Coordenador técnico: Paulo R. Moutinho Equipe técnica: André Lima, Mariana Christovam e Osvaldo Stella

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1 Sumário Executivo do Relatório Final Discussões introdutórias sobre princípios e critérios para o mecanismo REDD no Brasil, considerações preliminares sobre estruturas institucionais adequadas e sobre demais aspectos operacionais deste mecanismo Coordenador técnico: Paulo R. Moutinho Equipe técnica: André Lima, Mariana Christovam e Osvaldo Stella Brasília, 18 de maio de 2010 Anualmente, cerca de 0,8 ± 0,2 para 2,2 ± 0,8 bilhões de toneladas de carbono (PgC) do desmatamento são liberados para a atmosfera (10-35% das emissões globais de carbono; Houghton, 2005, Le Quéré et al. 2009), um volume equivalente à emissão anual dos E.U.A. (Levin et al, 2009). Para que seja possível manter a concentração de CO 2 atmosférico abaixo de 450ppm (PPM - partes por milhão; a concentração atual é de 379 ppm, IPCC, 2007) até , de modo a evitar as interferências perigosas no clima, será necessário que a redução de emissão global seja da ordem de 2-3% ao ano, tendo o seu início já em 2010 (Oneill & Oppenheimer, 2002; Elzen & Meinshausen, 2005). Neste caso, para não ultrapassar os 450ppm, os níveis de emissão em 2050 deverão ser no mínimo de 15-25% abaixo daqueles de 1990 (Elzen & Meinshausen, 2005). Sem reduções no setor florestal o aumento de concentração de CO 2 será da ordem de 30ppm e o dano econômico resultante das emissões de desmatamento no período entre 2000 e 2200, poderá chegar à casa dos 12 trilhões de dólares (Eliasch Review, 2008). Assim, o decréscimo drástico e rápido da destruição das florestas tropicais é parte fundamental do esforço de redução global de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Neste contexto, o Brasil poderá fazer uma contribuição substancial à mitigação da mudança climática global se reduzir suas emissões de GEE oriundas de desmatamento (55-65% das emissões nacionais) e, paralelamente, aproveitar para criar as bases para o seu desenvolvimento econômico de baixa emissão de carbono. Um dos caminhos mais promissores para se chegar a tal desenvolvimento é aquele atualmente em debate no âmbito da Convenção Quadro de Mudança Climática da ONU (UNFCCC) e identificado pela sigla REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal). O mecanismo de REDD poderá criar uma dinâmica econômica mundial, se regulado por um acordo climático internacional pós-2012, ano em que finda o primeiro período do Protocolo de Quito, onde os esforços de redução de emissões de GEE por desmatamento nos países em desenvolvimento possam ser reconhecidos e compensados financeiramente. Os resultados obtidos recentemente durante a 15º Conferência das Partes (COP15) e reunidos no Acordo de Copenhague apontam nesta direção. Os inúmeros fundos financeiros voltados à capacitação dos países no monitoramento e no controle do desmatamento já estão surgindo e vários já vêm operando. 1 Objetivo da União Européia (UE) e consenso defendido por vários pesquisadores do ramo, para estabilizar o aumento da temperatura da Terra à 2 C o que ainda permitiria condições plausíveis de vida à espécia humana e a biodiversidade.

