PROTOCOLO MÉDICO TRANSPORTE INTRA- HOSPITALAR DO RN
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- Martín de Sintra Vasques
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1 Página: 1 de 7 Aquele realizado dentro do próprio hospital, quando os pacientes internados em Unidade Neonatal/Pediátrica sa o transportados para a realização de alguma intervenc a o ciru rgica ou procedimento diagnóstico, dentro das depende ncias do hospital ou em locais anexos. Em nosso caso, inclui-se nessa modalidade também, o transporte do recémnascido de risco, ou gravemente enfermo, do seu local de parto (sala de parto ou centro cirúrgico) à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Adequar essa modalidade de transporte constitui prioridade, pois auxiliará a alcançarmos estabilização clínica mais rápida desse paciente e a diminuir morbi-mortaldade. Em qualquer das duas situac o es, os transportes podem se tornar um risco a mais para o paciente criticamente doente e, por isso, devem ser considerados como uma extensa o dos cuidados realizados na Unidade de Tratamento Intensivo. A responsabilidade pela indicac a o desse tipo de transporte e da equipe que presta assiste ncia ao paciente na Unidade. Muito mais atenc a o tem sido dada e estudos realizados em relac a o ao transporte inter-hospitalar, comparado ao intra- hospitalar. Entretanto, deve-se lembrar que o transporte intra-hospitalar ocorre com grande freque ncia e para sua realizac a o sa o necessários treinamentos e habilidades similares aos requisitados para a realizac a o do transporte inter-hospitalar. 1. Equipamentos O equipamento mi nimo necessário para o transporte Neonatal intra-hospitalar constituise de: -Incubadora de transporte: transparente, de dupla parede, bateria e fonte de luz.
2 Página: 2 de 7 * Em nosso caso, enquanto não tivermos a nossa disposição uma incubadora de transporte, utilizaremos a incubadora convencional, principalmente para trazer o RN enfermo do Centro Cirúrgico à UTI, visto que a distância é curta. Nunca trazer um prematuro extremo no colo, pelo risco de hipotermia e Hemorragias intra-cranianas. -Cilindro de oxige nio recarregável. -Bala o autoinflável com reservatório e máscaras ou respirador neonatal. -Monitor cardi aco e/ou oxi metro de pulso com bateria. -Material para intubac a o, venóclise e drenagem torácica. -Termo metro, estetoscópio, fitas para o controle da glicemia capilar. -Bomba Perfusora. * Especificamente no caso do RN enfermo que é transportado do centro cirúrgico ou sala de parto para a UTI, visto a curta distância e os procedimentos iniciais que serão feitos, pode-se dispensar termômetro, fitas para controle de glicemia e bomba perfusora, de acordo com a clínica do paciente. Esse material deve ser portátil, durável, leve, de fácil manutenc a o e estar sempre pronto e disponi vel. Esses equipamentos devem possuir bateria própria e recarregável, com autonomia de funcionamento de, no mi nimo, o dobro do tempo do transporte. Ale m disso, o material na o pode sofrer interfere ncia eletromagne tica e deve possuir um módulo de fixac a o adequada. Deve suportar a descompressa o aguda, mudanc as de temperatura, vibrac a o e ser compati vel com outros equipamentos de
3 Página: 3 de 7 transporte. Os equipamentos devem poder passar pelas portas de tamanho padra o dos hospitais. 2. Medicac a o A medicac a o, que deve estar disponível na maleta de emergência, inclui: Drogas de efeito neurológico: morfina ou fentanil, midazolan, fenobarbital sódico e difenil-hidantoi na. Diversos: aminofilina, dexametasona, pancuro nio, vitamina K, heparina e lidocai na 0,5%. -Para o aporte hidroeletroli tico: soro fisiológico e glicosado a 5 e 10%, glicose a 50%, cloreto de potássio a 10%, cloreto de sódio a 20%, gluconato de cálcio a 10% e água destilada. -Para a reanimac a o: adrenalina (1/10.000). -Drogas de efeito cardiovascular: dobutamina, dopamina. 3. Estabilizac a o Cli nica Pre -Transporte Para que um transporte neonatal seja definido como seguro e imprescindi vel uma adequada estabilizac a o cli nica do paciente antes que ele seja transportado, juntamente com a presenc a de uma equipe de transporte bem treinada. Em relac a o a estabilizac a o
