UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO. Cristiane de Souza Santos BEM DE FAMÍLIA

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1 UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Cristiane de Souza Santos BEM DE FAMÍLIA São Paulo 2011

2 UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Cristiane de Souza Santos R.A BEM DE FAMÍLIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado á Coordenação do Curso de Direito da Universidade São Francisco, como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Direito, orientado pela Professora Maria Lumena Balaben Sampaio. São Paulo 2011

3 Santos, Cristiane de Souza S234b Bem de família / Cristiane de Souza Santos São Paulo, p. Monografia (graduação) - Universidade São Francisco. Orientação de: Maria Lumena Balaben Sampaio 1. Homestead. 2. Impenhorabilidade. 3. Bem de família. 4. Legal. 5. Exceções. I. Ribeiro, Maria Lumena Balaben. II. Titulo. Ficha catalográfica elaborada pelas bibliotecas do Setor de Processamento Técnico da Universidade São Francisco.

4 Cristiane de Souza Santos R.A BEM DE FAMÍLIA Trabalho de Conclusão de Curso aprovado no Curso de Direito, da Universidade São Francisco, como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Direito. Data de Aprovação / / Banca Examinadora: Professora Graduada Maria Lumena Balaben Sampaio USF Professora Graduada Ceile Ione de Carvalho Mavropoulos USF Professor Especialista Jaime dos Santos Penteado USF

5 A Deus, por seu amor incondicional, à minha família, em especial a minha Mãe por me acompanhar em cada dia de minha vida, por ter contribuído para que eu chegasse aqui com educação, amor, paciência e a garra de uma mulher trabalhadora, na qual eu quero me espelhar e ao meu Pai que está morando ao lado de Deus.

6 Agradeço a Deus pela oportunidade de concluir o ensino superior, pois Ele mais do que ninguém me deu todas as condições para estar aqui, a minha orientadora professora Maria Lumena, pelo apoio, pela excelente orientação e por ter me acompanhado passo-a-passo para a elaboração deste trabalho;

7 Agradeço a todos os professores desta instituição, por terem contribuído para o meu aprendizado; em especial à professora Simone pela magnifica aula de Direito de Família; ao meu amigo e mestre Dr. Marcelo por ter aberto as portas do Direito em minha vida; a minha amiga Tatiana, pela amizade a mim ofertada e por todos os momentos de dificuldades que ela me ajudou a superar nestes cinco anos de estudos; aos meus amigos Arnaldo e Paulo por todos os momentos de diversão e pelas muitas gargalhadas que compartilhamos juntos; e a todos os meus amigos que sempre me apoiaram. A vocês, muito obrigada.

8 Os mais grandiosos empreendimentos poderão ser executados, alcançadas as mais elevadas aspirações, as mais altas ambições realizadas. E surgirão ainda novas alturas a atingir, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos objetivos a aguçar as faculdades da mente e alma e corpo. (Ellen G. White)

9 SANTOS, Cristiane de Souza. Bem de Família, 63 p.,tcc, Curso de Direito, USF, São Paulo: RESUMO A crise econômica sofrida pelos Estados Unidos da América fez nascer, em 1839, aquele que seria o primeiro instituto protetor do bem de família, então denominado Homestead. Durante alguns anos, vários países aderiram ao homestead com a finalidade de proteger a dignidade e garantir a sobrevivência das famílias, resguardando o mínimo necessário. Em 1893 o Brasil tentou, pela primeira vez, aderir ao homestead. Porém, muitas foram as tentativas sem sucesso, até que, enfim, criou-se o instituto do bem de família que fora implantado no Código Civil de Desde então, muitas alterações ocorreram no instituto. Várias leis foram criadas para completar o instituto do bem de família, a fim de torná-lo mais eficaz. Diversas discussões foram levantadas sobre a quem competia às garantias do bem de família, quais seus limites e suas exceções. Ainda nas exceções, percebeu se que no mesmo momento em que o Estado age como instituidor do bem de família legal, considerando a entidade familiar como base da sociedade, este mesmo Estado protetor cobra de suas famílias o integral cumprimento das obrigações fiscais, ainda que para isso tenha que aplicar a penhorabilidade do bem de família. Palavras-chave: Homestead. Impenhorabilidade. Bem de família. Legal. Exceções.

10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 9 SEÇÃO 1 CONTEXTO HISTÓRICO No mundo No Brasil...14 SEÇÃO 2 CONCEITO DE BEM DE FAMÍLIA Do bem de família voluntário Requisitos do bem de família voluntário Do bem de família legal Requisitos do bem de família legal Extinção do bem de família SEÇÃO 3 IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA SEÇÃO 4 EXCEÇÕES À IMPENHORABILIDADE CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 62

11 9 INTRODUÇÃO A crise econômica sofrida pelos Estados Unidos da América fez nascer, em 1839, aquele que seria o primeiro instituto protetor do bem de família, então denominado Homestead. Após isso, o homestead foi adotado por diversos países. Sendo no Brasil, discutido pela primeira vez em O presente trabalho tem como objetivo expandir o conhecimento sobre o instituto do bem de família, sua aplicabilidade, condições do direito a impenhorabilidade, bem como demonstrar os prós e contras deste instituto, além de abordar sucintamente o direito do exequente diante da impenhorabilidade do bem do devedor. Este trabalho fundamenta-se em pesquisas doutrinárias voltadas a identificar o objetivo principal do homestead, demonstrar os diversos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais. Para tanto, esta produção encontra-se dividida em quatro seções e inclui um último tópico destinado à conclusão. A seção 1 apresenta a história do homestead, sua origem no mundo e no Brasil. A seção 2 traz o conceito, requisitos e a extinção do bem de família. A seção 3, por sua vez, discorre sobre a impenhorabilidade conferida ao bem de família. E por último, mas não menos importante, a seção 4 apresenta as exceções à impenhorabilidade, que durante a pesquisa bibliográfica revelou a problematização do presente trabalho. Razão pela qual, pôde-se concluir que em alguns casos o credor fica prejudicado diante da impenhorabilidade.