2 O avanço rápido das discussões sobre REDD no âmbito da UNFCCC indica que as emissões resultantes da derrubada de florestas, antes não consideradas pelo Protocolo de Quioto, encontram agora eco entre as nações desenvolvidas ou em desenvolvimento e poderão ser tratadas em destaque no próximo acordo sobre o clima. Indo além da UNFCCC, movimentos em países como E.U.A. que avaliam, através de seu Congresso Nacional, a implementação de um mecanismo nacional de limitação de emissões estão evoluindo rapidamente e podem ter no REDD uma saída para diminuir os custos de redução de emissões de GEE em seus territórios. Há ainda, alianças entre estados, como a Força Tarefa de Governadores sobre Clima e Floresta (Governors' Climate and Forest Task Force 2 ), que tem como participantes os estados amazônicos brasileiros, o estado da Califórnia e províncias da Indonésia, os quais poderão criar meios que remunerem a redução de emissões resultantes do desmatamento. Considerando a conjuntura explicitada, REDD poderá trazer divisas importantes para o Brasil, pois o país se encontra suficientemente preparado e em uma posição privilegiada de modo a aproveitar todo o potencial que este novo mecanismo econômico oferece. As experiências como a do Fundo Amazônia, somadas a aprovação pelo Congresso Nacional da Política Nacional de Mudança Climática (PNMC) 3, e a um sistema de monitoramento por satélite eficiente 4, demonstram o quanto o país está pronto para absorver uma nova lógica econômica intermediada pelo mecanismo de REDD. Finalmente, o engajamento de diferentes setores da sociedade brasileira na discussão do REDD, somado ao esforço dos estados amazônicos em estabelecer seus próprios planos e metas de redução de desmatamento, reforçam a tese de que o país tem enorme potencial para implementar uma nova lógica econômica baseada na baixa emissão de carbono. Contudo, a liderança brasileira nesta nova ordem econômica só será consolidada, caso o país se antecipe a outras nações na definição de sua estratégia nacional de REDD. Tal estratégia deverá estar alicerçada sobre diferentes planos de ação (nacional e estaduais), que tenham dois objetivos fundamentais: valoração financeira dos esforços de manutenção dos estoques florestais e dos esforços na redução das emissões de GEE oriundas do desmatamento. Será igualmente fundamental para esta estratégia que a distribuição de benefícios de REDD seja justa e transparente e atinja aqueles que realmente realizam esforços de redução de desmatamento ou conservação florestal. Tais ações, integradas àquelas de comando e controle, possibilitarão ao país criar as bases de uma economia baseada na valoração florestal e de seus serviços ambientais e contribuir para o desenvolvimento de uma economia de baixa emissão de GEE. Como contribuição a construção desta estratégia de REDD para o Brasil, o IPAM produziu, com apoio da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) e do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), este relatório que contém alguns dos fundamentos políticos, institucionais, técnicos e operacionais para a construção de tal estratégia. O ponto de partida das discussões Que estabeleceu pela primeira vez metas nacionais de redução de emissões de GEE, incluindo aí metas para o desmatamento amazônico e no cerrado. 4 Operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, que o sistema de monitoramento do Brasil o coloca na vanguarda da tecnologia, efetuando a medição e verificação de novos desmatamentos, aferindo de modo robusto reduções no ritmo de destruição das florestas.

3 é a região Amazônica, a qual contribui com a maior parte das emissões nacionais. Mais especificamente, o objetivo deste trabalho será o de selecionar e analisar as opções de estrutura institucional e operacional de um programa de REDD para a região Amazônica que inclua esquemas de repartição de seus benefícios e que possa servir de base para a estratégia nacional. O relatório está dividido em cinco seções: I. Breve introdução sobre a importância do REDD no contexto nacional de preservação da biodiversidade da floresta amazônica e o papel desta no contexto internacional no âmbito da UNFCCC. Nesta seção são abordados elementos relevantes para se determinar o montante de redução de emissões por desmatamento evitado, bem como, o histórico do REDD e o papel do Brasil na sua concepção; II. III. IV. Apresentação dos principais arranjos institucionais já existentes para uma estratégia de REDD e início de uma discussão sobre as lacunas técnicas, políticas e institucionais para a sua implementação; Proposição de duas metodologias (estoque-fluxo-metas e linha de base por categoria fundiária) que podem ser utilizadas de modo a construir um sistema de contabilidade da redução de emissões e de distribuição de benefícios oriundos de um regime de REDD baseado no papel do provedor de serviços ambientais; Análise sobre a necessidade da tributação dos créditos de REDD, incluindo ainda recomendações de como os recursos da venda desses créditos devem ser utilizados; V. Apresentação dos desafios futuros para a implementação de uma estratégia nacional de REDD no Brasil. Aqui serão apresentados brevemente os elementos principais que compõem a construção de um sistema de contabilidade da redução de emissões e de distribuição de benefícios oriundos de um regime de REDD baseado no papel do provedor de serviços ambientais. Bases para um regime nacional de REDD: modelo e estruturas necessárias Após o anúncio do Plano Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC) e da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), consolida-se um enorme potencial para que uma avançada estratégia de REDD no Brasil, a partir de uma perspectiva amazônica, seja elaborada. Esta estratégia deve partir da concepção de uma estrutura nacional de REDD, capaz de se conectar com os vários setores da sociedade e aos seus respectivos anseios. Para ser eficaz, porém, torna-se crucial compreender quais são as premissas básicas que devem ser consideradas em sua concepção. Por exemplo, construir um consenso político entre os Estados da Amazônia para fornecer garantias de que a estratégia nacional de REDD será ambientalmente eficaz, economicamente viável e socialmente justa. O maior desafio é a criação de uma estrutura político-institucional, capaz de integrar projetos públicos e privados locais com as estratégias subnacionais e programas (como os Planos Estaduais para redução do desmatamento) e a PNMC. Sob tais bases, o IPAM desenvolveu propostas conceituais para duas diferentes concepções de

