PROFa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ
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2 PROFa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ Mestre em Direito Previdenciário PUC/SP Especialista em Direito Previdenciário pela EPD Advogada e Consultora Jurídica Professora de Direito Previdenciário Ex Servidora do INSS veramcq@uol.com.br Face: Vera Queiroz WhatsApp
3 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 3
4 EMPRESA E PESSOA EQUIPARADA - CONCEITO: Art. 15, inciso I da Lei 8.212/91 EMPRESA - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional. 4
5 EMPRESA E PESSOA EQUIPARADA PESSOA EQUIPARADA - o contribuinte individual e a pessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras, o operador portuário e o Órgão Gestor de Mão de Obra. 5
6 CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA Art. 22 da Lei 8.212/91 I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. 6
7 CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213/91, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: a) 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; c) 3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave. 7
8 CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços; IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhes são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. (execução suspensa pelo Senado Federal através da Resolução nº 10, de ) 8
9 CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA A cooperativa de trabalho não está sujeita à contribuição patronal incidente sobre a remuneração do contribuinte individual, em relação às importâncias por ela pagas, distribuídas ou creditadas aos respectivos cooperados, a título de remuneração ou retribuição pelos serviços que, por seu intermédio, tenham prestado a empresas. (art. 201, 19 do Decreto 3.048/99). 9
10 CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA BANCOS E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS: No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribuições sobre faturamento e lucro, É DEVIDA A CONTRIBUIÇÃO ADICIONAL DE DOIS VÍRGULA CINCO POR CENTO SOBRE A BASE DE CÁLCULO DEFINIDA NA CONTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS E CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS. (Art. 22, 1º, Lei 8.212/91 e art. 201, 6º, RPS) 10
11 CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA APORTE PATRONAL NA CONTRATAÇÃO DE CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: Art. 22, III da Lei 8.212/91 BASE DE INCIDÊNCIA: TOTAL DAS REMUNERAÇÕES PAGAS OU CREDITADAS A QUALQUER TÍTULO, DURANTE O MÊS. ALÍQUOTA: 20% + 2,5%* * (adicional de bancos etc.) 11
12 CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA APORTE PATRONAL NA CONTRATAÇÃO DE EMPREGADO E TRABALHADOR AVULSO: Art. 22, I e II da Lei 8.212/91 BASE DE INCIDÊNCIA: É O TOTAL DAS REMUNERAÇÕES PAGAS, DEVIDAS OU CREDITADAS A QUALQUER TÍTULO, DURANTE O MÊS. 12
13 CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA REMUNERAÇÕES PAGAS = remunerações quitadas. REMUNERAÇÕES DEVIDAS = remunerações não pagas, se caracterizam em dívidas com o trabalhador, desde o fato gerador da obrigação tributária (regime de competência). REMUNERAÇÕES CREDITADAS = são os adiantamentos (ex: vale, reajuste salarial). 13
14 CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA ALÍQUOTAS: A) 20% + 2,5%* B) GIILRAT 1% ou 2% ou 3% C) ADICIONAL DE GIILRAT 6% ou 9% ou 12% * (adicional de bancos etc.) 14
15 CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA GIILRAT (SAT/RAT) GRAU DE INCIDÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA DECORRENTE DOS RISCOS AMBIENTAIS DO TRABALHO, de acordo com a atividade preponderante da empresa. Quando o risco de acidente do trabalho é considerado: LEVE 1% MÉDIO 2% GRAVE 3% 15
16 CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA CONTRIBUIÇÕES SUBSTITUTIVAS Quando ocorre mudança na base de incidência. Hipóteses: A) Associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional B) Produtor rural pessoa jurídica C) Microempreendedor 16
17 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 17
18 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO CONCEITO: É a base de cálculo sobre a qual incidirá a contribuição previdenciária do segurado, exceto o especial, e do tomador de serviço, sendo utilizado para a fixação do salário de benefício, salvo o salário família e o salário maternidade. 18
19 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO PARA EMPREGADO E TRABALHADOR AVULSO: é a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. Art. 28, I da Lei 8.212/91 19
20 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO Art. 28, 10 da Lei 8.212/91. PARA O EMPREGADO E TRABALHADOR AVULSO, na condição de dirigente sindical, a remuneração efetivamente auferida na entidade sindical ou empresa de origem. 20