12 10 SEÇÃO 1 CONTEXTO HISTÓRICO Para contar a história da criação do instituto da impenhorabilidade do bem de família, é necessário voltar aos primórdios da execução civil. Uma história marcada por sofrimento, mas também por uma evolução. No período de 754 a.c. até 149 a.c., também conhecido como período das ações da Lei (legis actione), o ser humano era vulnerável e desprotegido legalmente. Para a satisfação de uma dívida, o credor podia dispor do corpo do devedor inadimplente, como se este fosse escravo. Com o passar do tempo, as obrigações desumanas foram perdendo espaço e a proteção ao ser humano gradativamente passou a ser exercida. A lesão à incolumidade física e a coação fora proibida, em contrapartida o devedor passou a responder por suas dívidas com o seu patrimônio. O instituto do bem de família, calcado no Direito Romano, foi inspirado na República do Texas, através da edição do Homestead Exemption Act, publicado em 26 de janeiro de 1839, que dispunha o seguinte: De e após a passagem desta lei, será reservado a todo cidadão ou chefe de uma família, nesta república, livre e independente do de um mandado de fieri facias ou outra execução, emitido de qualquer Corte de jurisdição competente, 50 acres de terra, ou um terreno na cidade, incluindo o bem de família dele ou dela, e melhorias que não excedam a 500 dólares, em valor, todo mobiliário e utensílios domésticos provendo para que não excedam o valor de 200 dólares, todos os instrumentos (utensílios, ferramentas) de lavoura (providenciando para que não excedam a 50 dólares), todas as ferramentas, aparatos e livros pertencentes ao comércio ou profissão de qualquer cidadão, cinco vacas de leite, uma junta de bois para o trabalho ou um cavalo, vinte porcos e provisões para um ano; e todas as leis ou partes delas que contradigam ou se oponham aos preceitos deste ato, são ineficazes perante ele. Que seja providenciado que a edição deste ato não interfira com os contratos entre partes, feitos até agora. (Digesto of the laws of Texas, 3.798) ( AZEVEDO apud SANTOS, 2003, p. 3). Vários juristas justificavam a impenhorabilidade do bem de família, com respostas um tanto quanto plausíveis. O jurista Américo Mendes de Oliveira e Castrobuscou seu

13 11 fundamento do bem de família no Direito Romano. Dizia ele que na Roma antiga, os deuses lares estavam intimamente ligados ao solo, através das lareiras onde se acendia o fogo sagrado das casas romanas, para adoração de seus antepassados. Este ato trouxe a fixação da moradia familiar, uma vez que a remoção da pedra-altar, ou seja, a lareira com a chama acesa era impossível. A chama apagada era tida como profanação e para se evitar esse infortúnio, tornou-se o bem de moradia da família, inalienável. Por sua vez, o jurista americano Rufus Waples conceituou o bem de família da seguinte forma: Homestead é a residência da família, possuída, ocupada, consagrada, limitada, impenhorável e, por diversas formas, inalienável, conforme o estatuído em lei. (WAPLES apud SANTOS, 2003, p. 4). Dentre vários acontecimentos, um dos que impulsionou a criação do Homestead Exemption Act, foi a crise financeira vivida pelos Estados Unidos da América, entre os anos de 1837 e A crise se deu pela desenfreada atividade especulativa, bancos europeus que ofereciam créditos a quem apresentasse garantias reais. Com a facilidade ao crédito, logo o número de americanos endividados aumentou e em pouco tempo, ficou impossível sustentar tal situação. Dentro do período compreendido pela crise, aproximadamente 900 bancos fecharam, falências ocorreram e houve a perda de mais de US$ ,00. Para ver a satisfação dos credores diante do crack geral, crise econômica que levou a quebra de várias empresas ocasionando suas falências e o aumento no índice de desemprego, os devedores tiveram seus bens penhorados e muitos chegaram a ficar sem nada, à beira da rua juntamente com suas famílias. Um ano antes do início da crise financeira dos Estados Unidos da América, o Estado do Texas deixara de fazer parte do México e adquirira sua independência, permanecendo assim até a sua incorporação aos Estados Unidos da América em Com a crise, muitos americanos fracassados, partiram rumo à nova República Independente, a fim de iniciar uma nova vida.

14 12 Foi justamente pela experiência penosa vivida pelos Estados Unidos da América, pelo aumento da migração ao Texas e para se precaver de uma possível crise econômica, ou pelo menos, se precaver de agravar uma possível crise, que este país editou o Homestead Exemption Act. Este registro histórico é apontado como o início da impenhorabilidade do bem de família, mais precisamente do imóvel de habitação familiar. Uma vez que, os bens móveis, em especial os equipamentos e maquinários para o exercício da atividade laborativa, já eram protegidos desde 1823, ano em que foi promulgada a Lei Imperial no México. Se a impenhorabilidade dos bens imóveis fosse instituída nos dias atuais, talvez fosse uma extravagância jurídica. Porém, naquela época não o foi, devido à grande oferta de terras disponíveis no Texas, o que barateou bastante o preço destas, quase que equiparando-o com o preço dos bens móveis. Subseção 1.1 No Mundo Os Estados Unidos da América, ainda se recuperando da crise que acabara de passar, adotou o homestead, logo em seguida a sua criação. É importante ressaltar que ao longo das décadas o homestead foi se aprimorando e em 1862 foi criado o Homestead Act através da Lei Federal de 26 de maio daquele ano, posteriormente modificada pelo Act de 3 de março de Conhecida também por Homestead Federal, o novo homestead garantia a qualquer pessoa, fosse ela americana ou não, desde que chefe de família ou contasse com mais de vinte e um anos de idade, o direito a obter a concessão de um terreno rural, de 80 até 160 acres de terra. Tal concessão era provisória pelo período de cinco anos, tornando-se definitiva se o beneficiado comprovasse a efetiva cultura do terreno ao término do prazo. Dentre as vantagens que o Homestead Federal oferecia, uma delas era que estes terrenos não responderiam pelas dívidas adquiridas antes de suas concessões.

