Movimento Combustível Legal. Carlo Rodrigo Faccio Gerente Planejamento Estratégico

Transcrição

1 Movimento Combustível Legal Carlo Rodrigo Faccio Gerente Planejamento Estratégico

2 Estrutura do Setor Produção Distribuição Revenda Consumidores Automotivo 17 REFINARIAS (14 PB) Gasolina A: comum, premium Diesel: S1800, S500, S10 Óleos Combustíveis Querosenes Gasolina de Aviação 3 PETROQUÍMICAS Gasolina A 384 USINAS de ETANOL Hidratado Anidro 154 DISTRIBUIDORAS *Inclui 7 distribuidoras de Combs. de Aviação Armazenagem / Transporte Mistura de Biocombustíveis Etanol Anidro + Gasolina A Biodiesel + Diesel Mistura de Aditivos Gasolina C Diesel Etanol Hidratado POSTOS com bandeira (58%) Indústrias Agricultura Fonte: ANP 51 PROD. DE BIODIESEL 4 FORMULADORES Gasolina A IMPORTADORES (+220) Diesel e Gasolina A 371 T.R.R. Transportador Revendedor Retalhista (Diesel, Óleos combustíveis) Transportador Aviação

3 Facilidades para novas Distribuidoras; Mais de 400 se registram. EVOLUÇÃO DO Autorizado posto MERCADO DE Bandeira Branca. DISTRIBUIÇÃO INADIMPLÊNCIA Pagamento c/ PRECATÓRIOS DEVEDOR CONTUMAZ Estabelecimento pelas SEFAZ(s) dos Regimes Especiais de Fiscalização. 4ª LIMINARES CONTRA OS REGIMES ESPECIAIS DE FISCALIZAÇÃO 5ª 1996 Fim do monopólio da PB - EC nº 9. SONEGAÇÃO ADULTERAÇÃO 3ª RECRUDESCIMENTO ADULTERAÇÃO FRAUDE METROLÓGICA IMPORTAÇÕES Liberação do preço da gasolina e do álcool nos postos Lei do Petróleo (9.478/97) e criação da ANP. Fim do vínculo à bandeira Firmada Jurisprudência pelo Judiciário. Cassação das liminares. 1ª 2ª LIMINARES CONTRA ICMS ST ST de PIS / Cofins na Refinaria. Distribuidoras e Postos contra CIDE. ADULTERAÇÃO Solventes. Adição de Água no Etanol Anidro (Álcool Molhado ). Fonte: 2017 Plural

4 Fonte : PGES/ANP/CEPEIA/COTEPE Setor do Downstream Combustíveis Legislação tributária COMPLEXA SETOR VULNERÁVEL : Relação Tributos vs. Margens brutas (distribuição + revenda): ~2,8 x 1 (**) R$ 4,8 BILHÕES/ANO de sonegação/inadimplência (fonte FGV jul/17) SEGURANÇA DE ABASTECIMENTO no Pais é um valor 1 ITEM DE ARRECADAÇÃO dos estados brasileiros 5º MERCADO mundial de consumo; 1º EM BIOENERGIA Aprox. R$ 50 Bilhões inscritos na divida ativa (praticamente irrecuperáveis) Investimento intensivo / Retorno de LONGO PRAZO Arrecada R$ 127 BILHÕES/ANO de tributos (**) dados pesquisas ANP/Esalq/PB/cotepe

5 Mercado de Combustíveis Óleo Diesel 44,0% QAV 5,3% Óleos Combustíveis 2,7% Gasolina C 35,4% Etanol Hidratado 10,9% Volume: 125 bilhões de litros + 0,6% vs 2016 Faturamento: R$ 400 bilhões Total Tributos: R$ 127 bilhões PIS/Cofins + CIDE: R$ 47 bilhões ICMS: R$ 80 bilhões Participação Associadas (%) GNV 1,6% Óleo Diesel Gasolina C Etanol Hidratado 65,0% 54,5% 73,2% Fonte: ANP/ Abegás/ FGV/ Esalq (CEPEA)/ Petrobras/ Cotepe

6 Cenário atual Cenário combustíveis Mudanças do comportamento do consumidor / Queda da Renda; Crescimento da demanda de produtos importados; Novas oportunidades criativas de sonegação / adulteração / fraudes; Morosidade do sistema (Processos administrativos / Judiciário) O comércio irregular da sinais de piora Queda de demanda / aumento desordenado de ICMS; Sensibilidade a preços pelo consumidor volta a crescer; Preço baixo em detrimento da qualidade do produto Sonegação, inadimplência e fraude se potencializam Déficit de Fiscalização (contingenciamento verbas)