21 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO Art. 28, II da Lei 8.212/91. PARA EMPREGADO DOMÉSTICO: é a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação do vínculo empregatício e do valor da remuneração. Art. 214, II do Decreto 3.048/99: Carteira Profissional e/ou Carteira de Trabalho e Previdência Social. 21
22 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO CF, Art. 195, I: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. CF, Art. 201, 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. 22
23 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO Salário e rendimentos do trabalho pagos com habitualidade apenas são pagos ao empregado. Repercussão da verba em benefícios previdenciários, isto é, o cômputo da parcela nos proventos de aposentadoria = REFERIBILIDADE. STF:... A consequência inexorável, portanto, é que o que não constitua ganho incorporável aos proventos da aposentadoria não sofre a incidência da contribuição previdenciária. Min. Luís Roberto Barroso no RE nº /SC. 23
24 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO PARCELAS INTEGRANTES art. 28, Lei 8.212/91 1) SALÁRIO MATERNIDADE - tem natureza salarial em razão de herança do tempo em que era uma prestação trabalhista e por expressa determinação legal do 2º. (REsp ). 24
25 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 2) GRATIFICAÇÃO NATALINA (13º salário) exceto para o cálculo do benefício, sendo devida a contribuição quando do pagamento ou crédito da última parcela ( 7º). Súmula 688 do STF: é legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário. 25
26 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 3) FÉRIAS quando gozadas, é parcela paga em função do trabalho, caracterizando remuneração. Exceção: a) férias não gozadas e o adicional de 1/3, pois tal parcela tem natureza compensatória/indenizatória que visa ampliar a capacidade financeira do trabalhador ( 9º, d). REsp RS, Rel. Min. Mauro Campbell. 26
27 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO b) Abono pecuniário pela conversão de 1/3 (10 dias) do período de férias; é parcela tipicamente de natureza indenizatória, prevista no art. 143 da CLT também o abono de no máximo 20 dias de salário concedido pelo empregador no ato das férias, nos termos do art. 144 da CLT ( 9º, e, 6). c) Dobra de férias, conforme art. 137 da CLT e cujo pagamento dobrado pelo empregador que não concede as férias no período ordenado pela legislação ( 9º, d). 27
28 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 4) ADICIONAIS: de horas extras, noturno, de insalubridade e periculosidade é alvo de questionamento judicial, sob o argumento de que não há trabalho adicional para que o empregado faça jus a essas parcelas. STJ: devem compor o salário de contribuição por possuírem natureza remuneratória, integrantes do contrato de trabalho do empregado. REsp SP e AgRg no REsp PE. 28
29 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 5) COMISSÕES E PERCENTAGENS SOBRE AS VENDAS fazem parte da remuneração. 6) AJUDA DE CUSTO se utilizada com outra finalidade que não a mudança de local de trabalho e que ultrapasse 50% da remuneração mensal. 7) PRÓ-LABORE DOS SÓCIOS é remuneração. 29
30 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO PARCELAS NÃO INTEGRANTES art. 28, 9º Lei 8.212/91 1) BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS exceto para o salário maternidade, por expressa disposição legal. 2) AUXÍLIO ACIDENTE integra o salário de contribuição para fins de cálculo do salário de benefício de qualquer aposentadoria ( 8º do art. 32 e 15 do art. 214, RPS; art. 31 da Lei 8.213/91). 30
31 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 3) AFASTAMENTO DO EMPREGADO POR 15 DIAS POR MOTIVO DE DOENÇA não existe contraprestação de serviços por parte do empregado. REsp RS, Min. Mauro Campbell, julgado 26/02/2014. * Fisco entende que há tributação em face do 3º do art. 60 da Lei 8.213/91 que dispõe que a empresa deve pagar salário integral nesse período. 31
32 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 4) COMPLEMENTAÇÃO AO VALOR DO AUXÍLIO DOENÇA não incidirá contribuição desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa ( 9º, n). 5) O VALOR RELATIVO À ASSISTÊNCIA PRESTADA POR SERVIÇO MÉDICO OU ODONTOLÓGICO, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares; ( 9º, q). 32
33 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 6) DIÁRIAS PARA VIAGEM referem-se a pagamentos ressarcitórios. Lei /2017 (reforma trabalhista) alterou a tributação, independentemente de valor ( 9º, h). 7) As ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973 ( 9º, b). 33
34 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 8) ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR a parcela in natura sob forma de utilidade alimentação, fornecida por empresa inscrita no PAT. Exceção: quando paga habitualmente em dinheiro. AgRg no Resp PR. Rel. Min. Mauro Campbell, 18/12/