15 13 Em contrapartida, o beneficiário não poderia dispor do imóvel, antes do término do prazo de cinco anos. Este fenômeno chama-se inalienabilidade do bem. A aplicação do Homestead exigia o preenchimento de alguns requisitos, quais sejam: existência de um direito sobre o imóvel; qualidade de chefe de família; ocupação do imóvel pela família; declaração ou registro. Já naquela época o homestead apresentava muitas características parecidas com as da impenhorabilidade do bem de família da atualidade. O homestead limitava valor e área para sua aplicação. Não era qualquer imóvel que teria a garantia deste instituto, somente os imóveis que estivessem dentro dos limites estabelecidos, fosse ele rural ou urbano. A impenhorabilidade se restringia as dívidas quirografárias que fossem adquiridas após a sua instituição. Mas, não abrangia as dívidas adquiridas antes. Também havia exceção quanto às dívidas oriundas do próprio imóvel, tais como impostos, empréstimos para a aquisição do bem ou para seu conserto. No Canadá a adesão do homesteadse deu em 1886, apresentando uma única diferença, o beneficiário deste instituto não tinha, necessariamente, que ser chefe de família. E a exceção da impenhorabilidade, recaía também sobre as dívidas para com a Coroa. Em 1929 houve a consagração do bem de família no México, com algumas diferenças dos demais homestead. Neste país, não havia a limitação de extensão do patrimônio instituído como bem de família, porém o mesmo não poderia ser superior a 50 mil pesos e deveria ser requerido o benefício ao juiz de seu domicílio. Outra importante diferença ocorria nos casos do bem de família ser desapropriado. Neste caso, o dinheiro pago pela desapropriação era depositado em uma instituição de crédito confiável, aguardando nova constituição do patrimônio familiar, sendo que, passados seis meses se não houvesse sido reconstituído o patrimônio da família pelo proprietário, os beneficiários passariam a ter direito a requerer a nova constituição.

16 Após um ano, havendo inércia dos interessados o dinheiro que antes era impenhorável, agora seria entregue ao antigo proprietário. 14 Subseção 1.2 No Brasil Antes de se discutir a adoção do homestead no Brasil, o art. 529 do Decreto nº 737, publicado em 25 de novembro de 1850 já explorava quais os bens que eram impenhoráveis, a saber: Art Não podem ser absolutamente penhorados os bens seguintes: 1º Os bens inalienáveis; 2º Os ordenados e vencimentos dos Magistrados e Empregados Publicos; 3º Os soldos e vencimentos dos Militares; 4º As soldadas da gente de mar, e salarios dos guardas-livros, feitores, caixeiros e operarios; 5º Os equipamentos dos Militares; 6º Os utensilios e ferramentas dos mestres e officiaes de officios mechanicos, que forem indispensaveis ás suas ocupações ordinarias; 7º Os materiais necessarios para as obras; 8º As pensões, tensas e monte pios, inclusive o dos Servidores do Estado; 9º As sagradas Imagens e ornamentos do altar, salva a disposição do Artigo seguinte 1º. 10. Os fundos sociais pelas dividas particulares dos socios (Artigo 292 do Codigo); 11. O que for indispensavel para a cama, vestuario do executado e de sua familia, não sendo precioso; 12. As provisões de comida que se acharem na casa do executado; No mesmo decreto, no artigo seguinte foram publicadas as exceções à impenhorabilidade, quais sejam: Art São sujeitos á penhora não havendo absolutamente outros bens: 1º As sagradas Imagens e ornamentos do altar se forem de grande valor; 2º O vestuário que os Empregados publicos usão no exercicio das suas funcções; 3º Os livros dos Juízes, Professores, Advogados e Estudantes;

17 4º As machinas e instrumentos destinados ao ensino, pratica ou exercicio das artes liberaes e das sciencias; 5º Os fructos e rendimentos dos bens inalienaveis; 6º Os fundos liquidos que o executado possuir na Companhia ou Sociedade commercial a que pertencer (Art. 292 do Codigo). Em 1893, através do Projeto Leovigildo Filgueiras, pela primeira vez a implantação do homestead americano no Brasil foi discutida e levada ao Congresso Nacional pelo deputado que deu seu nome a este. O projeto viria para emendar o art. 529 do Decreto acima citado, e trazia consigo a seguinte proposta: O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Não podem ser absolutamente penhorados, além dos enumerados no art. 529 do Decreto n. 737, de 25 de novembro de 1850, os seguintes bens: 1º O seguro de vida instituído pelo devedor em benefícios de pessoa ou pessoas de sua família, exceto: Se ao tempo da instituição do seguro, estava falido fraudulentamente o instituidor, ainda que só depois de sua morte se venha a verificar por sentença essa circunstancia; Se antes da instituição do seguro tiver i credor obtido contra o instituidor alguma sentença, cível ou comercial, que já tenha passado em julgado. 2º A casa que o devedor tiver edificado ou adquirido de qualquer modo para habitar com sua família e efetivamente estiver habitando, assim como a mobília e todos os utensílios de uso doméstico, que nela se acharem, salvo se a execução versar sobre hipoteca, de que esteja gravado o imóvel. Gozará do mesmo privilégio, por morte do devedor, enquanto nela habitar a viúva, ou qualquer herdeiro que já vivesse em sua companhia. Todavia, se o devedor ou, depois de sua morte, a viúva ou o herdeiro exercer na casa algum gênero de comércio ou indústria, ou alugar ou arrendar qualquer de seus pavimentos ou cômodos, não subsistirá essa isenção na falta de outros bens executáveis. Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário. O projeto foi encaminhado para a Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Câmara, porém sua discussão ficou condicionada a aprovação do Projeto de Código Civil de Coelho Rodrigues, o que não ocorreu, pois este não foi aceito. No Projeto de Código Civil de Coelho Rodrigues, havia 12 artigos que tratava do homestead. Dentre as propostas apresentadas neste projeto, algumas delas eram: 15