7 Fraudes tributárias, por mínimo que sejam inviabilizam a concorrência 20% de Sonegação ou inadimplência 0,674 3,508 Preço Bomba 4,216 19,2% 15,2% Fretes + Margens 0,642 % Variação +20% - 5% redução de ~50% das margens bruta (distrib. + revenda) 1,023 0,384 0,411 1,017 29,2% 10,9% ICMS 40,1% PIS/Cofins + CIDE 28,0% 16,3% 11,7% Etanol Anidro 12,8% 29,0% Gasolina A 27,7% 1,179 0,687 0,541 1, % + 79% + 32% + 15% 44,3% tributos 18 A 24/06/ A 10/02/2018 Fonte: ANP/ Esalq (CEPEA)/ Petrobras/ Cotepe

8 Principais problemas no setor de combustíveis 1 FRAUDES TRIBUTÁRIAS elevada carga de tributos 2 FRAUDES OPERACIONAIS Fungibilidade / Montante $$ / Baixa punibilidade P E R M E I A M A C A D E I A... IMPORTAÇÃO $ PRODUÇÃO $ DISTRIBUIÇÃO $ TRANSPORTE $ REVENDA

9 A origem das irregularidades no setor Fungibilidade ROUBOS DE CARGA E DUTOS GANÂNCIA / OPORTUNISMO / SOBREVIVÊNCIA SONEGAÇÃO E INADIMPLÊNCIA CONCORRÊNCIA DESLEAL Tributo diferenciado - Produtos afins (gasolina, naftas e solventes) - Alíquotas do ICMS entre Estados - Metanol vs. Etanol Hidratado Gaps na Aplicação da Legislação/Regulação - Devedor Contumaz - Regimes Especiais de Tributação - Liminares Judiciais - Atualização da regulação Adulteração - Metanol - Etanol molhado - % anidro - % Biodiesel - Solventes Fraudes - Bomba Fraudada - Refinarias Clandestinas - Centros de Mistura - Simulação de vendas interestaduais - Importações Fraudulentas Receptação Produto sem origem e sem garantia de qualidade

10 Crescimento das importações abre oportunidades p/ fraudes Mudança de cenário no abastecimento aumento do número de importadores e volumes importados Regulamentação antiga e defasada Produtos similares com tratamentos tributários distintos + fiscalização insuficiente Desvio de finalidade para utilização como combustível atenção para Naftas e Metanol Possibilidade de evasão de divisas através de importações com sobre-preço Importações (fontes: ANP / Aliceweb) PRODUTO x 15 GASOLINA A (m3) % NAFTA (m3) % ÓLEO DIESEL (m3) % METANOL (ton) % Necessidade de melhorias na regulamentação e controles!!!

11 CADEIA DE COMBUSTÍVEIS Oportunidade fraudes REFINARIA PETROBRAS ~5 BILHÕES DE REAIS SONEGADOS POR ANO MISTURA PRODUTOS CARGA ROUBADA IMPORTAÇÕES METANOL CORRENTES CENTRAIS PETROQUIMICAS FROTAS MERCADO EXTERNO DE DERIVADOS REFINARIAS PRIVADAS ADULTERAÇÕES FRAUDES SONEGAÇÕES DEVEDOR CONTUMAZ CONSUMIDOR FINAL BOMBA FRAUDADA MISTURA PRODUTOS CARGA ROUBADA FORMULADORES E IMPORTADORES DISTRIBUIDORES POSTO E REVENDAS USINAS DE ETANOL BARRIGA DE ALUGUEL ETANOL MOLHADO GASOLINA A ETANOL ANIDRO ETANOL HIDRATADO GASOLINA C

12 Movimento Combustível Legal MCL combate ao comercio irregular Fórum Permanente de discussões e proposições de iniciativas no combate do comercio irregular e de avanços tributários Um conceito de Movimento Social Estimular o engajamento popular / mobilizar os diversos stakeholders Sensibilizar a sociedade quanto aos malefícios oriundos da sonegação / inadimplência Disponibilizar para a sociedade ferramentas participativas de apoio às causas do MCL

