Ágio Contábil e Fiscal Aspectos Relevantes e Polêmicos
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- Carlos Borba Sousa
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1 Ágio Contábil e Fiscal Aspectos Relevantes e Polêmicos Ricardo Antonio Carvalho Barbosa DRJ/Fortaleza/CE Receita Federal do Brasil 13/11/12 1
2 Ágio: Decreto-Lei nº 1.598/77 CPC 15 e 18 a) Ágio ou deságio decorrente do valor de mercado do ativo superior ou inferior ao custo. b) O ágio ou deságio decorrente de expectativa de resultado futuro; c) Fundo de comércio, intangíveis e outras razões econômicas. a) Mais ou menos valia - ativos líquidos avaliados a valor justo; b) Ágio por rentabilidade futura (Goodwill). Ganho proveniente por compra vantajosa. Instrução CVM nº 01 de 1978
3 Tratamento do Ágio ou Deságio Contábil: Quando desaparecerem os fundamentos que justificaram o ágio ou deságio, estes serão amortizados. Fiscal: A contrapartidas da amortização não serão computadas na determinação do lucro real, exceto quando ocorrer a alienação ou liquidação do investimento correspondente (arts. 25 e 33 do DL 1.598/77). Exclusão LL
4 Reavaliação de Bens do Ativo da Coligada ou Controlada (ART. 24 DL 1.598/77) Reavaliação de bens do ativo da coligada ou controlada - deverá ser compensada pela baixa do ágio com fundamento no valor de mercado dos bens reavaliados. D Participação Societária (Vr. Patrimonial) C Ágio Valor de Mercado Bem Sem ajuste LALUR
5 Bens diferentes dos que serviram de fundamento ao ágio, ou a reavaliação por valor superior ao que justificou o ágio: D Participação Societária (Vr. Patrimonial) C Reserva de Reavaliação
6 Deverá ser computado na determinação do lucro real do período-base em que o contribuinte alienar ou liquidar o investimento, ou em que utilizar a reserva de reavaliação para aumento do seu capital social. D Participação Societária (Vr. Patrimonial) C Reserva de Reavaliação
7 Será baixada mediante compensação com o ajuste do valor do investimento: a) nos períodos-base em que a coligada ou controlada computar sua reserva de reavaliação na determinação do lucro real; ou b) no período-base em que a coligada ou controlada utilizar sua reserva de reavaliação para absorver prejuízos. D Reserva de Reavaliação C Participação Societária (Vr. Patrimonial)
8 Incorporação, Fusão ou Cisão
9 Investidora Incorporadora Investida Ágio Vr. Mercado Equipamento Equipamento Art. 7º, I, Lei nº 9.532/97: - Deverá ser registrado em contrapartida à conta que registre o bem ou direito que lhe deu causa. - Integrará o custo para efeito de apuração de ganho/perda de capital e de depreciação, amortização ou exaustão. 9
10 Investidora Incorporadora Investida Ágio Rent. Futura Diferido Art. 7º, III, Lei nº 9.532/97: - poderá amortizar o valor do ágio à razão de 1/60 avos; - deverá amortizar o valor do deságio à razão de 1/60 avos; As disposições também se aplicam aos casos em que o bem não houver sido transferido, na hipótese de cisão, para o patrimônio da sucessora. 10
11 Investidora Incorporadora Investida Ágio Fundo Comércio Ativo Diferido Art. 7º Lei nº 9.532/97: Deverá ser registrado em contrapartida a conta de ativo permanente, não sujeita a amortização. O valor registrado: a) será considerado custo de aquisição, para efeito de apuração de ganho ou perda de capital na alienação do direito que lhe deu causa ou na sua transferência para sócio ou acionista, na hipótese de devolução de capital; 11
12 Investidora Incorporadora Investida Ágio Fundo Comércio Ativo Diferido Art. 7º Lei nº 9.532/97: b) poderá ser deduzido como perda, no encerramento das atividades da empresa, se comprovada, nessa data, a inexistência do fundo de comércio ou do intangível que lhe deu causa. 12
13 Novos Métodos e Critérios Contábeis Lei , de 2009 Art. 15. (...) 1 o O RTT vigerá até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos tributários dos novos métodos e critérios contábeis, buscando a neutralidade tributária.
