PESCA DESPORTIVA EM ALBUFEIRAS DO CENTRO E SUL DE PORTUGAL: CONTRIBUIÇÃO PARA A REDUÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO POR BIOMANIPULAÇÃO

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1 PESCA DESPORTIVA EM ALBUFEIRAS DO CENTRO E SUL DE PORTUGAL: CONTRIBUIÇÃO PARA A REDUÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO POR BIOMANIPULAÇÃO Resumo do Relatório Final de Protocolo de Investigação Lisboa, Outubro 2010

2 EQUIPA TÉCNICA Profª Maria Teresa Ferreira (Coordenadora), ISA Engº Adolfo Franco, AFN Engª Susana Amaral, ISA Engº António Albuquerque, ISA Com a colaboração do Prof Ramiro Neves (IST) Engº David Brito (IST)

3 Índice Introdução e Objectivos...1 Estrutura do Relatório Final de Protocolo de Investigação...4 Conclusões e Recomendações...8 ii

4 Introdução e Objectivos Os sistemas fluviais de zonas temperadas quentes são caracterizados por grande irregularidade hídrica, que se acentua com o aumento da latitude. Desta irregularidade resulta uma distribuição da água que é desadequada para as actividades humanas, no tempo e no espaço, sejam de produção hidroeléctrica, regadio ou abastecimento de água potável, o que motivou um número crescente de albufeiras na Península Ibérica, presentemente mais de 1000 de grande dimensão, num território que naturalmente possui muito poucos lagos naturais. As albufeiras são massas de água lênticas permanentes e artificiais que nos habituámos a considerar como parte integrante da paisagem ibérica. Trata-se de massas aquáticas relativamente recentes e de volume muito variável cuja construção se relaciona com objectivos únicos ou múltiplos de uso humano da água: abastecimento, rega, hidro-energia, lazer ou outros. Contudo, ao existirem, constituem também ecossistemas onde espécies e comunidades se estabelecem, com uma estrutura e dinâmica próprias. Algumas das comunidades aí existentes, como a ictiofauna, são também utilizadas pelas populações humanas como forma de lazer e recurso piscatório. As albufeiras são meios aquáticos sujeitos a grandes variações espaço-temporais, intra e interanuais, não só de dependência climática, mas impressas pelo regime de uso do recurso hídrico. Quando as actividades humanas na bacia de drenagem e na massa de água consubstanciam uma degradação ambiental, então as comunidades biológicas tornam-se ecologicamente desequilibradas, expressando essa perca de integridade através de indicadores, como sejam a ocorrência de mortalidades de peixe ou o aparecimento de cianotoxinas. As variações hídricas definidas pelo regime de uso e as actividades humanas permanentes que decorrem da própria existência da albufeira, determinam o tipo e qualidade biológica dos ecossistemas aquáticos. Para as albufeiras, não poderá ser aplicado o conceito de protecção não interventiva, tipicamente aplicada a sistemas fluviais muito íntegros e bem conservados, e na qual a conservação da qualidade ecológica consiste na determinação da ausência de usos. Pelo contrário, a génese e uso permanente destas massas de água cria a necessidade de uma praxis de gestão ecológica integrada e interventiva. 1