13 Apoiadores do MCL

14 MOVIMENTO COMBUSTÍVEL LEGAL defende Aprovação do PLS / 17 que regulamenta o Artigo 146 A da CF, fortalece os Regimes especiais de tributação e caracteriza o Devedor Contumaz. Simplificação e Uniformização das alíquotas do ICMS entre os Estados (criando um fundo temporário de compensação). Concentração da tributação da cadeia produtiva no elo da produção e importação. Revisão das normas de regulação e dos procedimentos de importação, com foco nas correntes de derivados, naftas, solventes e metanol. Revisão das legislações estaduais visando revogar a I.E. dos fraudadores com dolo comprovado. Equiparação das alíquotas do PIS & Cofins e do ICMS das correntes de derivados, naftas e solventes com as alíquotas dos combustíveis afins. Revisar a legislação e estabelecer mecanismo de inteligência Nacional para mitigar o Roubo de Cargas. Forças Tarefa Permanentes lideradas por órgão do executivo agrupando os demais órgãos de fiscalização.

15 Comunicação MCL POSTS FACEBOOK TWITTER LINKEDIN

16 Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência. somosplural.com.br Av. Almirante Barroso, nº 52, sala 2001 Rio de Janeiro - RJ, CEP: Tel.: (21)

17 Disparidade alíquotas do ICMS Gasolina C Incentivam fraudes nas vendas Interestaduais AL 29% CE 29% PB 29% PE 29% RN 29% SE 29% BA 28% MA 27% PI 27% ICMS GASOLINA C 25% 26% 27% 28% - GO 30% DF 28% MS 25% MT 25% RJ 34% MG 29% ES 27% SP 25% MG 29% 29% 30% 34% + RS 30% PR 29% SC 25% TO 29% PA 28% RO 26% RR 25% AC 25% AM 25% AP 25% 29% 25% 34% 27%

18 Desvio de finalidade das Correntes é um ótimo negócio

19 Barriga de Aluguel Corretor de Etanol potencializa novas fraudes e sonegação Perda controle qualidade Venda direta para Usinas (nota fiscal da distribuidora com carregamento direto na usina)

20 Devedor Contumaz Considerando... Jurisprudência está incentivando empresas (mesmo sem capital e sem ativos suficientes, e geralmente constituídas por sócios laranjas) a se manterem no mercado por longo período e constituindo dividas milionárias de ICMS, e que dificilmente serão pagas; Estas empresas de forma premedita e sistemática geram concorrência desleal e eliminam concorrentes ( RJ é um bom exemplo ); Sérios indícios de estarem fomentando Corrupção; Sérios índicos de infiltração do crime organizado no setor; A sociedade está pagando a conta Domínios de mercado Tributos não são revertidos para a população Desafio... Judiciário fixar jurisprudência diferenciando o Devedor Contumaz do Devedor Eventual de Tributos Reformar Sumula 70 STF Revisitar Lei Punibilidade

21 * Há empresas Barrigas de Aluguel com débitos entre R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão Regime Especial X Devedor Contumaz BARRIGAS DE ALUGUEL iniciam a operação declarando GIAs falsas e intencionalmente acumulando créditos falsos de ICMS Acúmulo de DÉBITOS por INADIMPLÊNCIA e/ou SONEGAÇÃO (omissão de lançamentos, meia nota ) SEFAZ aplica auto de infração e encaminha para Conselho de Contribuintes (TIT) TIT julga o mérito dos processos e encaminha para inscrição em dívida ativa SEFAZ IDENTIFICA sistemática e cria regimes especiais de tributação e fiscalização Distribuidoras obtêm LIMINARES contra o regime especial, mantendo a operação e acumulando mais débitos PGEs RECORREM mas geralmente liminares são MANTIDAS em 1ª instância Distribuidoras continuam operando e multiplicando DÉBITOS * Em 2 a 3 anos, na iminência de julgamento da liminar, EMPRESAS DEIXAM DE ATUAR e NOVAS EMPRESAS são estabelecidas

22 Roubo de Combustíveis CRIME ORGANIZADO Trepanação de dutos ( Bicas ) 73 casos em 2016; 14 em 2015; 1 em 2014 Baixa Punibilidade : conversão em serviços sociais Riscos ambientais Roubo de Cargas (CIF Associadas) Aumento de 65% no número de ocorrências 16 x 15 Concentração no RJ e Centro-Oeste CONCORRÊNCIA DESLEAL EVASÃO FISCAL ADULTERAÇÃO DE PRODUTO