14 Ágio: Decreto-Lei nº 1.598/77 CPC 15 e 18 a) Ágio ou deságio decorrente do valor de mercado do ativo superior ou inferior ao custo. b) O ágio ou deságio decorrente de expectativa de resultado futuro; c) Fundo de comércio, intangíveis e outras razões econômicas. Instrução CVM nº 01 de 1978 a) Mais ou menos valia - ativos líquidos avaliados a valor justo; b) Ágio por rentabilidade futura (Goodwill). Ganho proveniente por compra vantajosa.
15 Goodwill De acordo com os novos pronunciamentos contábeis o goodwill está sujeito ao teste de impairment, no lugar da amortização. Busca da Neutralidade tributária: Reconhecimento quando ocorrer a alienação ou baixa do investimento. Nos casos de incorporação, fusão ou cisão a amortização não é registrada contabilmente, assim somente poderá ocorrer se concedida como benefício fiscal.
16 Ganho Proveniente de Compra Vantajosa Excesso do valor justo dos ativos líquidos da investida, na proporção da participação adquirida, em relação ao custo de aquisição do investimento. Situações Possíveis: a) Aquisição de participação societária e posterior alienação. b) Aquisição de participação societária e posterior incorporação, fusão ou cisão; c) Outras hipóteses de combinação de negócios.
17 Ganho Proveniente de Compra Vantajosa Excesso do valor justo dos ativos líquidos da investida, na proporção da participação adquirida, em relação ao custo de aquisição do investimento. Neutralidade tributária - Diferimento da tributação para quando ocorrer a alienação ou baixa do investimento. Situações Possíveis: a) Aquisição de participação societária e posterior alienação. b) Aquisição de participação societária e posterior incorporação, fusão ou cisão; c) Outras hipóteses de combinação de negócios.
18 Ganho Proveniente de Compra Vantajosa Exemplo: Participação Mais Valia (ativo ou passivo AVJ) Custo Aquisição Compra Vantajosa
19 Ganho Proveniente de Compra Vantajosa Ocorrendo Incorporação, Fusão ou Cisão: Participação Mais Valia (ativo ou passivo AVJ) Custo Aquisição Compra Vantajosa Integrará o ativo/passivo que lhe deu causa Tratamento tributário que era dado ao antigo deságio - reconhecimento em 5 anos.
20 Combinação de Negócios Realizada em Estágios O adquirente obtém o controle de uma adquirida na qual ele mantinha uma participação de capital imediatamente antes da data da aquisição. De acordo com o CPC 15, a participação anterior deve ser avaliada a valor justo na data da aquisição, sendo reconhecido no resultado do período o ganho ou a perda resultante, se houver. A legislação tributária atual não trata especificamente desta situação.
21 Exemplo Consideremos os seguintes dados, referentes a uma combinação de negócios em estágios, em que a empresa X adquire 10% das ações de Y, e posteriormente o controle, com a aquisição de mais 40%: 1ª aquisição (10%) 2ª aquisição (40%) Patrimônio Líquido Y Ativos Líquidos Y AVJ Custo Aquisição Investimento , , , , , ,00
22 Desdobramento Custo Aquisição 1ª Aquisição 10% 2ª Aquisição 40% 1ª Aquisição avaliada a valor justo Situação Final (50%) Participação 1.000, , , ,00 Mais Valia 200, ,00 300, ,00 Goodwill 100,00 600,00 150,00 750,00 Total 1.300, , , ,00 Ganho AVJ participação anterior = = 150,00
23 Participação Mais Valia (Part. 1) Goodwill (Part.1) (1) (1) 200 (1) 100 (3) (2.1) 100 (2.2) Ganho Mais Valia (Part. 2) Goodwill (Part.2) (2.1) 100 (3) (3 ) 600 (2.2) 50 (4) 150 Caixa XXXX (1) (4) 150 (3)5.800 ARE Tratamento Tributário?
24 Planejamentos Tributários Ilícitos - Ágio Interno Orientação Técnica OCPC 02: Só pode ser reconhecido o ativo intangível ágio por expectativa de rentabilidade futura se adquirido de terceiros, nunca o gerado pela própria entidade (ou mesmo conjunto de empresas sob controle comum).
25 Contabilidade Receita Bruta Lucro Líquido Ajustes do RTT Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR Lucro Líquido + Adições -Exclusões Compensa ção = Lucro Real A identidade do instituto no Direito Privado e no Direito Tributário se dá sempre que o Direito Tributário não queira modificá-lo para fins fiscais (art. 109 do CTN). 25
26 Grato pela Atenção Ricardo Antonio Carvalho Barbosa
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