35 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 9) TRANSPORTE DO TRABALHADOR não incide mesmo se pago em dinheiro. STF: RE , DJ 14/05/2010 STJ: REsp , AGU: Súmula 60 não há incidência de contribuição previdenciária sobre o vale transporte pago em pecúnia, considerando o caráter indenizatório da verba. 35
36 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 10) PRÊMIOS E ABONOS isenção inserida pela Lei /2017, desde que concedidos até duas vezes ao ano. 11) PLR - a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica. 36
37 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 12) AINDA OUTRAS PARCELAS: o valor correspondente ao vale-cultura. os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais. as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870/65. recebidas a título de incentivo à demissão. 37
38 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO as importâncias recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário. as importâncias recebidas a título de licençaprêmio indenizada. a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 6.494/77. 38
39 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao Servidor Público-PASEP. o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços. 39
40 CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS Art. 26 da Lei 8.212/91 1º O produto da arrecadação da contribuição será destinado ao financiamento da Seguridade Social. 2º A base de cálculo da contribuição equivale à receita auferida nos concursos de prognósticos, sorteios e loterias. 40
41 CONCURSO DE PROGNÓSTICOS Art. 26 da Lei 8.212/91 e Art. 212, RPS Constitui receita da seguridade social a renda líquida dos concursos de prognósticos, excetuandose os valores destinados ao Programa de Crédito Educativo. Consideram-se concurso de prognósticos todo e qualquer concurso de sorteio de números ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos do Poder Público ou por sociedades comerciais ou civis. 41
42 CONCURSO DE PROGNÓSTICOS A contribuição constitui-se de: I - renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do Poder Público destinada à seguridade social de sua esfera de governo. Renda líquida - o total da arrecadação, deduzidos os valores destinados ao pagamento de prêmios, de impostos e de despesas com administração. 42
43 CONCURSO DE PROGNÓSTICOS II - cinco por cento sobre o movimento global de apostas em prado de corridas. Movimento global das apostas - total das importâncias relativas às várias modalidades de jogos, inclusive o de acumulada, apregoadas para o público no prado de corrida, subsede ou outra dependência da entidade. 43
44 CONCURSO DE PROGNÓSTICOS III - cinco por cento sobre o movimento global de sorteio de números ou de quaisquer modalidades de símbolos. Movimento global de sorteio de números - o total da receita bruta, apurada com a venda de cartelas, cartões ou quaisquer outras modalidades, para sorteio realizado em qualquer condição. 44
45 OUTRAS RECEITAS Art. 27 da Lei 8.212/91 e art. 213, RPS I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios. (por recolhimento em atraso e multas fiscais) II - a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros. (3,5% do montante arrecadado para SESI, SESC, SENAI, SENAC, SENAR, exceto salário educação) 45
46 OUTRAS RECEITAS III - as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens; IV - as demais receitas patrimoniais, industriais (antiga CEME) e financeiras; V - as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais (indenizações); 46
47 OUTRAS RECEITAS VI - 50% dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 da CF (glebas com culturas ilegais de psicotrópicos) VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal; VIII - outras receitas previstas em legislação específica (taxas de concursos do antigo MPS). 47
48 OUTRAS RECEITAS Parágrafo único. As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, de que trata a Lei nº 6.194, de dezembro de 1974, deverão repassar à Seguridade Social 50% do valor total do prêmio recolhido e destinado ao Sistema Único de Saúde-SUS, para custeio da assistência médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito. 48
49 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA A solidariedade previdenciária somente existe no polo passivo da relação e decorre sempre da lei, não podendo ser presumida. É a corresponsabilidade de terceira pessoa em relação à obrigação originária do devedor e que assume as obrigações do responsável in totum, exatamente como elas se apresentam. 49
50 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Art. 31 da Lei 8.212/91 e Art. 219 do RPS A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher a importância retida, em nome da empresa cedente da mão de obra. 50
