MAPAS URBANOS INTELIGENTES CAPÍTULO 04 RESULTADOS E ANÁLISES
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- Luiz Felipe Brás Felgueiras
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1 CAPÍTULO 04 RESULTADOS E ANÁLISES Neste capítulo serão abordados os resultados e as análises decorrentes da aplicação do método proposto no desenvolvimento deste trabalho. a) Integração dos Dados Raster/Vector Um dos objetivos deste projeto foi justamente sobrepor as bases cartográficas vetoriais vindas do IPUF na escala 1:7.500 e IBGE na escala 1: sendo esta a escala que o IBGE disponibiliza os perímetros municipais, considerando os pressupostos de ajuste de feições segundo as prerrogativas da escala final de interesse, em uma imagem de alta resolução, no caso foi utilizada uma QuickBird com 60cm de resolução espacial. O software apresentou-se compatível com a imagem em questão, bem como a utilização, importação e manipulação de bases cartográficas oriundas da maioria dos softwares concorrentes. A empresa INTERGRAPH, por ser uma das idealizadoras do consórcio OPEN/GIS, há cerca de 10 anos, estruturou o seu software (GEOMEDIA PROFESSIONAL) para ser o mais aberto possível aos formatos existentes, considerando dados raster e vetorial. Os formatos raster que o software suporta vão desde as imagens de satélite com baixa resolução espacial. Por exemplo as cenas dos satélites LandSat e SPOT, bem como as imagens de satélite de alta resolução espacial (IKONOS e QUICKBIRD). Assim, pode-se afirmar que o software Geomedia possui uma série de ferramentas e rotinas úteis que otimizam a manipulação das imagens que via de regra constituem arquivos pesados em termos de processamento de hardware. Ainda deve-se considerar como Emanoel Fernandes da Cunha 53
2 processo recursivo de manipulação das imagens/fotos aéreas ortoretificadas ou simplesmente georeferenciadas em outros softwares ou nele próprio. Existe, inclusive, a possibilidade do raster ser uma escanerização de uma base cartográfica onde, o usuário poderá georeferenciar e vetorizar o material em questão. Quanto aos dados vetoriais, não são tão ecléticos assim, pois o mercado de CAD é muito restrito. Hoje em dia existem basicamente três formatos universais para mapeamento vetorial. A empresa AutoDesk disponibiliza o formato DWG, a empresa Bentley disponibiliza o formato DGN e ainda existe um formato de transição entre estes dois anteriormente citados que é o formato DXF que está cada vez mais entrando em desuso. A compatibilidade com estes formatos é total e irrestrita não importando a versão do mesmo. A utilização de imagem de alta resolução mostrou-se fundamental para a atualização do sistema viário, das áreas verdes e principais edificações do centro de Florianópolis que servem como parâmetro de localização para os usuários. Na Figura 24 mostra claramente esta integração. Figura 24 Integração Raster/Vector Emanoel Fernandes da Cunha 54
3 b) Manipulação de Bando de Dados O software Geomedia Professional foi o primeiro a trabalhar com a estrutura de geodatabase onde, o projeto fica compacto, ou seja, todas as informações alfanuméricas e vetoriais se encontram distribuídas e organizadas em tabelas em um único banco de dados. O projeto possui tanto tabelas específicas do software como também tabelas pertinentes às feições dos temas propostos. Toda a criação, tanto do banco de dados como das tabelas do projeto que dizem respeito aos temas, são geradas no ambiente gráfico que proporciona maior interoperabilidade do sistema. Os bancos de dados existentes no mercado são indiscriminadamente suportados pelo Geomedia Professional, cabendo ao usuário responsável pelo projeto determinar o banco que se queira utilizar. O banco de dados utilizado na execução do projeto foi o Access da empresa Microsoft que constitui hoje, o aplicativo de banco de dados mais utilizado no mundo. Para projetos de pequeno e médio porte, a aplicação do Access é recomendada, mas, se a gama de dados a ser gerenciada for muito grande, aconselha-se utilizar o