5 Os trabalhos de que dispomos sobre a componente biológica de albufeiras portuguesas são recentes e poucos. Os trabalhos sobre a componente piscícola são sobretudo relacionados com a gestão pesqueira ou de espécies com interesse desportivo. Temos assim uma ideia incompleta das comunidades biológicas de albufeiras portuguesas, apesar dos problemas constantes de gestão que a biologia destes sistemas coloca: eutrofização em muitos deles, crescimentos de grandes massas de Cianobactérias, mortalidades frequentes de ictiofauna, necessidade de gestão piscatória individualizada e de uma forma geral, ordenamento de margens e das bacias de drenagem. Ou seja, e tal como as infra-estruturas que permitiram a sua existência, as comunidades biológicas existentes nas albufeiras tem que ser encaradas numa perspectiva frontal de artificialidade e de gestão/intervenção humana. O protocolo Pesca Desportiva em Albufeiras do Centro e Sul de Portugal: Contribuição para a redução da eutrofização por biomanipulação resultou da vontade conjunta da Autoridade Florestal Nacional e do Instituto Superior de Agronomia, de uma melhoria da gestão piscícola e de qualidade da água das albufeiras portuguesas, aumentando o conhecimento sobre as suas comunidades piscícolas e seus problemas de stress ambiental, produzindo metodologias capazes de monitorizar as populações e propondo medidas de condução ecológica para minorar efeitos ambientais adversos. A equipa incluía elementos sediados na Autoridade Florestal Nacional e no Instituto Superior de Agronomia. O apoio logístico e de campo foi principalmente fornecido pelo ISA, bem como a orientação científica, no caso do capítulo dos efeitos de engodos, com o apoio o Instituto Superior Técnico. Um contrato de 3 anos da ADISA suportou um dos elementos de trabalho, Susana Amaral, que entretanto esteve sediada na AFN durante o período do protocolo. A maioria do trabalho de produção de textos e relatórios foi suportado pelos elementos sediados na AFN. Verificou-se que o trabalho proposto foi sub-estimado face aos objectivos, pelo que ocorreu um deslizamento temporal do protocolo, que agora termina, e do qual ainda ficam pendentes duas conclusões de capítulos, o da metodologia de ecossondagem e o da caracterização de eventos de mortalidade piscícola, ambos da responsabilidade do Engº Adolfo Franco, da AFN, que os concluirá brevemente. O protocolo incluía diferentes objectivos, sob a égide de gestão piscícola de albufeiras. Os três objectivos gerais foram: 1- Aumentar o conhecimento sobre os pescadores e a actividade da pesca desportiva como instrumento auxiliar da sua gestão; 2- Identificação das interfaces entre a eutrofização de albufeiras e a actividade piscatória, incluindo mortalidades de peixe, caracterização do efeito eutrofizacional de engodo e avaliação da carga piscícola por uma nova metodologia; 3- Em função dos resultados obtidos, enquadramento de recomendações de acção de gestão pesqueira em albufeiras, contribuindo para diminuir a eutrofização. 2

6 No âmbito destes três objectivos, foram concretizados os seguintes objectivos operacionais: 1- Análise de elementos recolhidos pela AFN anteriormente para caracterizar o perfil dos pescadores desportivos, e cujos dados agora foram tratados e sistematizados; 2- Caracterização das actividades e estruturas associadas às Concessões de Pesca Desportiva existentes no momento em Portugal; 3- Efeitos eutrofizacionais de diferentes níveis de engodo utilizados em competições desportivas: aplicação de um modelo de qualidade da água à albufeira do Maranhão; 4- Caracterização dos eventos de mortalidade piscícola ocorrentes em Portugal através de um inquérito a entidades (o texto final encontra-se em elaboração e os resultados preliminares encontram-se no Anexo I); 5- Calibração e optimização das condições de utilização de ecossondagem em albufeiras quentes: aplicação ao caso da albufeira de Maranhão (o texto final encontra-se em elaboração e os resultados preliminares encontram-se no Anexo II); 3

7 Estrutura do Relatório Final de Protocolo de Investigação O Relatório Final de Protocolo de Investigação Pesca Desportiva em Albufeiras do Centro e Sul de Portugal: Contribuição para a redução da eutrofização por biomanipulação é constituído por 8 capítulos e 2 anexos, que têm como temática principal a pesca de carácter recreativo nas águas interiores, abordada nas suas diferentes componentes (actividade lúdica e desportiva, pescadores, entidades gestoras, práticas de pesca, etc.) bem como a gestão piscícola e de qualidade da água das albufeiras portuguesas. Seguidamente, apresenta-se uma breve descrição de cada uma das partes que compõem o referido Relatório Final. Capítulo I. Introdução e Objectivos Neste primeiro capítulo apresenta-se resumidamente o estado da arte sobre a dinâmica das albufeiras, massas de água lênticas artificiais que se encontram sujeitas a grandes variações e pressões antropogénicas, bem como um breve enquadramento do Protocolo de Investigação Pesca Desportiva em Albufeiras do Centro e Sul de Portugal: Contribuição para a redução da eutrofização por biomanipulação e os seus principais objectivos. Capítulo II. Caracterização da Pesca Recreativa nas águas interiores em Portugal Continental - Pesca Lúdica e Desportiva Com o capítulo de Caracterização da Pesca Recreativa nas águas interiores pretende-se dar a conhecer, de forma sucinta, alguns aspectos relacionados com o universo desta prática desportiva no nosso país, pois a pesca de carácter recreativo nas águas interiores, considerando a vertente lúdica e desportiva, é uma actividade de lazer com relativa importância em Portugal Continental, e que tem vindo a angariar novos praticantes, de forma diversificada. Ao longo do ano de 2009 registaram-se perto de 219 mil pescadores detentores de licença de pesca desportiva para águas interiores. 4

