PREMIO ABRALOG DE LOGÍSTICA 2013 AMBEV Sistema de Segurança em Empilhadeiras com RFID (Pat. Req.)

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1 PREMIO ABRALOG DE LOGÍSTICA 2013 AMBEV Sistema de Segurança em Empilhadeiras com RFID (Pat. Req.) 3.1. Informações gerais (no máximo em 1 página): Nome da empresa: AMBEV Endereço: Rua Renato Paes de Barros, 1.017, 4º andar. Pessoa de contato: João Francisco Toqueti Telefone: / joao.toqueti@ambev.com.br Segmento de Atuação: Bebidas Número de plantas ou CD's: Título e resumo do projeto: Sistema de Segurança em Empilhadeiras com RFID (Pat. Req.) Categoria: Automação e Tecnologia da Informação Aplicada à Logística 3.2. Dificuldade encontrada (no máximo em 1 folha) Máquinas extremamente úteis, as empilhadeiras também podem revelar-se muito perigosas se não forem operadas por profissionais treinados. Uma empilhadeira é um veículo industrial, geralmente de pequeno porte e projetado com um sistema de braços que servem para levantar e mover a carga de um lugar para outro. Empilhadeiras são mais utilizadas em fábricas e em grandes armazéns, onde as cargas, relativamente pesadas, precisam ser transferidas regularmente. Estas máquinas são muito úteis quando se trata de carga ou descarga de mercadorias, retirada e entrega de produtos em linhas de produção além do transporte e armazenagem em pequenas distâncias. Acidentes com empilhadeiras: Em geral os acidentes que ocorrem com empilhadeiras, são atribuídos à falta de formação e treinamento dos operadores ou à sua inexperiência em lidar com

2 essas máquinas. Além de acidentes com os próprios operadores, há um risco de acidente devido a proximidade entre homens e máquinas dentro das operações de armazém fabris e de distribuição. Segundo os dados compilados pela Occupational Safety Health Administration (OSHA), órgão do governo americano, morrem 85 pessoas por ano nos Estados Unidos, deixando pessoas com ferimentos graves e mais de 60 mil com ferimentos leves envolvidas em acidentes com empilhadeiras. Existem dois grandes tipos de acidentes devido a proximidade com empilhadeiras: (1) Devido ao tamanho e força das empilhadeiras, os acidentes envolvendo estes equipamentos, quase sempre, refletem em graves ferimentos no caso de choque homem x máquina, podendo chegar a morte, ou (2) quando os acidentes acontecem com a carga que esta movimentando, ou seja, quando existe quebra de produtos com queda no chão, há grande possibilidade de que algumas partes sejam projetadas em pedestres e/ou até mesmo no próprio operador de empilhadeira devido a proximidade à empilhadeira, sendo este último menos crítico do ponto de vista de risco a vida do que o primeiro. Dentro das operações da AmBev, mesmo investindo mais de R$ 10 milhões nos últimos dois anos na segregação entre homens e empilhadeiras com barreiras físicas e treinamentos, ainda existem relatos de Atos Inseguros e de Incidentes com relação a proximidade de homens e empilhadeiras. Por mais que nenhum acidente de alta gravidade tenha sido relatado, mas sabendo do alto risco desta interação e destes relatos, a AmBev contatou a USP / Cislog para a realização conjunta deste projeto inovador que visa a atuação preventiva com relação a interação homem x máquina dentro das operações de armazém da AmBev.

3 Fonte: Flávio Saraiva- - acidentes- com- empilhadeiras- e- dicas- de- seguranca/ Dentro deste contexto foi desenvolvido o Sistema de Segurança em Empilhadeiras com RFID (Pat.Req.) O projeto que foi desenvolvido (no máximo em 3 páginas) Metodologia: No desenvolvimento do Sistema de Segurança em Empilhadeiras com RFID (Pat.Req.) foram realizadas pesquisas de mercado buscando encontrar soluções prontas que pudessem atender aos requisitos de segurança e prevenção de acidentes com empilhadeiras devido interação e proximidade homem x máquina. Foram identificados dois sistemas: um Americano e outro Espanhol, ambos baseados em tags com RFID ativos, que embora acionassem alarmes sonoros quando da detecção de pedestres, não dispunham de sistemas de atuação nas empilhadeiras, condição básica para evolução do projeto a fim de evitar o choque entre homens e empilhadeiras. Além disto, os custos envolvidos para a implantação destas duas soluções prontas fugiam de qualquer orçamento antes desenvolvido para o projeto. Neste sentido, o caminho de incentivar o desenvolvimento de uma solução brasileira foi então escolhido. Solução: A Solução do Sistema de Segurança em Empilhadeiras com RFID (Pat.Req.) foi desenvolvida com os seguintes requisitos: a) Os pedestres identificados pelo RFID dentro da região de segurança(de 7 a 9 metros para frente e trás e de 1 a 3 metros nas laterais) deverão acionar o sistema de segurança com atuações sonora, luminosa e de parada empilhadeira Conforme Figura 1.;; b) Os operadores das empilhadeiras deverão ser considerados pedestres quando não estiverem operando a empilhadeira;;