18 a) A permissão para que terceiro, em nome dos contraentes matrimoniais, constituísse o lar da futura família, efetuando seu registro público; b) Se houvesse divórcio entre o casal, ficando os filhos com o pai e as filhas com a mãe, a posse do bem seria desta; c) A constituição do lar, o prédio e a sub-rogação em outro eram totalmente isentos de impostos federais; d) As disposições sobre o homestead eram cogentes, portanto não era passível de alteração, ainda que em partilha amigável ou não, nos casos de divórcio ou anulação do casamento. O art do referido Projeto de Código Civil previa o seguinte: Art O lar de família é inalienável e indivisível na constância do matrimônio e, ainda depois de dissolvido este, enquanto a mulher se conservar viúva, ou existir filho menor do casal. Este projeto previa a inalienabilidade e a indivisibilidade, porém não previa a impenhorabilidade do bem. Em 1903 o deputado Francisco de Toledo Malta apresentou à Câmara dos Deputados, novo projeto de instituição do homestead. Esse, por sua vez, tratou primariamente da impenhorabilidade ao imóvel rural, bem como apresentou outros benefícios a serem destacados os mais importantes para o trabalho: Art. 1º É instituído o privilégio (homestead) isentando de penhora o imóvel rural pertencente a brasileiro nato ou naturalizado que fizer a declaração constante do modelo A, anexo à presente lei. Art. 2º No imóvel, a que se refere esta lei (homestead), ficam compreendidos: as casas, as benfeitorias e os frutos; os móveis, utensílios, instrumentos de trabalhos e quaisquer acessórios; os animais de criação, não incluídas as aves, que não terão limite fixado, até 50 para cada espécie; os animais de tiro até 10. Art. 4º O imóvel só poderá ser penhorado nos seguintes casos: de pagamento ao vendedor; de pagamento de salários a trabalhadores. Este projeto trazia uma inovação para o direito brasileiro, a limitação da área e do valor. Porém, o benefício não era estendido aos imóveis urbanos. 16

19 17 O Projeto Toledo Malta, assim como os outros, foi arquivado sem andamento. Ainda na tentativa de inserir o homestead na legislação brasileira, o então ministro da justiça, Dr. Esmeraldino Bandeira, propôs Projeto de Código de Processo Civil para o Distrito Federal, sendo este aprovado pelo Decreto nº 8.332, de 3 de novembro de O projeto apresentava somente um artigo que tratava da impenhorabilidade, sendo que para a garantia deste direito, o devedor deveria habitar a casa, tornar pública através da imprensa o desejo de constituir o bem inalienável e efetuar a averbação no registro de hipotecas. A isenção da penhora, além dos requisitos acima, ficava condicionada ao valor do imóvel que não poderia ultrapassar 10:000$000 (dez contos de réis). Apesar do Decreto nº ter sido aprovado, sua execução foi suspensa pelo Decreto nº de 14 de dezembro de 1910, na qual, pois determinava a suspensão da execução dos Projetos do Código de Processo Criminal, Código de Processo Comercial e Código de Processo Civil, até que o Congresso Nacional se manifestasse sobre os mesmos. Foi por intermédio do presidente da Comissão Especial do Senado, Feliciano Penna, em 01 de dezembro de 1912, por meio de seu parecer mandando incluir os quatro artigos que tratavam da matéria do homestead, que finalmente o instituto passou a integrar o Projeto de Código Civil de Clovis Bevilláqua. Projeto este criado em 1899 que somente entrou em vigor em Importante frisar que os artigos inseridos no Código Civil de 1916, não delimitavam o imóvel e sequer dizia ser o imóvel rural ou urbano. Uma vez que não havia norma regulamentadora do bem de família, além deste código, viu-se a necessidade da criação de norma especifica, a fim de sanar as lacunas até então não supridas. Em 1939 com a publicação do Código de Processo Civil, Decreto-Lei nº 1.608, nos artigos 647 a 651, o procedimento para a aquisição do benefício do bem de família passou a ser pormenorizada. De acordo com este Código, a constituição do bem de família passaria para o oficial de Registro de Imóveis, a quem ficaria incumbido de tornar pública a vontade de constituir o bem com todas as descrições do imóvel e do proprietário, abrindo prazo de 30 (trinta) dias para eventuais credores se manifestarem contra.

20 Havendo manifestação contrária, o registro do bem de família ficaria suspenso e ao proprietário do bem seria entregue cópia da reclamação, podendo este recorrer ao juízo para a procedência do registro. Uma vez deferida, o credor prejudicado poderia recorrer ao judiciário para pleitear a anulação do registro do bem de família. Mesmo com as disposições do Código de Processo Civil, o bem de família apresentava muitas dúvidas, principalmente no que tratava da delimitação. Via-se a necessidade de especificar melhor o bem de família e evitar que os devedores se aproveitassem do instituto em detrimento dos credores. Foi então que em 19 de abril de 1941, foi publicado o Decreto-Lei nº 3.200, tratando do bem de família de forma mais complexa, dirimindo muitas dúvidas ora existentes. Art. 19. Não será instituído em bem de família imóvel de valor superior a cem contos de réis. Art. 20. Por morte do instituidor, ou de seu cônjuge, o prédio instituído em bem de família não entrará em inventário, nem será partilhado, enquanto continuar a residir nele o cônjuge sobrevivente ou filho de menor idade. Num e outro caso, não sofrerá modificação a transcrição. Art. 21. A cláusula de bem de família somente será eliminada por mandado do juiz, e a requerimento do instituidor, ou, nos casos do art. 20, de qualquer interessado, se o prédio deixar de ser domicílio da família, ou por motivo relevante plenamente comprovado. 1º Sempre que possível, o juiz determinará que a cláusula recaia em outro prédio, em que a família estabeleça domicílio. 2º Eliminada a cláusula, caso se tenha verificado uma das hipóteses do art. 20, entrará o prédio logo em inventário para ser partilhado. Não se cobrará juro de mora sobre o imposto de transmissão relativamente ao período decorrido da abertura da sucessão ao cancelamento da cláusula. Art. 22. Quando instituído em bem de família prédio de zona rural, poderão ficar incluídos na instituição a mobília e utensílios de uso doméstico, gado e instrumento de trabalho, mencionados discriminadamente na escritura respectiva. Art. 23. São isentos de qualquer imposto federal, inclusive selos, todos os atos relativos à aquisição de imóvel, de valor não superior a cinquenta contos de réis, que se instituía em bem de família. Eliminada a cláusula, será pago o imposto que tenha sido dispensado por ocasião da instituição. 1º Os prédios urbanos e rurais, de valor superior a trinta contos de réis, instituídos em bem de família, gozarão de redução de cinquenta por cento dos impostos federais que neles recaíam ou em seus rendimentos. 18