8 Capítulo III. Resultados do Inquérito aos Pescadores Desportivos de Águas Interiores realizado pela Direcção Geral das Florestas em 1998 e 1999 No âmbito das suas atribuições relativas à pesca nas águas interiores, a Direcção Geral das Florestas (DGF), actual Autoridade Florestal Nacional (AFN), levou a cabo, durante os anos de 1998 e 1999, a realização de um inquérito aos pescadores desportivos de águas interiores, com o intuito de incrementar o conhecimento das actividades e preferências deste grupo de pescadores, bem como possibilitar uma gestão dos recursos piscícolas tendo em conta, igualmente, essas preferências. Assim, no Capítulo III pretende-se divulgar os resultados obtidos no Projecto Inquérito aos Pescadores Desportivos de Águas Interiores, realizado pela DGF em 1998 e Capítulo IV. Resultados do Inquérito às Entidades Gestoras de Concessões de Pesca Desportiva realizado pela Direcção Geral dos Recursos Florestais em 2008 Neste capítulo são divulgados os resultados obtidos no Inquérito às Entidades Gestoras de Concessões de Pesca Desportiva, realizado pela Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF), actual Autoridade Florestal Nacional (AFN), no âmbito das suas atribuições relativas à pesca nas águas interiores, durante o ano de A realização deste inquérito às entidades detentoras de concessões de pesca desportiva, teve como principal intuito aumentar o conhecimento acerca da organização, funcionamento e medidas de gestão praticadas nessas zonas específicas de ordenamento da pesca nas águas interiores, que apresentam características bastante distintas entre si, quer a nível do meio envolvente, quer em termos de afluência por parte dos pescadores desportivos, bem como em relação a medidas de gestão implementadas. Capítulo V. Compilação de dados das Provas de Pesca Desportiva realizadas em Albufeiras de Águas Públicas do Sul do país, entre 2001 e 2009 No capítulo relativo às Provas de Pesca Desportiva apresenta-se, de forma sucinta, uma compilação da informação existente sobre as provas de pesca desportiva realizadas em Albufeiras de Águas Públicas localizadas na região Sul do país, autorizadas pela AFN. Para tal, consideraram-se os dados patentes nos Mapas Estatísticos das Provas de Pesca Desportiva, enviados para a AFN pelas entidades promotoras das provas de pesca desportiva, que se encontram compilados numa base de dados de provas de pesca realizadas, a partir do ano de Muito embora exista a obrigatoriedade de envio do Mapa Estatístico da Prova de Pesca Desportiva, a informação disponível sobre as provas de pesca realizadas é um pouco incerta. Apesar do esforço feito a nível oficial para controlar estas faltas, continuam a existir algumas 5