4 estrutura para um sistema de REDD com foco na forma de distribuição dos potenciais benefícios que o REDD pode trazer para a Amazônia brasileira. O objetivo destas diferentes estruturas é o de integrar as ações nacionais que se referem à PNMC, com redução de emissões por meio de planos e programas estabelecidos ou em elaboração pelos Estados da Amazônia (nível subnacional) a projetos locais realizados por atores sociais diretamente responsáveis pela conservação das florestas (produtores rurais, povos indígenas e populações tradicionais), os quais seriam contemplados dentro da escala estadual. Para a implantação de uma estrutura nacional de REDD é necessária a definição de algumas premissas que devem ser consideradas em sua concepção. A partir disso, torna-se possível contextualizar o cenário onde esta estrutura vai operar. Para a proposta a ser discutida neste relatório as seguintes premissas foram consideradas: 1. Diversidade de financiamento a estrutura deve permitir o desenvolvimento de projetos e programas que atendam tanto os critérios do mercado voluntário quanto os dos mercados mandatórios, permitindo assim ampla oportunidade de captação de recursos; 2. Engajamento político a participação dos estados amazônicos é fundamental para o fortalecimento do REDD e sua manutenção no longo prazo, assim a estrutura deve permitir a participação tanto de estados com altas taxas históricas de desmatamento, como o MT quanto estados com baixa taxa histórica de desmatamento mas com grande estoque florestal como o AM; 3. Ampla distribuição de benefícios os potenciais benefícios financeiros provenientes do REDD devem ser distribuídos por todos aqueles setores da sociedade responsáveis pela redução do desmatamento e pela preservação da floresta; 4. Transparência projetos e programas de REDD devem apresentar de maneira clara e transparente as implicações sociais e ambientais de suas propostas; O primeiro grande desafio na construção desta estrutura é garantir o acesso a uma grande variedade de fontes de financiamento. Para isso é preciso que haja espaço para projetos voltados para o mercado formal, mais complexo, sem fechar as portas para os projetos voltados para o mercado voluntário, menos complexo, mas sem a possibilidade de gerar créditos de carbono voltados para o mercado mandatório. Os projetos voltados para o mercado mandatório devem atender uma série de critérios para que sejam monitoráveis, tenham registro e que estes registros possam ser verificados. Todo este processo se justifica uma vez que os créditos gerados por estes projetos poderão ser utilizados por países/empresas que tenham obrigações mandatórias de redução de emissão de GEE (o mesmo não se aplica aos projetos voltados para o mercado voluntário). Outros dois critérios fundamentais para o mercado mandatório são o vazamento e a dupla contagem. Este primeiro ocorre com maior frequência em projetos de pequena escala e já foi observado em várias ocasiões. Para lidar com esta questão uma alternativa é medir a redução do desmatamento em todo bioma, ao invés de fazer este cálculo individualmente por

5 cada projeto. Já para evitar a dupla contagem é necessária a implantação de um sistema de registro que permita que seja feita uma contabilidade nacional. Uma vez que os critérios necessários para a construção de um sistema que opere tanto no mercado voluntário quanto no mercado mandatório são conhecidos, o próximo passo é incluir na concepção da estrutura conceitos que permitam o engajamento de todos estados amazônicos no programa nacional de REDD. Se o conceito original de REDD fosse aplicado à realidade amazônica, os estados com alta taxa histórica de desmatamento teriam a maior parte dos benefícios do REDD, como é o caso do MT, em detrimento dos estados com baixas taxas históricas de desmatamento e grande estoque de florestas, como é o caso do AM. Neste cenário é mais difícil construir a conjuntura política necessária para a implantação de um programa amazônico de REDD. Considerando a redução de emissões por desmatamento no período segundo os critérios da PNMC o MT ficaria com 51% das reduções e o AM com 9,8%, conforme demonstrado na figura abaixo. Figura 1. Porcentagem de Redução de Emissões por Desmatamento por Estado da Amazônia. Considerando 100% fluxo, haveria a seguinte distribuição: Acre: 5%; Amazonas:10%; Amapá:2%; Maranhão:3%; Mato Grosso:51%; Pará:11%; Rondônia:14%; Roraima:1%; Tocantins:1% Uma maneira de tratar esta questão é aplicar uma metodologia que permita a distribuição da redução total da redução do desmatamento na Amazônia entre todos os estados amazônicos. Para tanto foi utilizado o conceito de estoque e fluxo. Nesta abordagem além da redução de fluxo são estabelecidos critérios de cumprimento de metas e estoque para compensar também aqueles estados com grande estoque de floresta e baixas taxas de desmatamento. O estabelecimento destes critérios deve ser fruto de negociação entre os estados. Para efeito de simulação, se forem aplicados como critérios 40% para estoque, 40% para redução de fluxo e 20% para cumprimento de metas MT ficaria com 32% e AM com 21%,