21 2º A isenção e redução de que trata o presente artigo são extensivos aos impostos pertencentes ao Distrito Federal, cabendo aos Estados e aos Municípios regular a matéria, no que lhe diz respeito, de acordo com o disposto no art. 41 deste decreto-lei. A Lei de Registros Públicos nº 6.015/73, em seus artigos 260 a 265, regulamentou toda a matéria procedimental de instituição do bem de família, revogando o art , VI, do atual Código de Processo Civil de 1973, que determinava a vigência da legislação sobre o bem de família discutido no antigo Código de Processo Civil de Ainda no século XX, em 29 de março de 1990 foi publicada a Lei nº 8.009, regulamentando o instituto do bem de família. Esta lei trouxe uma inovação, tornou impenhorável o imóvel ocupado pela família, independente da vontade do proprietário. O atual Código Civil, Lei nº /2002 também trouxe inovações de suma importância, principalmente por abordar o tema de forma mais abrangente, fato este que não ocorria no código de Dada à importância destas duas leis que vigoram até os dias atuais, estas serão abordadas de forma mais ampla na terceira seção deste trabalho. 19

22 20 SEÇÃO 2 - CONCEITO DE BEM DE FAMÍLIA Dentre os vários entendimentos doutrinários sobre o conceito de bem de família Marcione Pereira dos Santos em sua obra Bem de Família: voluntário e legal citou alguns conceitos os quais faz-se necessário conhecer. Segundo Marcione, M. I. Carvalho de Mendonça conceituou o bem de família como uma porção de bens definidos que a lei ampara e resguarda em benefício da família e da permanência do lar, estabelecendo a seu respeito a impenhorabilidade limitada e uma inalienabilidade relativa. (MENDONÇA apud SANTOS, 2003, p.73). J. M. Carvalho Santos conceituou o bem de família da seguinte forma: É prédio destinado pelo chefe de família para domicílio desta, com cláusula de ficar isento de execução por dívidas, caracterizando-o a impenhorabilidade de que se reveste com a própria instituição, uma vez feita com observância das formalidades legais. (SANTOS apud SANTOS, 2003, p. 73). Para João Marques dos Reis o bem de família nada mais é do que: O prédio solenemente destinado, pelo chefe de família solvente, a domicílio desta, gozando de relativa impenhorabilidade e não podendo ter outro destino, nem ser alienado, sem o consentimento dos interessados e seus representantes legais. (REIS apud SANTOS, 2003, p. 73). Alcides Rosa definiu bem de família como: Constitui bem de família o prédio, rural ou urbano, que o chefe da sociedade conjugal reserva para o domicílio da própria família e que ficará isento de qualquer execução por dívida, com exceção apenas das referentes ao fisco. (ROSA apud SANTOS, 2003, p. 73). Ainda segundo Marcione, para Antonio Chaves o bem de família é: O patrimônio separado, constituído por bem imóvel isento de execução por dívida posterior à sua instituição pelos cônjuges, por um deles ou por terceiros, vedada a sua alienação ou alteração de seu destino, que é o de garantir, obedecidos os requisitos, limites e formalidades da lei, a estabilidade e o centro do lar, durante a vida de cada um daqueles e dos seus filhos, enquanto menores. (CHAVES apud SANTOS, 2003, p. 74).

23 Silvio de Salvo Venosa, em suas pesquisas, encontrou o entendimento de Serpa Lopes como sendo o bem de família um condomínio sui generis, no qual nenhum dos condôminos possui quota individual. (2007, p. 367). O doutrinador Venosa trouxe também o conceito de Caio Mário da Silva Pereira, que afirmava ser o instituto uma forma de afetação de bens a um destino especial, que é ser a residência da família, e, enquanto for, é impenhorável por dívidas posteriores à sua constituição, salvo as provenientes de impostos devidos pelo próprio prédio. (PEREIRA, apud, VENOSA, 2007, p. 367). O próprio Venosa seguiu a linha de raciocínio de Caio Mário da Silva Pereira, quando tratou o bem de família como: Destinação ou afetação de um patrimônio em que opera a vontade do instituidor, amparada pela lei. É uma forma de tornar o bem como coisa fora do comércio, em que são combinadas a vontade da lei e a vontade humana. Neste diapasão, o bem de família fica isento de execução por dívidas posteriores a sua instituição, salvo as que provierem de tributos relativos ao prédio ou despesas de condomínio. (VENOSA, 2007, p.367). Álvaro Villaça Azevedo, por sua vez, conceituou o bem de família como um meio de garantir um asilo à família, tornando-se o imóvel onde a mesma instala domicílio impenhorável e inalienável, enquanto forem vivos os cônjuges e até que os filhos completem a maioridade. (AZEVEDO, 2010, p. 80). Diante de todos estes entendimentos pode-se concluir que o bem de família é um instituto que, em conformidade com a garantia do direito à propriedade, assegurado no art. 5º, XXII, da CF/1988, determina que um dos bens dentre os do instituidor, figure como bem livre de penhora por dívidas posteriores a aquisição do bem e restrita de alienação, salvo exceções. O bem de família tem como natureza jurídica a garantia de proteção ao mínimo necessário para a existência de uma família, neste caso, exercida através da proteção ao direito de domicílio familiar. Entende-se como bem de família, o bem imóvel urbano ou rural, suas pertenças e assessórios destinados ao domicílio familiar, bem como valores mobiliários que não venham 21