9 lacunas nessa informação, embora cada vez menores, pelo que os dados em relação ao número médio de provas por ano, esforço de pesca total, capturas por unidade de esforço e outras estatísticas dependentes estarão, seguramente, subavaliados. Capítulo VI. Contributo do engodo, utilizado na pesca desportiva, na eutrofização das albufeiras do sul do país Modelação da albufeira do Maranhão com recurso ao CE-Qual-W2 Na pesca de carácter recreativo, principalmente na pesca desportiva, o uso de engodo é uma técnica com grande importância, pois é através da engodagem que os pescadores desportivos concentram os peixes em determinada zona do pesqueiro, de forma a facilitar a sua captura. Ao longo deste capítulo pretendeu-se verificar de que forma o engodo utilizado nas provas de pesca desportiva, mais concretamente as farinhas utilizadas pelos pescadores, poderá contribuir para a eutrofização das albufeiras. Para tal, realizou-se uma avaliação qualitativa e quantitativa dos engodos utilizados pelos pescadores desportivos, bem como um estudo da relação entre a eutrofização e o uso de engodos nas provas de pesca desportiva recorrendo a modelação/simulações com o modelo CE-Qual-W2 modelo longitudinal-vertical hidrodinâmico e de transporte, construído para simulações de qualidade de água, ao longo do tempo. Para esta análise foram considerados os dados relativos às provas de pesca desportiva autorizadas pela AFN, no período de 2001 a 2009, para a albufeira do Maranhão, por se tratar da albufeira com maior volume de informação sobre provas de pesca desportiva, tanto a nível de autorizações emitidas pela AFN como, principalmente, de registos de Mapas Estatísticos de Provas de Pesca Desportiva. Capítulo VII. Biomanipulação A biomanipulação é considerada por vários especialistas como uma prática bastante utilizada para melhorar a qualidade da água em lagos e albufeiras, podendo ser encarada como uma técnica que, aplicada conjuntamente com medidas de controlo e redução dos inputs de nutrientes na massa de água, poderá acelerar o processo de reabilitação ou recuperação dessa massa de água. Normalmente, o esforço e os métodos aplicados nesta técnica diferem de caso para caso. Contudo, todas as referências apontam como principal objectivo a redução da biomassa de peixes ciprinídeos na massa de água, recorrendo à remoção directa desses exemplares ou à adição de peixes ictiófagos, ou ainda a uma combinação de ambos os métodos, bem como à remoção "não selectiva" da biomassa piscícola 1. Portanto, é possível vislumbrar alguns contributos que a pesca desportiva tem para oferecer na realização desta 1. Hansson, L.; Annadotter, H.; Bergman, E.; Hamrin, S.; Jeppesen, E.; Kairesalo, T.; Luokkanem, E.; Nilsson, P.; Soendergaard, M.; Strand, J. (1998). Biomanipulation as na application of food-chain theory: constraints, synthesis and recommendations for temperate lakes. Ecosystems, 1:

10 técnica, principalmente através do controle das populações piscícolas e consequente gestão das comunidades aquáticas naturais. Neste capítulo apresenta-se o estudo sobre o possível contributo da pesca desportiva para a realização de biomanipulação na albufeira do Maranhão, de forma a melhorar a qualidade da água e a condição trófica desta albufeira. Para a consecução desta análise consideraram-se os valores preliminares de biomassa total existente na albufeira do Maranhão, estimados através de eco-sondagem, bem como toda a informação relativa à biomassa capturada nas provas de pesca desportiva (espécies e quantidades), número de pescadores desportivos e quantidades de engodo utilizadas (inputs de fósforo e azoto), em média, nos anos de 2001 a 2009, recolhida através dos Mapas Estatísticos das Provas de Pesca Desportiva recebidos na AFN sobre as provas de pesca desportiva realizadas na albufeira do Maranhão. Capítulo VIII. Conclusões e Recomendações No capítulo das Conclusões e Recomendações apresenta-se uma súmula das principais conclusões e considerações recolhidas ao longo deste Protocolo de Investigação, no que toca à actividade da pesca desportiva, à carga piscícola em albufeiras e à eutrofização pela actividade da pesca, propondo-se igualmente uma série de recomendações de actuação nesses campos. Anexo I Inquérito sobre Mortalidade Piscícola Inquérito realizado em 2009 pela AFN, no âmbito das suas atribuições relativas à pesca nas águas interiores, para colmatar a falta de informação sistematizada sobre os eventos de mortalidade piscícola que ocorreram no passado, tanto no que respeita à caracterização da mortalidade ocorrida como relativamente aos factores que a despoletaram. Anexo II Desenvolvimento do método hidro-acústico como ferramenta de gestão piscícola e da qualidade ecológica de albufeiras: resultados preliminares da albufeira da barragem do Maranhão Comunicação apresentada no XV Congress of the Iberian Association of Limnology, 5-7 Julho 2010, realizado na Universidade dos Açores, em Ponta Delgada (Book of Abstracts, p.195). 7