51 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Duas pessoas jurídicas estão presentes na relação de solidariedade: 1) o fornecedor ou cedente de mão de obra devedor originário. 2) o tomador, adotante ou receptor de mão de obra devedor solidário. 51
52 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA O valor retido, que deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, poderá ser compensado por qualquer estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, por ocasião do recolhimento das contribuições devidas sobre a folha de pagamento dos seus segurados. (art. 31, 1º) Na impossibilidade de haver compensação integral, o saldo remanescente será objeto de restituição. (art. 31, 2 o ). 52
53 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA A retenção pela empresa contratante de serviços de mão de obra, é obrigatória, independentemente do destaque. A empresa prestadora de serviço deve destacar na nota fiscal o valor da retenção a ser efetuada pela contratante. STF: considera constitucional a retenção dos 11%. RE AgR, RE ED 53
54 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Prazo de recolhimento: até o dia 20 do mês subsequente ao da emissão da nota, independentemente de quando o serviço contratado foi pago. Não havendo expediente bancário antecipa-se o vencimento. 54
55 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DISPENSA DA RETENÇÃO: 1) o valor da retenção for menor que o valor mínimo para recolhimento das contribuições (R$ 10,00). 2) a contratada não possuir empregados e o serviço é prestado pelo titular ou sócio e o faturamento do mês anterior é igual ou menor a 2 SC (R$ ,60). 55
56 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ADICIONAL DE ALÍQUOTA: Quando o serviço for prestado em contato com agentes nocivos que acarretem a concessão de aposentadoria especial, é necessária a complementação de alíquota de 11% em mais 2%, 3% ou 4% para atividades sujeitas a aposentadoria especial de 25, 20 ou 15 anos, respectivamente. 56
57 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA 3) contratação de serviços de profissionais de profissão regulamentada ou de treinamento e ensino, desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem a participação de empregados ou outros contribuintes individuais. 57
58 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Entende-se como cessão de mão de obra a colocação à disposição do contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de segurados que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da empresa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação. 58
59 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Entende-se por empreitada a execução contratualmente estabelecida de tarefa, de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem o fornecimento de materiais ou uso de equipamentos, realizados na suas dependências, nas da contratada ou nas de terceiros, tendo como objetivo um fim específico ou resultado pretendido. (art. 116, IN RFB 971/09) 59
60 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA SERVIÇOS REALIZADOS POR CESSÃO DE M.O. I - limpeza, conservação e zeladoria II - vigilância e segurança III - construção civil IV - serviços rurais V - digitação e preparação de dados para processamento 60
61 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA > SOMENTE OS SERVIÇOS DOS INCISOS I A V PODEM SER PRESTADOS MEDIANTE EMPREITADA. > TODOS OS SERVIÇOS PREVISTOS NOS INCISOS PODEM SER PRESTADOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO DE OBRA. > ENUMERAÇÃO EXAUSTIVA!!! 61
62 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA VI- acabamento, embalagem e acondicionamento de produtos VII - cobrança VIII- coleta e reciclagem de lixo e resíduos IX- copa e hotelaria X- corte e ligação de serviços públicos 62
63 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA XI - distribuição XII - treinamento e ensino XIII- entrega de contas e documentos XIV - ligação e leitura de medidores XV - manutenção de instalações, de máquinas e de equipamentos 63
64 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA XVI - montagem XVII - operação de máquinas, equipamentos e veículos XVIII - operação de pedágio e de terminais de transporte XIX - operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou subconcessão XX- portaria, recepção e ascensorista 64
65 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA XXI - recepção, triagem e movimentação de materiais XXII - promoção de vendas e eventos XXIII - secretaria e expediente XXIV - saúde XXV - telefonia, inclusive telemarketing 65
66 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA As empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza, bem como os produtores rurais integrantes do consórcio simplificado respondem entre si, solidariamente, por todas as obrigações. (art. 30, IX) 66
67 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Sempre que uma ou mais empresas, tendo, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. Art. 494 da IN RFB 971/