24 22 ultrapassar o valor do prédio instituído como bem de família, desde que tais valores sejam destinados à conservação do imóvel ou ao sustento da família. O bem de família é garantido por lei e definido pelo instituidor, quando este tiver mais de um bem, devendo preencher os requisitos legais e ser inscrito no registro público de imóveis. O instituto do bem de família, além de visar a proteção da família, dando-lhe um lar e a garantia que esta se desenvolva de forma digna, também tem o caráter protetivo da sociedade contra uma possível crise econômica. Antes do advento da Lei nº 8.009/90, não se falava em bem de família móvel. Pois, o bem de família só poderia ser imóvel. Sendo que, nos casos de instituição em bem de família de prédio em zona rural, poderiam ficar isentos da impenhorabilidade a mobília e utensílios de uso doméstico, gado e instrumentos de trabalho, desde que mencionados discriminadamente na escritura pública. Atualmente, além do imóvel instituído como bem de família, existem outros bens previstos em lei, que são absolutamente impenhoráveis devido ao seu caráter alimentar e sua necessidade para à sobrevivência do ser humano. Porém, estes não são considerados bem de família propriamente dito, mas pode-se encontrar a mesma função social entre estes e aquele. O Código de Processo Civil de 1939, além do bem de família, declarou uma série de bens móveis impenhoráveis, alguns mantidos no atual Código de Processo Civil de O artigo 649 deste código tornou impenhoráveis os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; os vestuários, bem como pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor. Também são impenhoráveis os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios, e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissão liberal.

25 23 São impenhoráveis os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão; o seguro de vida; os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança; e os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político. O conceito de bem de família durante muito tempo teve uma única denominação. Com o advento da Lei nº 8.009/90, tal conceito passou a ter duas denominações especificas, quais sejam Bem de Família Voluntário e Bem de Família Legal, as quais serão melhores abordadas nas subseções seguintes. Subseção 2.1 Do Bem de Família Voluntário Como já dito, antes do advento da Lei nº 8.009/90 não havia espécies de bem de família. O instituto do bem de família era único e exclusivamente voluntário, dependendo exclusivamente da vontade e do ato do instituidor para ter assegurado o direito à proteção do bem de família. Após o advento desta lei, o universo jurídico passou a ter duas espécies de bem de família, o voluntário e o legal. Como o próprio nome diz, voluntário quer dizer por vontade própria da parte, por seu livre arbítrio, sem imposição, coação ou obrigação. Entende-se como bem de família voluntário ou facultativo, aquele que o instituidor escolheu dentre os seus bens para garantir a moradia da família e assim o registrou no registro de imóveis para tornar pública sua decisão e validar os efeitos da impenhorabilidade e inalienabilidade sobre a coisa.

26 Cabe ressaltar que o bem de família voluntário poderá ser instituído por um dos integrantes da família ou por terceiro em prol daquela, desde que o imóvel seja residencial e seja ocupado pelo grupo familiar a ser beneficiado. Há discussões sobre a possibilidade de bem de família que não seja ocupado pelos interessados, mas seja locado a terceiros. O Tribunal de Justiça de São Paulo já apresenta julgado com entendimento que o bem de família locado, no qual a valor da locação complementa a renda familiar, goza da mesma proteção que o bem de família ocupado como moradia pela família. Embargos de terceiro Bem de família Imóvel alugado para contribuir no sustento familiar Fato que não descaracteriza a proteção legal do imóvel Jurisprudência do STJ Recurso Provido. A r. sentença não acolheu a segunda tese e deu pela parcial procedência do pedido, mas, respeitada a convicção do Ilustre Julgador Monocrático, o Superior Tribunal de Justiça, em diversas oportunidades, já se manifestou favorável a liberação de imóvel alugado, que não perde a característica de bem de família, e é o caso dos autos. Recurso Provido. (TJ/SP, Apelação nº , 38ª Câmara de Direito Privado, Relator Souza Lopes, D.J. 16/02/2011). O bem de família voluntário tem como características a escolha do imóvel pelo instituidor e sua inscrição no registro público. Outra característica desta espécie de bem é o fato de que, a partir do registro do bem, o imóvel passará a ser impenhorável para pagamentos de dívidas constituídas posteriormente a sua instituição, salvo as exceções, bem como será inalienável e indivisível. A inalienabilidade nada mais é do que uma cláusula inserida na matricula do imóvel, na qual o proprietário fica impossibilitado de aliená-lo. Cabe esclarecer que esta inalienabilidade é relativa, pois não poderia o legislador impor a impossibilidade do proprietário alienar seus bens, uma vez que, dispor dos bens é uma das garantias inerentes ao proprietário conforme prevê o artigo1.228 do atual Código Civil. Trata-se de inalienabilidade relativa porque, na verdade, existe uma restrição para alienação, qual seja a autorização do proprietário, do seu cônjuge e dos filhos menores, pois 24