11 Conclusões e Recomendações No que toca à actividade de pesca desportiva Os pescadores recreativos de Portugal Continental são, maioritariamente, do género masculino, denotando-se uma maior incidência de praticantes com idades compreendidas entre os 30 e os 50 anos. É um desporto praticado, principalmente, por indivíduos com uma situação profissional activa e por reformados e estudantes, que na sua generalidade não estão integrados em Clubes ou Associações. A principal despesa em que incorrem é na compra dos equipamentos e materiais de pesca. No entanto, para além deste investimento inicial, existem ainda outros gastos inerentes às deslocações que têm de realizar despesas com combustível e outros custos com o transporte, refeições e até em certos casos estadia; para além de todos os iscos e engodo, anzóis, bóias, e outros materiais que vão tendo de adquirir para as suas pescarias. É ainda de salientar o contributo desta actividade recreativa no desenvolvimento de diversos sectores da economia, directa ou indirectamente, através de: venda de licenças de pesca; comércio de equipamento e materiais para a prática da pesca; comércio de literatura da especialidade, revistas; DVD s; canais de televisão; transportes; indústria hoteleira e restauração; comércio local e regional; turismo em espaço rural; etc. No que diz respeito ao ordenamento da pesca desportiva, mais concretamente às concessões de pesca desportiva, tendo em conta a informação recolhida no inquérito realizado às entidades gestoras das 161 concessões de pesca desportiva estudadas, pode concluir-se que estas zonas ordenadas apresentam características bastante distintas entre si, quer a nível do meio envolvente, quer em termos de afluência por parte dos pescadores desportivos, bem como em relação a medidas de gestão implementadas, fazendo-se essas diferenças sentir tanto a nível regional como de forma mais localizada. Estas zonas são principalmente procuradas pelos pescadores da freguesia ou do concelho, ou das freguesias ou concelhos limítrofes. Poucas são as concessões de pesca que têm registos das espécies e das quantidades capturadas. As que possuem esses registos, maioritariamente diários, são concessões predominantemente salmonídeas (nas regiões Norte e Centro) ou algumas concessões do Sul onde predomina a pesca do achigã, denotando-se assim uma maior preocupação por parte das entidades concessionárias em implementar algumas medidas de gestão do recurso piscatório. 8

12 Neste protocolo foram sistematizadas e analisadas as informações sobre os pescadores e actividade da pesca, que tinham sido recolhidos em inquéritos no início da década. Juntamente com as informações já antes sistematizadas e obtidas a partir do histórico de concursos de pesca (três relatórios de protocolo entre a DGRF/AFN e o ISA referentes aos pesqueiros da zonas norte, centro e sul do país), e ainda as informações referentes às Concessões de Pesca obtidas no presente protocolo, está traçado o cenário dos agentes e da actividade pesca desportiva em Portugal, e reunidas as condições para a actuação da AFN nas várias vertentes da sua competência nesta temática. Nomeadamente recomenda-se: a) A implementação de um sistema de monitorização permanente e a longo prazo, do perfil de pescador e de pescado, baseado na recolha de informação nos principais pesqueiros identificados; b) A utilização dos inquéritos e outra informação para a determinação do valor económico da pesca desportiva, regional e nacional, através da aplicação de modelos económicos de valoração de recursos naturais (uma primeira tentativa foi realizada no projecto PAMAF Estudo Estratégico para as Pescas Continentais Portuguesas (que a DGRF/AFN foi parceira), mas carece de continuidade); c) A publicação de um pequeno livro de caracterização da pesca em águas interiores em Portugal, à semelhança de instituições congéneres, e.g. Central Fisheries Board of Ireland; d) A elaboração de um Guia Técnico de Boa Condução de Concessões de Pesca e de Pesqueiros, complementado com visitas periódicas às Concessões e com acções de formação biológica e sócio-económica; e) Uma forte promoção na comunicação social e em fóruns adequados (e.g. Conselhos de Região Hidrográfica, Conselho Nacional da Água) destes elementos publicados, da mais-valia da pesca desportiva e das acções da AFN no âmbito desta actividade. No que toca à carga piscícola em albufeiras A carga piscícola de albufeiras está relacionada, entre outros factores, com a eutrofização destas massas de água e com a ocorrência de eventos de mortalidade piscícola, resultantes de processos ainda insuficientemente predictíveis. A própria ocorrência dos eventos de mortalidade não está caracterizada ainda. No entanto, acredita-se em geral que a carga piscícola está associada à ocorrência de mortalidade de peixe e que a manipulação da biomassa piscícola pode contribuir para a prevenção destes acidentes. Ora a carga piscícola é uma variável de difícil obtenção através dos métodos convencionais de pesca, começando a ser utilizado à escala europeia a ecossondagem para a quantificação da biomassa piscícola. Assim, colocaram-se duas questões: a) que informações podemos extrair dos eventos de mortalidade ocorridos no passado? e b) como determinar expeditamente e em rotina a carga 9