6 reduzindo assim a diferença entre os dois e criando um ambiente político mais fértil para a implantação do sistema nacional de REDD (ver figura 2). Figura 2. Porcentagem de C-REDD por Estado da Amazônia. Considerando 40% para estoque, 40% para redução de fluxo e 20% para cumprimento de metas, haveria a seguinte distribuição: Acre: 8%; Amazonas: 21%; Amapá: 5%; Maranhão: 2%; Mato Grosso: 32%; Pará: 15%; Rondônia: 11%; Roraima: 2%; Tocantins: 5% Outra maneira de distribuir as reduções de emissões entre os estados é partir da determinação de linhas de base e desmatamento evitado para tipos diferentes de ocupação do solo como unidades de conservação, terras indígenas, assentamentos e propriedades privadas. Conectando atividades de projetos a um regime nacional de REDD: modelo I A primeira proposta propõe implementação de Sistemas de REDD operados por cada Estado da Amazônia, em conformidade com os princípios e critérios estabelecidos e monitorados pelo governo federal. Segundo este sistema: Cada Estado da Amazônia desenvolve a sua certificação própria, registro e monitoramento, emissão de certificados de REDD (C-REDDs) para os projetos chave e programas de REDD. Os C-REDDs seriam negociáveis em mercados voluntários ou regulamentados. Os certificados de emissão e os detalhes seriam cadastrados em um sistema público oficial de Estado que seriam integrados ao sistema de registro federal de REDD. Os projetos e programas para serem qualificados à certificação devem interagir e reforçar os princípios e estratégias para reduzir emissões de desmatamento e degradação florestal previamente definidos pelo atual Plano Estadual de REDD, com a participação efetiva dos sócios locais e

7 representantes da sociedade. A emissão de C-REDDs 5 seria limitada à quantidade de certificados disponíveis durante um período de referência (cinco anos, por exemplo), a ser definido pelo governo federal. A disponibilidade de C-REDDs por Estado dependeria do desempenho do Estado, o qual seria determinado por uma combinação de: (1) estoque de floresta, (2) o volume de emissões do desmatamento reduzido, e (3) o cumprimento das metas. A proposta prevê quatro etapas: Primeira Etapa: Contabilizando redução de emissões do desmatamento. Tomando as taxas de desmatamento entre 2006 e 2008 e a meta proposta para 2009 e 2010 pelo PNMC como um exemplo hipotético, a redução total de emissões prevista na Amazônia (primeiro período da meta do PNMC descrito na Tabela 8) seria de 1.45 GtCO 2. Segunda Etapa: Convertendo emissões Reduzidas do Desmatamento em Certificados de REDD (C-REDDs). Esta abordagem permite definir uma parcela do desmatamento evitado em todo bioma em créditos de carbono voltados para o mercado mandatório, nesta simulação foi considerado que 50% do desmatamento evitado seria convertido em créditos de carbono e o restante poderia ser considerado como uma securitização para os créditos emitidos ou mesmo como a contribuição voluntária do Brasil para a mitigação do efeito estufa. Considerando-se o período entre 2006 e 2010 (Tabela 1), 725 milhões de toneladas de CO 2 seriam emitidas como C-REDDs. Tabela 1. Taxa de Desmatamento e redução das emissões de CO 2 no Amazonas ( ). Ano total Taxa de desmatamento (km 2 ) ** 9.500** Redução do desmatamento (km 2 ) Redução das emissões (1000 tco 2 ) * 1 hectare = 366tCO 2 (valor definido pelo PNMC e pelo Fundo Amazônia) ** meta estabelecida para 2009 e 2010 Terceira Etapa: Distribuindo os C-REDDs para os Estados. O critério de estoque-fluxo 6 foi adotado como um método para a atribuição dos C-REDDs para cada Estado da Amazônia (725 milhões de euros em C-REDDs). Para a emissão de C-REDDs, os seguintes parâmetros foram considerados, conforme sugestão da proposta de metas e estoque-fluxo (Cattaneo, 2009): (1) o desempenho de cada Estado no cumprimento das metas de redução do desmatamento, (2) o montante 5 1 C-RED = 1tCO 2 6 Outros artigos e publicações sobre este método de estoque e fluxo estão disponiveis em :