4 c) Os operadores de empilhadeiras, quando em operação dentro das máquinas, não deverão acionar o sistema de segurança de suas próprias máquinas e nem o de outras empilhadeiras;; d) Apenas operadores habilitados, com CNH, exame médico e treinamentos válidos podem operar as empilhadeiras;; e) O sistema deverá permitir guardar e exportar os registros de ocorrências, com o objetivo de identificar a freqüência de acionamento do sistema bem como os operadores e pedestres envolvidos. Ferramentas utilizadas: Sistemas de RFID de longa e curta distância. Equipamentos: a) Leitora de RFID para longa distância para identificação dos pedestres com 4 antenas de RFID, conforme Figura 2 no anexo. b) Leitora de RFID de curta distância para identificação do operador na empilhadeira e sua liberação de acordo com cadastro prévio e crachá individual;; c) Dispositivo de comunicação entre empilhadeiras para garantir que o operador, quando embarcado no equipamente, não acione o sistema de segurança da sua e de outras empilhadeiras;; d) Dispositivo de atuação automática de parada da máquina, atuação luminosa e sonora, ambas com temporizador;; e) Etiquetas de RFID espalhadas em posições estratégicas nos capacetes dos profissionais envolvidos, conforme Figura 3 no anexo Software: Software de controle e acionamento do sistema de segurança de pedestres e software de controle e liberação de operadores desenvolvido, especialmente, para o projeto.

5 Processo de implantação: Depois de definidos os parâmetros e escolhido o desenvolvimento de uma solução brasileira (Fase 1), foram encomendados dois protótipos que deveriam demonstrar a viabilidade técnica e econômica da solução, processo este que ocorreu entre Abril e Julho de 2013 (Fase 2). Depois da aprovação da solução, os dois protótipos foram enviados para a unidade fabril Guarulhos da AmBev, para os testes locais do sistema bem como da avaliação da adaptação das pessoas ao sistema e consequente finalização da Fase 2. Uma das grandes preocupações para esta fase, foi o treinamento e desdobramento do sistema com 100% da equipe Logística, tanto funcionários próprios como terceirizados dentro da Operação. Neste caso, foram desenvolvidos treinamentos locais, em ambiente controlado, de pessoas sendo alvo e sendo operador para o entendimento dos conceitos pro trás do projeto. Após esta fase, os protótipos continuaram em testes funcionais locais, sendo aprovados e dando início a Fase 3 do projeto, ou seja, no desdobramento deste Sistema de Segurança em Empilhadeiras com RFID (Pat. Req.) nas demais 13 empilhadeiras da unidade. Investimentos: Foram investidos R$ ,00 no desenvolvimento da solução (Fase 1), R$ ,00 na construção dos dois protótipos e testes em Guarulhos (Fase 2) e outros R$ ,00 (Fase 3) estão sendo investidos para o desenvolvimento do sistema nas outras 13 máquinas operantes em Guarulhos Resultados e benefícios alcançados (no máximo em 1 página) Os resultados encontrados na implantação dos dois protótipos na unidade fabril da AMBEV de Guarulhos-SP são bem promissores.

6 Durante 15 dias de testes, houve em torno de 20 a 30 detecções no perímetro de segurança por empilhadeira por turno. Espera-se que este número venha a diminuir com a melhoria da interação homem-máquina e mudança comportamental da operação. Dois pontos chamaram a atenção da equipe de desenvolvimento: a) O conceito de segurança ocupacional e operacional desdobrada entre as equipes, por se tratar de uma solução inovadora que muda padrões operacionais e a cultura instalada, foi a seguinte: pessoas, mas sim as pessoas que devem se adaptar ao sistema b) Mudança comportamental dos próprios operadores começando máquinas equipamentos bem como para evitarem acidentes uma vez que entenderam os riscos envolvidos na operação. Outro ponto que surpreendeu a todos nos testes foi que não houve nenhum registro de acionamento não desejado do sistema de segurança envolvendo operadores e empilhadeiras em operação, ou seja, o sistema atuou de acordo com as premissas estabelecidas dentro das operações da unidade Guarulhos. Sugestões de melhorias tanto de procedimentos operacionais como do sistema de segurança de empilhadeiras com RFID estão sendo recolhidos e serão avaliados para implantação nas demais unidades AmBev em 2014, cujo orçamento já esta aprovado em mais de R$ ,00 que contempla 770 empilhadeiras em todo o Brasil.

7 3.5. Anexos para referência, ilustração e consulta da banca (desenhos, layout, fotos, catálogos e resultado de pesquisas) Figura 1 Distâncias projetadas para detecção dos pedestres Figura 2 Posicionamento das Antenas de RFID Figura 3 Posicionamento das etiquetas de RFID no pedestre

8 Figuras 4 e 5 Protótipos em Operação na Unidade fabril de Guarulhos