27 25 os maiores por serem capazes de prover o seu próprio sustento não entram na proteção exercida por esta cláusula. Quanto à autorização dos filhos menores ou incapazes, neste caso específico, os filhos serão representados por um curador especial, nomeado judicialmente, conforme prevê o artigo do Código Civil. Tal nomeação se faz necessária diante da colisão de interesses dos pais com os dos filhos, especialmente no que concerne à administração dos bens destes. A autorização para alienação do bem de família depende também do consentimento do juiz, razão pela qual, sempre que falar em alienação de bem de família voluntário há a necessidade de propor ação judicial requerendo tal autorização, sempre com vista ao Ministério Público. A terceira característica do bem de família voluntário é a indivisibilidade. Tal característica garante que o bem de família será indivisível enquanto perdurar o bem de família. Em outras palavras, pode-se dizer que, ainda que venha a falecer um dos interessados, o bem de família não perderá sua proteção e não sofrerá divisão, mesmo que para separar a cota parte de cada um, enquanto viverem os demais interessados e não alcançarem a maioridade, nesse caso para os filhos menores. Uma vez que os cônjuges faleçam restando apenas os filhos menores, o bem de família durará até a maioridade do filho mais novo, se extinguindo após. Existem outras formas de extinção do bem de família que será analisado mais adiante Requisitos do bem de família voluntário O bem de família voluntário, como já dito anteriormente, trata-se da modalidade na qual o instituidor escolhe um de seus bens imóveis e o registra como impenhorável e inalienável junto ao cartório de registro de imóveis, conferindo a este bem a isenção de

28 26 penhora referente as dívidas que, por ventura, vierem a ser adquiridas posteriormente ao seu registro. Um dos primeiros requisitos para a instituição do bem de família é o instituidor ser proprietário do imóvel ou integrante da entidade familiar. Cabe esclarecer que o Código Civil de 1916 previu a possibilidade de terceiro ser o instituidor do bem de família. Porém, essa possibilidade se limita ao terceiro que seja proprietário do bem imóvel, na qual será dado em doação para a família a ser beneficiada por tal instituto, ou ainda, nos casos de instituição do bem de família por testamento. No caso do imóvel doado a entidade familiar com a cláusula de impenhorabilidade, trata-se como terceiro o instituidor que a época da instituição era proprietário do imóvel, porém deixou de ser quando doou o mesmo àqueles que se beneficiarão do instituto. Também denomina-se terceiro o proprietário que, através de testamento, transferir a propriedade do imóvel com a cláusula de impenhorabilidade para a entidade familiar. Sendo que, o testamento será válido a partir de sua elaboração, porém só terá efeito após a concretização da condição necessária do testamento, neste caso a morte do testador. No que diz respeito ao integrante familiar, cumpre esclarecer que este poderá ser um dos cônjuges, desde que não seja o proprietário do imóvel, porém que usufrua deste para a morada de todo o grupo familiar, inclusive do próprio proprietário. O segundo requisito para a instituição do bem de família é a solvabilidade do proprietário do imóvel. Pois, se assim não fosse, estaria à lei facilitando o enriquecimento ilícito através da fraude contra credores. Em outras palavras pode-se dizer que, o proprietário deverá ter outros bens para garantir o pagamento das dívidas constituídas antes da instituição do bem de família. Pois, se assim não for, e a instituição do bem de família impossibilitar o recebimento pelos credores de seus créditos a instituição se tornará invalida. Isso não quer dizer que a entidade familiar que não possuir outros bens além daquele que será instituído como bem de família, não poderá instituí-lo. É claro que a lei quis proteger o direito do credor de ter satisfeito seu crédito diante do devedor. Mas, se no ato da instituição

29 do bem de família, o proprietário não tiver sofrendo execução civil poderá instituir seu bem, ainda que seja o único imóvel de sua propriedade, em bem de família. O terceiro requisito é a ocupação do imóvel pela entidade familiar. Porém, já houve julgado entendendo que cabe a aplicação do bem de família, mesmo que o imóvel seja alugado à terceiro, mas que o valor da locação sirva para a manutenção do grupo familiar. Cumpre esclarecer que este julgado é a exceção, pois a regra é a ocupação do imóvel pelo grupo familiar. O quarto requisito é que o imóvel a ser instituído como bem de família não ultrapasse o equivalente a um terço do patrimônio liquido do instituidor à época da instituição, bem como seja ele imóvel urbano ou rural, porém residencial. É certo que a impenhorabilidade não recai somente sobre o imóvel, mas também sobre as pertenças e utensílios domésticos essenciais para a manutenção do grupo familiar. Existem várias discussões sobre a extensão do imóvel uma vez que o Código Civil não se manifestou sobre este tema. Há quem entende que o bem de família se estende as naturais dependências do imóvel, não importando qual o seu valor. O autor Ferreira Coelho limitou ponderadamente o pensamento de Eduardo Espínola. Com a devida vênia: as chácaras, rocinhas, sítios ou ainda outra qualquer dependência do prédio ou casa domicílio da família, não podem deixar de ser incluídos no bem de família. Não é a habitação simplesmente que o Código afasta da execução por dívida; compreendem-se também, no bem de família, as dependências da casa, aquilo que a torna confortável e de onde a família possa tirar algum proveito: um quintal, onde possa ter um jardim, uma horta, um pequeno pomar, um pequeno prado, onde se alimente uma vaca e algumas galinhas, são dependências que entram na isenção de bem de família. (ESPÍNOLA apud AZEVEDO). Ainda neste sentido, Álvaro Villaça de Azevedo demonstrou o entendimento do autor João Marques dos Reis. Não sendo lesados os interesses de terceiros, nada impede que um indivíduo de grande fortuna institua, em época de abastança, em bem 27