68 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA CONSÓRCIO SIMPLIFICADO DE PRODUTORES RURAIS É equiparado ao produtor rural pessoa física (pequeno produtor que exerce atividade rural com auxílio de empregados), formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos. 68
69 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA O operador portuário e o OGMO são solidariamente responsáveis pelo pagamento das contribuições previdenciárias e demais obrigações, inclusive acessórias, devidas à seguridade social. Exceção: se o OGMO não elaborar a escalação dos avulsos, responderá sozinho porque inviabilizou a fiscalização a ser exercida pelo operador portuário (administrador do porto). REsp , de
70 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA NA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL Considera-se obra de construção civil também a reforma, a demolição e a ampliação. Considera-se construtor a pessoa física ou jurídica que executa obra sob sua responsabilidade, no todo ou em parte. (art. 220, 4º, RPS) 70
71 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Na falta de prova regular e formalizada pelo sujeito passivo, o montante dos salários pagos pela execução de obra de construção civil pode ser obtido mediante cálculo da mão de obra empregada, proporcional à área construída, de acordo com critérios estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, cabendo ao proprietário, dono da obra, condômino da unidade imobiliária ou empresa corresponsável o ônus da prova em contrário. (art. 33, 4º da Lei 8.212/91). 71
72 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA O proprietário, o incorporador, o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de importância a este devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem. 72
73 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA BENEFÍCIO DE ORDEM A solidariedade tributária não comporta o benefício de ordem, respondendo cada devedor pela totalidade do débito perante a RFB. Não há prioridade na ordem de execução ou cobrança dos solidários. 73
74 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DIREITO REGRESSIVO É toda ação que cabe à pessoa prejudicada por ato de outra, em ir contra ela para haver o que é de seu direito, qual seja, a importância relativa ao desembolso que teve com a prestação de algum fato, ou ao prejuízo que o mesmo lhe ocasionou. 74
75 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Exclui-se da responsabilidade solidária perante a Seguridade Social o adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes solidariamente responsáveis com o construtor. (Art. 30, VII DA Lei 8.212/91) 75
76 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Nenhuma contribuição à Seguridade Social é devida se a construção residencial unifamiliar, destinada ao uso próprio, de tipo econômico, for executada sem mão de obra assalariada. (ART. 30, VIII da Lei 8.212/91) 76
77 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA Os administradores de autarquias e fundações públicas, criadas e mantidas pelo Poder Público, de empresas públicas e de sociedades de economia mista sujeitas ao controle da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, que se encontrarem em mora, por mais de 30 dias, no recolhimento das contribuições previdenciárias, tornam-se solidariamente responsáveis pelo respectivo pagamento. (Art. 42 da Lei 8.212/91). 77
78 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA OFICIAL DE CARTÓRIO Caso venha a lavrar ou registrar instrumento para o qual se exige Certidão Negativa de Débito, em descumprimento ao art. 47 da Lei 8.212/91, o ato é nulo para todos os efeitos, acarretando a responsabilidade solidária dos contratantes e do oficial, conforme art. 48 da Lei 8.212/91. 78
79 ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO OBRIGAÇÃO PRINCIPAL Art. 30 da Lei 8.212/91 a) arrecadar as contribuições dos segurados a seu serviço, descontando-as da respectiva remuneração; b) recolher os valores arrecadados, assim como as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais. 79
80 ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO OBRIGAÇÃO PRINCIPAL Art. 30 da Lei 8.212/91 PRAZO DE RECOLHIMENTO: até o dia 20 do mês seguinte ao da competência (antecipa-se se não for dia útil). 80
81 ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO RECOLHIMENTO PRESUMIDO Art. 33, 5º da Lei 8.212/91 e Art. 216, 5º do RPS O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei. 81
82 ATÉ A PRÓXIMA!!! MUITO OBRIGADA!!! 82
Nota: Constituição Federal, art. 243, parágrafo único: Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de
RECEITAS DE OUTRAS FONTES as multas, a atualização monetária e os juros moratórios; remuneração recebida pela prestação de serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros (3,5%);
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