfico, a empresa está tendo uma postura positiva para todas as estratégias e o governo também continua com os incentivos então não é de se esperar que a variância seja grande, isso ocorre para caso onde o governo não mantém os incentivos e também, quando a empresa não toma nenhuma decisão positiva, com relação as estratégias. Figura 5.1: Simulação da Função Conseqüência -Figura 5.2: Simulação da Função Conseqüência A Decisão do Governo Para se obter uma decisão do governo, vai-se realizar um processo de simulação, no qual levanta-se a hipótese de que o governo é um bayesiano clássico, ou seja, o mesma adota uma distribuição de probabilidade a priori uniforme nos estados da natureza. Novamente a simulação é feita tomando funções utilidades aleatórias. O resultado é que o governo deve tomar a ação a 0 com probabilidade de 36,52% e a ação a 1 com 63,58% das vezes. 6 O Problema da Empresa No modelo proposto, o plano estratégico da empresa consiste nas decisões colocadas acima. A empresa necessita decidir qual o seu nível de produção, qual será o nível de investimento e sua participação no desenvolvimento da região. Porém a incerteza das empresas ocorrem em cenários completamente diferentes. A Incerteza das Empresas Com relação ao nível de produção, a empresa deve realizar estimativas da sua demanda, neste caso tanto nacional, como do mercado internacional. A necessidade de investimento ou não na empresa, é uma estimativa da capacidade produtiva necessária para a empresa atender a demanda do seu produto em futuros períodos. O terceiro elemento da incerteza da empresa consiste na ação do governo, se o mesmo continuará com os incentivos ou não. O problema pode ser formulado da seguinte forma: A incerteza quanto à demanda do mercado (θ 1 p): a empresa deve aumentar o nível de produção caso ocorra um aumento de demanda, então a incerteza não é quanto ao nível e sim quanto à variação da demanda no próximo período; A incerteza quanto ao nível de investimento (θ 2 p): como o nível de investimento deve ser em função da demanda nas datas futuras, vai-se supor que a empresa tenha capacidade de investir para atender a demanda daqui a dois instantes de tempo futuros, ou seja, há uma preocupação com relação à variação em t

11 A incerteza quanto aos incentivos (θ 1 p): É vital para empresa o comportamento do governo, mudanças de incentivo pode tornar todo o processo de implantação e produção não viável. Sendo assim, os estados da natureza podem ser representados da seguinte forma: θ j p = 1 se o resultado da incerteza j for positivo para a empresa e zero, em caso contrário. Tem-se assim, oito possíveis estados da natureza θ i p, i = É natural que o tratamento para estimação da demanda seja feito por séries temporais. Porém estimações para um período de tempo muito longo não são recomendadas. Com relação ao comportamento do governo, este deve decidir, em função também das estratégias futuras. Supondo que a empresa possa adotar um comportamento de líder. A empresa trata a incerteza da ação do governo, resolvendo primeiro o problema do governo. Sabendo quais são as distribuições de probabilidade das ações do governo ela passa a incorporar essas distribuições no seu problema de decisão. Os Conjunto de Bens da Empresa Para uma empresa suas preferências pode ser colocados sobre diversos atributos, porém muitos podem ser colocados sobre uma única dimensão, o lucro, ou seja dinheiro. A Função Perda Pode-se construir uma função conseqüência para a empresa semelhante a do governo. Porém optou-se pelo uso de uma função perda clássica, conhecida como função perda do observado ideal, onde: L(θ i,a j ) = 1 se i j e L(θ i,a j ) = 0 se i = j. O resultado do uso dessa função perda é clássico, a empresa deverá tomar a decisão correspondente a θ com a maior probabilidade de ocorrência. A exemplo a única decisão da empresa fosse investir ou não no desenvolvimento da região e essa decisão fosse em função da continuidade dos incentivos do governo a empresa deveria investir no desenvolvimento apenas 63,42%. 7 O Uso da Teoria da Decisão A complexidade do contexto não deixa dúvidas sobre a existência de um grau de incerteza que requer o uso de ferramentas apropriadas. No planejamento estratégico de qualquer empresa, ou mesmo do governo, a teoria da decisão é ferramenta muito forte, é obvio que há a necessidade do uso de simulação, pois cobrir o maior número de cenários possíveis não é uma tarefa fácil. O uso de modelos de probabilidades imprecisas e modelos de utilidade probabilísticos podem ser bastantes úteis neste processo. O estudo mostra que tanto as empresas como o governo devem também elaborar um planejamento estratégico após a implementação do aeroporto. Um ponto chave na negociação das empresas com o governo é a manutenção das vantagens oferecidas antes da implementação. Este ponto levou a uma discussão de um problema econômico conhecido como: O Princípio de Interdependência Estratégica. Pode-se identificar três grupos de agentes, no processo de implantação do Aeroporto: as empresas privadas (que estão interessadas em implantar uma nova empresa); as empresas locais (a maioria com interesse em desenvolver um comércio de agro-negócios com a Ásia) e as instâncias governamentais (incluir tanto o governo estadual, municipal e federal, como também, a INFRAERO). Para cada uma delas a metodologia proposta é aplicável. Os casos desenvolvidos mostram que é possível aplicar a teoria da decisão a qualquer planejamento estratégico. 1030

12 Tabela 7.1: Questionário Para Edução do Conhecimento a Priori I A 1 ou 0 I B [0;50] [50;100] [0;40] [40;100] [0;60] [60;100] [0;65] [65;100]... [20;30] [70;80] [0;10] [90;100] Referências Bibliográficas ACKOFF, R. L The meaning of strategic planning. Mckinsey Quarterly: 4-61, Summer, Informação retirada da p. 61. ACKOFF, R. L Planejamento empresarial. Rio de Janeiro: LTC. BERENGUER, A. M (Janeiro). Estudo sobre a edução da utilidade e do conhecimento a priori. M.Phil. thesis, Universidade Federal de Pernambuco, Recife. BOUCINHAS, J. F. C (Março). As vantagens do planejamento estratégico. Negócios em exame. CAMPELLO DE SOUZA, F. M Decisões racionais em situações de incerteza. Recife: Ed. Universitária da UFPE. FERGUSON, T. S Mathematical statistics, a decision theoretic approach. academic press. GERTRUDES COELHO NADLES, e FERNANDO MENEZES CAMPELLO DE SOUZA A protocol for the elicitation of prior distributions. von Neumann, John, & Morgenstern, Oskar Theory of games and economic behavior. Princeton. 1031

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