13 piscícola utilizando a ecossondagem? Este protocolo forneceu a informação necessária sobre as metodologias adequadas e necessárias para implementar esta técnica, e foi iniciada a caracterização de eventos de mortalidade ocorridos no passado. Como acções, recomendamse: a) A conclusão da caracterização de eventos de mortalidade piscícola e a criação de um sistema de alerta e registo sistemático destes eventos; b) A ecossondagem rotineira de base anual das albufeiras mais importantes para a pesca desportiva, bem como das albufeiras onde se conjuguem os factores potenciadores da ocorrência de mortalidade piscícola, de acordo com as conclusões metodológicas obtidas neste estudo, e com ciclos de pesca com redes para calibração a cada 6 anos; c) A gestão dos habitats dos pesqueiros das albufeiras ecossondadas com base nas informações recolhidas, numa base anual e personalizada; d) Concertação de acções de gestão com as autoridades regionais da água, na medida que a eutrofização é um elemento chave neste processo. No que toca à eutrofização pela actividade da pesca Neste protocolo, foram caracterizados do ponto de vista nutritivo os principais engodos utilizados por pescadores portugueses. A partir das cargas de nutrientes afluentes à albufeira do Maranhão e modelação de parâmetros de qualidade da água, e sabendo que diferentes quantidades e tipos de engodo podem ter consequências eutrofizacionais diferentes, foram testadas várias cargas, concluindo-se que para níveis pequenos a médios de número de pescadores e de quantidades de engodo utilizadas, as consequências para a eutrofização não são relevantes. Por outro lado, que aconteceria se nos concursos, a totalidade ou parte do pescado não fosse devolvido à água, como é habitual? Poderia contribuir para diminuir a carga de nutrientes na coluna de água? As simulações sugerem igualmente que apenas grandes quantidades de peixe removido influenciam significativamente a qualidade da água. Como recomendações, poderíamos sugerir: a) Implementação de limites de carga de engodo nos concursos de pesca, ou de recolha obrigatória de parte do pescado; b) Prática da pesca desportiva com restrições na devolução à água de determinadas espécies, nomeadamente a carpa, em albufeiras em risco; c) Concertação de acções de gestão pesqueira com as autoridades regionais da água, na medida que a eutrofização é um elemento chave neste processo. Como comentário final, podemos afirmar que as actividades desenvolvidas no projecto permitiram ultrapassar algumas das faltas de informação impeditivas de uma actuação tecnicamente sustentada no âmbito da gestão piscícola e ecológica de albufeiras, para a 10

14 evolução para um paradigma futuro de plena integração das populações piscícolas como parte determinante do funcionamento ecológico de albufeiras, e da pesca desportiva como uma das actividades com maior potencial como ferramenta de manipulação "soft" destes sistemas. 11

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