4 Página: 4 de 7 do paciente, os seguintes cuidados devem ser considerados independentemente de dista ncia a ser percorrida: a) Manutenc a o da Temperatura E um ponto crucial, pois a hipotermia está associada ao aumento da morbimortalidade. Por isso, jamais deve-se transportar um RN prematuro e/ou de risco nos brac os para a UTI. A temperatura e medida na regia o axilar e o transporte só deve ser iniciado se o rece m-nascido estiver normote rmico. A manutenc a o da temperatura poderá ser atingida por meio da utilizac a o de: secagem adequada do rece m-nascido, quando o transporte ocorrer logo após o nascimento; utilizac a o de incubadora de transporte de dupla parede com a temperatura regulada de acordo com o peso do paciente; envolver o corpo do rece m-nascido, mas na o a cabec a, em filme transparente de PVC para diminuir a perda de calor por evaporac a o e convecc a o; Uso de toucas principalmente em prematuros e pacientes com hidrocefalia. b) Estabilizac a o Respiratória Inclui cuidados apropriados de reanimac a o e manutenc a o de vias ae reas pe rvias com: - aspirac a o de vias ae rea superiores incluindo boca, nariz e hipofaringe; - verificar posicionamento correto do rece m-nascido.
5 Página: 5 de 7 Por vezes, pode ser indicada a intubac a o traqueal antes da remoc a o de pacientes instáveis com risco de desenvolver insuficie ncia respiratória, garantindo-se antes do transporte a localizac a o e a fixac a o adequada da ca nula. O bala o autoinflável e uma opc a o quando na o dispomos de ventilador meca nico portátil, devendo ser usado com o mano metro, para assegurar a pressa o inspiratória dada. Este me todo pode aumentar o risco de hipoventilac a o e barotrauma. O bala o com reservatório, ligado a uma fonte de oxige nio a 5l/min, permite a concentrac a o de oxige nio entre %. Podemos oferecer concentrac o es de oxige nio de 40% no bala o autoinflável se retirarmos o reservatório. O ventilador manual nos dá a vantagem de controlar a pressa o inspiratória e expiratória, aumentando a seguranc a ventilatória durante o transporte. Sua limitac a o e que a freque ncia ventilatória deve ser controlada manualmente pelo profissional. O ventilador meca nico seria o ideal para se transportar o paciente, pois mante m estável os para metros ventilatórios, infelizmente o custo e elevado. Para distâncias curtas, como entre o Centro-Cirúrgico e a UTI, pode-se usar o balão com reservatório com segurança. c)manter o Acesso Venoso Transportar com acesso venoso calibroso e seguro. Se necessário, garantir 2 vias vasculares. No caso do RN enfermo que será transportado `a UTI, pode-se avaliar a possibilidade, de acordo com a clínica do mesmo, de conseguir o acesso venoso só ao chegar na
6 Página: 6 de 7 unidade. Nesse caso, a equipe e os materiais necessários já devem estar preparados para receber o paciente. d) Monitorizac a o Hemodina mica E realizada por meio de avaliac a o da perfusa o cuta nea, freque ncia cardi aca, pressa o arterial, de bito urinário e balanc o hi drico. O controle dos batimentos cardi acos deve ser realizado preferencialmente por meio do monitor de freque ncia cardi aca. Caso na o seja possi vel o uso de monitores, verificar a freque ncia cardi aca por palpac a o do pulso braquial e/ ou femoral. A ausculta cardi aca durante o transporte e dificultada pelo excesso de rui dos e pela movimentac a o. 4. Cuidados Durante o Transporte Evitar alterac o es da temperatura, controlar temperatura a cada 10 minutos. Verificar a permeabilidade de vias ae reas: observar a posic a o do pescoc o do paciente, a presenc a de secrec o es em vias ae reas e, se intubado, a posic a o e a fixac a o da ca nula traqueal durante o transporte. Monitorizar a oxigenac a o: deve ser feita por meio da oximetria de pulso. 5. Referências Bibliográficas: 1. Manual de Transporte Neonatal do Ministério da Saúde 2. Manual de Transporte Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria
7 Página: 7 de 7 Médica Neonatologista CRM/SP: Diretora Clínica / Médica CRM/SP: Diretor Técnico / Médico CRM/SP: 90410
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