8 total de floresta preservada nesse período e (3) o fluxo do desmatamento em relação a uma linha de base comum 7. O total de C-REDDs disponíveis no período de cinco anos (ou períodos menores) poderá ser repartido entre os Estados de acordo com a proposta do estoque-fluxo e metas: (1) 20% dos C-REDDs para os Estados que atingirem a sua meta estabelecida, (2) 50% distribuídos proporcionalmente às reservas florestais de cada Estado, e (3) 30% de acordo com a proporção da redução do desmatamento verificado em cada Estado. As proporções apresentadas aqui podem ser oficialmente estabelecidas como resultado de um debate político e um acordo dentro do arranjo institucional para a gestão do sistema, com a participação dos Estados, sociedade civil e do Governo Federal. Considerando-se, a título de simulação, as porcentagens acima sugeridas e o período de referência aqui adotado, os C-REDDs seriam repartidos entre os Estados da Amazônia, conforme demonstrado na Tabela 2 e dentro de um sistema como o descrito pela Figura 3. Quarta Etapa: Registrando e certificando os programas e projetos. Cada estado teria que desenvolver um sistema de certificação, registro e controle dos projetos e programas de REDD. Projetos e programas que são compatíveis com os princípios e as estratégias definidas pelo seu Plano Estadual para o controle do desmatamento seriam considerados prioritários para a certificação e atribuição dos C-REDDs. O Governo Federal deveria aprovar um regulamento criando um arranjo interministerial, e aberto à sociedade civil e aos estados para definir os parâmetros e princípios gerais para as estratégias subnacionais de REDD nos estados e também regras de distribuição dos C-REDDs, tais como: 1) um percentual máximo de C-REDDs para projetos ou programas do Governo Estadual, e 2) uma definição do número máximo de certificados por projetos, a criação de uma reserva/seguro para compensar os vazamentos potenciais ou eventuais aumento de emissões. Tabela 2. Distribuição dos C-REDDs para a Amazônia, de acordo com as metas e estoque-fluxo ( ) para o período Estados da Amazônia % Acre 6,5 47 Amazonas 23,8 173 Amapá 6 43 Maranhão 1,4 10 Mato Grosso 28,5 207 Pará 15,6 113 Rondônia 10,1 73 Roraima 2,2 16 Tocantins 5,5 40 Total C-REDDs (Milhões) 7 A linha de base adotada por cada estado foi a média da taxa de desmatamento entre 1996 e 2005, de acordo com o PNMC e o Fundo Amazônia.

9 Resumidamente o que se propõe como estratégia é um pacto federativo para articular os planos, programas e projetos subnacionais em torno de uma estratégia nacional acordada entre governo federal, estados e sociedade civil. No âmbito desse pacto seriam definidos os instrumentos econômicos de apoio à estratégia nacional, os critérios para que as ações subnacionais sejam reconhecidas e validadas no âmbito da Política Nacional e um regime equitativo de repartição de benefícios que considere: (1) a contabilidade nacional de redução de emissões por desmatamento, (2)a degradação florestal e (3) a meta nacional de redução de emissões, permitindo que as ações subnacionais(programas e projetos) possam acessar recursos, seja de fundos, seja nos mercados em formação em proporções equilibradas e coerentes com sua contribuição mensurável em face da meta nacional de redução de emissões por desmatamento e degradação florestal. Figura 3. Distribuição dos C-REDDs considerando-se o período de PA - Estado do Pará, MT- Estado do Mato Grosso; AM - Estado do Amazonas; RO - Estado de Rondônia; AC - Estado do Acre; MA - Estado do Maranhão; TO - Estado do Tocantins; RR - Estado de Roraima; AP - Estado do Amapá; IL - terras indígenas (em inglês: indigenous lands); CA áreas protegidas (em inglês: conservation areas); PP - propriedades privadas; STL Assentamentos (em inglês: settlements). Considerando que parte das reduções verificadas no Bioma Amazônia, em um período pré-determinado, seriam dentro do modelo aqui proposto, convertidas em certificados transacionáveis (C-REDDs) e distribuídas entre os estados de acordo com sua performance, o desafio seguinte seria desenvolver os critérios para que os sistemas subnacionais pudessem incentivar as ações locais das populações tradicionais, povos indígenas, proprietários de terras e outros, tanto sob a forma de programas de governo, como de projetos privados.