30 de família seu patrimônio, pondo-o a salvo de possíveis insucessos no futuro. (AZEVEDO, 2010, p.110). É importante esclarecer que o bem da família não será instituído em imóvel comercial. Pois a finalidade do instituto é justamente assegurar ao proprietário e ao grupo familiar uma proteção contra a execução forçada. O quinto e último requisito é o registro do bem de família no cartório de registro de imóveis a fim de tornar pública a instituição, conforme prevê a Lei 6.015/73 (Lei de Registros Públicos). Para a instituição do bem de família ser válida é necessário que a escritura seja pública, determinando qual o bem será o domicílio da família e ficará isento de execução. Tal escritura deverá ser apresentada ao oficial do registro, mandando publicá-la na imprensa local, ou, na falta deste, na capital do Estado ou do Território. A publicação será em forma de edital e deverá constar o resumo da escritura, nome, naturalidade e profissão do instituidor, data do instrumento e nome do tabelião que o fez, situação e características do prédio. A partir da data da publicação do edital, qualquer interessado que se julgar prejudicado terá o prazo de 30 (trinta) dias para reclamar contra a instituição por escrito e perante o oficial. Findo o prazo para oposição à instituição e sem que tenha havido reclamação, a escritura será transcrita pelo oficial, em seu inteiro teor, no livro nº 3, bem como será inscrita na matrícula do imóvel, devendo ser arquivada uma cópia do exemplar do jornal em que a publicação houver sido feita e restituído o instrumento ao apresentante devidamente averbado. Se houver reclamação, o oficial fornecerá uma cópia autentica ao instituidor, restituindo-lhe a escritura, com a declaração de ter havido suspenso o registro, cancelando a prenotação. O instituidor poderá requerer ao juiz que determine o registro, sem embargo da reclamação. Se o pedido do instituidor for deferido, o despacho do juiz será transcrito integralmente, juntamente com o instrumento. 28

31 29 A decisão do juiz será irrecorrível. Porém, caberá ao reclamante o direito de recorrer através da ação competente para anular a instituição ou, em se tratando de dívida anterior a instituição do bem e cuja execução se tornou impossível em razão desta, proceder com a execução sobre o imóvel. Subseção 2.2 Do Bem de Família Legal O bem de família legal, diferente do bem de família voluntário, não é registrado no cartório de registro de imóveis, uma vez que sua proteção é definida pela Lei nº 8.009/90 e tem como característica principal a disposição do instituto pelo próprio Estado, que visa à proteção do conjunto familiar. A Lei nº 8.009/90 teve origem através da Medida Provisória nº 143/1990, esta promulgada durante o mandado do Presidente da República, José Sarney. A Medida Provisória nº 143/1990 tratou em sete artigos sobre a impenhorabilidade do imóvel próprio do casal ou da entidade familiar quanto às dívidas civil, comercial, fiscal, providenciaria ou de outra natureza; a impenhorabilidade dos equipamentos de uso domésticos e profissionais; tratou da exceção à impenhorabilidade nos seguintes casos: I em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias; II pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; III pelo credor da pensão alimentícia; IV para a cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; V para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; VI por ter sido adquirido com produto de crime ou para a execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. A medida provisória também suspendeu as execuções em andamento, e previu o cancelamento das execuções após a transformação desta em lei.

32 Após a promulgação da Lei de Bem de família, uma questão importante foi levantada: seria essa lei inconstitucional uma vez que esta vai de encontro com o art. 5º, LXVII, LIV da Carta Magna de 1988? A Constituição Federal de 1988 em seu art. 5º, LIV, LXVII, acolheu o princípio da sujeição do patrimônio às dividas. LIV ninguém será privado de liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LXVII não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; O que fez com que o doutrinador Carlos Callage, segundo informações de Álvaro Villaça Azevedo, defendesse a inconstitucionalidade da Lei nº 8.009/90. Em sua visão, defende a ideia de que tal lei tornou inócuo o princípio universal da sujeição do patrimônio às dívidas, acolhida pela Constituição, bem como atingiu o regime econômico adotado pela mesma Carta Magna. Concluiu ainda que No passado, o devedor respondia com o próprio corpo. No presente, responde com seu patrimônio e, neste futuro, não responde mais. (CALLAGE apud AZEVEDO, p. 188). Incitado, o Tribunal de Justiça de São Paulo contribuiu para que interpretações dessa natureza e dúvidas fossem dirimidas, por meio do Relator Desembargador Itamar Gaino da 11ª Câmara Civil. Em 1992 defendeu a constitucionalidade do bem de família com a fundamentação de que este instituto é protegido pelo Estado, uma vez que tem como objetivo a garantia de um abrigo em condições de habitação à família. A questão da inconstitucionalidade desta lei abordada por Carlos Callage foi um entendimento isolado. Uma vez que, não é difícil defender a constitucionalidade, pois a mesma Constituição que abriga os incisos LIV e LXVII do art. 5º, também abriga, no mesmo artigo, o direito de propriedade. XXII é garantido o direito de propriedade. O artigo 6º da Constituição Federal também garante o direito a propriedade. 30

33 Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o laser, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e a infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. O bem de família legal tem as mesmas garantias que o bem de família voluntário, com exceção da cláusula de inalienabilidade e indivisibilidade. Pois, estas são inerentes ao registro no cartório de imóveis. Não há restrição do tipo de imóvel para caracterizar o bem de família legal, somente nos casos em que o proprietário tenha mais de um imóvel, no qual será considerado bem de família um único imóvel, sendo este o menos valioso Requisitos do bem de família legal Os requisitos para o bem de família legal são quase os mesmos para o bem de família voluntário, com algumas exceções. O principal requisito é a propriedade do imóvel. Ou seja, os beneficiários devem ter a propriedade do imóvel, sendo este residencial, independente de ser urbano ou rural. Bem como, é requisito essencial que a entidade familiar resida neste imóvel. A impenhorabilidade do bem de família legal também abrange, além do imóvel residencial, com suas construções, plantações e benfeitorias de qualquer natureza, todos os equipamentos nele existentes, os de uso profissional e os móveis que guarnecem o lar, devendo estar quitados. Caso o imóvel não seja de propriedade da entidade familiar que nela resida, é claro que a impenhorabilidade não poderá recair sobre este imóvel a favor dos possuidores, assim como também não poderá haver a satisfação da dívida, seja ela qual for, com a penhora do mesmo imóvel. Pois, como já dito, os beneficiários devem deter a propriedade e a posse do imóvel, não podendo somente ter a posse para ser beneficiário do instituto do bem de família.

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