banco de dados mais robusto como Oracle. O software Geomedia Professional possui uma interface de fácil utilização e criação das feições pertinentes ao projeto não precisando o usuário ter conhecimento profundo de aplicações nativas de bancos de dados. O gerenciamento e a manipulação das tabelas se dá de maneira intuitiva e de fácil aprendizado. Em um SIG, é necessário ao usuário que concebe o projeto, estruturar o banco de dados de maneira mais compartimentada possível, ou seja, quanto mais especificadas forem as informações pertinentes a um determinado tema, maior o seu poder de resposta. As Figuras 25, 26, 27 e 28 exemplificam, respectivamente, o banco de dados estruturado para o projeto, considerando as tabelas de relacionamento para o propósito do trabalho, bem como uma tabela mostrando o conteúdo de um tema linear (sistema viário), e ainda uma tabela mostrando o conteúdo de um tema pontual (restaurante) e uma última mostrando, também, mostrando o conteúdo de um tema pontual (hotéis).. Emanoel Fernandes da Cunha 55
4 Figura 25 Estruturação do Banco de Dados Emanoel Fernandes da Cunha 56
5 Figura 26 Tabela do Tema Sistema Viário Emanoel Fernandes da Cunha 57
6 Figura 27 Tabela do Tema Restaurante Emanoel Fernandes da Cunha 58
7 Figura 28 Tabela do Tema Hotéis c) Query s Existem algumas prerrogativas para um Sistema de Informações Geográficas demonstrar todo o seu potencial. A flexibilidade de manipulação do banco de dados e um conjunto de ferramentas de pesquisa (query;s) tornam o software Geomedia Professional o mais completo dentre os chamados SIG S vetorias. O ferramental para pesquisas seja ela espacial ou não, é muito abrangente. A Figura 29 demonstra uma pesquisa onde foram utilizadas três restrições dentro de duas tabelas (tabela restaurantes e tabela bairros) e como resultado final o sistema gerou um mapa temático de restaurantes localizados no bairro Centro cuja especialidade era Comida por Kilo. Nesta operação utilizou-se uma única janela para fazer todos os relacionamentos e restrições que a pesquisa exigia, tornando assim, a tarefa simples. As query s podem ser mais complexas do que a descrita neste item, pois, podem ser realizados diversos tipos de pesquisas e depois relacioná-las a fim de se ter um resultado específico sobre um determinado tema. Emanoel Fernandes da Cunha 59
8 MAPAS URBANOS INTELIGENTES Figura 29 Restaurantes no Centro (Comida por Quilo) Outra potencialidade das query s é, a análise de vizinhança, que nos softwares de SIG podem ser utilizadas através das ferramentas de (buffer zone). A partir de uma prévia localização, pode-se realizar uma busca dentro de um raio de proximidade determinado pelo operador. No exemplo analisado, tomou-se como ponto de partida o prédio da FAED (Faculdade de Educação) no centro de Florianópolis onde foi realizada a seguinte pesquisa: Quais são os restaurantes que estão próximos à FAED atingindo um raio de 300 metros?. A resposta foi direta e conclusiva, mostrando graficamente os pontos na tela como também uma janela do banco de dados relacionando-os e discriminando a especialidade de cada um restaurante pesquisado. A Figura 30 exemplifica esta funcionalidade do software. Emanoel Fernandes da Cunha 60
9 Figura 30 Análise por Vizinhança O software Geomedia Professional possui também um outro método de se produzir mapas temáticos. O usuário pode criar estes resultados de forma a que o software estabeleça um padrão de cor para cada registro do banco de dados a ser pesquisado. Neste procedimento foi utilizado o método Unique. O outro método deste processo foi o Range, onde se estabeleceu intervalo de valores entre os registros do banco de dados que sofreu esta ação. O método Range é mais utilizado quando se quer trabalhar com porcentagem. As Figuras 31 e 32 exemplificam os métodos Unique e Range. Emanoel Fernandes da Cunha 61
10 MAPAS URBANOS INTELIGENTES Figura 31 Temático Método Unique Figura 32 Temático Método Range Emanoel Fernandes da Cunha 62
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