10 Estes programas e projetos deveriam estar de acordo com as políticas estaduais de combate ao desmatamento, que por sua vez estariam em sintonia com a PNMC. São atividades necessárias para a implantação deste sistema: 1- Metodologia para estimar as emissões evitadas por cada tipo de projeto os tipos de programa/projeto de REDD são divididos em terras indígenas, unidades de conservação, propriedades particulares e assentamentos. Estas metodologias serão desenvolvidas para todo bioma e aplicadas em cada estado em função do tipo de programa/projeto; 2- Sistema de registro cada estado deve implantar um sistema de registro de projetos que vai avaliar se o mesmo está alinhado com as políticas estaduais de combate ao desmatamento. Vai também avaliar se as metodologias de linha de base e outras abordagens metodológicas estão de acordo com as definições do plano estadual e federal. Cada agência estadual tem um limite anual de emissão de C-REDDs para emitir, em função de sua meta e da quota federal e, portanto, os programas e projetos seriam elegíveis de acordo com as prioridades (setoriais ou territoriais) definidas nos planos e instâncias correlatas estaduais. O registro se daria em duas etapas: a. Pré-registro quando os programas ou projetos são apresentados à autoridade subnacional competente comprometendo-se com um volume de redução de emissões por um período definido. A autoridade competente avaliaria sua consistência metodológica e a potencialidade de redução de emissões comprometida, a adequação do programa ou projeto em face das prioridades estratégicas definidas no seu plano estadual que concorrerão com outros programas e projetos propostos para o mesmo período de compromisso. O parâmetro para o préregistro seria a meta de redução proposta pelo Estado. Habilitado mediante o pré-registro do programa ou projeto as partes interessadas poderiam buscar os investidores. b. Registro momento em que é procedida a reportagem e a verificação sobre a redução efetiva vencido o período de compromisso assumido no pré-registro. Neste momento é que se concretiza a emissão do Certificado de REDD correspondente à redução efetivamente verificada e registrada no sistema do estado ou federal, no caso de um sistema centralizado. Conectando atividades de projetos a um regime nacional de REDD: modelo II A segunda proposta para a construção de uma estrutura nacional de REDD ao invés de distribuir o desmatamento evitado entre os estados utilizando o modelo de estoque e fluxo, parte do princípio que tipos diferentes de ocupação do solo devem ser tratados de maneira diferenciada. Desta maneira foram desenvolvidas metodologias diferentes de linha de base para calcular a contribuição para o desmatamento evitado de dois tipos distintos de ocupação do solo, áreas protegidas e assentamentos. Nas áreas protegidas estão incluídas as terras indígenas e as unidades de conservação. Para determinar o desmatamento evitado nestas áreas partiu-

11 se do pressuposto que se não fossem áreas protegidas estariam sujeitas ao mesmo modelo de exploração das áreas não protegidas. Para determinar qual seria a emissão de CO 2 resultante da exploração destas áreas em primeiro lugar foi calculada a taxa de desmatamento fora das áreas protegidas em todo bioma amazônico, em seguida esta taxa foi aplicada anualmente ao remanescente do ativo florestal de cada uma das áreas protegidas do bioma. Como ativo florestal foi considerada a área de floresta dentro dos 20% que poderiam ser desmatados de cada uma das áreas protegidas se elas fossem tratadas como propriedades privadas. Para os assentamentos em primeiro lugar foi determinada a taxa média de desmatamento dentro dos assentamentos nos últimos dez anos, em seguida esta taxa média foi aplicada em toda a área dos assentamentos por dez anos. Esta abordagem parte do princípio de que se nada for feito o padrão de desmatamento nos assentamentos continuará o mesmo. Se estas abordagens forem aplicadas para os diferentes tipos de ocupação do solo considerados nesta simulação a divisão do desmatamento evitado seria distribuída como indicado no gráfico abaixo. Figura 3. Divisão total de C-REDD Amazônicos Dentro deste modelo poderiam ser criados fundos federais destinados a cada tipo diferente de ocupação do solo. Os projetos desenvolvidos nestas áreas teriam acesso a estes fundos desde que recebessem autorização dos governos estaduais. Esta medida garantia que tais projetos estariam alinhados com as políticas estaduais de combate ao desmatamento.

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